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CURSO DE PSICOLOGIA
CONFECÇÕES DO INTERIOR DO RN
2019
BEATRIZ CECÍLIA DIÓGENES CARVALHO GURGEL
CONFECÇÕES DO INTERIOR DO RN
Fernandes de Queiroz
2019
II
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Faculdade Evolução Alto Oeste Potiguar
CDU 159.9:658
III
Faculdade Evolução Alto Oeste Potiguar
Curso de Psicologia
A monografia "Título completo do trabalho", elaborada por "Nome Completo do/a Aluno/a",
foi considerada aprovada por todos os membros da Banca Examinadora e aceita pelo curso de
Psicologia da Faculdade Evolução Alto Oeste Potiguar, como parte dos requisitos necessários
à formação.
BANCA EXAMINADORA
IV
Dedico este trabalho a Deus e a minha
família, que nunca me desampararam, são
a razão da minha existência, da minha
felicidade e que são tudo em minha vida.
V
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Deus que me deu discernimento, coragem e força para
conseguir concluir minha trajetória acadêmica, que não foi fácil por muitas questões, mas Ele
me sustentou para que eu conseguisse concluir esta realização de um sonho, em busca de ajudar
Agradeço aos meus pais, por serem exemplo diário de luta e perseverança, e por me
mostrarem diariamente que a vida é feita de lutas e precisamos delas para valorizar o que
conquistamos. Em especial a minha mãe Hortência, por abdicar de realizar os sonhos dela pela
realização dos meus, está graduação não teria se concretizado se não fosse pelos esforços dela.
A minha família materna que são tudo em minha vida, as minhas tias Irinha e Hocelia,
por sempre estarem disponíveis de forma financeira e emocional, para me ajudar nesta etapa
académica e durante toda minha vida. Em especial também agradeço a minha avó Vianei,
mulher virtuosa e de fé, que sempre esteve orando por mim, por todo cuidado e preocupação,
por ser a pessoa que me apoio de forma incomparável nesta trajetória acadêmica. Palavras
jamais expressarão a gratidão que sinto por ter a senhora, obrigada por tudo.
Ao meu namorado Eduardo Monte, por compreender as minhas ausências, minha falta
de paciência, meu estresse quase que diário, meu tempo limitado para estar com ele em muitos
momentos, mas que sempre esteve me apoiando, e se mostrou prestativo para me apoiar e ajudar
Aos meus amigos, que sempre compreenderam as minhas ausências em eventos por ter
que me dedicar a vida acadêmica. Em especial, a minha amiga de longas datas Priscilla
Cavalcanti, por acreditar em mim, por me motivar e ser exemplo, e por fim me ajudar na
VI
elaboração deste trabalho. Ao Eduardo Oliveira por sempre se fazer presente mesmo na
distância, sempre preocupado com meu bem-estar e com o meu sucesso profissional.
Aos meus colegas de classe, agradeço por todos os momentos compartilhados juntos,
por todos os aprendizados, todas as angústias que pude dividir com vocês, e agora vitórias.
da graduação, pela paciência na entrega dos trabalhos, por compreenderem minha rotina corrida
de trabalho e estudos, e por todos os ensinamentos. Mas em especial agradeço a Professora Esp.
Iana Fernandes Caldas, a qual me apoiou de forma especial neste ano de 2019, com quem pude
desabafar quando não estava bem, e com quem também dividi momentos de felicidades, como
A minha Orientadora nesta longa e difícil jornada, Jessica Luana Fernandes de Queiroz
por toda compreensão que teve comigo durante este ano, pela paciência quanto aos meus atrasos
para enviar os textos, e pela dedicação à qual teve para elaborar este trabalho juntamente
comigo, me impulsionando na reta final de forma positiva para que eu conseguisse concluí-lo.
E por último e não menos importante, agradeço as minhas colegas de trabalho Gisely
VII
Sumário
Agradecimentos ........................................................................................................................VI
Resumo .....................................................................................................................................IX
Abstract ...................................................................................................................................... X
1. Introdução.......................................................................................................................... 11
5. Método .................................................................................................................................. 33
6. Resultados e Discussão......................................................................................................... 37
Referências ............................................................................................................................... 47
Apêndices ................................................................................................................................. 50
VIII
Resumo
O consumo de álcool tornou-se um problema mundial que envolve questões de saúde pública,
sendo considerado uma das substâncias psicoativas mais consumidas no Brasil e também
responsável por problemas relacionados ao mundo do trabalho. A pesquisa foi realizada em
uma fábrica de roupas no interior do Rio Grande do Norte, e teve como objetivo verificar o
padrão de uso de álcool por parte de trabalhadores de uma empresa do Alto Oeste Potiguar.
Sendo uma pesquisa de cunho quantitativo, teve como instrumento de coleta de dados o uso de
questionários, sendo um destes o AUDIT. A análise dos dados foi descritiva, para que se
pudesse obter informações de como se dar o consumo de álcool dos funcionários desta empresa,
e como a empresa lida com isto. Concluiu-se através deste estudo, que os escores obtidos
através dos questionários respondidos pelos trabalhadores responderam, representaram um
baixo risco do uso do álcool por parte daquele grupo, mas se faz necessário por parte da empresa
a iniciativa de implementação de programas de prevenção, para que consumo de álcool não se
torne de alto risco.
IX
Abstract
Alcohol consumption has become a worldwide problem that involves public health issues,
being considered one of the most consumed psychoactive substance in Brazil, and also
responsible for problems related to the world of work. The research was carried out in a garment
factory in the interior of Rio Grande do Norte, and aimed to verify the pattern of alcohol use of
workers in a company in the Upper West Potiguar. Being a quantitative research, it had how an
instrument of data collection use of questionnaires, being one of these or AUDIT. The analysis
of the data was descriptive, so that we could obtain information on how to the alcohol
consumption of employees of this company, and how the company deals with this. It was
concluded through this study, that the scores obtained through the questionnaires that the
workers answered represented a low risk of alcohol use by that group, but that the company
needs the initiative to implement prevention programs to that alcohol consumption does not
become high risk.
X
1. Introdução
consumo positivo, mesmo assim, é uma das drogas psicotrópicas que quando colocada em
comparação com as demais que temos em circulação tem uma maior frequência de consumo
atingida, causando altos custos para a sociedade. Este percentual de prevalência esclarece um
pouco a grande quantidade de pessoas com problemas de saúde afetadas diretamente pelo
ambiente organizacional (Vargas, Oliveira & Luis, 2010). Associado ao uso do álcool também
OMS, afirma que o álcool é um dos maiores causadores de doenças cardiovasculares, levando
a ser considerado mais perigoso e ofensivo a saúde do indivíduo, do que o tabaco (Costa et al.,
2004).
