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b) Homicídio Qualificado
Direito Penal
Conteúdos abordados:
I. Crimes em Espécie
II. Concurso de Pessoas
III. Concurso de Crimes
IV. Excludentes de Culpabilidade
V. Excludentes de Ilicitude
VI. Classificação dos Crimes
VII. Dolo e Culpa
VIII. Erro de Tipo e Erro de Proibição
IX. Desistência Voluntária, Arrependimento
Eficaz e Arrependimento Posterior
CRIMES EM ESPÉCIE
CRIMES CONTRA A PESSOA
a) Instigação, induzimento e auxílio ao
suicídio – automutilação.
 É crime formal, logo basta apenas o ato de
induzir, instigar ou auxiliar para se
consumar.
 Se dor ato resultar em morte, o autor
responder na forma qualificada.
 Se dor ato resultar lesão grave ou
gravíssima, o autor responde na forma
qualificada.
 Se cometido contra menor de 14 anos ou
deficiente mental, o autor responde por
homicídio.
 Se cometido contra menor de 14 a 18 anos
ou contra quem tem capacidade de
resistência diminuída ou por motivo fútil,
torpe, o autor responde por instigação,
induzimento e auxílio ao suicídio com causa
de aumento, duplica a pena.
 Se cometida através de redes sociais ou
transmissão em tempo real, a pena é em
dobro.
 Se o autor for líder ou coordenador de
grupo ou rede social, a pena é aumentada
em metade.
 Atenção! A conduta de suicidar-se é atípica.
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Hipóteses:
Pelos motivos: paga promessa de
recompensa, motivo torpe ou motivo fútil.
Meio empregado: Veneno, fogo, explosivo,
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel e que possa resultar em perigo
comum.
Modo de execução: Traição, emboscada,
dissimulação ou outro recurso que dificulte
ou torne impossível a defesa da vítima.
Por conexão: Para assegurar a execução, a
ocultação ou a impunidade ou a vantagem
de outro crime.
Pelo sexo da vítima: Contra mulher, por
razões da condição do sexo feminino.
Contra integrantes do sistema prisional, da
Força Nacional de Segurança, cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo.
 Atenção! Majorantes do Feminícidio
(aumento de um terço até metade):
Durante a gestação ou nos três
primeiros meses ao parto.
Contra pessoa menor de 14 anos,
maior de 60 anos, com deficiência ou
portadora de doenças degenerativas
que acarretam condição limitante ou
de vulnerabilidade física ou mental.
Na presença física ou virtual de
descendente ou de ascendente da
vítima.
Em descumprimento das medidas
protetivas de urgência.
 Atenção! No homicídio qualificado pela
tortura, a morte da vítima é provocada a
título de dolo. Já na tortura qualificada pela
morte, a morte da vítima é provocada a
título de culpa.
c) Homicídio Privilegiado
Hipóteses:
Motivo de relevante valor social: O
interesse é da coletividade.
Motivo de relevante valor moral: O
interesse é particular do agente.
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Homicídio emocional: Domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima.
 Atenção! Se for sob influência de violenta
emoção, é atenuante.
 Atenção! Quando o homicídio não ocorre
por circunstâncias alheias à vontade do
agente, é homicídio tentado.
 Atenção! A classificação de lesão corporal
leve, grave e gravíssima é apenas quando o
crime é doloso! Quando o crime é culposo
não existe essa classificação, e o agente
responde na forma culposa.
d) Calúnia
 Acusar alguém publicamente de um crime.
 Obs.: Se o crime for comprovado, não há
condenação.
 (honra objetiva)
e) Injúria
 Falar algo desonroso e que ofenda sua
dignidade.
 NÃO É UM FATO ESPECÍFICO
 Atribuem-se qualidades negativas
 Exemplo: Xingamentos
 (honra subjetiva)
f) Difamação
 Desonrar alguém espalhando informações
inverídicas
 É UM FATO ESPECÍFICO, DETERMINADO.
 Em caso de funcionário público, a ofensa
deve ser relativa ao exercício de suas
funções. Assim, caberá Exceção de Verdade.
 (honra objetiva)
Cabe retratação que implica isenção da
pena. (Calúnia e Difamação)
Cabe pedido de explicações. (Calúnia,
Difamação e Injúria)
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Atenção!
Escusa Absolutória
(Causa excludente de punibilidade)
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Estão isentos da pena:
a) Cônjuge, na constância da sociedade
conjugal.
b) Ascendente ou descendente, civil ou
natural.
