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Marrocos

Chave estratégica para o controlo do estreito de Gibraltar, este vasto território


magrebino do norte de África foi escolhido como primeiro destino para a expansão
militar e económica portuguesa fora da Europa. Note-se que, nas fontes portuguesas,
Marrocos designava a cidade de Marraquexe, aparecendo assim nomeada para a
distinguir do reino de Fez. Na prática, Marraquexe era a capital do sul da Berberia. A
região norte de Marrocos dependia do reino de Fez e o sul integrava-se no reino de
Marraquexe. Estas regiões constituíam assim parte da Berberia, formada pelos reinos de
Fez, Marrocos e Suz, este com a capital em Tarudante. Durante o século XV o poder
central fixou-se em Fez, onde residiram os soberanos das dinastias merínida e oatácida,
esta depois de 1472. As regiões periféricas porém, sobretudo o sul, quase não
reconheciam esse poder central, podendo os portugueses estabelecer uma “suserania” ou
um “protectorado” sobre algumas cidades costeiras como Meça, Safim e Azamor. A
cidade mais importante ao sul era precisamente Marrâkux, cujo nome foi adaptado pelos
portugueses para reino de Marrocos. Os xarifes sádidas, senhores de todo o país a partir
de 1549, residiam na cidade de Marrocos e este nome estendeu-se a todo o reino. Foi a
unificação de Fez e Marrocos que deu origem ao nome Marrocos para todo o país,
intentando os portugueses a sua conquista diversas vezes.
Ocupado sucessivamente por fenícios, pelo Império Romano e pelo Império Bizantino,
foram os árabes a controlar esse espaço até ao século XI, tendo depois os berberes daí
iniciado a sua entrada na Europa, conquistando grande parte do sul da Península Ibérica.
Ainda no século XIII as potências cristãs da Península desejaram avançar para o norte
de África mas só depois de terminada a reconquista cristã, e já no início do século XV, é
que Portugal pensou definitivamente em ocupar Marrocos, plano militar que cumpriria
simultaneamente propósitos económicos, sociais e geoestratégicos, reafirmando
internacionalmente a legitimidade da dinastia de Avis e ganhando o apoio do Papado,
que o entendia como a continuação lógica da reconquista de um território que já tinha
sido cristão. Para a mentalidade dessa época, a ocupação de Marrocos era o início de
uma guerra justa contra infiéis e realizaria finalmente o desejo da coroa, que tinha já
feito uma série de pedidos ao Papa. Emitindo Bulas de Cruzada, como a de Bento XII a
D. Afonso IV em 1341, o Papado encorajava um espírito de cruzada tardio que fazia de
Portugal um exemplo de mais uma especificidade peninsular no espaço europeu. Com
este apoio importante garantido, a coroa portuguesa inicia o projecto de ocupar Ceuta,
praça do noroeste marroquino, desenvolvendo esforços nas principais cidades do reino
para conseguir reunir um exército suficientemente numeroso, ao mesmo tempo que
contactava possíveis aliados e desenvolvia acções de espionagem nas cidades litorais do
norte de África. Portugal conhecia já bem a zona litoral de Marrocos e mantinha alguns
contactos regulares naquela região, embora os frequentes ataques de piratas ainda mais
fizessem a coroa desejar ter ali presença forte. Em 1415, o plano português de conquista
de Marrocos inicia-se e Ceuta é atacada e ocupada, sendo esta data considerada o
grande marco que inaugura a expansão ultramarina portuguesa. Apesar do êxito da
empresa, rapidamente se ponderaram razões para o possível abandono daquela praça,
decidindo-se afinal mantê-la e iniciar uma estratégia de ocupação de locais fortificados
ao longo do litoral noroeste norte-africano. Estes esforços militares no norte de África
desenvolveram-se de forma consistente mas conturbada durante cerca de cem anos, até
à data do desastre ocorrido em Mamora, em 1515, e representaram aquilo que
poderíamos considerar a fase de sucesso português em Marrocos. Após essa data
ocorreram vários revezes que fizeram perigar a permanência nas praças já ocupadas e
ditaram a decisão de abandonar a maioria delas ainda durante a primeira metade do
século XVI. No entanto, Marrocos foi, sem dúvida, um ponto importante para as
actividades portuguesas ao longo de todo o século XV, sendo as viagens de exploração
da costa do estreito de Gibraltar facilitadas pela presença das fortalezas já
conquistadas.
