Análise da parceria público privada para o desenvolvimento de ecossistemas de

inovação do maior propulsor de desenvolvimento da Grande Florianópolis

Analysis of the public-private partnership for the development of innovation

ecosystems of the greatest driver of development in Greater Florianópolis

Matheus Wander da Silva1*

Murilo Marinho Junior2**

RESUMO
Através de uma análise qualitativa, pode-se constatar o notável crescimento da
participação do setor de tecnologia no Produto Interno Bruto (PIB) de Florianópolis. Onde é
evidente que o crescimento tem sido auxiliado por também associações setoriais, facilidades
de crédito e pelos índices de desenvolvimento alcançados. A implementação de políticas
municipais de incentivo ao desenvolvimento, como a Lei de Inovação de Florianópolis em
2013, que garantiu recursos financeiros de até R$ 15 milhões para atividades inovadoras,
também tem contribuído para esse cenário. É amplamente conhecido que o progresso
tecnológico estimula a adoção de atividades intersetoriais, resultando no desenvolvimento não
apenas do setor tecnológico em si, mas também de outros setores adjacentes. Isso leva à
migração de determinados tipos de atividades para o setor tecnológico, impulsionando ainda
mais esse processo. Assim, é notável como a ação empreendedora foi fundamental para
modificar a cultura econômica regional, impactando socialmente diversos outros setores e
áreas marginalizadas economicamente. Em um curto período de aproximadamente 30 anos,
essa mudança de paradigma em relação à tecnologia tornou-se mais relevante do que o
turismo, que era uma base cultural/ econômica de Florianópolis, bem como a atividade de
pesca, que também desempenhava um papel de pilar na região. Esses avanços serão
analisados para verificar se são resultados de políticas públicas e privadas de incentivo ao
desenvolvimento, em conjunto com a formação de uma mão de obra qualificada proveniente
de instituições de ensino superior públicas.

Palavras-chave: políticas municipais de incentivo ao desenvolvimento, cultura econômica

regional e mão de obra qualificada.

ABSTRACT
Through a qualitative analysis, it can be seen the remarkable growth of the
participation of the technology sector in the Gross Domestic Product (GDP) of Florianópolis.
Where it is evident that growth has also been aided by sectoral associations, credit facilities
and the development rates achieved. The implementation of municipal policies to encourage

1*
Estudante de Ciências Econômicas - Centro Socioeconômico. Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail:
matheus.wander@grad.ufsc.br
2**
Estudante de Relações Internacionais - Centro Socioeconômico. Universidade Federal de Santa Catarina.
E-mail: murilo.m.junior@grad.ufsc.br
development, such as the Florianópolis Innovation Law in 2013, which guaranteed financial
resources of up to R$ 15 million for innovative activities, has also contributed to this scenario.
It is widely known that technological progress stimulates the adoption of intersectoral
activities, originating in the development not only of the technology sector itself, but also of
other adjacent sectors. This leads to the migration of certain types of activities to the
technology sector, further boosting this process. Thus, it is remarkable how an entrepreneurial
action was fundamental to modify the regional economic culture, socially impacting several
other sectors and economically marginalized areas. In a short period of approximately 30
years, this paradigm shift in relation to technology became more relevant than tourism, which
was a cultural/economic base of Florianópolis, as well as fishing activity, which also played a
role in pillar in the region. These advances will be analyzed to verify if they are the result of
public and private policies to encourage development, together with the formation of a
qualified workforce from higher education institutions such as UDESC and UFSC.

Keywords: municipal policies for development incentives, regional economic culture and
skilled workforce.

1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento tecnológico tem sido um importante propulsor do crescimento

econômico em diversas regiões do mundo. No Brasil, a implementação de políticas públicas e
privadas de incentivo ao desenvolvimento tem contribuído para o crescimento do setor de
tecnologia, que tem se destacado no Produto Interno Bruto (PIB) de Florianópolis. A Lei de
Inovação de Florianópolis em 2013, que garantiu recursos financeiros de até R$ 15 milhões
para atividades inovadoras, é um exemplo de política municipal que tem contribuído para esse
cenário. Além disso, a formação de uma mão de obra qualificada proveniente de instituições
de ensino superior públicas tem sido fundamental para o desenvolvimento do setor. Neste
artigo, será realizada uma análise da parceria público privada para o desenvolvimento de
ecossistemas de inovação do maior propulsor de desenvolvimento da Grande Florianópolis.
2 DESENVOLVIMENTO

