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Introdução
O trabalho em questão surge no âmbito da cadeira de teorias sobre a diferença de gênero,
tema é extremamente importante pois as representações sócias ditam qual é o papel que o
indivíduo terá na sociedade mediante o seu gênero. o primeiro a falar das representações
sócias foi Serge Moscovici que definiu representações sócias como um processo que permite
às pessoas interpretar e conceber aspectos da realidade para agir em relação a eles, as
representações sociais elas funcionam no saber, na identidade, na orientação e na justificação
das condutas do indivíduo, portanto dentro das representações sociais vamos encontrar a
origem, a estrutura e funcionamento e o núcleo central das representações sócias. Nós últimos
anos o conceito de representação social tem aparecido com grande frequência em trabalhos
de diversas áreas e leva muitas vezes a indignação sobre o que será afinal as representações
sociais.
Objectivos
Geral
-Compreender as representações sociais no âmbito da disciplina de teorias sobre a diferença
de gênero;
Específicos
-Explicar o conceito de representação social;
-Caracterizar as representações sociais;
-Fazer o intercâmbio entre o tema e a teoria de gênero
Metodologia
Para a efetividade deste trabalho, iremos cingir-nos na aplicação dos conhecimentos
teóricos tidos na cadeira de teorias sobre a diferença de gênero, com ajuda de alguns manuais
e pontos de vista de vários teóricos, buscaremos o melhor entendimento, aprendizagem,
assimilação e acomodação dos conhecimentos adquiridos.
Vida e Obra de Serge Moscovici
Serge Moscovici (14 de Junho de 1925, 15 de Novembro de 2014), Nasceu na Roménia, no
seio de uma família judia, que se mudava frequentemente, tendo Moscovici vivido algum
tempo em Bucareste e Bessarábia.
Moscovici sofreu discriminação antissemita: em 1938 foi expulso de uma escola em
Bucareste devido a legislação antissemita. Por isso, começou a aprender mecânica.
Juntou-se ao partido Comunista Romeno, sob o pseudónimo Kappa. Durante a Segunda
Guerra Mundial foi colocado num campo de trabalho durante regime de Ion Antonescu e foi
libertado em 1944. Durante esses anos aprendeu sozinho francês e filosofia, através da leitura
das obras de Baruch Spinoza e René Descartes.
Serge Moscovici foi o primeiro a introduzir o conceito das representações sociais na
psicologia social, sua teoria torna se um dos enfoques predominantes na psicologia social na
europa
Representações Sociais
são o conjunto de conhecimentos, opiniões e imagens que nos permitem evocar um dado
acontecimento, pessoa ou objecto. Estas representações são resultantes da interacção social,
pelo que são comuns a um determinado grupo de indivíduos.
É uma forma de conhecimento socialmente elaborada e partilhada com um objectivo pratico,
e que contribui para construção de uma realidade comum a um conjunto social e
simultaneamente um conteúdo mental estruturado isto é cognitivo, social relevante, que toma
a forma de imagem ou metáforas é que e conscientemente compartilhado com outros
membros dos grupos sociais e um processo publico de criação, elaboração difusão e
mudanças de conhecimento compartilhado.
As representações sociais são uma constituição subjectiva do mundo e não o mundo como ela
é, essa construção que fazemos do mundo tem um poder e influenciar as nossas reacções,
nossos valores são representações sociais que nos somos expostas desde que somos crianças
elas vão entrando na nossa mente sem se quer percebemos.
Origem das Representações Socias
Uma representação segundo as teorias das apresentações sociais, não é uma copia fidedigna
de algum objecto existente na realidade objecto, mas uma construção colectiva em que as
profissionais que se difundem no país a psicanalise foram estudadas.
A teoria das representações sociais foi idealizada na França, na década de 60, por Serge
Moscovici, sociólogo com doutorado em Psicologia Social.