Não será possível a aplicação:
a) Nos crimes de roubo ou extorsão, ou no
geral, quando haja emprego de grave
ameaça ou violência.
b) Ao estranho que participou do crime.
c) Se o crime é cometido contra pessoa com
idade superior ou igual a 60 anos.
a) Roubo
 Roubo Próprio: A violência é aplicada antes
ou durante a subtração.
 Roubo Impróprio: A violência é aplicada
depois da subtração.
b) Roubo Majorado
 Se há concurso de duas ou mais pessoas.
 Se a vítima esta em serviço de transporte de
valores e o agente conhece tal circunstância.
 Se a subtração for de veículo automotor que
venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior.
 Se o agente mantém a vítima em seu poder,
restringindo sua liberdade.
 Se a subtração for de substâncias explosivas
ou de acessórios que, conjunta ou
isoladamente, possibilitem sua fabricação,
montagem ou emprego.
 Se a violência é exercida com emprego de
arma branca ou arma de fogo.
 Se há destruição ou rompimento de
obstáculo mediante emprego de explosivo
ou artefato que causa perigo.
c) Roubo Qualificado
Se dá violência resulta:
 Lesão corporal grave
 Morte
d) Extorsão
O crime consuma independente da obtenção da
vantagem indevida.
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Roubo X Extorsão
No Roubo, o comportamento da vítima é
prescindível e o agente conseguirá subtrair a coisa,
ainda que o ofendido não realize qualquer conduta.
Na Extorsão, o comportamento da vítima é
imprescindível e o agente não conseguirá a indevida
vantagem econômica se o ofendido não realizar a
conduta.
e) Extorsão Mediante Sequestro Qualificada
 Se o sequestro dura mais de 24 horas
 Se o sequestrado é menor de 18 anos ou
maior de 60 anos
 Se o crime é cometido por bando ou
quadrilha
 Se resultar em lesão corporal grave ou
morte.
Atenção! O crime de Latrocínio se consuma
com a morte da vítima, ainda que o agente
não consiga dela subtrair coisa alheia móvel.
f) Furto Qualificado:
 Com destruição ou rompimento de
obstáculo à subtração da coisa
 Com abuso de confiança, ou mediante
fraude, escalada ou destreza (Obs.: a
destreza deve ser eficaz)
 Com emprego de chave falsa
 Mediante concurso de duas ou mais pessoas
g) Furto Privilegiado:
 Criminoso primário.
 Coisa furtada de pequeno valor.
 Pode ser reconhecida na modalidade
qualificada, se esta for de ordem objetiva.
Receptação X Favorecimento Real:
Na Receptação, o agente adquire ou oculta a coisa
produto do crime em benefício próprio ou de
outrem (pessoa diversa do autor do crime
precedente). No Favorecimento Real, o agente
oculta a coisa me proveito do próprio autor do
crime antecedente.
Atenção! A forma qualificada da Receptação se
relaciona com atividade comercial!
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Estelionato X Furto mediante Fraude:
No Estelionato, a fraude serve para a vítima,
ludibriada pelo autor, adote determinada conduta
ou entregue determinado bem com
espontaneidade. No Furto mediante Fraude, o
autor utiliza-se da fraude para diminuir a vigilância
da vítima sobre determinado bem, para em
seguida, contra a sua vontade, subtraí-la para si.
h) Estelionato:
a) Obtenção de vantagem ilícita
b) Causar prejuízo a outrem
c) Uso de meio ardil ou artimanha
d) Enganar alguém ou levá-la ao erro
i) Furto mediante Fraude:
a) O agente diminui a vigilância da vítima sobre
o bem, facilitando sua subtração sem que
ela perceba.
j) Apropriação Indébita
Atenção! Na Apropriação é necessário que exista
posse justa antes da intenção de subtraí-la para si.
Entendimentos sumulados:
O foro competente para o processo e
julgamento dos crimes de estelionato, sob a
modalidade da emissão dolosa de cheque
sem provisão de fundos, é o local onde se
deu a recusa do pagamento pelo sacado.
A competência para processo e julgamento
do Latrocínio é do juiz singular, e não do
tribunal do júri.
Compete ao juízo do local da obtenção da
vantagem ilícita processar e julgar o crime
de estelionato cometido mediante
falsificação de cheque.
A utilização de papel moeda grosseiramente
falsificado configura, em tese, o crime de
estelionato, da competência da Justiça
Estadual.
Sistema de vigilância ou segurança não
torna crime impossível à configuração do
furto.
