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Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA

Direção Geral IDEC – Cristo Rei – Goiás


Licenciatura Plena em Matemática

ANA PAULA DA SILVA

MEMÓRIAS DE UMA VIDA

Goiânia, 2010
ANA PAULA DA SILVA

MEMÓRIAS DE UMA VIDA

“Memorial apresentado ao Curso de Matemática, no


município de Goiânia, na Universidade Estadual
Vale do Acaraú – UVA, como um dos pré-requisitos
para conclusão da Licenciatura Específica em
Matemática, sobe a orientação do Professor: Ms.
Marcos Perpetuo”.

Goiânia, 2010
ANA PAULA DA SILVA

MEMÓRIAS DE UMA VIDA

Memorial de Formação de Prática Educativa apresentado à Comissão Examinadora


da Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade
Estadual Vale do Acaraú – IDEC Cristo Rei – GO, como requisito para obtenção de
título de Licenciatura Plena em Matemática.

Trabalho Examinado e Aprovado em:

Comissão Examinadora

_______________________________________
Profª. Msc.Marcos P.de Carvalho

_______________________________________
Titulação e Nome do 1º examinador
IES onde atua

_______________________________________
Titulação e Nome do 2º examinador
IES onde atua

_______________________________________
Titulação e Nome do Coordenador do Curso
DEDICATÓRIA

A minha mãe, meu esposo e meus irmãos


que sempre me incentivaram nessa
caminhada e também a todos que
acreditaram que eu seria capaz de vencer
esta batalha.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar, que é o Mestre dos


Mestres. À família, em especial a minha, alicerce para todas as
conquistas.”
Aos Mestres da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA,
pela persistência e abnegação com que estiveram conosco aos
fins de semana e nos períodos intensivos dos meses de
janeiro, julho e dezembro, enfim todos que deixaram em mim
uma lembrança inesquecível, um olhar de encorajamento,
algumas palavras sobre persistência, a tolerância de muitos, a
crítica de outros, a solidariedade, o secar das lágrimas, um
sorriso buscado e achado. Peço perdão aos que aqui não
foram citados, mas que tiveram um “dedinho” de
responsabilidade para que eu consiga alcançar mais um
degrau em minha existência. Hão, ainda de compreender que
tenho de privilegiar algumas pessoas que contribuíram de
forma especial para a concretização desse estudo.
NDICE

DEDICATORIA ,,,,....................................................................................................... 4

AGRADECIMENTO .................................................................................................... 5

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................7

I. CAPÍTULO – O INICIO DE TUDO...........................................................................10

A MINHA CIDADE .................................................................................................... 15

II. CAPÍTULO –AOS MEUS PRIMEIROS TEMPOS: DA INFANCIA A

ADOLESCÊNCIA...................................................................................................... 17

III. AS TRANSFORMAÇÕES DA VIDA..................................................................... 22

lV. O SONHO, A UNIVERSIDADE............................................................................ 25

V. PROJEÇÕES PARA O FUTURO ...................................................................... 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 32
APRESENTAÇÃO

Vivemos a vida como se ela fosse interminável. Mas ela é tão breve.
Entre a meninice e a velhice há pequeno intervalo de tempo. Olhe
para sua história! Os anos que você já viveu não passaram muito
rápido?
A vida é tão breve como os raios de sol que surgem sorrateiramente
na mais bela manhã e se despedem sutilmente ao anoitecer sem
deixar vestígios. (A. CURY, p.16. 2004)

Escrever este Memorial para mim foi um momento de grande reflexão.


Lembrei de meus pais, dos meus avós, de histórias que foram contadas ao longo de
minha infância, adolescência e mocidade.

Poucas foram as pessoas que me incentivaram, mesmo assim, com força de


vontade e curiosidade aprendi alguns ofícios como babá, cabeleireira e finalmente
como professora. Foi uma batalha incessante de sobrevivência, garra, alegrias e
tristezas.

A nossa memória é seletiva e nos faz lembrar acontecimentos que, por


alguma razão, foram significativos e marcaram nossa existência num determinado
período. Ao elaborar este memorial, para conclusão do curso de Matemática -
comecei a refletir sobre minha vida de estudante, o início de uma vida escolar na
qual fui acolhida com carinho pelo professor e através dos relatos e reflexões
mostrarei como me tornei professora.

