Você está na página 1de 17

DIMENSIONAMENTO DA VIGA 114

VERIFICAÇÕES DOS ESFORÇOS TRANSVERSOS (ESTRIBOS)

13 DE OUTUBRO DE 2022
Nomenclatura
C -------------- Recobrimento
γG ----------- Coeficientes de majoração
ψ-------------- Coeficientes de combinação
P P ---------- Peso próprio

L------------ Comprimento ao longo de 1m


b ------------- Largura da viga
γ c ---------Peso específico do betão

H ALV ---------Altura da alvenaria

γ blo -----------Peso específico dos blocos

Psd ----------- Esforço de dimensionamento

μ -------------- Momento reduzido


M sd ----------- Momento fletor de dimensionamento

d --------------- Altura útil


f cd ------------- Tensão característico de dimensionamento

f cu -----------------Tensão de rotura

f ck ------------------------ tensão de rotura do betão à compressão

f ky -------------------- Tensão de cedência do Aço


A S 1 ------- Secção da armadura de tração

A S 2 ------- Secção da armadura de tração

Γ c --------- Tensão do betão

V ed ----------- Esforço transverso de dimensionamento

A sw -------------- secção da armadura do esforço transverso


( )
s

A
( sws )min ------------- Secção da armadura mínima do esforço transverso
A
( sws )máx------------- Secção da armadura máxima do esforço transverso
Dimensionamento da viga 114

Uma vez em que a mesma viga já foi dimensionada, o objetivo deste


dimensionamento ou redimensionamento é para verificação dos esforços transversos
se á necessidade de fazer o reforço nesta viga.

Futuramente teremos ao longo da viga uma carga uniformemente distribuída de


Alvenaria simples bloco vazado 40.20.20.

Matérias: Betão C25/30 Aço A500NR Recobrimento C=4cm

Ações:

Coeficientes de majoração: γG = γQ = 1.5

Coeficientes de combinação: ψ1 = 0.4; ψ2 = 0.2

Secção da viga: 0.35×0.40 m2

Espessura da laje: 0.22m

Comentários ao modelo de cálculo: − Consideramos as vigas como contínuas, i.e.,


desprezou-se a continuidade na ligação aos pilares; − Considerou-se que as lajes
descarregam apenas nas vigas transversais.

1-Cálculo das ações na viga

Cálculo do peso próprio da viga

Para o peso próprio da viga vamos calcular ao longo de um metro um metro

kN
P P=L ×H × l ×γ =1 ×0.35 ×0.40 × 25=3,5
c
m
Cálculo do peso próprio da
parede

Para o peso próprio da


parede vamos calcular numa
faixa de 1m

kN
P p= L× H ×γ bl =1 ×3,60 ×0.20 ×13=9,36
ALV ×hbl
m

kN
P Reboc o=l × H ALv ×e espessura ×γ Reboco =12,66 ×3,6 ×0,020 × 2× 0,20 =
m

Cálculo da carga da laje para distribuição na viga (q cdv )

para determinação desta carga consiste pela aplicação do princípio do trabalho virtuais
(P.T.V).
Vem
24 mα
q cdv = 2
l
O REBAP (artº 43.3c) permite a aplicação deste método no dimensionamento de laje
continuas limitando a relação entre o momento e o dimensionamento no vão e apoio.
mα →valor do momento resistente ao longo das charneiras.
2 2
mα =m R x cosα + mR y s en α
Para calcular os momentos resistentes (m Rx ; m Ry ) precisamos dos esforços da laje,
quanto isso temos que dimensionar a nossa laje.

Aplicando métodos das


bandas
Os valores de α devem ser
determinados por forma a
obter diagramas de
momentos próximos dos
elásticos e não forçar a
redistribuições
exageradas.
Como as nossas lajes são
semelhante então vamos
analisar o contorno de
(V114,V107,V110).
Separando os nossos painéis temos:
Modelo de cálculo

Painel 1 Painel 2

Comos os dois lados são


iguais então, vamos
analisar somente
para um painel (laje).

Cálculo dos esforços de


dimensionamento
Como Lx=Ly logo α =0,5 ; δ x =δ y ; q x =α Psd ; q y =α P sd
Considerando que:

r kN
rev =1,5
m2

P ¿ 1,5+2 +5+1,75=10,25 kN
sd
m2

SC kN
Utilização
¿ 2kN q x =q y =α Psd =0,5× 10,25=5,125 2
m2 m

P kN
plaje =0,20× 25=5
m2

P kN Banda 1-1 eixo xx


p=1 ,7 5
m2

Cálculo do momento fletor (kN . m )

Banda 1-1 eixo yy


Cálculo do momento fletor (kN . m )

Banda 2-2 eixo x

Cálculo do momento fletor (kN . m )

Banda 3-3 eixo x


Cálculo do momento fletor (kN.m)

Cálculo da armadura

M sd
μ= ;d=h−0,03=0,17 m ; b=1m ω=μ(1+ μ);
b . d 2 . f cd

ω . b . d . f cd
A s= ×10
3
f syd

Band Direção M sd μ ω 2
A s (adoptado)
A s( cm ¿
a (KN.m) m

1-1 12 0,024 0,025


y 0,96 1,68 → ∅ 8//30

-22,5 0,046 0,048 1,84 2,01 → ∅ 8//25

14,4 0,029 0,03 1,15 2 , 87 → ∅ 8//17,5


x
2-2
-25,7 0,052 0,055 2,11 3,35 → ∅ 8/15

y
10,47 → ∅ 10//7,5
3-3 x 95,1 0,197 0,214 8,22

y
Cálculo dos momentos resistentes

A sdxy
μ Rd= ; M Rd =b . d 2 . f cd . μRd
b . d . f cd

Banda Direção μ Rd M Rd (kN.m)


