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TOPOGRAFIA DO ART. 121 CP:
E o homicídio preterdoloso?
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Homicídio simples
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SUJEITO ATIVO:
SUJEITO PASSIVO:
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TÍTULO I – CRIMES CONTRA A PESSOA
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CONDUTA: matar alguém – tirar a vida de alguém (vida extrauterina)
VIDA
INTRAUTERINA EXTRAUTERINA
Início do parto?
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O crime de homicídio tem como limite mínimo o começo do nascimento,
marcado, de acordo com a maioria, pelo início das contrações expulsivas.
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CUIDADO: Nas hipóteses em que o nascimento não se produz
espontaneamente, pelas contrações uterinas, como ocorre em se
tratando de cesariana, por exemplo, o começo do nascimento é
determinado pelo início da operação, ou seja, pela incisão abdominal. De
semelhante, nas hipóteses em que as contrações expulsivas são
induzidas por alguma técnica médica, o início do nascimento é sinalizado
pela execução efetiva da referida técnica ou pela intervenção cirúrgica
(cesárea).
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VOLUNTARIEDADE: é punido a título de dolo (direto ou eventual).
Obs:
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Embriaguez ao volante com resultado morte?
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“Racha” com resultado morte?
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CONSUMAÇÃO: consuma-se com a morte da vítima (delito material).
Quando se dá a morte?
TENTATIVA:
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Caso de diminuição de pena
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1ª PRIVILEGIADORA: MOTIVO DE RELEVANTE VALOR SOCIAL
Valor social:
Ex.:
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2ª PRIVILEGIADORA: MOTIVO DE RELEVANTE VALOR MORAL
Valor moral:
Ex.:
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Não se pode confundir eutanásia com ortotanásia.
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3ª PRIVILEGIADORA: HOMICÍDIO EMOCIONAL
b) Reação imediata
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As circunstâncias privilegiadoras se comunicam aos demais
concorrentes do crime?
Privilégio
Circunstância Elementar
Objetiva
Objetiva Subjetiva Subjetiva
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Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício
da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até 3o. grau, em razão dessa condição.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 20
ATENÇÃO: o homicídio qualificado é HEDIONDO, não importa a
qualificadora.
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I - MEDIANTE PAGA OU PROMESSA DE RECOMPENSA, OU POR
OUTRO MOTIVO TORPE
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HOMICÍDIO MERCENÁRIO
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HOMICÍDIO MERCENÁRIO
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“Não obstante a paga ou a promessa de recompensa seja circunstância
acidental do delito de homicídio, de caráter pessoal e, portanto,
incomunicável automaticamente a coautores do homicídio, não há óbice a
que tal circunstância se comunique entre o mandante e o executor do crime,
caso o motivo que levou o mandante a empreitar o óbito alheio seja torpe,
desprezível ou repugnante. 2. Na espécie, o recorrido teria prometido
recompensa ao executor, a fim de, com a morte da vítima, poder usufruir
vantagens no cargo que exercia na Prefeitura Municipal de Fênix. 3. Recurso
especial provido, para reconhecer as apontadas violações dos arts. 30 e 121,
§ 2º, I, ambos do Código Penal, e restaurar a decisão de pronúncia,
restabelecendo a qualificadora do motivo torpe, a fim de que o réu seja
submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, pela prática do delito previsto
no art. 121, § 2º, I e IV, do Código Penal” (REsp 1209852/PR, Rel. Min.
Rogério Schietti Cruz, DJe 02/02/2016). 25
HOMICÍDIO MERCENÁRIO
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NATUREZA JURÍDICA DA QUALIFICADORA:
Motivo Torpe
Subjetiva Objetiva
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II - POR MOTIVO FÚTIL
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Ausência de motivos caracteriza a qualificadora?
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Cuidado! Motivo fútil ≠ motivo injusto
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NATUREZA JURÍDICA DA QUALIFICADORA:
Motivo Fútil
Subjetiva Objetiva
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III - COM EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, ASFIXIA,
TORTURA OU OUTRO MEIO INSIDIOSO OU CRUEL, OU DE QUE
POSSA RESULTAR PERIGO COMUM
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Emprego de veneno / venefício
ATENÇÃO:
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NATUREZA JURÍDICA DA QUALIFICADORA:
Meio
cruel/insidioso
Subjetiva Objetiva
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IV - À TRAIÇÃO, DE EMBOSCADA, OU MEDIANTE DISSIMULAÇÃO OU
OUTRO RECURSO QUE DIFICULTE OU TORNE IMPOSSÍVEL A
DEFESA DO OFENDIDO
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A premeditação qualifica o homicídio?