O que escrevi tem o objetivo de apresentar fatos que marcaram minha vida
pessoal e profissional, fazendo uma reflexão a respeito das transformações
ocorridas através dos conhecimentos, dos obstáculos, medos, erros, bem como da
vontade de acertar e da busca incessante por novos conhecimentos, procurando
sempre um fazer diferente ou porque não fazer a diferença na vida de tantos
"pequeninos".

Neste caminhar entre várias opções o que mais me interessou foi incentivar o
aluno a desenvolver com competência o raciocínio lógico matemático, pois sempre
busquei respostas, enquanto professora, para algumas inquietações relacionadas à
esta competência do aluno, principalmente ao fato de ser um desafio comum na
atualidade, como a falta de interesse por atividades de leitura e escrita, excesso de
atividades desmotivadoras ou, ainda, a falta de informações sobre atividades
prazerosas e significativas.

Este curso teve mudanças significativas, tanto em minha prática na sala de


aula, quanto ao meu olhar em relação às crianças. As reflexões, discussões e
leituras ampliaram meu mundo de educadora.

Permito-me a retrospectiva através destes relatos e passo a certezas que


antes eu não tinha. A minha vivência como aluna na educação infantil e minhas
ações como agente educativa, levam-me a acreditar na importância da afetividade
no processo ensino/aprendizagem.

Direciono minhas discussões para o favorecimento do lúdico na Educação.


Através dessas reflexões mostrarei as mudanças na forma de pensar e agir com as
crianças e adolescentes. Percebo que ao repensar minha vida antes de iniciar aqui
na Faculdade, eu era muito inexperiente, sem conhecimento, é a partir dos
embasamentos teóricos que uma grande mudança acontece, esta minha formação
profissional qualifica a aprendizagem dos meus alunos, principalmente quando
percebo maneiras de rever minha conduta e ajudar a estes na construção da
autonomia.

CAPÍTULO I
O INICIO DE TUDO....

[...] também legitima a singularidade de uma trajetória, que é sempre


única,porque vivida como indivíduo e sujeito da própria história, como
instituído e ao mesmo tempo instituindo e, por isso, marcando cada
passo sobre cada um dos lugares de maneiras semelhantes e
também diferentes. (ITANI, 2004: 62)

No ano de hum mil novecentos e cinqüenta e cinco aos dezenove dias do


mês de maio, nascia no Estado do Ceará no vilarejo por nome Boqueirão no
município de Missão velha, aquela que vinte anos mais tarde seria a minha
progenitora, registrada em cartório com o nome de Antonia Amélia Lima.

Estava com nove meses

O meu nascimento não foi programado pela minha mãe que era
solteira. Nasci de um relacionamento da mesma com um homem por nome Mauro,
pois sendo este casado, minha mãe não aceitou ser sua amante sendo por este
abandonada, perdendo todo o contato com o mesmo, fato pelo qual não o conheço.
Mesmo sem pai foi criada com muito amor por minha mãe, tias e meus avos, que
mesmo tendo ficado muito tristes com os acontecimentos aceitaram minha mãe
perdoando-a e mim aceitado.

Nasci no dia vinte e cinco de agosto de hum mil novecentos e setenta e cinco,
na extinta Santa Casa de misericórdia, (hoje, Centro de Convenções) no centro, na
cidade de Goiânia. Nasci de parto normal às nove horas da manhã, minha mãe diz
que foi muito rápido, ela não sofreu muito, o único probleminha é que a bolsa dela
não rompia, o medico não sabia, pois ela não tinha feito o pré-natal. Ao sentir as
primeiras dores minha mãe conta que não sabia o que era, contou para minha tia
Terezinha, o que estava sentindo e ela disse que eram as contrações, eu estava a
caminho, o interessante é que onde moravam, não tinha ponto de táxi, e não tinham
telefone, pois este naquela época era artigo de rico, a saída era ir para o ponto de
ônibus, o problema é que já eram meia noite e os ônibus paravam nesse horário,
mesmo assim arriscaram e foram, ao chegarem próximo ao ponto enxergaram o
ônibus que já ia se recolher, sem passageiro, minha tia correu e conseguiu pará-lo e
o motorista aceitou levá-las até o centro. Ao chegar na rua quatro elas desceram e
pegaram um táxi até ao hospital aonde vim ao mundo por volta da oito horas e
quarenta minutos. Minha mãe disse que eu era muito linda, branquinha de cabelos
bem negros e bastante, chegando a cobrir as orelhas.