1-1 x
0,025 24,13
y 0,030 14.48

2-2
x 0,043 20,75
0,051 24,61

y
3-3
x 0,160 77,22
y

Escolhemos o nosso maior momento M Rd x ; M Rd y

Logo temos: M Rdx =77,22 kN . m ; M Rd y =14,48 kN . m

mα =m Rx cosα 2+ m Ry senα 2

Para calcular o nosso valor do momento plástico com uma qualquer direção ( mα ) vai
faltar os ângulos para isso temos que recorrer ao método das charneiras plástica.

método das charneiras plástica


Logo temos
a nossa laje
:
Como estamos a analisar por enquanto á V114 em seguida teremos
2 2
mα =77,22 cos 45 +14,48 sen 45 =45,85 kN . m

Em seguida calculamos a carga da laje que descarrega na viga

24 mα 24.45,85 kN
q cd j v = = =6,87
l 2
12,66 2
m

Determinação dos esforços da viga

Psd=1 , 35 ( P P viga + PPar + Prebo +q cdjv ) +1,5 SCUSO

kN
Psd=1,35 ( 3,5+9,36+ 0,20+ 6,87 ) +1 ,5 × 2=29,91
m

Cálculo do momento fletor (kN . m )


Esforço transversos (kN ¿

1-Determinação das armaduras (E.L.U flexão)

Para meio vão:

M sd
μ= 2
b . d . f cd

∅l 16
d=h−c−∅ t − =400−40−8− =0,344 m
2 2

149,8
μ= =0,22; ω=0 , 249
0,35. 0,3442 .16,7 .10 3

ω . b . d . f cd 0 , 249.0,35 .0,344 .16,7


AS = = =3 ,35 cm2 → 6,03 cm2 3 ∅ 16, .
1
f syd 435

A s =β A S =0,2. 6,03=1,2cm2 →2,01 cm 2 ∅ 16


2 1

adaptando A S 1=6,03 cm2 → 3 ∅ 16 isto quer dizer que cumpri com valor do
projetista que é A S=6,03 cm2 → 3 ∅ 16

Para o apoio:
71
μ= =0,10; ω=0 , 107
0,35. 0,3442 .16,7 .10 3

ω . b . d . f cd 0 , 107 .0,35.0,344 .16,7 2


AS = = =4 ,9 5 cm
1
f syd 435

A s =β A S =0,2.4,02=0,804 cm2 → 2 ∅ 16
2 1

adaptando A S 1=6,01 cm2 → 3 ∅ 16 isto quer dizer que cumpri com valor do
2
projetista que é A s =6,28 cm → 2 ∅ 16
1

Armadura mínima

Para evitar a rotura frágil.

0,26.b t . d . f ctm 0,26.0 .35 .0 .344 .2,6 2


A s= = =1,63 cm
f yk 500

Armadura máxima

4 2
A smáx =0,04. b . h=0,04.0,35.0,40 . 10 =53 cm

2-Cálculo para o esforço transverso

A máxima compressão surge junto ao apoio – zona onde Vsd é máximo.

A rotura ocorre, em geral, na biela a seguir ao apoio, onde a resistência do betão à


compressão é menor (na última biela “em leque” surge um campo biaxial de tensões
que conduz a um aumento da resistência à compressão do betão). Isto segundo o
Euro Código 2 ou NP -EN 1992-1-1.

As tensões de tracção nos estribos originam uma diminuição da resistência à


compressão do betão, pelo que
Verificação das tensões nas bielas comprimidas

V ed f cu
Γ c= ≤ 0,6( 1− )f
0,90. d .b . Sen ( ∅ ) . cos ( ∅ ) 250 cd

V ed f
Γc= ≤0,6 (1− cu )f cd
0,90. d .b . Sen ( 30 ) . cos ( 30 ) 250

180,3
Γc= =1,35 MPa
0,9.0,344 . Sen (30 ) . cos (30)

(
Logo 0,6 1−
25
250 )
.16,7=9,018 MPa

1,35 ≤ 9,018 MPa

Isto quer dizer que cumpri com a condição.

Na biela em leque considera-se para verificação da segurança

Γ c ≤ 0,85 f cd
(A R
PILAR
≤ 0,85 f cd
)
R=1,2V ed =1,2. 71=kN ; A pilar =0,35.0,40=1400 cm 2

0,5684 ≤ 14,2 ( 0,060 ≤ 14,2 ) MPa

Isto quer dizer que cumpri com a condição.

Caso não cumprisse com a condição acima cita os possíveis modos de roturas

1) Rotura dos estribos


2) Rotura por esmagamento do betão (nas bielas comprimidas)
1 2

Armadura mínima de esforço transverso

A sw = ρl . b w
( )min
s

0,08 √ 25
ρl = =0.0008
500

2 2
cm cm
→ A sw =0.0008 .0,35=2,8 → 2.82 ∅ 6 /¿ 0 , 20
( )min
s m m

Para verificação das armaduras há calculada ou usado em obra é:

2
cm
A sw =8,04 → ∅ 8 /¿ 0,125
( )
s m

A sw ≤A sw
( )min ( )
s s

2 , 82≤ 8,04

Isto quer dizer que cumpri com a condição.

Você também pode gostar