Decidida a manter Ceuta na sua posse, a coroa planeia imediatamente nova empresa
militar, decidindo-se, em 1437, por Tânger. D. Duarte aconselhou o seu exército a
procurar antes aliados locais mas a deficiente execução do plano militar fez resultar a
expedição num fracasso, agravado pela captura do infante D. Fernando. Este facto
novamente abrandou as actividades portuguesas no território marroquino e causou aceso
debate sobre os perigos de se insistir em conquistas naquele local. Apesar das
dificuldades, a captura do infante e a sua morte em 1443 acabaram por ter impacto na
decisão de se prosseguirem as conquistas, tendo a coroa percebido a necessidade de
preparar melhor o exército e de o adaptar às especificidades do terreno, e de buscar
aliados mouros às tribos locais. Decidido a consolidar a delicada posição de Ceuta, o
exército português avança para Alcácer Ceguer em 1458, conquistando-a com recurso a
artilharia, numa demonstração de força que fez a população evacuar a praça e entregar
todos os cativos. Esperava-se partir rapidamente de Alcácer Ceguer para a conquista de
Tânger mas as dificuldades vividas naquela praça ditaram ainda mais alguns anos de
espera até que tal ocorresse com êxito. De facto, partiram de Alcácer Ceguer, entre 1463
e 1464, três ataques falhados contra os muros de Tânger e em 1468 ou 1469 ataca-se e
desmantelam-se os muros de Anafé, resolvendo-se o problema que os piratas aí
baseados constituíam para o abastecimento das praças próximas. Só em 1471, com a
conquista de Arzila, a sudoeste, é que Tânger, vendo-se cercada, é abandonada pelos
seus habitantes. Apoderando-se destes quatro pontos-chave, Portugal pode agora
dedicar esforços ao apaziguamento das zonas em redor das praças e desenvolver
políticas locais que lhe garantiam melhor controlo das tribos berberes. A dinastia
merínida, com a sua capital em Fez, é sucedida pela oatácida, aproveitando Portugal os
problemas políticos marroquinos para aí consolidar a sua presença. D. Afonso V e D.
João II iniciam assim uma série de esforços diplomáticos, colhendo os seus
frutos.
Em 1479, assina-se com Castela o Tratado das Alcáçovas, vendo assim Portugal
reconhecido o seu direito de conquista do reino de Fez. Safim aceita a suserania da
coroa portuguesa em 1480, em 1483 é fundada uma feitoria em Orão e Azamor segue o
exemplo de Safim em 1486. Nesse mesmo ano, o papa Inocêncio VIII concede outra
bula (Orthodoxae fidei) ao monarca português, garantindo-lhe novo e importante apoio.
Estes sucessos abrem caminho à intenção de construir uma fortaleza em 1489, a
Graciosa, no rio Lucos, entre Larache e Alcácer Quibir, que defendesse as praças do
norte, mas o rei de Fez consegue impedir este perigoso objectivo que violava as
cláusulas do tratado celebrado em 1471, negociando-se, no entanto, um novo período de
dez anos de paz. Apesar deste revés, a situação favorável iniciada durante o período das
pazes celebradas naquele ano de 1471, com o “protectorado” nas regiões de Azamor,
Safim e Meça, prolongou um pouco o período dos “mouros de pazes”, que pagavam
cereais e outros tributos à coroa portuguesa, e que decorria há já cerca de vinte anos. D.