Com meus primos

Minha avó, por nome


Amélia Maria Lima, e meu avô,
por nome José Severo Lima,
tinham muito ciúmes de mim e
não gostavam que minha mãe
saísse comigo, tinham medo,
minha mãe trabalhava em uma
empresa de ônibus e estudava a
noite, até os três anos e dois
meses moramos todos juntos,
quando minha mãe conheceu
seu esposoonde e qando?, Divino Antonio da Silva, também estudante e jogador de
futebol. Casaram-se no dia quatorze de outubro de hum mil novecentos setenta e
oito, no cartório de registro civil F. Taveira na rua Um nesta capital, sendo ele filho
de Divino da Silva e Elmerita Alves Ferreira. Continuei morando com meus avos
materno ainda por uns dois anos, pois onde minha mãe foi morar era muito pequeno
(dois cômodos). Depois desse tempo eles construíram no lote de meus avos, onde
fui morar com eles em definitivo. Passei a chamar o marido de minha mãe de pai,
pois ele mim assumiu como tal. Quando já tinha entendimento, comecei a estranhar
meu nome ser diferente dos das minhas irmãs mais novas, pois as mesmas se
chamavam Kátia Regina da Silva e Karla Cristina da Silva enquanto eu era Ana
Paula Lima. Diante desse constrangimento de não ter nome de pai, ainda não sabia,
mas viria logo a saber, minha mãe e seu marido resolveram fazer uma nova
certidão de nascimento para mim onde passei a me chamar Ana Paula da silva e
constar o nome de um pai na minha certidão de nascimento.

Eu, meu irmão e irmãs – set 86

Sou a mais velha da família, tive duas


irmãs e um irmão - Kátia Regina da Silva,
mais nova do que eu três anos e nove meses,
Karla Cristina da Silva, cinco anos e José
Severo da Silva Neto, o caçula, mais novo
nove anos.

Fui uma criança muito saudável, apesar de ter uma hérnia umbilical, mais não
era muito grave, graças a Deus, minha avo curou com alguns remédios caseiros e
simpatias. Sempre fui muito esperta e fazia muitas “artes” no nosso quintal com
minhas irmãs. Fui amamentada por minha mãe até aos dois anos e sete meses,
parecia uma bezerrinha, como era chamada carinhosamente pela minha avo Amélia,
que brigava sempre com a minha mãe que ao chegar do serviço nem esfriava o
corpo, como dizia ela, pra depois me dar de mamar, pois ao vê-la chegando eu
corria para seu colo pedindo peito, e é claro ela queria aliviar a dor do mesmo por
estar cheio e diz ela que sentia muito prazer em me dar de mamar, aproveitei
bastante o leite de minha mãe, pois Deus sabia que ela não iria afazer o mesmo
pelos outros, a Kátia mamou um mês, a Karla, muito doente enjôo do peito com
menos de um mês e o José, minha mãe teve problema no seio, uma enfermidade
que não lhe permitiu amamentá-lo.

Minha mãe pessoa muito boa, esforçada e inteligente, apesar da vida não ter
sido muito boa para com ela, nunca desistiu de correr atrás dos seus sonhos,
estudou se formou em pedagogia e pós graduou em psicopedagogia, teve por
profissão antes do casamento, cobradora de ônibus, domestica e faxineira de
condomínio, mesmo com toda dificuldade sempre estudando a noite.

Após o casamento ficou um tempo


cuidando dos filhos, pois se casou grávida
da minha irmã Kátia que tinha pneumonia e
logo em seguida nasceu a Karla que
também era muito doente, ambas viviam
internadas. Mas ela conseguiu terminar o
Ensino Fundamental e, quando estava no
segundo ano do ensino médio surgiu a
oportunidade para ser professora, profissão
que assumiu e até hoje exerce, estando já
próxima de se aposentar.