A implementação de políticas municipais de incentivo ao desenvolvimento, como a

Lei de Inovação de Florianópolis em 2013, tem contribuído para o crescimento do setor de
tecnologia na região. A Lei definiu o conceito de inovação no Brasil e pautou a criação dos
Núcleos de Inovação Tecnológicas (NIT) nas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs)
para, entre outras atribuições, incentivar o empreendedorismo e a inovação [1]. A construção
de um moderno arcabouço institucional na área de desenvolvimento científico e tecnológico,
no qual deve estar incluída a questão da inovação, é essencial para o crescimento econômico
do País [2].

Os avanços brasileiros nas políticas públicas de incentivo à inovação, sobretudo as

Leis 10.973/2004 e 13.243/2016, proporcionaram a criação de ambientes mais favoráveis ao
desenvolvimento de inovações e à transferência de tecnologia, porém exigindo das
Instituições de Ensino Superior (IES) ferramentas de gestão da inovação e de disseminação de
informações sobre suas produções tecnológicas à sociedade, tais como a implementação de
vitrines tecnológicas digitais [3]. Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia
desempenham um papel chave e determinante para o desenvolvimento econômico e social nos
territórios onde atuam [6]. A necessidade de inovações tem tornado a parceria entre
universidades e empresas uma tendência mundial [7].

A formação de uma mão de obra qualificada proveniente de instituições de ensino

superior públicas tem sido fundamental para o desenvolvimento do setor de tecnologia em
Florianópolis. Que tem relação com a pesquisa de compreensão do processo educacional no
ensino superior no Estado de Rondônia [5]. O presente trabalho traz uma breve revisão
histórica das dimensões acadêmicas das universidades públicas, consolidadas como o tripé da
educação superior: ensino, pesquisa e extensão [4]. Nas últimas décadas, planejamentos
racionais para fomentar a aplicação da pesquisa, como uma ação concreta para a sociedade,
vêm sendo delineados objetivando ampliar o desenvolvimento tecnológico do país [9].

Através de uma análise qualitativa, pode-se constatar o notável crescimento da

participação do setor de tecnologia no Produto Interno Bruto (PIB) de Florianópolis. O
crescimento tem sido auxiliado por também associações setoriais, facilidades de crédito e
pelos índices de desenvolvimento alcançados. O progresso tecnológico estimula a adoção de
atividades intersetoriais, resultando no desenvolvimento não apenas do setor tecnológico em
si, mas também de outros setores adjacentes. Isso leva à migração de determinados tipos de
atividades para o setor tecnológico, impulsionando ainda mais esse processo. A ação
empreendedora foi fundamental para modificar a cultura econômica regional, impactando
socialmente diversos outros setores e áreas marginalizadas economicamente. Em um curto
período de aproximadamente 30 anos, essa mudança de paradigma em relação à tecnologia
tornou-se mais relevante do que o turismo, que era uma base cultural/econômica de
Florianópolis, bem como a atividade de pesca, que também desempenhava um papel de pilar
na região [10].

CONCLUSÃO

A parceria público privada tem sido fundamental para o desenvolvimento de

ecossistemas de inovação em Florianópolis. A implementação de políticas municipais de
incentivo ao desenvolvimento, como a Lei de Inovação de Florianópolis em 2013, tem
contribuído para o crescimento do setor de tecnologia na região. Além disso, a formação de
uma mão de obra qualificada proveniente de instituições de ensino superior públicas tem sido
fundamental para o desenvolvimento do setor. É notável como a ação empreendedora foi
fundamental para modificar a cultura econômica regional, impactando socialmente diversos
outros setores e áreas marginalizadas economicamente. A parceria público privada tem sido
fundamental para o desenvolvimento de ecossistemas de inovação em Florianópolis.

