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Celestina Arlindo Nhalivilo

Énia Pedro Lápis

Eulália Chichaque

Jessica Paulino

Marcia Adolfo savele

Joana Rossi Jofrisse

Salmina Ananias Machava

A Filosofia Islâmica e a Ética

Licenciatura em Psicologia social e das organizações

Período laboral

4° Ano

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2024
Celestina Arlindo Nhalivilo

Énia Pedro Lápis

Eulália Chichaque

Jessica Paulino

Marcia Adolfo savele

Joana Rossi Jofrisse

Salmina Ananias Machava

A Filosofia Islâmica e a Ética

Licenciatura em Psicologia social e das organizações

Período laboral

2° Ano

Trabalho da cadeira de ética e


deontologia profissional a ser entregue
ao Docente com finalidade de avalição.

Docente: Phd Camilo Ussene

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2024
1. Introdução
Neste trabalho iremos abordar o tema filosofia islâmica e a sua relação com a ética.
2. Objetivos
2.1 Objetivos gerais
 Compreender a relação da filosofia islâmica e a ética.

2.2 Objetivos gerais

 Definir a filosofia islâmica


 Definir o conceito de etica
 Descrever a relação da filosofia islâmica e a etica;

Metodologia

Marconi e Lakatos (2003, p. 83) definem o método cientifico como o conjunto de


atividades sistemáticas e racionais que com maior segurança e economia, permitem
alcançar o objetivo-conhecimentos válidos, verdadeiros e infalíveis –traçando o
caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. Portanto
recorremos a leitura de livros, artigos que falam sobre o assunto em alusão.

A FILOSOFIA ISLAMICA ou ARABE


Faz parte dos chamados “estudos islâmicos’’ os filósofos desse ramo buscam alcançar
uma harmonia entre os ensinamentos religiosos do islão e a razão de um ponto de vista
ocidental, a filosofia islâmica teve o grade mérito de despertar a renovação filosófica da
cultura medieval.

A palavra islã significa submissão incondicional a vontade de “Allah’’ DEUS.

Manual que fundamenta a filosofia islâmica.

Seus seguidores, os” muçulmanos” acreditam que sua fé foi revelada por Allah ao
profeta Maomé, cuja as palavras foram reunidas no livro sagrado, o alcorão.

Os cinco pilares do islamismo.

1- A profissão da fé- ( a chahada)’com um deus único e absoluto (ala) e


“Muhammad’’ é seu profeta;
2- Orações diárias-(salate), 5 vezes ao dia as 5:30h, 12:00h, 15:30h;18 :00 e 19:30h
3- Esmola –(zarae);
4- Jejum durante o ramadã – (sahum);
5- Peregrinação a meca.

O islamismo e a ética

Encontramos o alcorão, na sunna do nobre profeta e nas lições dos imanes da cada
profética a confirmação da importância da educação e purificação.

O Islã, quando apresentou a sua ética e cultura, não o fez apenas com conselhos morais,
mas agiu colocando-as em prática, instilando seus valores no íntimo da pessoa e da
sociedade. Encontramos em seu programa cultural o significado da recompensa e do
castigo, tanto neste mundo como no Outro. Ele se concentrou na continuidade da vida
do ser humano após a morte, lembrando continuamente que este mundo é uma plantação
para a Outra Vida: o ser humano colherá amanhã o que plantou hoje; o Islã também
destacou o papel da lei na orientação da vida social.

Aqui, cabe fazer uma distinção na cultura e ética islâmicas: muitas vezes, o que o
indivíduo faz para si mesmo acaba tendo repercussão nos meios sociais. Quando o
muçulmano, por exemplo, adota um órfão, ele visa obter a satisfação de Deus, exaltado
seja, e a recompensa do Paraíso. Com isso, proporciona à criança uma vida tranquila e
nobre e à sociedade um bem, com a educação de um membro que será útil e que servirá
a sua sociedade e o seu país.

O islã com a sua mensagem mundial, convoca as sociedades para uma ética que se
coaduna com a natureza humana. Ela não anula os costumes sociais e as tradições
existentes nas sociedades em uma sociedade determinada, a não ser que sejam
contrários a essência divina do islã.

Ética islâmica
Ética e moral (akhlaq) no Isla, se volta para o tratamento da questão da excelência do
caráter do muçulmano, visto que, a filosofia islâmica acredita que o caráter é a base para
o bem-estar de toda a comunidade (JANTALIA, 2016)

Rahim (2013, p. 508, tradução nossa), considerando a obra do filósofo muçulmano Al-
Farabi, considera a ética islâmica uma ciência que estuda a alma humana, ou,
referenciando-se em Ibn Taymiyyah, é a ciência que investiga as condutas,
especificamente sobre o que se deve fazer e o que se deve evitar. Em síntese é uma
ciência voltada para orientar o comportamento dos indivíduos de modo a guiá-los em
sua busca por se aproximar de Deus. No intuito de se alinhar ao Adallah (justiça divina),
a sujeição do fiel manifesta-se na sanidade da Comunidade (Ummah)

Os atos do fiel não se restringem a grupos, mas devem ter uma dimensão universal,
totalizante. Cada cidadão, portanto, assume a responsabilidade de gerir e reformar a
sociedade, preocupando-se com questões coletivas (MUSAUI, 2006. p. 43 citado por
SILVA & CASTRO, 2020).

As teorias teológicas, cujos principais representantes são os mutazilitas e os asharitas,


caracterizam-se por uma ética de cunho racionalista, que foi significativa para o
desenvolvimento ulterior da ética islâmica. A corrente dos mutazilitas, teólogos
considerados “racionalistas”, estabelecia que valores como a justiça e o bem têm uma
existência real, independente da vontade de Deus. A posição dos mutazilitas poderia ser
chamada de “racionalismo parcial”, uma vez que eles defendiam a tese de que o que for
“justo”, “bom” e “reto” pode ser, em apenas alguns casos, conhecido pela razão e, em
outros, somente pela Revelação e fontes derivadas. Essas fontes são as tradições
(hadīths), o consenso comunitário (ijmā‘) e o juízo por analogia (qiyās), todas derivadas
da suprema fonte, que é o Corão. Os teólogos “racionalistas” mutazilitas encontraram na
ética a maneira de harmonizar a razão com a Revelação, complementando, sempre que
necessário, uma com a outra, mas jamais opondo uma à outra (PEREIRA, 2010).

Os mutazilitas são considerados os primeiros pensadores genuínos em questões éticas,


pois formularam teorias que serviram de base para ulteriores elaborações, sobretudo nos
círculos teológicos. Seus argumentos definem o que é justo e bom quando são
apresentadas qualidades reais ou relações entre atos. O justo e o bom são definidos
“verdadeiros” quando as requeridas qualidades e relações estão presentes no argumento;
quando, ao contrário, nele estão ausentes, o argumento é considerado falso e, portanto,
não se chega à definição do que é justo e bom.

Os asharitas não rejeitaram de todo os métodos discursivos dos mutazilitas, mas


proclamaram uma ética “voluntarista”, isto é, uma ética que defende a vontade divina
acima de tudo. Sendo Deus o Criador e o Legislador supremo, Sua vontade é a fonte
última do ser e do bem no mundo. Desse modo, configura-se o “voluntarismo ético”,
que prega a supremacia da vontade de Deus, em que os valores morais devem ser
compreendidos somente à luz da vontade divina. É considerado “justo”, “bom” e “reto”
o que for aprovado e prescrito por Deus.

Conclusão

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