O conceito de Representação Social surgiu do trabalho pioneiro de Serge Moscovici,
intituladoLa Psychanalyse, son image et son public (1961), que se ocupava do estudo da
difusão da psicanálise em diferentes âmbitos da população parisiense da referida época, de
sua apropriação e transformação.
permite às pessoas interpretar e conceber aspectos da realidade para agir em relação a eles,
uma vez que a representação toma o lugar do objecto social a que se refere e transforma-se
em realidade para os actores sociais.
As Representações Sociais estão vinculadas a valores, noções e práticas individuais que
orientam as condutas no cotidiano das relações sociais e manifestam-se por meio de
estereótipos, sentimentos, atitudes, palavras, frases e expressões.
A função cognitiva permite aos grupos compreender e explicar a realidade que os cerca.
Essa função possibilita aos grupos reconfigurar um determinado fenômeno social para o
senso comum, tornando-o uma realidade compreensível para o grupo.
A função identitária situa os grupos sociais dentre de sua cultura e de suas características
específicas, além de proteger seus significados identitários.
A função justificadora permite que os atores sociais expliquem e justifiquem suas posturas e
condutas nos diversos espaços sociais.
Teoria de Durkheim
O primeiro teórico a falar em representações sociais como “representação colectiva” foi
Émile Durkheim, designando a especificidade do pensamento social em relação ao
pensamento individual., Segundo este autor, o pensamento individual seria um fenômeno
puramente psíquico, mas que não se reduziria à actividade cerebral, e o pensamento social
não se resumiria à soma dos pensamentos Individuais (MOSCOVICI, 1978, p. 25).
De acordo com Farr (1995, p. 35), Durkheim faz uma distinção entre o estudo das
representações individuais e o estudo das representações colectivas. Para ele o estudo das
representações individuais seria do domínio da psicologia, e o estudo das representações
colectivas ficaria a cargo da sociologia. O fundamento de tal distinção estava na crença, por
parte desse teórico, de que as leis que explicavam os fenômenos sociais eram diferentes das
leis que explicavam os fenômenos individuais. Assim, as representações colectivas, por
serem fruto dos acontecimentos sociais, se co nstituem em fato social e, como tal é resultado
de uma consciência colectivas e não de uma consciência individual. Por essa razão, não
podemos, segundo Durkheim, tratar as representações colectivas numa perspectiva
individual.
A discussão inicial de Durkheim sobre representações colectivas foi crucial para que
Moscovici
buscasse na sociologia um contraponto para a perspectiva individualista da psicologia social,
tão presente na psicologia social da América do Norte. Entretanto, Moscovici (1978) defende
que a representação social deve ser encarada “tanto na medida em que ela possui uma
contextura psicológica autónoma como na medida em que é própria de nossa sociedade e de
nossa cultura” (MOSCOVICI, 1978, p. 45).
Nesse sentido, a Teoria das Representações Sociais elaborada por Moscovici é uma teoria que
pode ser abordada em termos de produto e em termos de processo, pois a representação é, ao
mesmo tempo, o produto e o processo de uma actividade mental pela qual um indivíduo ou
um grupo reconstitui real, confrontando e atribuindo uma significação específica (ABRIC,
1994, p. 188).Tal teoria, abordada em termos de produto, volta-se para o conteúdo das
representações, para o conhecimento de senso comum, que permite aos sujeitos interpretarem
o mundo e orientarem comunicação entre eles, na medida em que, ao entrarem em contacto
com um determinado objecto, o representam e, em certo sentido, criam uma teoria que vai
orientar suas acções e comportamentos. De acordo com Maia (1997), um dos aspectos
advogados por Moscovici é a existência de um conhecimento de senso comum, que permite
explicar determinadas práticas. Tal conhecimento é visto por ele como um conhecimento
verdadeiro, e não como um disfuncionamento do conhecimento científico. A grande questão
é que esse conhecimento de senso comum, por ser um conhecimento circunscrito, se
diferencia do conhecimento científico, que busca a generalização e a operacionalização.
Assim, a teoria das Representações Sociais é uma proposta científica de leitura do
conhecimento descenso comum e, nesse sentido, preocupa-se com o conteúdo das
representações.
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