REFERÊNCIAS

ACATE. ACATE: TECH REPORT 2021: panorama do setor de tecnologia catarinense

2021.. Florianópolis: Neoway, 2021. Disponível em: https://www.techreportsc.com. Acesso
em: 09 abr. 2023.
ACATE. Institucional. Disponível em: https://www.acate.com.br/institucional/. Acesso em:
08 abr. 2023.
FAPESC. Lei de Inovação de Florianópolis garante até R$ 15 milhões para inovação em
2013. 2012. Disponível em:
https://fapesc.sc.gov.br/04/17/1704-projeto-da-lei-municipal-de-inovacao-de-florianopolis-ser
a-votado-nesta-terca/2012/. Acesso em: 09 abr. 2023.
EXAME. Florianópolis é destaque com polo de inovação e tecnologia. 2020. Disponível
em: https://exame.com/brasil/florianopolis-e-destaque-com-polo-de-inovacao-e-tecnologia/.
Acesso em: 09 abr. 2023.
SC, Economia. O que faz de Florianópolis a segunda melhor cidade do país para
empreender. 2021. Disponível em:
https://economiasc.com/2021/01/29/o-que-faz-de-florianopolis-a-segunda-melhor-cidade-do-p
ais-para-empreender/#:~:text=Hoje%20é%20a%20principal%20atividade,Iomani%20Engelm
ann%2C%20presidente%20da%20ACATE.. Acesso em: 08 abr. 2023.

[1] Mainel (2023). Contribuições da Coordenação de Empreendedorismo e

Desenvolvimento Empresarial e Social do Centro de Apoio ao Desenvolvimento
Tecnológico da UnB para as Diretrizes Estratégicas da Política de Inovação
Institucional. CP, 3(16), 638-648. https://doi.org/10.9771/cp.v16i3.49326
[2] Matias-Pereira, Kruglianskas (2005). Gestão de inovação: a lei de inovação
tecnológica como ferramenta de apoio às políticas industrial e tecnológica do Brasil.
RAE electron., 2(4). https://doi.org/10.1590/s1676-56482005000200003
[3] Silva (2022). Vitrines tecnológicas como repositório e apoio aos Núcleos de
Inovação Tecnológica nos Institutos Federais. Cionline, 3(51).
https://doi.org/10.18225/ci.inf.v51i3.5992
[4] Reghelin (2022). inovação e as universidades públicas federais. p2p, 1(9),
104-120. https://doi.org/10.21721/p2p.2022v9n1.p104-120
[5] Moreira, Moreira, Araujo (2022). Indicadores da educação superior e os desafios
para o estado de Rondônia. REBES, 1(6), 19.
https://doi.org/10.18256/2447-3944.2022.v6i1.3448
[6] Cabral (2022). Implantação de um escritório de projetos de inovação e
desenvolvimento local em um instituto federal de educação, ciência e tecnologia.
IPTEC, 1(10), 106-122. https://doi.org/10.5585/iptec.v10i1.21499
[7] Manosso, Sartori, Machado (2022). Estratégias de Interação em Instituições de
Ciência e Tecnologia e Empresas Paranaenses. CP, 5(12), 1052.
https://doi.org/10.9771/cp.v12i5esp.33048
[8] Mota, Ferreira, Santoianni, Pires (2022). OS NÚCLEOS DE INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA NA PARAÍBA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES
PÚBLICAS. TeS, 6(22), 142-176. https://doi.org/10.29327/213319.22.6-7
[9] Santana, Rocha (2021). NÚCLEOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DO
ESTADO DA BAHIA: CONTRIBUIÇÕES PARA OS PROGRAMAS INSTITUCIONAIS
DE BOLSAS DE INICIAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E
INOVAÇÃO / CENTERS OF TECHNOLOGICAL INNOVATION IN THE STATE OF
BAHIA: CONTRIBUTIONS TO THE INSTITUTIONAL PROGRAMS FOR INITIATION
FELLOWS IN TECHNOLOGICAL DEVELOPMENT AND INNOVATION. BJD, 1(7),
448-468. https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-033
[10] Gomes (2020). O PAPEL DO ESTADO E A FORMAÇÃO DE ESPAÇOS
HIBRIDOS DE INOVAÇÃO EM CIDADES MÉDIAS BRASILEIRAS. GeoUECE,
16(9), 63-80. https://doi.org/10.59040/geouece.2317-028x.v9.n16.63-80