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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO
a) Concussão: Exigir vantagem indevida.
b) Corrupção Passiva: Solicitar ou receber
vantagem indevida.
Atenção! São crimes formais, basta apenas
pronunciar o funcionário público pronunciar o
verbo para a consumação. Não é necessário
conseguir a vantagem indevida para consumar.
c) Denunciação Caluniosa: Pressupõe que o
agente tenha certeza da inocência do
acusado, e mesmo assim, o denuncie.
Atenção! Denunciação Caluniosa recai sobre pessoa
certa e determinada, já a Comunicação Falsa de
Crime não recai sobre pessoa certa e determinada.
d) Prevaricação: Retardar ou deixar de praticar
ato de ofício ou praticar contra a disposição
expressa em lei, em razão de um interesse
ou sentimento pessoal (exemplo: uma
amizade).
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou
documento: Exige dolo!
e) Corrupção Ativa: Oferecer ou prometer
vantagem indevida a funcionário público,
para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício.
Atenção! A promessa não pode ser posterior a
prática, pois assim não configura o crime.
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
 A ação penal será Ação Penal Pública
Incondicionada!
CONCURSO DE PESSOAS
a) Participação de Menor Importância:
É aquela considerada secundária, que
embora tenha concorrido para o crime, não
foi decisiva para a realização do mesmo.
 Neste caso, a pena pode ser diminuída.
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b) Cooperação Dolosamente Distinta:
Consiste na divergência de vontade do
partícipe e a conduta realizada pelo autor.
Assim, ocorre um desvio subjetivo, porque o
partícipe pretende um crime menos grave
do que aquele que o autor pratica
efetivamente.
 Se algum dos concorrentes quis participar
de crime menos grave, ser-lhe-à aplicada a
pena deste. Essa pena será aumentada até a
metade, na hipótese de ter sido previsível o
resultado mais grave.
Requisitos do Concurso de Pessoas
1. Pluralidade de agentes
2. Relevância causal da conduta
3. Vínculo subjetivo
4. Unidade da infração penal
5. Fato punível
Atenção! Somente é autor aquele que pratica a
conduta típica inscrita na li, ou seja, aquele que
pratica efetivamente o delito, aquele que executa o
verbo. Já o partícipe, é aquele que pratica as ações
foram do tipo, mas que de alguma forma,
concorrem para a produção do resultado, ou seja,
auxilia na prática do delito, porém faz isso sem
executar o verbo do tipo penal.
CONCURSO DE CRIMES
Concurso Material
 Requisitos:
Pluralidade de condutas
Pluralidade de crimes
 Sistema Adotado:
Cúmulo material
 Aumento:
As penas são somadas
Concurso Formal Próprio (Perfeito):
 Requisitos:
Unidade de condutas
Pluralidade de crimes
(dolo + culpa ou culpa + culpa)
 Sistema adotado:
Exasperação
(aplica a maior das penas e exaspera)
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 Aumento: mental ou por desenvolvimento mental

1/6 até 1/2 incompleto ou retardado, não era
Concurso Formal Impróprio (Imperfeito): inteiramente capaz de entender o caráter
 Requisitos: ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
Unidade de condutas com esse entendimento.
Pluralidade de crimes  O Código Penal adota o critério
Desígnios autônomos biopsicológico.
(Dolo em todos os resultados)
 Sistema adotado:
Cúmulo material B) Menoridade:
 Aumento:  Art. 27 do Código Penal: Os menores de 18
As penas são somadas anos são penalmente imputáveis, ficando
Crime Continuado (Genérico): sujeitos as normas estabelecidas na
 Requisitos: legislação especial.
Pluralidade de condutas  Neste caso, o Código Penal adota o critério
Pluralidade de crimes biológico.
Elo de continuidade
Sem violência C) Embriaguez Acidental Completa:
 Sistema adotado:  Art. 28, II, do Código Penal: É isento de pena
Exasperação o agente que, por embriaguez completa
(aplica a maior das penas exaspera) proveniente de caso fortuito ou força maior,
 Aumento: era ao tempo da ação ou omissão,
1/6 até 1/2 inteiramente incapaz de entender o caráter
Crime Continuado (Específico): ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
 Requisitos: com esse entendimento.
Pluralidade de condutas  A pena pode ser reduzida de 1 a 2/3, se o
Pluralidade de crimes agente por embriaguez proveniente de caso
Elo de continuidade fortuito ou força maior, não possuía ao
Sem violência tempo da ação ou omissão, a plena
 Sistema adotado: capacidade de entender o caráter ilícito do
Exasperação fato ou determinar-se de acordo com esse
(aplica a maior das penas exaspera) entendimento.
