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1.

Resumo
A cinética química é a área da química que estuda as velocidades das reações
químicas, a partir de diversos conceitos, como a energia de ativação e a teoria das colisões,
que serão abordados neste relatório. Nesse sentido, reações entre tiossulfato de sódio
(Na2S2O3) e ácido clorídrico (HCl) foram realizadas com diferentes concentrações,
volumes e temperaturas, onde a primeira etapa da prática foi feita mantendo constante a
concentração de HCl e variando a concentração de tiossulfato de sódio, já na etapa 2 o
processo foi inverso ao primeiro, e por fim, na etapa 3 os processos da etapa 1 foram
replicados utilizando uma temperatura de 10 graus celsius. O tempo necessário para as
reações ocorrerem foi registrado de acordo com a coloração branca produzida pela reação,
dessa forma o tempo era marcado até o instante que o fundo do béquer não era mais
visível. Dessa forma, a prática abordou como a concentração de reagentes e a temperatura
influenciam na velocidade do consumo dos reagentes, ou seja, na velocidade da reação.

2. Resultados e Discussões

explicação de como se determina a ordem de uma reação


A partir da equação da velocidade de reação V =K [ A ]m ×[B]n sendo K constante da
velocidade, A e B concentração dos reagentes, sendo neste caso A o tiossulfato de sódio
(Na2S2O3), e B o ácido clorídrico (HCl), a partir desta equação podemos descrever duas
velocidades de reação para o tiossulfato, portanto:
m n
V 1=K [ A 1] ×[B 1]

V 2=K [ A 2]m ×[ B 2]n

V1 e v2 representa as diferentes velocidades de reação com base na concentração de


tiossulfato, a fim de encontrar a ordem de reação do tiossulfato e considerando que no
experimento a concentração de HCl se manteve constante, fazendo a razão entre as
velocidades chega-se que:
V 1 K [ A 1]m ×[B 1]n
=
V 2 K [ A 2]m ×[B 2]n

V 1 [ A 1]m
=
V 2 [ A 2]m

V1 A1
ln =MLn
V2 A2
V1
ln
V2
M=
A1
ln
A2
Dessa forma a ordem de reação depende da velocidade de reação e da concentração do
reagente.

explicação influência de temperatura e a energia de ativação na velocidade:


A teoria das colisões denota que para uma reação ocorrer é necessária a existência
de colisões. Desse modo, a velocidade de uma reação implica a exigência de uma
determinada frequência de colisões (concentração dos reagentes), de uma orientação
adequada (fator estérico) e de certa energia no momento das colisões (energia de
ativação). Nesse sentido, os estudos termodinâmicos garantem o envolvimento da
temperatura na energia cinética (Ec) dos compostos, como demonstrado pela Equação X:

Equação X: Ec = (3/2)*(R/Na)*T

onde “R” é a constante ideal dos gases, “Na” o número de Avogadro, e T a temperatura.
Dessa forma, com o aumento de temperatura, e consequentemente o aumento da energia
cinética das partículas, tem-se o aumento na frequência de colisões, e por fim, um aumento
na velocidade da reação. Ademais, visto essa relação de temperatura e velocidade da
reação, denota-se uma constante de velocidade “K” utilizada para determinar a velocidade,
onde K depende exclusivamente da temperatura. É válido ressaltar que a relação de
temperatura e velocidade NÃO é linear.
Nesse sentido, a partir da equação Y, que demonstra relação entre o coeficiente de
velocidade “K” e a razão de 1/T, onde T é a temperatura, é possível estruturar o gráfico de
lnK em função de 1/T (gráfico 1).

Equação Y: ln K = -Ea/RT + ln [A]

Gráfico 1: Relação entre ln K e 1T

É notório que a razão “-Ea/R” atua como o coeficiente angular da reta deste gráfico,
onde R é a constante ideal dos gases, e Ea a energia de ativação necessária para a reação
ocorrer.
Também se nota, através da Equação Y, a possibilidade de se determinar a Energia
de ativação da reação. Essa energia pode ser usada para prever a velocidade de uma
reação, onde reações com energia de ativação mais alta necessitam de mais energia para
ocorrerem, consequentemente seriam mais lentas que reações que exigem menor energia.
Nesse âmbito, o uso de catalisadores nas reações fornece uma diminuição na energia de
ativação, como demonstrado no gráfico 2, acelerando as reações.