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A idade da vítima torna o crime qualificado?
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NATUREZA JURÍDICA DA QUALIFICADORA:
Recurso que
dificulta ou
impossibilita defesa
Subjetiva Objetiva
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V - PARA ASSEGURAR A EXECUÇÃO, A OCULTAÇÃO, A IMPUNIDADE
OU VANTAGEM DE OUTRO CRIME:
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V - PARA ASSEGURAR A EXECUÇÃO, A OCULTAÇÃO, A IMPUNIDADE
OU VANTAGEM DE OUTRO CRIME:
Ex.: “A” mata testemunha de crime passado em que figura como suspeito.
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ATENÇÃO 1: A conexão ocasional não qualifica o homicídio
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ATENÇÃO 2: Matar para assegurar a execução, ocultação,
impunidade ou vantagem de contravenção penal – não qualifica o
homicídio pelo inciso V (mas pode caracterizar os demais incisos).
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NATUREZA JURÍDICA DA QUALIFICADORA:
Vínculo
finalístico
Subjetiva Objetiva
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Feminicídio
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§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino
quando o crime envolve:
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Sobre esta qualificadora do FEMINICÍDIO podem incidir as majorantes
estabelecidas no § 7º, dispositivo que sofreu alterações pela Lei 13.771/18.
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A pena do feminicídio pode ser aumentada de um terço à metade se o
crime for cometido:
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b) contra pessoa menor de catorze anos, maior de sessenta anos, com
deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição
limitante ou de vulnerabilidade física ou mental.
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c) na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima.
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d) em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos
incisos I, II e III do art. 22 da Lei Maria da Penha:
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Pode figurar como vítima do feminicídio pessoa transexual?
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NATUREZA JURÍDICA DA QUALIFICADORA:
Feminicídio
Subjetiva Objetiva
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VII - Homicídio funcional
A Lei 13.142/15 alterou o art. 121, § 2o., do CP, nele acrescentando mais
uma circunstância qualificadora (VII), assim redigida:
Homicídio
funcional
Subjetiva Objetiva
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PLURALIDADE DE CIRCUNSTÂNCIAS QUALIFICADORAS
Ex.: Art. 121, § 2º, II (motivo fútil) e III (meio cruel), CP.
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Admite-se homicídio privilegiado/qualificado?
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HOMICÍDIO DOLOSO MAJORADO
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HOMICÍDIO DOLOSO MAJORADO
2- Art. 121, § 6º, CP: Homicídio praticado por milícia privada ou grupo de
extermínio
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“Art. 121,§ 6o CP: A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o
crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de
serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº
12.720, de 2012)”
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GRUPO DE EXTERMÍNIO:
reunião de pessoas,
matadores, “justiceiros” (civis
ou não) que atuam na
ausência ou leniência do
Poder Público, tendo como
finalidade a matança
generalizada, chacina de
pessoas supostamente
etiquetadas como marginais
ou perigosas.
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HOMICÍDIO PRATICADO EM ATIVIDADE TÍPICA DE GRUPO DE EXTERMÍNIO
Lei 12.720/12
ANTES DEPOIS
Art. 121 CP ou art. 121 § 2º CP (se Art. 121, § 6º CP ou art. 121 § 2º c/c § 6º.
presente qualificadora).
Grupo de extermínio: não aumentava a Grupo de extermínio: passou a aumentar
pena ou, por si só, qualificava o crime (era a pena.
circunstância judicial desfavorável do
art. 59 CP).
Tornava o delito hediondo quando Torna o crime hediondo quando simples.
simples.
Não era objeto de análise dos jurados (o Esta circunstância deve ser objeto de
juiz analisava). análise dos jurados.
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HOMICÍDIO PRATICADO POR MILÍCIA PRIVADA / ARMADA
Lei 12.720/12
ANTES DEPOIS
Art. 121 CP ou art. 121 § 2º CP Art. 121 § 6º CP ou art. 121 § 2º c/c § 6º.
Milícia privada / armada: não aumentava a Milícia privada / armada: passou a ser
pena ou qualificava o crime (era causa de aumento de pena.
circunstância judicial desfavorável do
art. 59 CP).
Não tornava o homicídio simples Continua não gerando a hediondez do
hediondo. crime quando simples.
Não era objeto de análise dos jurados. Esta circunstância deve ser objeto de
análise dos jurados.
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Quando um grupo de extermínio promove a matança, os agentes
respondem somente por homicídio majorado (art. 121, § 6º, CP) ou em
concurso com o delito de formação de grupo de extermínio?
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