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o feminicídio de forma jurídica

Integrantes da Equipe: Arleane Silva Alves

Keyss Glauce Andrade Batista

Alexsandro de Oliveira Alves

Tiago Gomes da Silva

Francisco Lima Frazão Neto

Raimunda Wilna Prazeres Lago

José Ribamar Martins Ferreira

Anderson Moreira da Silva

Tiago Silva

Thaynara Rocha

Emanuel Filipi Bruno


O feminicídio é um conceito jurídico que se refere ao homicídio de mulheres
por razões de gênero. Ele está diretamente ligado à violência de gênero e à
discriminação contra as mulheres. O termo feminicídio foi cunhado para destacar a
motivação de ódio ou desprezo pela condição feminina como fator determinante
desses crimes.

No contexto jurídico, o feminicídio implica reconhecer que mulheres são


alvo de violência letal especificamente devido ao seu gênero. Essa perspectiva busca
ressaltar a dimensão estrutural e sistemática da violência contra as mulheres,
apontando para a necessidade de políticas públicas e medidas de proteção
específicas para prevenir e punir esses crimes.

Em vários países, o feminicídio é tratado como um crime autônomo,


separado do homicídio comum, o que permite uma abordagem diferenciada em
termos de investigação, julgamento e penalização. Essa distinção é fundamental para
que se compreenda a magnitude da violência contra as mulheres e para que se possa
adotar medidas efetivas para combatê-la.
No Brasil, por exemplo, a Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/2015)
estabeleceu o feminicídio como um crime hediondo e o incluiu no Código Penal
brasileiro. A lei define o feminicídio como o assassinato de uma mulher por razões de
violência doméstica e familiar ou por menosprezo ou discriminação à condição de
mulher. Além disso, ela estabelece agravantes para os casos de feminicídio, como o
assassinato praticado durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto,
bem como o cometido na presença de parentes da vítima.

Diversos estudos e artigos têm sido produzidos sobre o feminicídio,


abordando diferentes aspectos relacionados ao tema. Essas pesquisas buscam
entender as causas e consequências desse tipo de violência, bem como propor
estratégias para sua prevenção e combate.

Um exemplo de artigo é "Feminicídio: uma análise dos casos ocorridos no


Brasil" (Vasconcelos et al., 2020), que investiga o perfil das vítimas e agressores de
feminicídio no país, além de analisar os principais fatores relacionados a esses crimes.

Outro estudo relevante é "Feminicídio e a atuação do sistema de justiça no


Brasil" (Carvalho et al., 2019), que examina a resposta do sistema de justiça brasileiro
em relação aos casos de feminicídio, identificando desafios e lacunas na investigação,
julgamento e punição desses crimes.

Esses são apenas alguns exemplos de artigos e estudos disponíveis sobre


o feminicídio no contexto jurídico. A temática do feminicídio é ampla e complexa, e a
literatura acadêmica oferece diversas perspectivas e análises sobre o assunto,
contribuindo para o aprimoramento das políticas e práticas de enfrentamento a essa
grave violação dos direitos das mulheres.

Certamente! O feminicídio é um tema de extrema importância no campo


jurídico e social, e a discussão em torno dele tem se intensificado nos últimos anos.
Vou fornecer mais informações sobre o conceito, a abordagem jurídica e algumas
estatísticas relevantes.

O feminicídio é uma forma extrema de violência baseada no gênero, na


qual mulheres são assassinadas por serem mulheres. Esse termo foi criado para
destacar que esses crimes não são meramente homicídios aleatórios, mas têm
motivações específicas relacionadas ao gênero da vítima. Geralmente, o feminicídio
ocorre em contextos de relações íntimas, violência doméstica, conflitos familiares ou
em situações de violência sexual.

A inclusão do feminicídio no campo jurídico busca reconhecer a


desigualdade de poder e as estruturas sociais que perpetuam a violência contra as
mulheres. Ao tratar o feminicídio como um crime autônomo, a legislação permite uma
análise mais aprofundada da violência de gênero e facilita a adoção de medidas
específicas para a prevenção, investigação e punição desses crimes.

Em diferentes países, leis foram promulgadas para tipificar o feminicídio


como um crime separado do homicídio comum. O reconhecimento legal do feminicídio
ajuda a fortalecer a resposta do sistema de justiça, aumenta a conscientização sobre
a violência de gênero e envia uma mensagem clara de que esses crimes são
inaceitáveis.

No entanto, apesar dos avanços legais, o feminicídio continua sendo um


problema alarmante em todo o mundo. Estatísticas demonstram a gravidade dessa
questão:

De acordo com o Relatório Global sobre Homicídios da ONU, em média,


87.000 mulheres foram vítimas de homicídio intencional em 2017, sendo que grande
parte desses casos foram feminicídios.

A América Latina é uma das regiões mais afetadas pelo feminicídio.


Segundo a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), 12
países da América Latina e do Caribe têm leis específicas de feminicídio.

No Brasil, estima-se que ocorram cerca de 4.500 feminicídios por ano,


sendo um dos países com os maiores índices desse tipo de crime no mundo.

A impunidade é um desafio significativo nos casos de feminicídio. Muitos


casos não são investigados adequadamente ou resultam em condenações leves. A
garantia da justiça para as vítimas é fundamental para combater a cultura de
impunidade e prevenir futuros casos de feminicídio.

No âmbito jurídico, é essencial aprimorar os mecanismos de proteção e


prevenção, fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero,
capacitar profissionais da justiça e da segurança pública e promover uma cultura de
igualdade e respeito aos direitos das mulheres.

Em conclusão, o feminicídio é uma forma extrema de violência de gênero


que atinge mulheres em todo o mundo. É fundamental abordar essa questão de forma
jurídica para reconhecer a dimensão do problema, investigar adequadamente os
casos, responsabilizar os agressores e garantir justiça às vítimas.

A inclusão do feminicídio como crime autônomo nas legislações de diversos


países demonstra um avanço na compreensão da violência de gênero e na busca por
soluções efetivas. No entanto, ainda há muito a ser feito para prevenir e combater o
feminicídio.

Através de leis, políticas públicas e ações educativas, é possível fortalecer


a proteção das mulheres, promover a igualdade de gênero e mudar a cultura que
permite a perpetuação da violência. É necessário investir em recursos adequados
para as instituições responsáveis pela investigação e julgamento dos casos, bem
como oferecer suporte e assistência às vítimas.

Além disso, é fundamental promover a conscientização e a educação sobre


os direitos das mulheres, o respeito mútuo e a igualdade de gênero desde as idades
mais jovens. Somente através de uma abordagem abrangente e de uma sociedade
engajada será possível enfrentar e erradicar o feminicídio.

A luta contra o feminicídio é um compromisso coletivo e contínuo, que


requer a participação de governos, instituições, sociedade civil e indivíduos. Juntos,
podemos trabalhar para criar um futuro onde todas as mulheres possam viver em
segurança, sem o medo constante da violência baseada no gênero.
REFERÊNCIA

Vasconcelos, E. G., et al. (2020). Feminicídio: uma análise dos casos ocorridos
no Brasil. Sociedade em Debate, 26(1), 77-96.

Carvalho, S. M. S., et al. (2019). Feminicídio e a atuação do sistema de justiça no


Brasil. Revista Themis, 18(2), 303-324.

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