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ARGUMENTOS DO OPONENTE RÉPLICAS

Seria eliminada uma pessoa nociva A vida é um direito inalienável e


ao convívio social. intransferível que a pessoa humana
possui e não deve ser tirado por
ninguém, especialmente pela justiça.

A sociedade não precisaria pagar Em razão do grande número de


pela manutenção de um criminoso e apelações possíveis e necessárias,
evitaria a superlotação de presídios.
os custos com a defesa de acusados
chegam a ser três vezes maiores do
que os custos com uma defesa onde
não há a pena de morte. Todos essas
despesas aumentam, segundo
diversos estudos reunidos pela
DPCI, em cerca de $ 1 milhão de
dólares

Serviria de exemplo para que outras A pena de morte não diminuiu a


pessoas não cometessem aquele criminalidade nos países onde foi
crime. adotada. Sendo assim, esse objetivo
não foi alcançado.

O criminoso receberia a mesma O fato de alguém morrer não


condenação que infligiu à sua vítima mudaria em nada o sentimento da
e a família e a sociedade ficariam família, pois não traria a vítima de
aliviadas com esta resolução. volta.

Seria a resposta ideal para


criminosos que, por motivos de
doença, não vão parar de cometer
seus atos e a morte seria a única
solução.

“É melhor executar uma pessoa do Segundo dados publicados pelo


que prendê-la para sempre.” Centro de Informações sobre a Pena
de Morte dos Estados Unidos,
recolhidos em diversos estudos, os
custos de uma execução superam
em muito os de uma prisão perpétua.
Por exemplo, na Califórnia, uma
execução custa mais 114 milhões de
dólares do que manter uma pessoa
presa. Então… eliminar a pena de
morte pode até ser bom para a
economia. Quem diria!

Claro! As pessoas que perderam


“As vítimas de crimes violentos e entes queridos em crimes terríveis
seus familiares também têm direito à têm o direito de ver o responsável
justiça” : ser julgado com justiça, mas sem
recurso à pena de morte. Ser contra
a pena de morte não significa ser
contra a justiça ou minimizar e
aceitar o crime, mas, como disseram
muitas famílias que perderam entes
queridos: “a pena de morte não
alivia o sofrimento. Simplesmente
estende aquele sofrimento à família
do condenado ”.

“Uma vez bandido sempre bandido”. E quem pode afirmar, com toda
certeza, que o agente que comete um
delito pela primeira vez cometerá
outros delitos para o resto de sua
vida, caso esteja solto? Então
nenhum ser humano tem a
prerrogativa de mudar, de
reconhecer os seus erros e
recomeçar de forma diversa?

ARGUMENTOS

A pena de morte consiste em devolver ao deliquente homicida o mal que


ele fez. Em outras palavras instalasse o império da brutalidade

Erros no judiciário ocorrem em todas as nações, portanto, inocentes


poderiam ter ceifadas suas vidas injustamente. Um estudo da Universidade
de Michigan indica que 01 a cada 25 condenados à morte nos EUA é
inocente. A Anistia Internacional calcula que, desde 1973, pelo menos 138
condenados à morte nos EUA acabaram sendo absolvidos antes que a pena
fosse executada.

Nos 36 estados americanos que adotam a pena, o índice de assassinatos


por 100 mil habitantes é maior que o registrado nos outros 14 estados que
não condenam à morte.

Na França, especialistas em segurança pública garantem que a violência não


explodiu depois que a guilhotina foi aposentada, em 1977. No Irã, o exemplo
é inverso: a pena de morte foi reintroduzida em 1979, com a revolução
islâmica, mas não significou nenhuma redução das taxas de criminalidade.”

De acordo com o BBC Brasil, um estudo publicado pelo Jornal de Lei


Criminal e Criminologia da Universidade de Northwestern, em Chicago,
mapeou as opiniões de 67 destacados pesquisadores americanos que se
especializaram nesse tema. Para 88,2% deles, executar detentos não tem

As pessoas que cometem os crimes mais violentos, que em geral são crimes
de paixão ou acertos entre gangues, claramente não se preocupam com a
pena de morte ao cometê-los", diz à BBC Brasil Joe Domanick, diretor do
Centro de Mídia, Crime e Justiça da Universidade da Cidade de Nova York,
entre outros argumentos.

Vingança não é justiça social: entendendo a criminalidade como um


problema social, não é possível resolvê-la no plano individual, como se
fosse apenas uma questão de vingança ou fazer o criminoso “pagar pelo
que fez”. Ao contrário, ver a questão dessa maneira individualista só
mascara os reais problemas a serem resolvidos no plano da sociedade.

Querendo ou não você tiraria o direito mais importante de todos nós, o


direito à vida

A defesa da pena de morte no Brasil é guiada puramente por sentimento de


vingança, sem qualquer motivação racional, o que faz com que a sociedade
não perceba as desvantagens que a punição pode trazer, como desperdício
de recursos que poderiam ser melhor utilizados na recuperação do preso.

Um estudo realizado com 67 pesquisadores estadunidenses, especialistas


na temática da pena de morte, e publicado pelo Jornal de Lei Criminal e
Criminologia da Universidade de Northwestern, em Chicago, mostra que,
para 88,2% deles, a pena de morte não tem qualquer impacto sobre os níveis
de criminalidade. Para eles, não existem quaisquer dados ou estudos
provando a relação entre a pena de morte e a diminuição da criminalidade.
Outro agravante é que os casos de inocentes condenados ao corredor da
morte são grandes. Ainda segundo a DPCI, cerca de 150 pessoas foram
condenadas erroneamente à pena de morte nos Estados Unidos desde 1973.

Para Joel Birman, psicanalista e professor da Universidade Federal do Rio


de Janeiro e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), aprovar a
volta da pena de morte no Brasil é ignorar os diversos problemas sociais
enfrentados no país.

A pena de morte não é eficaz na inibição da prática de crimes. Dados da


DPCI (Death Penalty Information Center – Centro de informação sobre a
Pena de Morte) mostram que as taxas de crimes de assassinato são maiores
nos estados dos Estados Unidos que adotam a pena de morte do que as
taxas de assassinato nos estados que não a adotam.

Mais de 4% dos condenados à morte nos EUA são inocentes, indica estudo

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