Uma doença que tem seu desencadeamento causado por diversos fatores, sendo estes
socioeconômicos mais graves a nível mundial, e que passou a ser considerado doença pela OMS
a partir de 1967, ficando entre os maiores causadores de danos diretos e indiretos na saúde dos
11
indivíduos, se enquadrando atualmente na 10° versão da Classificação Internacional de Doenças
(CID), juntamente aos transtornos mentais e de comportamento (Meloni & Laranjeira, 2004),
de risco que podem levar o trabalhador ao alcoolismo crônico (Donato, 1999). As condições do
ambiente de trabalho onde o sujeito está inserido são importantes para o processo da busca pelo
álcool, pois se este se encontra em péssimas condições, o sujeito supostamente irá buscar no
álcool um refúgio para suportar aquela situação. Por isto, é importante destacar o quanto os
empregadores podem ser receptores ativos na busca pela melhoria da qualidade de vida destes
prevenção ao uso de álcool, já que é ali onde o trabalhador passa a maior parte do seu tempo.
O trabalho tem uma relação diretamente ligada com a saúde do trabalhador, o que
ocasiona consequências nesta, sendo um alienador (Mendes e Dias, 1991), causando problemas
específicos, como sobrecarga e desgaste físico e emocional, levando o corpo e a mente ao seu
delas a doença mental, que vem apresentando um grande número de transtornos psíquicos,
indivíduo. Tendo em vista que a saúde do trabalhador é de suma importância para o processo
prevenção, pois além dos benefícios para os trabalhadores que terão estimulo para não procurar
a empresa.
álcool e outras drogas era pela internação em hospitais psiquiátricos, que na verdade eram
para os sujeitos, eram feitas pesquisas em Universidades no Brasil em busca de uma melhor
forma de tratamento, foi onde começou a surgir a proposta da Redução de Danos, tendo início
de álcool e drogas, que busca a autonomia do sujeito, fazendo com que ele seja inserido na
acolhimento, e mostrar a estes sujeitos que eles ocupam um lugar social, para que desta forma
possa fazer com que este se permita participar de grupos em serviços ofertados pelo governo,
por exemplo do Projeto Terapêutico Singular (Crepop, 2019). Como Psicólogo do trabalho, este
trabalho o sujeito se encontra, e como este vem vivenciando estes processos, desta forma é feita
13
Sendo assim o interesse pelo tema desta pesquisa parte da problemática em torno do
alcoolismo e sua relação com o mundo do trabalho, os prejuízos que o consumo de álcool
exagerado causa na vida dos sujeitos, e sendo este trabalhador é valido buscar compreender
como as organizações vem lidando com esta situação, afinal estes não devem ser excluídos do
mundo do trabalho, e sim sem incluídos em estratégias de prevenção e tratamento. Por fim, é
necessário por parte das organizações compreenderem que os processos de trabalho influenciam
de forma direta na vida dos trabalhadores, então estes se tornam responsabilidade também da
organização de trabalho. E para que aconteça iniciativa por parte das organizações de se
preocuparem mais por esse tipo de problema, se faz necessário que acontecem mais pesquisas
sobre o tema, para que além dos gestores, os psicólogos do trabalho também possam ter base
teórica para atuar e influênciar de forma positiva na vida dos sujeitos trabalhadores.
Por tudo isso, esta pesquisa tem como objetivo geral identificar o nível do consumo de
álcool dos funcionários de uma indústria de confecções do interior do RN, e tem como objetivo
específicos a busca por analisar como a gestão empresarial lida com o consumo de álcool dos
o tipo de pesquisa, o local de estudo, população e amostra, coleta de dados, análise dos dados;
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2. O consumo de álcool e as condições de trabalho
O álcool é uma substância tóxica que quando ingerida em grandes quantidades pode
causar alucinações e delírios no indivíduo, fazendo com que ele reaja de maneira “anormal” ao
seu comportamento cotidiano comum, é umas das drogas que possui um maior número de
dependentes no mundo inteiro, considerando que até 90% da população adulta consome algum
tipo de bebida alcoólica, 20% destes se destacam como dependentes e/ou consumidores
frequentes(Gigliotti & Bessa, 2004) . O consumo de álcool se excessivo pode levar o sujeito
ao vício, em que o corpo e a mente do sujeito sofrem processos físicos e psíquicos, e se tornam
espaço de tempo em grandes quantidades pode levar o sujeito até a morte (Oliveira, 2011).
Após a revolução industrial, em meados do século XVIII, logo quando o álcool começou
a ser produzido para comercialização surgiu o conceito de alcoolismo, quando foram dando
conta dos efeitos que esse causava nos trabalhadores industriais. Neste período surgiram três
autores que ganharam destaque neste meio: Benjamin Rush, psiquiatra americano e conhecido
pela autoria da frase "beber inicia um ato de liberdade caminha para o hábito e, finalmente,
afunda na necessidade". O segundo autor foi Thomas Trotter, quem pela primeira vez tratou o
alcoolismo como doença. E por fim Magnus Huss que trabalhou o conceito de alcoolismo
crônico, que se manifestava como uma intoxicação causada pelo álcool que era acompanhada
de sintomas psiquiátricos, físicos ou mistos (Gigliotti & Bessa, 2004), caracterizado pelo nível
Uma pesquisa feita no Brasil (Correa & Lopes, 2003) com dependentes químicos
comparando os índices de pessoas não dependentes, mostram que essas pessoas ficam com os
índices abaixo da média publicada pelo Inventario de Habilidades Sociais de Del Prette e Del
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produz, como a habilidade de se relacionar socialmente, a autoconsciência sobre suas atitudes
positivas e negativas, a forma como se comunica, seu desempenho profissional e forma com
que lida com seus problemas, podemos resumir como a forma que o sujeito lida com o seu meio
social. É importante destacar que o álcool afeta de forma aguda o psicológico do indivíduo
podendo leva-lo a cometer suicídio, a violentar outras pessoas, perca de memória, podendo
causadas pela falta do álcool. Além das questões biológicas comprometidas, o trabalhador
alcoólatra tem sua produtividade no trabalho reduzida em até 30% comparada ao trabalhador
não alcoólatra, pois este em sua grande maioria perde o comprometimento com o trabalho, a
muitas faltas e com isso acaba afetando sua vida financeira que também reflete em vários outros
[...] existem países com realidades diferentes: alguns conseguiram, com medidas
governamentais, reduzir o consumo do álcool a ponto de minimizar os riscos
envolvidos, enquanto que outros contam a seu favor com a existência de motivação
cultural ou religiosa [...], o álcool continua tendo sua função social, em determinadas
ocasiões, é quase impossível esquivar-se da bebida sem provocar a passiva expulsão do
grupo.
dependência alcoólica alcança em média 15% da população mundial (Magallón & Robazzi,
16
2005), e essa parcela da sociedade sofre com consequências como: rompimento de relações
saúde graves e morte prematura, podendo trazer um imenso prejuízo econômico ao país,
Pois o sujeito começa a passar por mudanças físicas e psíquicas, começa a perder o controle de
do seu corpo e da mente, e com isto começa a fugir da normalidade imposta pela sociedade, e
2011).