Afonso V passara, entretanto, a intitular-se “rei de Portugal e dos Algarves, daquém e
dalém mar”, vendo reconhecidas as suas conquistas e dominando efectivamente um
extenso território, garantindo ainda o senhorio dos campos em redor de Arzila e o porto
de Larache. De certa forma, é este período relativamente pacífico que faz o pensamento
estratégico português relativo à sua presença em Marrocos poder mudar ligeiramente de
objectivo. A coroa pode pensar finalmente em delinear um plano sobre a captura de Fez,
vista como a realização mais desejada daí em diante, e que se enquadrava no chamado
“plano imperial” manuelino, determinado a fazer face ao poderio do Islão em várias
frentes. Marrocos, peça fundamental nesse xadrez geoestratégico, era entendido como o
“ocidente extremo” e D. Manuel prossegue a política do anterior monarca, fortificando
alguns dos lugares sul-atlânticos que já antes tinham reconhecido a suserania
portuguesa. Este soberano pensaria mesmo em dirigir pessoalmente a guerra norte-
africana, planeando viajar até Marrocos em 1501 e 1503, o que acabaria por não
suceder. Os portugueses viram-se então para a zona meridional daquele território,
interessados pelo comércio de Meça, no Suz, e pelo de Safim, praça que viriam a ocupar
em 1508, e criam as condições para que se tente perpetuar a política de “mouros de
pazes” que poderíamos classificar em dois grupos distintos, os “aliados” e os
“submetidos”, consoante os casos. Portugal procura ainda resolver definitivamente o
problema da disputa de Marrocos com Castela, assinando-se, em 1509, um tratado em
Sintra. No entanto, a violenta reacção xarifina, tempos depois, alterará
significativamente esta conjuntura. Se a própria instabilidade política em Marrocos
favorecia as alianças temporárias, tendo-se chegado a celebrar pazes com os chefes de
várias povoações e mesmo com os reis de Fez ou de Marraquexe, e tendo mesmo
Portugal chegado a negociar uma aliança com o sultão de Fez, dirigida contra o xarife,
rei de Marraquexe, tanto os xarifes como os marabutos pregavam o jihad, ameaçando
com represálias todos os que ajudassem os portugueses, e levando ao ermamento de
algumas zonas onde tinha existido influência portuguesa. Apenas a acção dos
governadores das praças e dos seus aliados mouros permitia manter a relativa segurança
dos seus habitantes. Também a criação de bispados em Ceuta, Tânger e Safim ajudaria a
reforçar a influência e prestígio portugueses em Marrocos e forneceria algumas bases
sólidas para a continuação da política marroquina de D. Manuel. O seu interesse pelo
sul é confirmado nos planos seguintes de conquista. Santa Cruz do Cabo de Gué
(Agadir) é tomada em 1505 e logo no ano seguinte ocupa-se Mogador, aí se edificando
uma fortaleza chamada Castelo Real, perdida logo em 1510. Também se avança para
Aguz e Safim entre os anos de 1507 e 1508, e para Azamor e Mazagão, nos anos de
1513 e 1514. Em 1515 os portugueses tentam edificar a fortaleza de S. João da Mamora,
na foz do rio Cebu, realização que completaria o cerco ao reino de Fez pelo sul, mas
perdem-na nesse mesmo ano juntamente com alguns milhares de vidas, iniciando-se
uma fase extremamente difícil para as praças portuguesas em Marrocos, constantemente
sob pressão dos xarifes e cada vez mais isoladas e com dificuldades crescentes de
abastecimento, o que dificultava sobremaneira a sua defesa e manutenção. Homens
como Bentafufa, chefe aliado dos portugueses, desenvolvem esforços para expandir a
área de influência das praças e chegam a ameaçar a cidade de Marraquexe, mas a
excessiva dependência dos lugares marroquinos em relação à coroa e o grande número
de conflitos entre os seus governadores, evitando uma boa coordenação estratégica entre
as fortificações, minam as possibilidades das populações aí subsistirem sem grandes
perigos.
A dureza das condições militares em Marrocos obriga também a uma grande adaptação
dos soldados portugueses, adoptando muitos dos costumes bélicos locais tanto ao nível
do armamento e vestuário como ao nível estratégico, preferindo-se praticar uma espécie
de guerrilha, feita de entradas rápidas em território inimigo, com objectivos precisos.