2.1 Determinação da velocidade de reação do tiossulfato e da constante K de


cada béquer

A primeira parte da prática envolveu a construção de 5 soluções com diferentes


concentrações a partir de tiossulfato de sódio (0,3 mol*L^-1) e água, onde o tempo era
medido quando aplicado a essas soluções 5 mL de HCl (2 mol L^-1) e encerrado o tempo
quando não ser mais possível visualizar o fundo da solução, ademais foi calculado a
concentração final de tiossulfato de acordo com a seguinte equação:

Ci ×Vi
Cf =
Vf
Sendo Ci concentração inicial, Vi volume inicial e Vf volume final.

Desta maneira, a coleta de tempos e a estruturação de diferentes soluções


proporcionou o uso da Tabela 1 para a organização dos dados.

Tabela 1 - Soluções e tempos de reação

V(Na2S2O3) Tempo(s (Na2S2O3)i


Béquer ml V (H2O)ml ) MOL/L (Na2S2O3)F MOL/L
1 25 0 15 0,3 0,25
2 20 5 19 0,24 0,16
3 15 10 24 0,18 0,09
4 10 15 37 0,12 0,04
5 5 20 79 0,06 0,01
A partir da Tabela 1, é possível encontrar a velocidade de cada reação, com base na
equação da reação:

Na2S2O3 + 2HCl —-2NaCl + H2O +S +SO2 reação 1

A equação da reação é imprescindível para o cálculo da velocidade desta, devido ao


fato de a equação da velocidade envolver os coeficientes estequiométricos dos reagentes,
conforme demonstrado na Equação 1. Desta forma, tem-se que a velocidade de reação da
solução do béquer 1 é igual XX, e a velocidade da solução do béquer 3 é de YY.
−1 ∆ C
Utilizando a equação da velocidade média de reação dada porV = × , sendo
a ∆t
a o coeficiente estequiométrico, ΔC a variação de concentração e Δt a variação do tempo,
tem como resultado a seguinte tabela:

Tabela 2-velocidades de reação de cada béquer


Béque velocidade de reação
r (mol/s) x10^-3
1 3
2 4
3 3,75
4 2,1
5 0,6

A partir da equação da velocidade de reação V =K [ A ]m ×[B]n é possível calcular o


valor de K para cada bequer com base na tabela 2 e da reação 1

Tabela 3- valor de K para cada béquer

Béquer valor de K x10^-3


1 2,7
2 4,3
3 5,2
4 4,5
5 2,6

Como o valor de constante de velocidade K dependente apenas da temperatura,


percebesse que houve uma mudança de temperatura em cada béquer, afetando o
valor de K
2.2 Determinação da velocidade de reação e a constante K do ácido clorídrico
de cada béquer.
A segunda parte da prática consistiu na inversão das etapas da primeira etapa.
Dessa vez, as 5 soluções eram constituídas de ácido clorídrico (0,3 mol*L^-1) e água, onde
o tempo era medido quando aplicado a essas soluções 10 mL de tiossulfato de sódio (0,5
mol*L^-1) até quando não era mais possível visualizar o fundo da solução. A partir disso, foi
calculado a velocidade de reação e o valor da constante K seguindo os mesmos passos da
determinação do tiossulfato de sódio, desse modo foi construída a Tabela 2 para organizar
os dados das soluções.

Tabela 2 – velocidade de reação e valor da constante K

Béquer Velocidade de reação (MOL/S) x10^-3 Valor de K x10^-3


1 2 3,5
2 1,8 4
3 1,3 4
4 0,3 3

2.3 Efeito da temperatura


A terceira etapa da prática abordou a repetição da construção das soluções 1, 3 e 5
da primeira parte da prática (constituídas de tiossulfato de sódio e água, com adição de
ácido clorídrico), entretanto, dessa vez os reagentes utilizados eram resfriados até 10 graus
celsius em uma cuba com água e pedras de gelo. A temperatura foi acompanhada com o
uso de termômetros digitais. Através disto, foi elaborada a Tabela 3 para relacionar dados
das soluções e os tempos de reação.

Tabela 3 - Soluções a 10 graus celsius e tempos de reação

Béquer T (grau C) Tempo(s) Valor de K x10^-3


1 10 24 1,7
3 10 29 4,3
5 10 46 4,5

Por meio da Tabela 3, fica visível que a diminuição da temperatura resultou na


diminuição da velocidade da reação, fato que ocorre de acordo com a teoria explicada
anteriormente. Retomando, a diminuição da temperatura impacta a constante de velocidade
“K”, que representa os fatores da temperatura que influenciam na velocidade da reação,
como energia cinética das partículas, número e frequência de colisões efetivas, energia de
ativação, e outros fatores.
3. Conclusão

cheiro ruim (propriedade organoléptica) devido a liberação de enxofre na reação

conclusão da relação de temperatura e velocidade

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