e psicoses devido ao uso do álcool (Vaissman, 2004), e enfim em 1956 a Associação Médica
relacionado a outros contextos (Silva, 2004), ainda assim existe uma grande dificuldade de
que o alcoolismo é diferente do abuso de álcool, mesmo que alguns sintomas presentes no
dependente do álcool apareçam nos abusadores dele, o alcoolismo é considerado doença por
ser além do abuso de álcool, o consumo ser frequente, se tornando uma dependência que vem
orgânica de se manter um determinado nível de álcool no corpo para que não fosse quebrada a
como um desvio de conduta, moral e pessoal, o alcoolismo é de fato uma doença que afeta as
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relações interpessoais, afetando de forma indireta as interrelações no ambiente organizacional
de trabalho. Acredita-se que o consumo do álcool exagerado tem grande relação com a
facilidade de acesso a substância, também por ela ser socialmente aceita e culturalmente
tradicional, hoje em dia as mídias sociais contribuem bastante propagando o consumo de álcool,
no Brasil, sendo bem cultural que amigos se reúnam para beber com frequência, e por acaso
inadequado a fazer parte daquele grupo social, o que pode causar muito constrangimento ao
Na concepção médica, o indivíduo para chegar a ser considerado alcoólico passa por um
processo de tempo, lento e que dura em média de 15 anos, sendo a frequência praticamente
diária de uso, ingerindo pelo menos 40g de álcool no dia. Na maioria dos casos o alcoolista
inicia suas primeiras doses se tornando um bebedor social por volta dos 20 anos de idade, já
por volta dos 35 anos este se torna um bebedor problema pois o consumo do álcool já lhe causa
álcool, e geralmente a partir dos 40 anos pode se instalar a Síndrome de Dependência Alcoólica
(Castro, 2002).
Donato (2002), destaca que fatores psicossociais negativos relativos ao trabalho são
determinantes para que o desenvolvimento do alcoolismo, ele cita algumas falhas no ambiente
organizacional que podem ser destaque; sendo o trabalho excessivo, falta de reconhecimento
pelos serviços prestados, trabalho em uma função que não aproveite de suas potências,
inadequados, essas situações e outras que levam os sujeitos a ter uma má qualidade de vida e
insatisfação pessoal, por isto quanto mais o trabalho se torna exaustivo, Fontaine (2006, p. 31,
apund Lima, 2010, p.263) dar exemplo de situações que podem acontecer:
18
Estresse ligado ao exercício profissional, decorrente de um desinteresse pelo
trabalho efetuado, do fato de exercer uma atividade insuportável – tanto física quanto
psicologicamente – da sensação de ‘perder sua vida ou ganhá-la’, sendo o trabalho
percebido como um entrave ao desenvolvimento pessoal.
como a terceira causa mais frequente de responsabilidade por afastamento do setor laboral,
de auxílio-doença pela previdência social brasileira (Araújo, Silva, Santana, & Souza, 2012).
Algumas organizações costumam relatar que esse tipo de prática traz diversos prejuízos para a
Segundo Fontaine (2006, apund Lima, 2010, p.263) existem duas inclinações que
envolvem o trabalhador que faz uso de álcool e outras drogas, a primeira delas é deixar o uso
das substancias para o tempo extra desligado do ambiente de trabalho, pois ele não faz uso no
trabalho mas geralmente faz logo após o expediente no final do dia ou aos fins de semanas e
feriados. A segunda inclinação é fazer uso no ambiente de trabalho, para que sinta prazer em
estar ali, apesar das condições ele tem que estar ali, então esta é a saída que encontra. Então em
ambas as inclinações para manter o vício é possível perceber que o álcool serve como um
do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas em São Paulo, mostram que certa de 7,3%
do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é gasto com tratamento de problemas relacionados ao
uso abusivo do álcool, que pode ser a partir do tratamento da dependência até o prejuízo na
produtividade por conta do vício, pois quando a empresa chega a demitir o funcionário
alcoólatra ele na maioria das vezes só começa a agravar mais o seu estado de saúde, e com isto
o pais acaba se tornando o responsável por manter estas pessoas, com benefícios, tratamento
19
através de dispositivos públicos e/ou associações, com os gastos com estrutura e profissionais
Para os trabalhadores o alcoolismo ainda chega a ser considerado uma “via dupla”, por
exagerado acaba trazendo prejuízos a organização (Soares & Ferreira, 2017), e ainda que
fazendo com que ocorram conflitos com colegas e com a regras da organização, criando mal
estar para ele e para a empresa (Seibel, 2001). Mas é preciso ter consciência que após um
determinado tempo de uso abusivo do álcool ele poder se tornar um ciclo vicioso, e o que era
uma saída para lidar com os problemas passa a ser mais um problema. No ambiente de trabalho
o que se tem verificado é que a substancia surgi de início como um meio de enfrentamento de
situações importas pelo trabalho, mas com o uso constante a própria substancia se tornar
trabalhador são nas empresas executivas, onde se é justificado o consumo de álcool como uma
fuga para esquecer o estresse causado pela competitividade dentro do trabalho (Donato, 2002).
Segundo Michel (2000) cerca de 5% dos trabalhadores são dependentes químicos, tendo sua
produtividade reduzida 25%, mas ainda assim as empresas, sejam elas de natureza pública ou
privada, sabendo dos problemas e possíveis prejuízos que o alcoolismo pode trazer, se negam
pequenas situações, são influentes diretos para levar o trabalhador ao hábito de beber, o
20
paradigma do controle social diz que o trabalhador tem uma maior tendência ao consumo do
álcool, quando ele não consegue fazer realmente parte da organização, quando não tem
reconhecimento dos seus serviços por parte de patrões e colegas. Quando falamos do paradigma
de cultura e acesso, estamos falando sobre a promoção do fácil acesso ao álcool dentro da
para finalizar o paradigma da alienação ou estresse ocupacional que traz que as condições de
são causadores do consumo de álcool abusivo. Como citado a cima, neste contexto o álcool
vem mostrando ser um fator positivo, quanto a alívio de tensões causadas pelo trabalho, mas
seus fatores negativos já citados anteriormente são de grande prejuízo para todos.
21
3. Estratégias de prevenção ao consumo de álcool nas organizações
Apesar do álcool não ter se tornado uma questão problema a pouco tempo, as empresas
somente começaram a se preocupar com os efeitos deste quando começou a afetar na produção,
outras drogas, pois todos estes efeitos afetam diretamente a economia da empresa, e com
programas de prevenção é possível reduzir os gastos com acidentes, licenças, faltas, custo de
psicoativas, já que o trabalho é onde o sujeito passa maior parte dos seus dias. Muitos
trabalhadores dizem sentir a necessidade de políticas sobre álcool e drogas dentro das empresas,
é realmente importante esta divulgação das reações do álcool na vida do sujeito, intervenções
comportamento (Coelho & Costa, 2016). É importante reconhecer que aquele trabalhador
precisa de ajuda, principalmente ali no local de trabalho, onde são formadas diversas opiniões
negativas sobre as pessoas dependentes químicos devido a toda uma imagem negativa
tratamento dos dependentes dentro das instituições é uma tarefa de muita complexidade, mas
com certeza de grande importância para as organizações que se preocupam com o bem-estar
nas empresas, a maioria dos estudos falam sobre empresas especificas pesquisas, já que cada
organização possui suas próprias características de trabalho e também o fato dos funcionários
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na maioria das vezes se recusarem a responder questões envolvendo o assunto, assim como
também a gestão empresarial em muitos casos faz “vista grossa” para o número de faltas, erros
cometidos, afim de não ter que lidar com aquele funcionário considerado problema e gasto, ou
álcool nas empresas, pois desta forma as organizações estarão investindo para que aconteça
constatando-se através de pesquisas que o índice de recuperação pode chegar até 70%,
Para que a prevenção e o tratamento do uso de álcool e outras drogas possa acontecer
buscando apoio de especialistas e apoio de instituições que trabalhem com pessoas voluntarias
que estão em situação de abstinência, mas que podem contar suas histórias, para que as pessoas
tratamento que podem ser implementados, sugeridos por Rahfeldt (1989) são: Programa de
trabalhadores sobre as consequências e riscos que uso do álcool causa na sua saúde física,
tratam temas como, consequência do alcoolismo; o trabalhador saudável e seus benefícios para
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todo uma vida profissional, familiar e social; os riscos de acidentes e consequências
econômicas.
