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CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Disciplina: Teoria da História I
Docente: Prof. Dr. José dos Santos Costa Júnior
Discente: Ana Clara Ferreira Tavares
Contato: josedossantoscostajr@gmail.com
Horários: Sexta-feira, das 18h às 22h
PROVA ESCRITA
2 – A Teoria da História se constitui como subárea voltada para a reflexão e debate crítico sobre as
condições que tornam o conhecimento histórico possível. A partir dos textos de Ana Maria Mauad,
Lúcia Grinberg & Pedro Caldas (2010) e José de Assunção Barros (2013), construa uma discussão
sobre a relevância e característica da área de Teoria da História na formação de historiadores/as.
Para tanto, caracterize os três termos seguintes: teoria, historiografia e metodologia.
3 – A filosofia da história presente na obra de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) deu
continuidade a algumas características presentes em outras filosofias da história que o antecederam,
mas apresentou pontos originais. A partir das leituras e debates em sala de aula, construa uma
discussão que caracterize a trajetória e o tipo de filosofia da história que ele propôs no contexto
prussiano do século XIX.
OBSERVAÇÃO:
A prova escrita deverá ser realizada em casa e digitada no seguinte formato:
Margens 2 cm, Times New Roman 12, Espaçamento 1,5.
Questão 1
a) A teleologia nas filosofias da história refere-se à ideia de que a história tem um propósito ou
um fim predestinado. Ela descreve o desenvolvimento da humanidade como seguindo um
caminho determinado em direção a um objetivo final. Isso envolve a crença de que a história
tem uma lógica interna e que os eventos históricos têm um significado intrínseco. Filósofos
da história frequentemente se apropriam desse conceito para interpretar o passado e prever o
futuro com base nessa visão teleológica. No entanto, a interpretação da teleologia varia entre
os filósofos da história. Alguns acreditam em um progresso linear e otimista, enquanto
outros veem ciclos repetitivos ou um declínio inevitável.
b) Kant acreditava que a história seguia uma trajetória em direção a um estado final de paz e
harmonia, em um processo de aprimoramento moral da humanidade, enfatizando a
importância da razão, da moralidade e do progresso humano, embora reconhecesse os
limites do conhecimento humano e a necessidade de ação ética. Suas ideias estavam mais
próximas de uma visão otimista, mas com um toque de realismo sobre as complexidades da
história.
Georg Wilhelm Friedrich Hegel acreditava que a história era um processo dialético, no qual
o espírito humano evoluía em direção a um estado de plena realização. Para Hegel, a história
culminaria em um estado de liberdade e racionalidade, representando uma visão otimista da
teleologia histórica.
Auguste Comte, o fundador do positivismo, via a história humana como uma progressão de
estágios, culminando na fase científica. Ele acreditava que o conhecimento científico e o
progresso social levariam a uma sociedade mais harmoniosa, refletindo uma visão otimista
da história. Comte desenvolveu a ideia de uma evolução positiva da sociedade, passando por
três estágios: o teológico, o metafísico e o positivo, culminando em uma era de ordem
social.
Oswald Spengler, em "O Declínio do Ocidente," argumentou que as civilizações passam por
ciclos naturais de nascimento, crescimento, maturidade e declínio. Ele via o Ocidente como
uma civilização em declínio, tinham uma vida limitada e passariam por fases de nascimento,
crescimento, declínio e morte, adotando assim uma visão pessimista da teleologia histórica.
Arnold J. Toynbee, em sua obra "Um Estudo da História," argumentou que as civilizações
enfrentam desafios e respostas criativas, e o destino de uma civilização depende de sua
capacidade de responder aos desafios, mas eventualmente declinam quando não conseguem
se adaptar. Sua abordagem era mais ambivalente, enfatizando a importância das escolhas
humanas na história.