 Aumento:  Observação! Embriaguez Preordenada é se
1/6 até 3x embriagar para cometer o crime. Nesse
caso, existe uma agravante genérica.
 Observação! Embriaguez Voluntária ou
EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE Culposa: Não há exclusão da imputabilidade
do agente.
Causas:
A) Doença Mental: D) Erro de Proibição Inevitável:
 Art. 26 do Código Penal: É isento de pena o  Artigo 21 do Código Penal: O agente
agente que, por doença mental, possui a consciência do fato praticado,
desenvolvimento mental incompleto ou mas não da ilicitude desse fato.
retardado, era no tempo da ação ou  Se for inevitável/escusável, exclui a
omissão, inteiramente incapaz de entender culpabilidade, ou seja, isenta da pena.
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento. E) Coação Moral Irresistível:
 A pena pode ser reduzida de 1 a 2/3, se o  Requisitos:
agente em razão de perturbação de saúde
Página 5
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1. Ameaça do coator, ou seja,
promessa de mal grave e
iminente.
2. Inevitabilidade do perigo na
posição em que se encontra
coagido.
3. Caráter irresistível da ameaça.
4. Presença de ao menos três
pessoas envolvidas.
 Só é punível o autor da coação.
F) Obediência Hierárquica:
 Há uma ordem não manifestamente
ilegal de superiro hierárquico.
 Só é punível o autor da ordem.
EXCLUDENTES DE ILICITUDE
A) Legítima Defesa:
 É o ato de se defender de uma
agressão injusta.
 Critérios:
1. Meios necessários: A vítima pode
usar de qualquer meio
necessário/disponível para livrar-
se da ameaça.
2. Moderação: A ração dv ser
proporcional à ameaça ou
gravidade da agressão.
3. Defesa própria ou de terceiros:
Também há a previsão de ação
para proteger outra pessoa que
sofre ameaça.
 Atenção! Considera-se legítima defesa, o
agente de segurança pública que repele
agressão ou risco de agressão à vítima
mantida refém durante a prática de crimes.
B) Estado de Necessidade:
 Conduta lesiva praticada diante de uma
situação de perigo.
 Essa conduta lesiva deve ser:
1. Inevitável
2. Razoável
3. Em que o agente tenha conhecimento
da situação justificante
 Essa situação de perigo deve ser:
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1. Atual
2. Que ameace direito próprio ou alheio
3. Não causada voluntariamente pelo
agente
4. Que o agente não tenha o dever legal de
se defender
Estado de Necessidade X Legítima Defesa:
No Estado de Necessidade, a preservação do
interesse ameaçado se faz através do ataque, isto é,
da ação. Já na Legítima Defesa, a preservação do
interesse ameaçado se faz através da defesa, isto é,
da reação.
No Estado de Necessidade, o bem jurídico é
exposto ao perigo. Na Legítima Defesa, o bem
jurídico é exposto à agressão.
C) Estrito Cumprimento do Dever Legal:
 Ocorre quando o agente cumpre um dever
legal dentro dos limites impostos pela Lei.
 Exemplo: Policial que priva o fugitivo de sua
liberdade ao prendê-lo por ordem judicial.
 Deverá o agente agir dentro dos limites de
seu dever, salvo quando inevitável.
 Observação: Não é admitido em crime
culposo, pois a Lei não ordenará o
cumprimento de uma postura resultante em
imprudência, negligência ou imperícia.
D) Exercício Regular do Direito:
 Exemplo: Defesa do patrimônio (cerca
elétrica), violência praticada nos limites das
regras do esporte (artes marciais), dentre
outros.
Estrito Cumprimento do Dever Legal X
Exercício Regular do Direito
O Estrito Cumprimento do Dever Legal é
compulsório, o agente está obrigado (dever)
de cumprir mandamento legal. Já o
Exercício Regular do Direito é facultativo, o
agente tem a opção entre exercer ou não o
direito existente.
 @resumebiaoab
E) Consentimento do Ofendido:
 Requisitos:
1. Deve ser expresso, pouco importando a
sua forma (oral, escrita, solene ou não)
2. Não pode ter sido consentida por ação
ou ameaça, nem de paga ou promessa
de recompensa. Há de ser livre.
3. É necessário ser moral e respeitar os
bons costumes.
4. Deve ser manifestado previamente à
consumação da infração penal.