hierarquias dentro da empresa, verificando se estas são pontos que levam o trabalhador ao uso
abusivo de álcool, já que dentre estes fatores podem existir discordância da forma de
organização por parte do trabalhador com a gestão podendo induzir o sujeito a fazer alta
ingestão de álcool.
trabalhador ao uso abusivo de álcool, agora se inicia a Prevenção Primária Estrutural onde se
dar o planejamento de ações voltadas para os pontos negativos identificados, podendo ser de
condições de trabalho, da forma que os processos de trabalho acontecem, podem a partir daí
buscar a mudanças em um ou mais destes fatores, para que eles não se tornem influenciadores
dentro do ambiente é necessário um tratamento mais incisivo, pois o problema já existe e precisa
alcoolistas em abstinência e algum familiar para auxiliar no tratamento, dando apoio durante a
no local de trabalho, então estas figuras entram como pontos importantes do tratamento, pois
com todos os processos feitos por uma equipe multiprofissional, com apoio administrativo.
Nesta etapa, em que o sujeito já deve estar consciente da sua situação enquanto alcoólatra, deve
haver esclarecimento total sobre sua doença por parte da equipe de profissionais responsáveis,
programa possa alcançar todas as metas definidas, e assim sessar o uso abusivo do álcool do
trabalhador.
fase que indispensavelmente é preciso o apoio dos familiares, das pessoas que convivem
diariamente com o paciente, dos colegas de trabalho e dos administradores da empresa, pois ele
de conhecidos que continuam alcoólatras. No ambiente de trabalho é necessário que exista uma
relação de confiança entre trabalhador alcoólatra em abstinência, para que este possa ter
ambiente de trabalho que o acolha, que não o descrimine, reconheça suas pequenas vitorias,
fazendo com que ocorra mudanças comportamentais no sujeito e estas influenciem na sua
reintegração de forma positiva fazendo com que ele não volte ao vício. No ambiente familiar
ele deve ser apoiado e compreendido, sendo acolhido dentro deste, para que exista uma relação
25
de apoio e confiança, onde o sujeito consiga ser respeitado e que a doença não se torne
consequência de exclusão e discussão neste ambiente. Quanto ao meio social, não se faz
diferente do já citado acima, é necessário de forma geral que o alcoolista em tratamento seja
bem recebido pela sociedade, que não acontece preconceitos em volta desse sujeito, pois o apoio
e a confiança são de suam importância para que ele se torne novamente autônomo e
26
4. O papel do psicólogo do trabalho frente ao consumo de álcool
psicologia do trabalho de modo geral, pois é uma área que vai além dos processos de trabalho,
em consideração o sujeito como ser dono de uma singularidade, o seu meio social e as condições
dos produtos e serviços, baixa produção, aumento do número de acidentes no local de trabalho,
falta de motivação por parte do trabalhador, insatisfação, falha nos compromissos profissional,
aumento no número de doenças, faltas com maior frequência, e etc., queixas estas tragas pelos
diagnóstico organizacional para identificar as falhas de forma linear, e a partir daí iniciar os
estar do sujeito, indicadores de produção, desempenho por parte dos colaboradores, e estado de
em quatro aspectos importantes – risco, carga horaria, desempenho humano e exigência – estas
devem ser exploradas independente da queixe inicial dos administradores. Se faz necessário
uma avaliação por parte do psicólogo do trabalhador, verificando a forma como ele se comporta
neste meio profissional e social, levando em consideração suas características singulares, suas
27
condições de trabalho e as consequências geradas pela atividade que ele desenvolve (Cruz,
2005). Cabe ao psicólogo saber relacionar estes influenciadores que evolvendo o meio de
trabalho, não levando em consideração apenas o ambiente organizacional, mas sim todas as
suas variáveis, pois o sistema de trabalho possíveis diversas variáveis, e se faz necessário fazer
um divisão das situações que mais afetam o trabalhador, e como estas estão relacionadas. O
psicólogo do trabalho precisa fazer uma avaliação das exigências da atividade, para que ele
compreender que toda atividade possui exigências e consequências, por isso no processo de
análise do trabalho a Noção de exigência é a primeira parte a ser avaliada. De acordo com Leplat
trabalho, tenha auxilio material, organizacional, ambiental e humano, ligado ao processo que
está sendo analisado. Os autores ainda trazem suposições que as exigências acontecem em
diferentes categorias, sendo elas: Exigências físicas, onde se envolve os esforços físicos que o
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A segunda parte que compõe o processo de análise do trabalho é a Noção de risco, pois
todo trabalhador estar exposto a riscos no ambiente organizacional, mesmo que nível leve,
o quanto o trabalhador fica exposto, podem causar problemas de saúde. Os agentes físicos
não. Os agentes químicos, são os que podem ser absorvidos pelo organismo com facilidade,
Ferreira e Freire (2001) dizem que não existe uma afirmativa quanto o que significa carga, pois
este é corrompido por diversas incertezas, discussões e dúvidas. Mas ainda de acordo com eles
o conceito de carga na maioria das pesquisas está dividida em dois aspectos: o primeiro deles é
segundo é a função da carga como mediadora para compreender a relação entre o trabalho e o
desgaste que ele causa nos trabalhadores. Já Wisner (1994) considera que a carga de trabalho é
dívida em dois processos: o físico e o mental (cognitiva e psíquica), sendo a carga física aquela
notada com facilidade, através da postura e formas de locomoção; já o mental é preciso uma
avaliação mais profunda para se perceber, já ele avalia os processos de atenção, cognição,
concentração, memorização, tomada de decisão, entre outros. Mas para o autor, a carga está
Nesta última parte do processo, que é a Noção de desempenho humano é onde acontece
suficientes para cumprir com as exigências, o que pode gerar uma maior carga de trabalho e um
maior número de riscos, onde o trabalhador ficara exposto. E para levar em consideração a
e competências.