Todas estas condições tornaram Marrocos numa espécie de escola de guerra para
aqueles que seguiam depois para o Oriente. Em 1521 Aguz é abandonada e no reino vão
crescendo as vozes daqueles que pediam o abandono total das praças, que cada vez
requeriam mais esforços militares e económicos para se manterem. O perigo do corso
muçulmano começa novamente a tornar-se insustentável, sendo frequentes os roubos e
ataques cometidos por navios comandados por turcos otomanos a mando do seu
poderoso Império. Também outras potências europeias começam a frequentar as águas
marroquinas, infiltrando-se, ao mesmo tempo, nos mercados locais e fazendo aumentar
o contrabando de armas. Esta actividade indesejável era extremamente lucrativa,
embora a coroa fizesse vários esforços para a evitar, uma vez que começava a ser muito
frequente enfrentarem inimigos mouros armados com artilharia europeia. Muitas das
rotas dos valiosos produtivos africanos que chegavam às praças também se desviam
para o interior, afectando a economia local e o desejo de servir em África e nela
procurar riquezas e títulos. O trigo, os valiosos cavalos árabes e os lambéis tornavam-se
cada vez mais difíceis de obter, bem como o próprio ouro, cujas rotas se afastavam das
praças conquistadas. As guarnições portuguesas, cansadas e enfraquecidas, chegam até
a contratar os serviços de mercenários estrangeiros, sobretudo espanhóis, muitos deles
mal preparados para o combate difícil naquela região. Morrem, entretanto, dois dos
mais importantes obreiros da acção militar portuguesa: Nuno Fernandes de Ataíde, em
1516, e Bentafufa, assassinado em 1518. Os xarifes conseguem também capturar
Marraquexe em 1524, daí dirigindo novos ataques contra a presença portuguesa no
norte de África.
A situação torna-se de tal forma delicada que obriga a coroa a pedir, por duas vezes, em
1534 e 1541, opiniões detalhadas e fundamentadas a uma série de nobres influentes. De
facto, muitos eram da opinião de que se deviam abandonar os lugares marroquinos,
dadas as novas possibilidades no Oriente e no Brasil, mas outros mostravam-se contra
esta solução, objectando que a Índia ficava muito mais longe e que era mais seguro e
honroso defender as praças já conquistadas. Este debate empolgou todo o país porque a
população ia tendo conhecimento dos desaires ocorridos em Marrocos. Ouvidos estes
pareceres, D. João III decide-se finalmente por abandonar a maioria das praças, o que
acontece até 1550, considerando-se esta data como o marco final da grande actividade
bélica em Marrocos. No sul, Safim e Azamor são abandonadas entre 1541 e 1542 e
Santa Cruz do Cabo de Gué é perdida também em 1541, mas decide-se manter e
reforçar Mazagão, cercada logo em 1562 mas resistindo à reconquista muçulmana. No
norte, arrasa-se completamente Alcácer Ceguer e abandona-se Arzila, ambas entre 1549
e 1550, mantendo-se Ceuta e Tânger. Portugal conserva apenas as praças de mais fácil
defesa e que mais rapidamente poderiam ser socorridas em caso de novos ataques das
tropas muçulmanas e reforça ainda o dispositivo militar das praças remanescentes,
tornando-as muito difíceis de cercar. Sob os xarifes, a reunificação de Marrocos ocorre
em 1549, fundando-se a dinastia sádida e multiplicando-se o número de ataques às
possessões portuguesas. Apesar deste reconhecimento da impossibilidade de controlar
completamente o território marroquino, onde a ocupação portuguesa tinha sido
efectivamente bastante restrita, a manutenção daquelas praças mantinha algum do
prestígio da coroa portuguesa e indicava que o projecto de conquistas naquele local não
tinha sido abandonado de todo, apenas adiado. Arzila é até reconquistada em 1577 e
novamente perdida em 1589, e durante o reinado de D. Sebastião vive-se ainda um
clima de exaltação dos feitos do século anterior que muito contribuiu para a decisão de
se tentar a conquista de Alcácer Quibir em 1578, cujo resultado desastroso condicionou
o processo que levou à perda de independência de Portugal. Das três praças que
Portugal manteve em Marrocos, Ceuta é abandonada em 1640, Tânger é cedida à
Inglaterra em 1663 e Mazagão é abandonada em 1769 por ordem do Marquês de
Pombal, depois de mais uma vez cercada por um exército mouro. Muitas das
fortificações portuguesas em Marrocos subsistem ainda, razoavelmente conservadas,
imponentes marcos arqueológicos da ocupação daquela região.

Paulo David Vicente

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