5. O ofendido deve ser plenamente capaz
para consentir.
 Exemplo: Realizar tatuagens corporais no
corpo de terceiros, sem o consentimento do
ofendido, pratica lesões corporais.
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
 Crime Omissivo Próprio: O tipo penal
descreve uma conduta omissiva, ou seja, um
não fazer proibido.
Aqui existe um dever genérico de agir.
Não se admite tentativa.
Exemplo: Omissão de socorro.
 Crime Omissivo Impróprio: O tipo penal
descreve uma conduta positiva, mas sua
execução se dá por omissão, nas hipóteses
em que o agente podia e devia agir para
evitar o resultado.
Aqui existe um dever específico de agir.
Admite-se tentativa.
O agente responde pelo resultado.
Art. 13 do Código Penal: A omissão é
penalmente relevante quando o omitente
devia podia agir para evitar o resultado. O
dever de agir incube a quem:
i. Tenha por obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância.
ii. De outra forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o
resultado.
iii. Com o seu comportamento anterior,
criou o risco da ocorrência do
resultado.
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Exemplo: Mãe que não impede o padrasto
abusador.
 Crime Próprio: Somente podem ser
praticados pelo sujeito ativo descrito no
tipo.
Exemplo: Peculato – exige do autor a
qualidade de funcionário público.
 Crime de Mão Própria: Além de exigir
determinada condição especial do sujeito
ativo, requer que este pratique
pessoalmente a conduta.
Exemplo: Falso testemunho.
 Crime Progressivo: É aquele realizado
mediante um único ato ou atos que compõe
um único contexto. Em outras palavras,
ocorre quando o agente, para alcançar um
resultado mais grave, passa por uma
conduta inicial que produz um evento
menos grave.
 Progressão Criminosa: É aquele realizado
mediante dois atos, dois movimentos, ou
seja, quando o agente inicia um
comportamento que configura um crime
menos grave, porém ainda dentro do
mesmo iter criminis resolve praticar uma
infração mais grave, que pressupõe a
primeira.
 Crime Impossível: Não se pune a tentativa
quando, por ineficácia absoluta do meio ou
por absoluta impropriedade do objeto, é
impossível consuma-se o crime. É uma
excludente de tipicidade.
Exemplo: Tentativa de homicídio por
envenenamento com aplicação de farinha
ao invés de veneno.
Atenção! Se a ineficácia do meio for relativa,
a tentativa é punível.
É causa excludente de tipicidade.
 @resumebiaoab
DOLO E CULPA
A) Dolo direto:
Ocorre o dolo direto quando o agente prevê
e quer o resultado.
B) Dolo eventual:
Ocorre quando o agente prevê e assume o
risco do resultado.
C) Culpa consciente:
O agente prevê o resultado, mas não o quer,
nem assume o risco de produzi-lo,
acreditando que irá evitá-lo ou que o
resultado não ocorrerá.
D) Culpa inconsciente:
O agente não prevê o resultado que era
previsível.
ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO
A) Erro de Tipo:
O agente acredita que está fazendo algo,
mas está fazendo outro.
Responde na modalidade dolosa.
 Inevitável: Isenta da pena.
 Evitável: Responde por culpa.
B) Erro de Proibição:
O agente acredita que sua conduta é
correta, mas é errada.
 Inevitável: Isenta da pena.
 Evitável: Diminui a pena.
C) Erro quanto à Pessoa:
O agente responde pelas características da
pessoa que pretendia atingir.
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DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA,
ARREPENDIMENTO EFICAZ E
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
A) Desistência Voluntária:
O agente, voluntariamente, desiste de
prosseguir na execução ou impede que o
resultado se produza.
Só responde pelos atos já praticados.
Observação! Não se esgotaram os meios
executórios e a pessoa desiste
voluntariamente de prosseguir, ou seja,
no meio da prática.
B) Arrependimento Eficaz:
Após serem executados todos os atos da
execução, o agente se arrepende,
passando nesse momento, a buscar o
impedimento do evento.
Observação! O arrependimento deve ser
eficaz. Exemplo: Evitar o resultado
morte.
Em ambos os casos, não há tentativa,
respondendo o agente pelos atos já
praticados.
C) Arrependimento Posterior:
Ocorre após a consumação do crime, nos
delitos praticados sem violência ou grave
ameaça.
O dano é reparado ou a coisa é
restituída até o recebimento da
denúncia por ato voluntário.
Diminuição da pena.
 Tentativa:
O delito não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do
agente.
Diminuição de 1 a 2/3 da pena.