Quando criança minha mãe me contava estórias pra dormir e cantava


musiquinhas como, “boi da cara preta”, “nana neném”, e outras. Onde morávamos
tinha meus primos e sempre brincávamos juntos, a brincadeira que mais
gostávamos era de jogar bola e construir casinhas embaixo do pé de manga, o
quintal era sempre cheio de crianças tanto primos como vizinhos, havia muitas
árvores frutíferas como mangueira, goiabeira, bananeira, limoeiro, pé de cajá
manga, amora e “siriguela”. Fico pensando como que cabia isso tudo naquele lote e
ainda nossas casas e sobrava muito espaço para brincar. A casa dos meus minha
avos era humilde, sem reboco e a cozinha era feita de tábua com fogão a lenha, as
paredes e teto eram todos cheios de fumaça e o piso de chão batido, não havia
encanação de água, usávamos uma bomba pra puxar a água da sisterna,
banhávamos em bacias e as vazes com a mangueira da bomba como chuveiro, o
que eu não gostava de lá é que não tinha banheiro usávamos uma privada e eu
tinha muito medo de cair lá dentro, tinha sonhos terríveis com isso, depois
construíram um banheiro mais seguro e higiênico. Quando chovia era muito bom,
brincávamos na enxurrada, pois lá não era asfaltado.

Meu avô era carroceiro e gostava de fumar cachimbo, minha avó faleceu por
causa de um câncer no pâncreas, eu tinha cinco anos de idade. Fui criada com uma
educação muito rígida, não podíamos nem chegar perto dos adultos se estivessem
conversando, não tinha esse negocio de ficar xingando, cada um tinha uma
obrigação pra fazer em casa, não ficávamos brincando na rua e nem na casa dos
outros era só dentro do nosso lote. Meu avô sempre me levava pra passear de
carroça e, no quintal também tinha o curral para o cavalo, cheguei um dia a
presenciar uma égua parindo, foi incrível.

A MINHA CIDADE
Goiânia é um município brasileiro e capital do estado de
Goiás.
É a segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste do
Brasil e se localiza no Planalto Central, a quarenta e oito
quilômetros de Anápolis e duzentos e nove quilômetros a sudoeste da capital
federal, Brasília.

A cidade possui um milhão duzentos e oitenta e um mil e novecentos e


setenta e cinco de habitantes, de acordo com as estimativas de dois mil e nove do
IBGE, sendo o décimo terceiro município mais populoso do Brasil. A região
metropolitana de Goiânia possui dois milhões e cento e cinco mil e noventa e sete
de habitantes, o que a torna a décima primeira região metropolitana mais populosa
do país.

Como algumas outras cidades brasileiras, Goiânia desenvolveu-se a partir de


um plano urbanístico, tendo sido construída com o propósito de desempenhar a
função de centro político e administrativo do estado de Goiás. Foi fundada em vinte
e quatro de outubro de hum mil novecentos e trinta e três, absorvendo, em hum mil
novecentos e trintas e sete, da cidade de Goiás, a função de capital do estado.

CAPITULO ll
AOS MEUS PRIMEIROS TEMPOS: DA INFANCIA A ADOLESCÊNCIA

Essa relação vertical, a passividade do aluno, reduzido a simples receptor


da tradição cultural. A institucionalização da escola surgiu sob o signo da
hierarquia e da vigilância. Assim, para ser “protegida”, a criança se submete
a um sistema disciplinar paternalista, autoritário e dogmático. Rigidamente
estipuladas às normas garantem a submissão do aluno, para quem a
obediência se torna virtude primeira. (ARANHA, 2002, p. 158)

Junho de 1980 – minha


primeira quadrilha,
dancei vestida de
menino.

No ano hum mil novecentos e oitenta e um, com seis anos comecei a estudar
em uma escola próximo da minha casa chamada “Mundo Encantado”, onde fiz o
jardim e o pré-primário, lembro que a tia me deu um desenho de uma baleia e disse
para que eu pintasse tudo sem deixar nem um
espaço em branco. No mês de junho brincávamos
de quadrilha e resolvi dançar vestida de homem,
minha mãe não gostou mas teve que aceitar,
coisas de criança, lá também tinha uma piscina
pra gente brincar.

No ano de mil novecentos oitenta e dois, então ia


completar seis anos, fui para a escolinha “Conto de Fada” que ficava na mesma rua
que eu morava, onde fiz a primeira e a segunda série, era uma escola particular e o
seu método de ensino era tradicional e silábico, lembro que eles passavam muita
tarefa em caderno de caligrafia, meus dedinhos doíam muito, a tarefa era
mimeografada ou passado no caderno copiada pelo próprio punho, cantávamos o
hino Nacional toda semana, em fila no pátio da escola, era também usado uma
cartilha com figuras, que era em ordem alfabética para aprendermos as letras, por
exemplo: árvore com a letra “a”, bola com a letra “b”, casa com a letra “c” e assim
por diante. Na hora do recreio eu gostava de brinca no balanço, gangorra e de
bambolê era muito divertido.