O psicólogo do trabalho deve ter sempre em mente que cada trabalhador é um ser
singular, apesar de estarem inseridos no mesmo ambiente de trabalho, eles possuem diferentes
cognições diferentes. Por isso ao enfrentar as mesmas situações, cada trabalhador reage
diferente, porque o enfrentamento segundo Guérin, Laville, Daniellou e kerguelen (2001) varia
demanda de cada sujeito, e caso aja solicitação de intervenção o psicólogo deve considerar,
É preciso também verificar as condições de vida dos trabalhadores de modo geral, como
familiar, e como essas atividades vem contribuindo para aumentar ou diminuir os efeitos
causados pelo trabalho. As condições de execução do trabalho, que é basicamente o modo que
30
equipamentos, as regras e as normas que devem ser seguidas, o tamanho da jornada de trabalho,
com colegas e administração. Segundo Ferreira (2004), existe uma serie de crenças do ser do
fazer dentro das organizações, que estabelecem metas, prazos e objetivos a serem alcançados,
serem seguidos. O autor diz que o fazer estar ligado as regas impostas pela empresa, pelas
administrativa.
consequências geradas na execução do trabalho, gerada pela carga de trabalho, que acaba
índice de acidentes e do número de faltas. Segundo Cruz (2004, p. 236), “o estudo das cargas
trabalho sobre a saúde do trabalhador”. Por isso é necessário ter conhecimento sobre as cargas
trabalho.
ele lida com as situações, como ele se adapta e se adequa a situações impostas pelo cotidiano,
e como eles lidam com as consequências geradas pela situação de trabalho. A competência está
entretanto Cruz (2005) acredita que o sujeito possui uma “plataforma de aptidão”, que é onde
destas, pois a partir delas será possível verificar a capacidade de ser ágil frente a determinas
situações, sendo através destas competências criar possibilidades frente as ações do trabalhador
32
5. Método
é o método mais adequado para compreender um fenômeno social do qual se tem poucas
seus indivíduos, por meio de procedimentos instrumentais que trarão sua explicação e
descrição.
critérios de Gil (2002), tem por objetivo descrever informações obtidas através de questionários
que trazem atitudes de um determinado grupo, segundo o autor este tipo de pesquisa detalha a
este.
Oeste Potiguar, uma região do Estado do Rio Grande do Norte localizado no Nordeste do Brasil,
que possui trinta e um municípios, e de acordo com o ultimo senso de 2010 possui cerca de
196.291 habitantes. A região ocupa uma área territorial de 4 045, 95 km2, e faz divisa com a
idades entre 25 e 45 anos, que fazem parte do setor de produção, a escolha destes se deu por ser
questionário e uma entrevista. Questionários, segundo Gil (1999), o questionário pode ser
definido “como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de
questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões,
O primeiro instrumento foi feito em forma de entrevista com a pessoa que representa a
gerência da empresa, já que a empresa não possui setor de gestão de pessoas, foi possível através
desta pessoa obter informações sobre ações por parte da empresa com relação ao funcionário
consumidor de álcool. Este era composto em sua maior parte por perguntas fechadas, contendo
poucas abertas apenas para descrever ações da empresa, caso esta tenha, a escolha por um maior
modificações que cabiam aos objetivos desta pesquisa, ele foi retirado de uma dissertação de
mestrado que foi realizada na Faculdade Federal de Santa Catarina (Dias, 2002), com objetivo
de verificar se a empresa localizada no interior do Rio Grande do Norte usa instrumentos para
Uso de Álcool- AUDIT (Apêndice B), que é composto por 10 questões de auto relato, sendo
destas as três primeiras questionando sobre o padrão do consumo de álcool, as seguidas três a
problemas decorrentes do uso do álcool. Cada questão obtém uma pontuação de 0 a 4 pontos,
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servindo para avaliar a intensidade do consumo de álcool e seus eventos relacionados. Para
obter os resultados é feita uma soma desta pontuação, que resulta em um escore, e se o indivíduo
atingir uma pontuação entre 0 a 7 pontos este precisa de ações educativas sobre o uso do álcool;
se for entre 8 e 15, é recomendado aconselhamento; se o escore chegar entre 16 e 19, o indivíduo
deve ser submetido a psicoterapia breve e aconselhamento; se o escore chegar a 20 ou mas, este
deve ser encaminhado a algum especialista para que o mesmo posso adquirir diagnostico e fazer
tratamento. Este indivíduo pode ser classificado como não dependente, dependente ou alto
dependente.
portes, por possuir características psicométricas com uma maior sofisticação e possuir
fidedignidade e validade comprovadas por populações de variados países. Ele tem por objetivo
avaliar o nível de álcool dos sujeitos, sendo ele avaliado em escala Likert e recomendado pela
Organização Mundial de Saúde – OMS (Marques & Furtado, 2004), ele abrange as diferentes
ambiente nacional quanto internacional, que foi construído mediante vinte anos de pesquisa
Pra fins de análise dos questionários aplicados na empresa, foi utilizada a Estatística
Desta forma os dados desta população foram analisados de forma quantitativa, através
de escores que o manual do próprio instrumento disponibiliza para que o pesquisador possa
tomar como referência. O instrumento utiliza as seguintes frequências de uso de álcool: nunca;
uma vez por mês ou menos; duas a quatro vezes por mês; duas a três vezes por semana; e quatro
35
Através disto foi construída uma tabela onde foram colocadas as zonas de risco, o tipo
possível verificar através desta pesquisa os seguintes padrões de uso do álcool: baixo uso de
Esclarecimento – TCLE (Apêndice C), que explicava sobre todo o anonimato da pesquisa, os
voluntariamente da pesquisa.
Nacional de Saúde como base ética para o seu desenvolvimento, já que estas tratam da maneira
36
6. Resultados e Discussão
respostas.
teve como objetivo verificar como a gestão da empresa identifica o alcoolismo dentro do
ambiente de trabalho, que instrumentos são utilizados para reconhecer a doença alcoolismo e
Diante do que foi respondido pelo entrevistado a empresa está no mercado a quase 30
anos, mas ainda assim não possui um setor formal de recursos humanos, não possui politicas
envolvam a saúde do trabalhador, voltado para o alcoolismo, apenas possui programas de saúde
odontológica e na área de medicina do trabalho, mas não possui convênios médicos para fins
de dependência alcoólica, pois esta não considera ações voltadas para o alcoolismo uma
prioridade especifica, por isto também não tem interesse em implementar programas de
conversa com ele, o advertindo e aconselhando, pois estes são responsáveis pelo aumento do
custos na organização, já que faltam e com isto reduzem a produção, além da queda de
produtividade deste funcionário no cotidiano. A empresa também não arca com os custos de
tratamento de saúde dos alcoolistas, por isso se for identificado no processo de recrutamento e
seleção um candidato que faça consumo excessivo de álcool, este será excluído do processo de
37
seleção, já que na empresa existem cargos/funções que prioritariamente o candidato deve ter
boa saúde física, por isto em alguns cargos/funções o alcoolismo é um fator restritivo para sua
admissão.
