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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA-A POLITÉCNICA

Instituto Superior de Humanidades Ciências e Tecnologias

Curso: Engenharia civil

Resiliência Climática em Estradas de Moçambique. Caso de estudo: Rua


4000 (Mercado Brandão – E.S Felipe Nyusi)

Nome do autor: Lúcio da Verónica Orlando

Quelimane
2024
Lúcio da Verónica Orlando

Resiliência Climática em Estradas de Moçambique. Caso de estudo: Rua 4000


(Mercado Brandão – E.S Felipe Nyusi)

Projecto de Pesquisa para monografia,


apresentado ao Instituto Superior de
Humanidades Ciências e Tecnologias como
requisito parcial para a obtenção do Grau de
Licenciado em Engenharia Civil.

Tutor: Lic. xxxxxxx

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Quelimane
2024

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Sumário

Capítulo 1

1. Introdução.........................................................................................................................10
2. ProblemadeInvestigação....................................................................................................11
3. Justificativa........................................................................................................................11
4. Fundamentação Teórica ou RevisãodeLiteratura...............................................................12
5. Objectivos..........................................................................................................................12
6. Hipóteses ou PerguntasdeInvestigação..............................................................................13
7. Metodologia.......................................................................................................................24
8. ResultadosEsperados..........................................................................................................25
9. Cronograma........................................................................................................................26
10. Orçamento..........................................................................................................................27
11. Referências.........................................................................................................................28
12. Apêndices...........................................................................................................................29
13. Anexos

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1. Introdução

Em um contexto global de mudanças climáticas, as infra-estruturas rodoviárias em Moçambique enfrentam


desafios singulares e urgentes relacionados à resiliência climática. Moçambique, é um pais localizado na
costa sudeste da África, e é uma nação que experimenta uma diversidade climática marcante,
desde as áreas costeiras até as regiões internas. Essa diversidade climática contribui para a
complexidade dos desafios enfrentados pelas rodovias do país.
Os eventos climáticos extremos, como ciclones, são cada vez mais frequentes e intensos,
resultando em danos significativos às infra-estruturas de transporte, incluindo estrada . Como
observado pelo Relatório de Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas de Moçambique (DNECC,
2018), "o país é susceptível a eventos climáticos extremos, incluindo ciclones, enchentes e secas, que
ameaçam as infra-estruturas rodoviárias.

A resiliência climática das rodovias moçambicanas não é apenas uma questão de infra-estrutura,
mas também está intrinsecamente ligada aos meios de subsistência das comunidades locais. A
conectividade viária é essencial para o acesso a serviços básicos, como saúde e educação, e para o
transporte de mercadorias. Portanto, a interrupção causada por eventos climáticos extremos pode
ter impactos socioeconómicos significativos, exacerbando a vulnerabilidade das populações locais.
Nesse cenário, compreender como as estradas podem ser fortalecidas para resistir e se adaptar aos impactos
climáticos é de crucial importância. Conforme ressaltado por Machava et al. (2021), "a resiliência climática
das estradas em Moçambique é um elemento-chave para promover a conectividade e o desenvolvimento
sustentável, especialmente em áreas propensas a eventos climáticos extremos".

Ao trazer à tona a perspectiva de Aldo Leopold de que "A harmonia com a terra é como a
harmonia com um amigo; você não pode simpatizar com ela de uma única vez e se afastar dela",
reconhecemos a necessidade de estabelecer uma relação sustentável com o meio ambiente. Este
estudo, visa não apenas mitigar os impactos das mudanças climáticas nas estradas moçambicanas,
mas também promover uma convivência harmónica e resiliente.

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2. Problema de investigação

A vulnerabilidade das estradas em Moçambique frente às mudanças climáticas pode acarretar uma
serie de problemas, como dificuldade de acesso a serviços essenciais, como saúde e educação. A falta
de resiliência das rodovias moçambicanas também trazem impactos económicos severos a medida que
interrupções no tráfego vão se tornando recorrentes. Sectores como a agricultura, comercio e turismo
acabam sendo os mais afectados, prejudicando o crescimento económico e a criação de empregos.

