Fundamentação teórica:

Com o objetivo de compreender o funcionamento de uma mesa de forças, o estudo do

equilíbrio estático se torna imprescindível. Desse modo, pela segunda Lei de Newton pode-se
considerar que o movimento de um corpo muda conforme a resultante das forças que agem
sobre ele (EQUAÇÃO 1), entretanto, se o corpo não exerce movimento, ou seja, sua aceleração
é nula, o somatório das forças que exercidas sobre ele deve ser nulo (EQUAÇÃO 2).

⃑
EQUAÇÃO 1: ∑ F=m× a
⃑
EQUAÇÃO 2:∑ F=0

Onde “m ” representa a massa do corpo, “a ” a aceleração do corpo e sum {Fx=0 } o

somatório de forças que agem sobre ele. Desse modo, sendo a força uma grandeza vetorial,
estas podem ser decompostas em eixos ortogonais. No caso de forças coplanares em situação
de equilíbrio estático, a decomposição é dada por (EQUAÇÕES 3):

⃑
EQUAÇÕES 3: ∑ F x=0
⃑
∑ F y=0
⃑
∑ F z=0

Nesse âmbito, as decomposição vetorial dessas forças em seus respectivos eixos

ortogonais ( “ x , y , z ”) possibilita a construção de equivalências entre essas forças, já que
existem entre elas ângulos, marcados pela mesa de forças. Assim, essas equivalências são
denotadas a partir da observação e descrição das forças e ângulos em um diagrama de forças,
que consiste na descrição analítica e vetorial dos vetores que atuam sobre um corpo em um
sistema (FIGURAS 1 E 2).

FIGURA 1: Diagrama de 3 forças no plano cartesiano.

FIGURA 2: Decomposição de 3 vetores.

 :

Através da análise do diagrama das forças, pode-se construir as equivalências entre as

forças (EQUAÇÕES 4 E 5).

EQUAÇÃO 4: T 1 x=F 1 ×sin γ

EQUAÇÃO 5 : T2x = F2 × sin ω

Onde “ γ ”, “ω ”, “T 1 x , F 1” e “T 2 x , F 2” estão representados nas FIGURAS 1 e 2.

Dessa maneira nota-se que com as equivalências construídas e a segunda Lei de Newton é
possível determinar os módulos das forças atuantes no sistema. Ainda nesse âmbito, existem
outros métodos para a determinação das forças desse sistema, como a Lei dos Senos e a Lei
dos Cossenos.

A Lei dos Senos também é baseada em um método de decomposição de vetores com

equivalências, nesse sentido a trigonometria de hipotenusas e catetos traz a possibilidade da
determinação de todas as forças de um sistema, dependendo de ângulos e forças conhecidas
(FIGURA 3).

FIGURA 3: Decomposição de vetores para a determinação da Lei dos Senos.

Diante disso, a análise dessa decomposição denota as seguintes equações (EQUAÇÕES

6).

⃑ ⃑
EQUAÇÕES 6: ab= F 1 ×sin α = F 2 × sin β
 ⃑ ⃑
cd = F ×sin α = F 2 × sinϴ

Por fim, a manipulação matemática das equações 6 possibilita a igualdade capaz de

determinar uma força com apenas 2 ângulos e outra força oposta a um desses, ou determinar
um ângulo com apenas 2 forças e outro ângulo oposto a uma dessas.

EQUAÇÃO 7:
⃑ ⃑ ⃑
F F2 F1
= =
sin ϴ sin α sin β

Outra técnica utilizada para a determinação de forças em um sistema é a Lei dos

Cossenos, proveniente do Teorema de Pitágoras e trigonometria envolvendo cossenos, como
demonstrado a seguir: (FIGURA 4).

FIGURA 4: Triângulo base para a construção da Lei dos Cossenos.

Nesse sentido, de acordo com a análise da figura 4 podemos aplicar o Teorema de

Pitágoras entre os triângulos (EQUAÇÕES 8), bem como a trigonometria para equivalências de
ângulos e lados (EQUAÇÃO 9).

EQUAÇÕES 8: c 2=m2 +h2

b 2=h2 +( a−m)2

EQUAÇÃO 9:
m=c ×cos B
Utilizando operações matemáticas para isolar e substituir incógnitas das equações 8 e
9, como c 2−m 2=h2 e o desenvolvimento do produto notável (a−m)2=a2−2am +b 2, torna-
se possível denotar a Lei dos Cossenos (EQUAÇÃO 10). Através dessa lei é possível determinar
relações entre forças e o módulo delas.
 EQUAÇÃO 10: b 2=c 2+ a2−2 ac ×cos B

Pode-se ainda denotar, que em casos de aplicação da Lei dos Cossenos em que o
ângulo usado é externo ao triângulo, utilizasse a fórmula com o sinal oposto (EQUAÇÃO 11), já
que os valores do cosseno no segundo quadrante de um plano cartesiano possuem caráter
negativo. Dessa forma, com os dois sinais negativos na equação, se obtêm o sinal positivo.

EQUAÇÃO 10: b 2=c 2+ a2 +2 ac × cos B