processo de seleção e através de exames médicos exigidos pela empresa. Existem cargos
específicos na empresa que não permitem um alcoolista como ocupante, mas caso o trabalhador
desenvolva o alcoolismo enquanto ocupada o cargo, este será realocado de função, pois em
métodos mistos ou desenvolvidos pela própria empresa, e são submetidos a ela somente os de
nível operacional.
trabalhe de forma ética, sem ferir a moral dos candidatos, e não interfira na vida social dos
candidatos de forma direta ou indireta, pois este tipo de comportamento além de ferir a imagem
da empresa através de comentários fora daquele ambiente, também pode gerar processos
judiciais por danos morais (da Silva & Behnke, 2014). “A discriminação pré-contratual é uma
modalidade muito comum, por outro lado, apresenta extremas dificuldades na comprovação,
isso porque nesse momento não há a constituição de uma relação jurídica entre a empresa e o
trabalhador (Lima, 2011, p. 52).” Para que não haja descriminação por parte dos responsáveis
por esse processo, é preciso que seja traçado o perfil de cada candidato e avaliado, pois cada
verificar se ele cumpre com os requisitos exigidos para ocupação da vaga, pois é necessário que
aja uma tomada de decisão justa através de procedimentos adequados (Gil, 2001).
(2012), o Brasil é o segundo país do mundo que mais consome álcool e drogas, ficando atrás
Mundial de Saúde (OMS) formalmente como doença reconhecida formalmente, já que atinge
pessoa, quantidade superior à média mundial (Lenad, 2012), por isto o alcoolismo envolve
leis trabalhistas. Na questão “a empresa proporciona momentos de happy hour para seus
funcionários”, é respondido que sim, e nas questões seguintes é respondido que nestes
momentos possui consumo de álcool, mas que estes acontecem no ambiente externo, no
ambiente interno não ocorre promoção do consumo de álcool por parte da gestão.
trabalhador pode se sentir pressionado a beber para que ele se sinta parte daquele grupo (Brasil,
2001). A partir daí o beber passar a ser considerado uma tentativa de inclusão, para que não
ocorram outros tipos de sofrimentos que o sujeito não consiga superar. E partir do momento
que a própria organização proporciona momentos onde a bebida alcoólica é ofertada, ela está
a cultura já influência de forma direta ao consumo de álcool, afinal este já se tornou algo
propagandas, musicas, e festas que citam a bebida como algo positivo para a imagem do sujeito.
39
Nas questões voltadas para Higiene e Segurança no Trabalho é respondido que não
forma de desligamento devido ao uso abusivo de álcool, seja esse de forma voluntária ou
número de trabalhadores e alcoolistas e também evitar que surjam novos, pois a partir da
organizações que se preocupam com a saúde dos seus trabalhadores e com a produtividade.
A Revista VEJA publicou em abril do ano de 2002 uma nota sobre empresas que tinham
como prioridades planos de prevenção e reabilitação dos funcionários que faziam uso de álcool
e outras drogas. Entre as empresas publicadas, estava a ESSO e SHELL, que se negavam a fazer
qualquer tipo de negócios com outras empresas que não tivessem programas voltados para o
que vem dando retorno significativo a empresa, pois em cada dólar gasto com os programas,
procura pelo serviço médico, reduzindo o número de faltas e valorizando a imagem da empresa.
É notável que estas empresas passaram a ver o alcoolismo além de uma doença, mas um
problema social, e passaram a oferecer benéficos de forma espontânea, além dos exigidos pelas
e idades entre 25 e 45 anos, os escores identificados foram reorganizados na tabela abaixo para
simplificar os dados:
entre baixo e médio de risco, obtendo 14 como número de escores mais alto. Os que ficaram
28,20% responderam 0 para todas as perguntas, mostrando que não fazem uso de bebida
alcoólica, e o restante que equivale a 24,19% responderam que bebiam geralmente um vez por
mês ou menos, em ocasiões que bebiam tomavam entre 1 a 6 doses e que excediam estes
números uma vez ao mês em alguma ocasião, a maioria deles respondeu ser capaz de se
controlar quanto a quantidade que bebe, e dizem nunca ter perdido algum compromisso devido
ao uso do álcool, e todos eles responderam que não precisaram beber pela manhã para se sentir
melhor, assim como também nenhum sentiu remorso ou culpa depois de beber, não houve perda
de memória por parte da maioria nenhuma vez no último ano. A maioria respondeu na questão
9 que nenhuma vez na vida outra pessoa já se machucou ou se prejudicou devido ao seu uso de
álcool, e ainda que nunca foi alertado por nenhum parente, amigo, médico ou outro profissional
41
A outra parte da amostra que corresponde a 47,61% ficou com escores de 8 a 15, e na
questão 1 a maioria destes respondeu que toma bebida alcoólicas de duas a mais de quatro vezes
por semana, nas ocasiões que costumam beber, quanto ao número de doses que costumam tomar
todos responderam que tomam de 10 a mais doses, e que bebem de seis a mais doses de duas a
quatro vezes por mês. Na questão 4 a maioria dos entrevistados responderam que durante o
último ano nunca acharam que não seriam capazes de controlar a quantidade de bebida após
começar. Na questão 5, a maioria respondeu que durante o último ano nunca perdeu
compromisso devido ao uso do álcool, e apenas um respondeu que durante o último ano perdeu
compromissos de duas a quatro vezes por mês. Apenas dois dos entrevistados responderam na
questão 6 que precisaram beber pela manhã uma vez por mês ou menos, para se sentir melhor
depois de ter bebido muito, e a maioria respondeu que no último ano não sentiu culpa ou
remorso depois de beber. Na questão 8, a maioria respondeu que durante o último ano uma vez
por mês ou menos não conseguiu se lembrar do que aconteceu na noite anterior por causa do
álcool. Quanto a alguma vez na vida alguém na ter se machucado ou se prejudicado devido ele
ter bebido, a maioria respondeu ou não, ou sim, mas não no último ano. Na última questão que
perguntou se já havia sido alertado por nenhum parente, amigo, médico ou outro profissional
da saúde devido ao uso de álcool que faz, a maioria dos entrevistados respondeu que não.
A rigor dos resultados obtidos nesta pesquisa através dos instrumentos utilizados foi
primeira zona (I) ficam pessoas que fazer uso de baixo risco de álcool ou são abstêmias, que
ultrapassam o número de cinco dozes padrão nas ocasiões. Na segunda zona (II) são
enquadrados os usuários de risco, que fazem uso de mais de cinco dozes padrões por ocasião,
Em ambas as zonas, o AUDIT sugere que sejam feitas intervenções a nível de educação
em saúde para a manutenção do uso de álcool atua, e Orientação Básica sobre as possíveis
42
consequências que o uso de risco de álcool causa nos organismo, no psicológico e os prejuízos
na vida social, se este não tomar consciência do padrão do uso de álcool que vem fazendo
A partir do que foi identificado na coleta de dados dos dois questionários foi-se pensado
em uma possível intervenção a ser feita na empresa juntamente com a equipe do Centro de
Referência da Assistência Social – CRAS do município onde a empresa fica localizada. Teria
como mediadores a autora desta pesquisa, estudante do 10° período do curso de psicologia e
Pau dos Ferros/RN, e com a presença do Psicólogo do CRAS do município onde se localiza a
empresa.