De salientar que as estradas não projectadas para resistir a condições climáticas adversas exigirão
manutenções e reparos mais frequentes, resultando em custos mais elevados para o governo. E
eventualmente isto pode se traduzir em orçamentos públicos esticados e limitações de recursos para
outros sectores. Danos frequentes também podem levar a impactos ambientais negativos, como a
erosão do solo, contaminação de recursos hídricos e perturbação de ecossistemas locais.

A falta de estradas resilientes esta intrinsecamente liga a insegurança e ma qualidade de vida da


população a medida que esta expõe as pessoas a riscos durante eventos climáticos extremos, como
inundações e ciclones, podendo resultar em perdas humanas e danos materiais significativos.

A vulnerabilidade das estradas em Moçambique frente as mudanças climáticas torna imperativa a


exploração de estratégias de engenharia inovadoras. Como salientado por Winston Churchill, "O
pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o optimista vê oportunidade em cada dificuldade".
Nesse contexto, a pesquisa visa transformar desafios em oportunidades, buscando resposta para a
pergunta central:
 Como estratégias de engenharia podem ser implementadas para tornar as
estradas em Moçambique mais resilientes às mudanças climáticas e extremos
meteorológicos, minimizando os custos de manutenção?

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3. Justificativa

A pesquisa sobre resiliência climática em estradas em Moçambique é de suma importância devido


à intersecção crítica entre infra-estrutura viária, mudanças climáticas e o desenvolvimento
socioeconómico do país. Ao longo das últimas décadas, Moçambique tem enfrentado crescentes
desafios associados a eventos climáticos extremos, como ciclones tropicais, inundações e secas.
Esses fenómenos representam uma ameaça significativa para a estabilidade das estradas,
impactando directamente a conectividade, segurança viária e, por conseguinte, o progresso
económico.

A infra-estrutura rodoviária é uma espinha dorsal para o desenvolvimento, facilitando o transporte


de mercadorias, o acesso a serviços básicos e promovendo a integração regional. No entanto, as
estradas moçambicanas estão cada vez mais expostas a riscos climáticos que comprometem sua
funcionalidade e durabilidade. A relevância desta pesquisa reside na necessidade urgente de
desenvolver estratégias de engenharia civil adaptadas às condições climáticas específicas de
Moçambique, visando fortalecer a resiliência das estradas e, por conseguinte, sustentar o
crescimento económico.

Um dos principais motivos que justificam esta pesquisa é a evidência clara dos impactos negativos
das mudanças climáticas nas infra-estruturas rodoviárias. Eventos extremos, como os ciclones Idai
e Kenneth em 2019, causaram danos significativos às estradas, interrompendo rotas cruciais e
isolando comunidades. Além disso, as inundações sazonais e secas prolongadas afectam a
estabilidade do solo e a estrutura das estradas, resultando em degradação acelerada e aumentando
os custos de manutenção.

O esforço de realização desta pesquisa é justificado pela necessidade premente de desenvolver


soluções práticas e sustentáveis para enfrentar esses desafios. A adaptação das estradas
moçambicanas às mudanças climáticas não é apenas uma medida preventiva, mas uma iniciativa
essencial para garantir a resiliência do país diante de futuros eventos climáticos extremos. A
pesquisa visa identificar e propor estratégias específicas que possam ser implementadas em
projectos de engenharia civil, considerando as características geográficas, climáticas e
socioeconómicas únicas de Moçambique.

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Do ponto de vista teórico, a pesquisa contribuirá para o avanço do conhecimento em engenharia
civil adaptada às condições climáticas específicas. A compreensão aprofundada das interacções
entre factores climáticos e estruturas rodoviárias permitirá o desenvolvimento de abordagens mais
eficazes e sustentáveis. Além disso, a pesquisa contribuirá para a construção de um corpo de
conhecimento que pode ser aplicado não apenas em Moçambique, mas em outras regiões
enfrentando desafios semelhantes.

Em termos práticos, as contribuições da pesquisa são multifacetadas. Em primeiro lugar, oferecerá


orientações valiosas para os profissionais da área de engenharia civil, permitindo que integrem
considerações climáticas nos projectos de construção e manutenção de estradas. Essa aplicação
prática é essencial para garantir que as estradas resistam não apenas às condições climáticas
actuais, mas também às futuras. Além disso, as autoridades governamentais serão beneficiadas ao
obterem insights específicos para a formulação de políticas e regulamentações que promovam a
resiliência climática nas infra-estruturas rodoviárias.

