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Suicídio Assistido
José Roberto Goldim.
Ramón Sampedro era um espanhol, tetraplégico desde os 26 anos, que
solicitou à justiça espanhola o direito de morrer, por não mais suportar viver. Ramón
Sampedro permaneceu tetraplégico por 29 anos. A sua luta judicial demorou cinco
anos. O direito à eutanásia ativa voluntária não lhe foi concedido, pois a lei espanhola
caracterizaria este tipo de ação como homicídio. Com o auxílio de amigos planejou a
sua morte de maneira a não incriminar sua família ou seus amigos. Em novembro de
1997, mudou-se de sua cidade, Porto do Son/Galícia-Espanha, para La Coruña, 30 km
distante. Tinha a assistência diária de seus amigos, pois não era capaz de realizar
qualquer atividade devido a tetraplegia. No dia 15 de janeiro de 1998 foi encontrado
morto, de manhã, por uma das amigas que o auxiliava. A necropsia indicou que a sua
morte foi causada por ingestão de cianureto. Ele gravou em vídeo os seus últimos
minutos de vida. Nesta fita fica evidente que os amigos colaboraram colocando o copo
com um canudo ao alcance da sua boca, porém fica igualmente documentado que foi
ele quem fez a ação de colocar o canudo na boca e sugar o conteúdo do copo. A
repercussão do caso foi mundial, tendo tido destaque na imprensa como morte
assistida.
No depoimento, ela afirmou à polícia que guardou o resto das doses que
sobraram do fundo de vários frascos de CoronaVac e estava levando para casa para
vacinar o marido.
Uma técnica de enfermagem foi presa em São Gonçalo, na Região Metropolitana do
Rio de Janeiro, saindo de um posto de saúde com restos de doses de vacina da Covid-19
guardados dentro de uma garrafa com gelo na bolsa. A informação é do portal G1
Neste referido caso a técnica de enfermagem cometeu o crime de peculato esse crime
pune o funcionário público, que em função do seu cargo tem a posse de bem público, e se
apropria do bem ou desvia o bem, em beneficio próprio ou de terceiros.
Artigo 312 do Código penal prevê a prisão de 2 a 12 anos e multa. Código penal –
Decreto Lei Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio
ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Peculato mediante erro de outrem