“Reflexões sobre o uso de álcool”, em que teria como público os trabalhadores que participaram
da pesquisa, e durante este encontro seria feita a busca através da conversa sobre como os
trabalhadores percebem o consumo de álcool, se eles conseguem perceber os riscos que este
consumo se exagerado pode causar na vida do sujeito, o lugar que o álcool ocupa na vida de
cada um deles, e também se eles percebem a necessidade de políticas voltados para o alcoolismo
também como forma de devolver aos sujeitos participantes os resultados da pesquisa, a empresa
deu o retorno informando que infelizmente não seria possível no momento disponibilizar tempo
para a intervenção, pois a mesma estava em etapa de produção de mercadorias para fim de ano,
e tinham metas a cumprir no setores, principalmente no setor onde foi aplicada a pesquisa, pois
43
é o setor onde acontece a produção de forma terceirizada. No mais, firmou-se o compromisso
44
7. Considerações finais
uma fábrica de confecções, já que após leituras durante a graduação, que traziam o álcool e o
trabalho como temas, estes sempre estavam um pouco interligados, afinal os processos de
trabalho de forma incorreta, a modo que prejudique a saúde do trabalhador pode levar este ao
alcoolismo. Neste processo de consumo exagerado a empresa também sofre diversos prejuízos,
pois na maioria dos casos o trabalhador passa a faltar com maior frequência, reduz a
produtividade, passa a adoecer mais maior frequência, pode se tornar um “problema” dentro da
instituição, e pra evitar que isto aconteça é necessário que de contrapartida a empresa também
coopere para melhorias na saúde dos trabalhadores, que ofereça programas em que este possa
ser ajudado.
Através da pesquisa foi possível verificar também que não é de interesse da empresa
exista dentro da organização, afinal são através dos estudos já relatados no decorrer deste
trabalho que fica claro que o álcool não é somente uma doença causada pelo consumo do
próprio álcool, mas pela influência de muitos outros fatores que fazem parte da vida do sujeito,
e o trabalho está dentre estes. Por isso é importante lembrar, que a organização de trabalho
utilizados me limitaram a isto, por somente foi possível verificar como estava o consumo atual
de álcool dos trabalhadores e fazer uma relação com o que foi respondido pela gestão da
45
Além disso, apesar dos dados coletados terem mostrado que o uso de álcool entre aquele
grupo de trabalhares ainda está em baixo risco, é necessário que se façam presentes políticas de
prevenção, pois mesmo baixo, o uso existe e pode se tornar abusivo. Ressaltando-se ainda a
importância de outros estudos mais detalhados sobre o tema, em busca de se refletir e enfatizar
46
Referências
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47
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49
Apêndices
Apêndice A
Pesquisa de Campo
Tema: Dependência Alcoólica no Trabalho
Identificação da Empresa:_________________________________________________
Número de funcionários:_________________________
Identificação do Entrevistado:______________________________________________
Cargo/Função:__________________________________________________________
7. Caso não tenha políticas específicas para o alcoolismo, qual o motivo que levou a
empresa a não as desenvolver? (pode marcar mais de uma alternativa)
[ ] A empresa não possui essa prioridade específica.
[ ] A empresa vê alcoolismo como problema pessoal, exclusivo do funcionário.
50
[ ] A empresa não vê alcoolismo como fator de risco no seu ambiente interno.
[ ] A empresa entende que não possui alcoolismo entre seus funcionários.
[ ] Outros motivos._______________________________________________________
8. Assinale qual o método que a empresa utiliza para reconhecer um funcionário
dependente alcoólico (pode assinalar mais de uma alternativa).
[ ] Questionários periódicos de entrevistas de avaliação.
[ ] Observação da chefia direta.
[ ] Manifestação voluntária do dependente alcoólico.
[ ] Por número de atestados médicos.
[ ] Testes psicotécnicos.
[ ] A empresa não possui método algum para reconhecer um dependente alcoólico.
[ ] Outro______________________________________________________________.
9. Que decisão é tomada pela empresa quando reconhece um funcionário dependente
alcoólico?
[ ] Exige um tratamento, sendo este obrigatório.
[ ] Indica um tratamento, sendo este voluntário.
[ ] Demite, apoiada na CLT. (vá para a fase 2, questão 14)
[ ] Ignora o fato e não se pronuncia, pois não reconhece dependência alcoólica.
[ ] Outros_____________________________________________________________
10. A empresa possui algum registro formal dos custos do dependente alcoólico para a
empresa?
[ ] Sim (responda a próxima questão) [ ] Não (vá para a questão 12)
11. Esses custos são associados a quais variáveis? (pode marcar mais de uma alternativa)
[ ] Atrasos ou faltas ao trabalho. [ ] Afastamento por auxílio doença.
[ ] Produtividade no trabalho. [ ] Outro__________________.
[ ] Demissão.
[ ] Acidentes no trabalho.
[ ] Remanejamento de setor.
12. A empresa promove o tratamento do funcionário dependente alcoólico de que forma?
[ ] Tratamento e acompanhamento dentro da própria empresa.
[ ] Tratamento e acompanhamento por terceiros, fora da empresa.
[ ] Tratamento fora da empresa e acompanhamento por profissionais da empresa.
[ ] Outro_____________________________________________________________.
13. A empresa financia o tratamento e acompanhamento da dependência alcoólica:
[ ] Integralmente [ ] Parcialmente [ ] Não financia.
25. A empresa possui algum cargo restritivo para quem possui dependência alcoólica?
[ ] Sim (responda à questão seguinte) [ ] Não
52
26. Caso sim, a empresa possui algum procedimento específico para detectar a dependência
alcoólica do funcionário antes dele ocupar o cargo?
[ ] Sim (responda à questão seguinte) [ ] Não (vá para a questão 28)
27. Caso sim, quais seriam esses procedimentos?
[ ] Perguntas diretas no processo de seleção para a função.
[ ] Exames médicos.
[ ] Avaliação do desempenho.
[ ] Testes psicotécnicos.
[ ] Observação informal do comportamento do funcionário.
[ ] Outro _______________________________________________________.
28. Caso não haja a identificação prévia da dependência alcoólica do funcionário, qual o
procedimento da empresa caso esse funcionário apresente dependência alcoólica
ocupando o cargo com restrições ao dependente alcoólico?
[ ] Mantém no cargo com tratamento [ ] Demite [ ] Realoca
Na Avaliação do Desempenho:
29. A empresa possui avaliação formalizada do desemprenho de seus funcionários?
[ ] Sim, a avaliação é global, incluindo todos os níveis hierárquicos.
[ ] Sim, mas apenas para os cargos chaves
[ ] Sim, mas apenas para o nível intermediário (executivo e chefias)
[ ] Sim, mas apenas para o operacional
[ ] Não possui avaliação de desempenho formal.
30. Qual o método adotado de avaliação de desempenho?
[ ] método de escala gráfica.