Outra contribuição prática significativa será a orientação para investidores e agências de


desenvolvimento. A pesquisa fornecerá uma base sólida para a tomada de decisões relacionadas a
investimentos em infra-estrutura, destacando a importância de considerar a resiliência climática
como um componente integral de projectos de estradas. Isso não apenas protegerá os investimentos
contra riscos climáticos, mas também contribuirá para o desenvolvimento sustentável a longo
prazo.

Além disso, a pesquisa terá implicações para a segurança da população, reduzindo os riscos
associados a estradas vulneráveis a eventos climáticos extremos. Ao fortalecer a resiliência das
estradas, a pesquisa contribuirá para a mitigação de impactos negativos na mobilidade, acesso a
serviços essenciais e segurança dos cidadãos.

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4. Fundamentação Teórica ou Revisão de Literatura

4.1. Conceitos básicos

4.1.1. Alterações Climáticas Globais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) destaca que o aumento global
das emissões de gases de efeito estufa é um factor significativo nas mudanças climáticas
observadas. As concentrações crescentes desses gases contribuem para o aquecimento global,
influenciando os padrões climáticos em escala mundial. Para Moçambique, isso se traduz em um
aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como tempestades tropicais
e inundações (IPCC, 2021).

4.1.2. Mudanças Climáticas e seus Impactos em Estradas

As mudanças climáticas globais representam uma ameaça significativa para as estradas a nível
global, com evidências claras de aumento nas temperaturas médias, padrões climáticos extremos e
mudanças nos regimes de precipitação (IPCC, 2021). Tais alterações têm implicações directas na
resiliência das infra-estruturas rodoviárias, demandando uma abordagem abrangente para entender
e mitigar os impactos.

Estudos de Kalanda-Joshua et al. (2019) ressaltam que as estradas são particularmente impactadas,
enfrentando desafios significativos devido à erosão, deslizamentos de terra e danos estruturais
decorrentes desses eventos climáticos extremos.

4.1.3. Efeitos Específicos em Infra-estruturas Rodoviárias de Moçambique

As alterações climáticas têm efeitos profundos nas infra-estruturas rodoviárias de Moçambique,


com impactos que vão além da deterioração física das estradas. Mafuleka et al. (2020) destacam
que os efeitos específicos incluem interrupções na conectividade, aumento nos custos de
manutenção e, crucialmente, consequências socioeconómicas negativas.

A degradação das estradas compromete a capacidade de transporte, afectando o acesso a serviços


essenciais, como saúde e educação. Além disso, a interrupção das rotas de transporte pode ter
implicações económicas significativas, prejudicando o comércio e a mobilidade da população.

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O estudo de Nhamo et al. (2022) ressalta a necessidade de considerar não apenas a infra-estrutura
física das estradas, mas também a integração de medidas de adaptação baseadas na comunidade.
Isso implica em incorporar conhecimentos locais e práticas tradicionais na concepção e
implementação de estratégias de resiliência climática, a fim de fortalecer a capacidade das
comunidades locais para lidar com os impactos das mudanças climáticas nas estradas.

A adaptação climática em estradas de Moçambique, portanto, deve ir além da simples resistência


física das infra-estruturas. É fundamental adoptar uma abordagem holística, considerando factores
sociais, económicos e ambientais. Isso não apenas aumentará a resiliência das estradas em face das
mudanças climáticas, mas também contribuirá para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da
qualidade de vida das comunidades afectadas.

4.2.1. Estratégias de Engenharia para Resiliência Climática em Estradas

A implementação de estratégias de engenharia desempenha um papel crucial na promoção da


resiliência climática em estradas de Moçambique. De acordo com Kalanda-Joshua et al. (2019),
abordagens inovadoras são essenciais para fortalecer a infra-estrutura rodoviária contra os
impactos das mudanças climáticas. Isso inclui o desenvolvimento de estratégias que vão além da
resistência física, considerando a flexibilidade e adaptabilidade das estradas diante de eventos
climáticos extremos.

4.2.2.1. Estratégias globais de adaptação de infra-estruturas rodoviárias

Autores renomados como Adapting Infrastructure to Climate Change (2010) de E. Moser e


J.A. Ekstrom oferecem uma visão abrangente sobre o tema. Eles enfatizam a necessidade de
considerar projecções climáticas ao planejar infra-estruturas, destacando a importância da
flexibilidade e da incorporação de abordagens de gestão de risco.

4.2.1.1. Experiências internacionais notáveis

Podem ser observadas nos Países Baixos, onde o livro Climate Adaptation in the Netherlands
(2016) de P. Leroy discute estratégias bem-sucedidas, incluindo a implementação de sistemas
de gestão de águas pluviais inovadores e técnicas de elevação de estradas para enfrentar
inundações.

4.2.1.2. Lições aprendidas

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O Projecto de Adaptação à Mudança Climática na Rodovia Transalpina (2009-2016) na
Áustria, conforme documentado por K. Eisenkolb e outros, enfatizam a importância da
participação da comunidade, monitoramento contínuo e ajustes flexíveis nos planos de
adaptação.

Melhores práticas

Conforme discutidas por autores como S. Kienberger em Climate Resilient Urban


Development (2016), incluem o uso de tecnologias inteligentes, sensores para monitoramento
em tempo real e a integração de dados climáticos nas decisões de projecto para garantir a
resiliência a longo prazo das infra-estruturas rodoviárias. A colaboração interdisciplinar é um
ponto-chave, conforme destacado por autores como R. Dawson em Infrastructure Planning
and Finance (2007).

4.2.2. Reforço da Pavimentação

O reforço da pavimentação emerge como uma estratégia central para enfrentar os desafios da
resiliência climática. Estudos, como o de Mafuleka et al. (2020), indicam que a utilização de
materiais mais robustos e técnicas avançadas de pavimentação pode minimizar os danos causados
por eventos climáticos adversos. Além disso, a aplicação de tecnologias que proporcionam maior
durabilidade às camadas asfálticas contribui para a manutenção da integridade estrutural das
estradas em condições climáticas extremas.

4.2.3. Implantação de Drenagens Eficientes

A gestão eficaz da água é essencial para enfrentar os desafios de inundações e erosão em estradas
moçambicanas. Conforme ressaltado por Nhamo et al. (2022), a implementação de sistemas de
drenagem eficientes é uma medida crucial para prevenir danos causados por chuvas intensas.
Estratégias que incluem canais de escoamento, bacias de retenção e sistemas de drenagem
sustentáveis são fundamentais para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

4.3.4. Utilização de Materiais Resilientes e de Baixo Custo

A escolha de materiais resilientes e de baixo custo é uma consideração crucial na busca por
soluções sustentáveis em resiliência climática. Conforme destacado por IPCC (2021), a utilização
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de materiais alternativos e sustentáveis pode não apenas fortalecer a resiliência das estradas, mas
também contribuir para a redução do impacto ambiental. Estudos como os de Kalanda-Joshua et
al. (2019) enfatizam a importância de desenvolver tecnologias acessíveis que atendam aos padrões
de resiliência, especialmente em contextos onde recursos financeiros podem ser limitados.

Em síntese, as estratégias de engenharia para resiliência climática em estradas de Moçambique


demandam abordagens multifacetadas. O reforço da pavimentação, a implementação de drenagens
eficientes e a escolha criteriosa de materiais desempenham papéis cruciais na promoção da
durabilidade e resistência das estradas diante das mudanças climáticas. Essas medidas não só
protegem as infra-estruturas rodoviárias, mas também contribuem para a sustentabilidade.

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5. Objectivos
5.1. Objectivo gerais
 Analisar quais e como implementar as estratégia de engenharia civil, de modo a aumentar
a resiliência das rodovias moçambicanas fazendo com que hajam menos manutenções.
5.2. Objectivos específicos

 Identificar as estratégias de engenharias usadas na implementação do projecto assim


como na execução das obras referentes a Rua. 4000;

 Demonstrar a importância das estratégias de engenharia civil que visam garantir a


resiliência climática das rodovias.

6. Perguntas de investigação

 Quais são as estratégias de engenharia com vista a garantir a resiliência climática das
rodovias?

 Qual e a importância das estratégias de engenharia civil que visam garantir a resiliência
climática?

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7. Metodologia
O presente capitulo ocupa-se da metodologia e possui os seguintes pontos:.