[ ] método de escolha forçada.
[ ] método de pesquisa de campo.
[ ] método de avaliação por objetivo.
[ ] métodos mistos ou desenvolvidos pela própria empresa.
[ ] Outro__________________________________________________________.
31. O comportamento do funcionário em relação a bebidas alcoólicas, é avaliado pela
empresa:
[ ] Nunca [ ] Ocasionalmente [ ] Frequentemente
Política de Manutenção de Recursos Humanos:
No Plano de Benefícios Sociais:
32. A empresa possui, além dos benefícios sociais exigidos por lei, benefícios de caráter
espontâneo?
[ ] Sim [ ] Não, apenas os legais.
33. A empresa desenvolve algum programa de saúde no trabalho junto aos seus
funcionários?
[ ] Sim (responda à questão seguinte) [ ] Não
34. Quem administra o programa de saúde do trabalhador?
[ ] A chefia imediata dos funcionários.
[ ] Área de serviço social/benefícios sociais.
[ ] Área de medicina do trabalho.
53
[ ] Área de psicologia do trabalho.
[ ] É terceirizado.
[ ] Outros_______________________________________________________
35. A empresa proporciona momentos de happy hour para seus funcionários?
[ ] Sim, permitindo o uso de bebidas alcoólicas.
[ ] Sim , porem proibido o uso de bebidas alcoólicas.
[ ] Não promove happy hour com os funcionários.
36. Qual dos benefícios espontâneos diretos os funcionários mais utilizam?
[ ] Assistência médico-hospitalar
[ ] Assistência odontológica
[ ] Assistência financeira(empréstimos)
[ ] Seguro de vida
[ ] Grêmio, clube ou atividades esportivas
[ ] Restaurante no local de trabalho ou Ticket refeição
[ ] Assistência Educacional
[ ] Não possui benefícios espontâneos
37. A empresa possui algum convênio médico para fins de tratamento de dependência
alcoólica?
[ ] Sim [ ] Não
38. A empresa pretende implantar algum programa de tratamento e acompanhamento do
funcionário alcoólico nos próximos anos?
[ ] Sim, a curto prazo (1 a 3 anos)
[ ] Sim, a médio prazo (3 a 5 anos)
[ ] Sim, a longo prazo (acima de 5 anos)
[ ] Não pretende implantar programa de tratamento e acompanhamento do alcoolismo.
39. A empresa já promoveu algum evento em que houvesse consumo de álcool em seu
ambiente interno?
[ ] Sim [ ] Não
40. A empresa já promoveu algum evento em que houvesse consumo de álcool em seu
ambiente externo?
[ ] Sim [ ] Não
Na Higiene e Segurança do Trabalho:
41. A empresa já registrou algum acidente de trabalho provocado por consumo de álcool?
[ ] Sim [ ] Não
42. A empresa já registrou alguma perda patrimonial provocada por consumo de álcool?
[ ] Sim (responda a questão seguinte) [ ] Não
43. Essa perda envolveu (pode marcar mais de uma alternativa)
[ ] Perda econômica/financeira
[ ] Perda material
[ ] Perda material com lesões em pessoas
[ ] Perda material e perda de vida humana.
Na Medicina no Trabalho:
44. A empresa possui instrumentos para levantamento de necessidades que identifique
casos de funcionários portadores de dependência alcoólica?
54
[ ] Sim (responda a questão seguinte) [ ] Não
45. Caso sim, qual instrumento aplica? (pode marcar mais de uma alternativa)
[ ] Pesquisa formal interna com perguntas diretas sobre dependência alcoólica
[ ] Indicadores na avaliação de desempenho e produtividade funcional
[ ] Observação da chefia direta
[ ] Exames médicos
[ ] Outro _____________________________________________________________
No Treinamento e Desenvolvimento
46. Nos programas de treinamento, a empresa promove algum evento relacionado à
dependência alcoólica?
[ ] Nunca [ ] Ocasionalmente [ ] Frequentemente
No Desligamento dos Recursos Humanos:
47. A empresa possui algum instrumento para identificar o alcoolismo como causa do
desligamento voluntário ou involuntário do funcionário?
[ ] Sim (responda a questão seguinte) [ ] Não
48. Caso sim, qual o instrumento utilizado?
[ ] Entrevista estruturada com profissionais de RH e/ou chefia direta.
[ ] Entrevista não estruturada com profissionais de RH e/ou chefia direta.
[ ] Formulários a serem respondidos pelos funcionários, individualmente.
[ ] Outro___________________________________________________________
55
Apêndice B
AUDIT – Teste de Identificação de Desordens Devido ao Uso de Álcool
UMA DOSE:
Uma taça de vinho = 150 ml
1 coquetel = 350 ml
1 dose de destilado (whisky, vodka, pinga) = 40ml
Uma lata de cerveja = 350 ml
3) Com que frequência você toma “seis ou mais doses” em uma ocasião?
0 Nunca 3 Duas a três vezes por semana
1 Uma vez por mês ou menos 4 Quatro ou mais vezes por semana
2 Duas a quatro vezes por mês
4) Com que frequência, durante o último ano, você achou que não seria capaz de
controlar a quantidade de bebida depois de começar?
0 Nunca 3 Duas a três vezes por semana
1 Uma vez por mês ou menos 4 Quatro ou mais vezes por semana
2 Duas a quatro vezes por mês
5) Com que frequência, durante o último ano, você não conseguiu cumprir com algum
compromisso
por causa da bebida?
0 Nunca 3 Duas a três vezes por semana
1 Uma vez por mês ou menos 4 Quatro ou mais vezes por semana
2 Duas a quatro vezes por mês
56
6) Com que frequência, durante o último ano, depois de ter bebido muito, você precisou
beber pela manhã para se sentir melhor?
0 Nunca 3 Duas a três vezes por semana
1 Uma vez por mês ou menos 4 Quatro ou mais vezes por semana
2 Duas a quatro vezes por mês
7) Com que frequência, durante o último ano, você sentiu culpa ou remorso depois de
beber?
0 Nunca 3 Duas a três vezes por semana
1 Uma vez por mês ou menos 4 Quatro ou mais vezes por semana
2 Duas a quatro vezes por mês
8) Com que frequência, durante o último ano, você não conseguiu se lembrar do que
aconteceu na noite anterior por causa da bebida?
0 Nunca 3 Duas a três vezes por semana
1 Uma vez por mês ou menos 4 Quatro ou mais vezes por semana
2 Duas a quatro vezes por mês
9) Alguma vez na vida você ou alguma outra pessoa já se machucou, se prejudicou por
causa de você ter bebido?
0 Não 2 Sim, durante o último ano
1 Sim, mas não no último ano
10) Alguma vez na vida algum parente, amigo, médico ou outro profissional da saúde já
se preocupou com você por causa de bebida ou lhe disse para parar de beber?
0 Não
1 Sim, mas não no último ano
2 Sim, durante o último ano
Total:
57
Apêndice C
_________________________________________________
Nome do participante da pesquisa
_________________________________________________
Assinatura da coordenadora da pesquisa
58