7.1. Tipo de investigação

Quanto a abordagem, a pesquisa classifica-se em quali-quantitativa, segundo Severino


(1999), a pesquisa quali-quantitativa apresenta uma abordagem que integra elementos
qualitativos e quantitativos. Permitindo uma compreensão mais completa dos fenómenos
estudados, possibilitando não apenas a analise estatística, mas também a exploração de
aspectos subjectivos e contextuais.

No concernente aos objectivos, a pesquisa e descritiva-explicativa. Segundo os autores


Lakatos e Marconi (2010), essa integração enriquece a pesquisa ao permitir uma analise mais
profunda e contextualizada, contribuindo para uma compreensão mais abrangente do
fenómeno investigado.

No que concerne a metodologia, a pesquisa desenvolvida neste trabalho enquadra-se no


estudo de caso, segundo os autores Lakatos e Marconi (2010), discutem o estudo de caso
como uma estratégia de pesquisa que permite uma investigacao aprofundada de um fenómeno
em seu contexto natural. Eles enfatizam a utilidade do estudo de caso em situacoes em que o
pesquisador não pode manipular directamente as variáveis ou quando o foco e em uma
compreensão holística e contextualizada.
7.2 Participantes/amostras
Segundo Marconi e Lakatos (1999:43), universo ou participantes e o conjunto de seres que
apresentam pelo menos uma característica comum.

Sendo assim o universo ou população desta pesquisa são Engenheiros de infra-estruturas,


comunidades locais, autoridades governamentais, especialistas em climatologia e empresas de
construção civil.

Amostra: e uma parcela seleccionada do universo ou participantes. neste contexto foram


determinado (20) dos quais, 2 engenheiros de infra-estrutura, 8 membros da comunidade local,
2 membros das autoridades governamentais, 2 especialistas em climatologia e 2 empresas de
construção civil.

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7.3 Instrumentos de Recolha de Dados

Os instrumentos usados no presente trabalho foram:

Formulários impressos e online, com perguntas fechadas, onde os participantes


seleccionam entre opções como sim ou não ou escolhem uma escala;

Roteiro de entrevista, com perguntas pré-determinadas, permitindo flexibilidade para


explorar mais profundamente determinados aspectos;

Roteiro de entrevista mais flexível, como guia de entrevista com perguntas mais amplas,
incentivando o entrevistador a seguir as respostas do entrevistado em detalhes;

Lista de verificação, diário, guia de observações e cameras fotográficas, para registar


comportamentos eventos ou padrões específicos. Exemplo: formulário estruturado para
anotar observações detalhadas durante a presença física no local de estudo.

Listas de categorias ou critérios para analisar documentos, textos ou registros.

Exemplo: tabelas e matrizes de analise contendo categorias especificas que são usadas
pelo entrevistador para classificar e analisar informações dos documentos;

Nesta subsecção do projecto deverão ser descritos, em pormenor, o material (testes,


escalas, questionários, etc.) a ser utilizado no estudo (origem, características, etc.) e o
porquê da utilização desse material (o mais indicado, o mais acessível, etc.). Devem- se
apresentar exemplos das questões ou factores que constituirão os instrumentos,
propriedades estatísticas, entre outros aspectos considerados pertinentes. No entanto,
deve-se ter o cuidado para não descrever os procedimentos nesta secção.

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7.4Procedimentos Técnicos

7.4.1. Adaptação e Aferição dos Instrumentos

Os formulários, roteiros e listas de verificação tanto quanto de categorias das


entrevistas foram adaptados para capturar as perspectivas específicas de engenheiros
de infra-estruturas, membros da comunidade local, autoridades governamentais,
especialistas da climatologia e empresas de engenharia civil, em relação à resiliência
climática em estradas de Moçambique. A aferição garantiu a compreensão e
pertinência das questões para cada grupo.

7.4.2. Realização do Pré-teste dos Instrumentos da Pesquisa

Um pré-teste foi conduzido com um grupo diversificado que incluiu engenheiros,


membros da comunidade, especialistas em climatologia, representantes do governo e
empresas de construção civil. O feedback obtido ajudou a refinar as perguntas,
considerando a compreensão e relevância cultural.

7.4.3. Aplicação de Instrumentos

A pesquisa envolveu entrevistas com engenheiros de infra-estruturas, especialistas em


climatologia, membros do governo, empresas de construção civil, além de
questionários distribuídos à comunidade local. As entrevistas foram agendadas para
obter insights detalhados, enquanto os questionários buscaram uma visão mais ampla
da comunidade, a camera fotográfica serviu para documentar visualmente
características relevantes e as listas de verificação para avaliar politicas
governamentais relacionadas a resiliência climática.

7.4.4. Colecta de Dados em Campo

Durante a colecta de dados, foram realizadas entrevistas em profundidade com


engenheiros de infra-estruturas em empresas de engenharia civil para entender os
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desafios técnicos, também com especialistas em climatologia para analisar padrões
climáticos locais, foi engajada a comunidade local para identificar os principais
aspectos socioeconómicos devido a falta de resiliência nas rodovias e foi recolhido
documentos oficiais do governo relacionados à resiliência climática em estradas.

7.4.5. Análise dos Dados a Colectar no Campo

Os dados foram analisados considerando as diferentes perspectivas. A análise incluiu


a identificação de padrões climáticos específicos, avaliação das práticas de engenharia
existentes, compreensão das preocupações da comunidade local e revisão de políticas
governamentais relacionadas à resiliência climática em estradas.

Nesta subsecção do projecto, o estudante deverá descrever, em pormenor, os


procedimentos a desenvolver para a realização da pesquisa, nomeadamente,
procedimentos a utilizar para:
7.4.1 adaptação e aferição dos instrumentos
7.4.2 a realização do pré-teste dos instrumentos dapesquisa
7.4.3 aplicação deinstrumentos
7.4.4 a colecta de dados nocampo
7.4.5 a análise dos dados a colectar nocampo
É importante delimitar-se cuidadosamente cada passo da execução do estudo.
8. Resultados esperados
A investigação recorrente no presente trabalho tem em vista os seguintes resultados esperados:
 Levantamento de estratégias de engenharia.
Obtenção de um catalogo abrangente das estratégias de engenharia civil actualmente empregadas
na construção de estradas em Moçambique.
 Avaliação da aplicabilidade
Analise da viabilidade e aplicabilidade das estratégias identificadas no contexto das rodovias
moçambicanas, considerando os desafios específicos relacionados as mudanças climáticas.
 Impacto na resiliência climatica
Avaliação do impacto potencial das estratégias de engenharia civil na melhoria da resiliência das
estradas, com foco na redução dos danos causados por eventos climáticos extremos.

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 Redução de custos de manutenção
Identificar como a implementação destas estratégias pode contribuir para a diminuição dos custos
associados a manutenção das estradas, promovendo uma gestão mais eficiente dos recursos.
 Recomendações para implementação
Desenvolvimento de recomendações claras e praticas para a implementação eficaz das estratégias
de engenharia civil, visando aprimorar a resiliência climática das rodovias em Moçambique.

9. Cronograma da pesquisa
Nesta secção do projecto de investigação, o estudante deverá planear e projectar no tempo as
actividades necessárias para a realização da pesquisa. O produto dessa secção é, portanto, o
cronograma com as diversas actividades/fases dapesquisa.
Actividade Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro
Definição do tema xxxxxxxxx
e problema de
pesquisa
Revisão da xxxxxxxxx Xxxxxxxxx
literatura

Colecta de dados Xxxxxxxxx xxxxxxxxx

Analise de Dados xxxxxxxxx xxxxxxxxx xxxxxxxxx

Desenvolvimento xxxxxxxxx xxxxxxxxx


de propostas

Elaboração do xxxxxxxxx
relatório

Apresentação e xxxxxxxxx
discussão

Aprimoramento xxxxxxxxx
do relatório

Redacção final e xxxxxxxxx


entrega

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10. Orçamento

Nesta secção do projecto de pesquisa, o estudante deverá fazer o cálculo das despesa
da realização deste projecto.

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11. Referências bibliográficas

Nesta última secção do projecto, o estudante deverá apresentar a lista de referências


dos autores referenciados/citados ao longo do projecto. Não podem faltar os autores da
Fundamentação Teórica/ou Revisão de Literatura.

12. Apêndice

Deve constar toda a documentação produzida pelo próprio.

13. Anexos

Deve constar a restante documentação

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