No ano hum mil novecentos e oitenta e quatro, com oito anos fui para um
colégio conveniado com o Estado, “Colégio Alfredo Nasser”, no setor Jardim das
Esmeraldas em Aparecida de Goiânia, um colégio grande que tinha até o ensino
médio (antigo segundo grau), o diretor e proprietário do colégio até hoje é o
professor Alcides Ribeiro Filho, o método de ensino era o tradicionalista onde o
professor é o dono do saber.

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende".


(Guimarães Rosa)

Meu aniversario de
onze anos - agosto de
86
Ai, estudei da terceira à sétima série, até o ano de mil novecentos e oitenta e
nove (reprovei na 5ª série em matemática, não me dava muito bem com a
professora ela não gostava de explicar e pegava muito no meu pé, acho que é
porque ela era amiga da minha mãe). Quando estava na terceira série fui atropelada
por uma bicicleta na rua da minha casa, ao brincar com minhas irmãs e primos e
quebrei a perna direita bem no calcanhar, fiquei muito tempo engessada, nessa
mesma época foi quando passou o cometa Halley e, os meus colega até rimavam
assim “Ana me empresta a muleta pra eu ver o cometa”, Foi muito difícil ir para
escola com a perna daquele jeito mas, sempre dava-se um jeito, eu ia até de carroça
com meu avô, os colega riam de mim mas eu não estava nem ai achava o máximo ir
de carroça pra escola, perdi alguns dias de aula mas sempre conseguia acompanhar
a turma. Na quarta série gostei muito, minha professora, Sueli, era casada com um
professor de ciência que uma vez na semana nos ensinava sobre o corpo humano.
No recreio brincávamos de roda, cai no poço, pular corda e outras.

Em dezembro do ano
de mil novecentos e
oitenta e seis , com
onze anos, fiz a minha
primeira comunhão na
Paróquia São Miguel,
no Setor Pedro
Ludovico onde fiz a
catequese durante
dois anos, neste ano
também, reprovei na 5ª série em matemática, não me dava muito bem com a
professora ela não gostava de explicar e pegava muito no meu pé, acho que é
porque ela era amiga da minha mãe. No ano hum mil novecentos e oitenta e oito
com doze anos na sexta série fui a representante de sala, era feita uma votação e o
maior número de votos ganhava, foi o ano que tive um maior desempenho na
escola, na sétima série participei do grêmio estudantil como repórter do jornal da
escola, nessa época já com quartoze anos nós mudamos do Setor Pedro Ludovico
em Goiânia onde morávamos, para o Setor Mansões Paraíso em Aparecida de
Goiânia, no dia primeiro de julho do ano de mil novecentos e oitenta e nove, meu
avô já havia vendido onde morávamos e, cada uma das minhas tias que moravam lá
foram morar em um lugar diferente. Demorei acostumar com a mudança chorava
todos os dias de saudade dos meus colegas.

Com minha família numa casa no setor Mansões Paraíso

Nesta nova fase de minha vida me envolvi com más companhias e acabei
reprovando por falta na sétima série, minha mãe me transferiu para o Colégio
Estadual Mansões Paraíso próximo de casa, em mil novecentos e oitenta e nove,
mesmo assim continue com as amizades e minha mãe achou por bem me afastar
dessa turma.

No ano de mil novecentos e noventa, cursei a oitava série no Colégio


Estadual Marechal Rondon na Vila Lucy que fica próximo de Campinas em Goiânia,
pois fui morar com a minha prima para cuidar de seu filho que na época estava com
seis meses de vida, em mil novecentos e noventa e um, comecei a fazer o curso de
patologia clinica, mais não conclui nem o primeiro bimestre e desisti, voltei para casa
da minha mãe e comecei a fazer o curso de cabeleireira no SENAC na Vila
Redenção em Goiânia, fiz em seis meses e conclui, também comecei a fazer aulas
de dança de rua e de salão e passei a ficar a maior parte do meu tempo em festas e
quase não ficava em casa, minha mãe ficava muito chateada com isso, eu inventava
qualquer coisa pra não ficar em casa, por causa do meu pai que brigava o tempo
todo comigo e me batia, acho que ele não gostava de mim, em mil novecentos e
noventa e três, minha mãe se separou dele, pois ele a traia e era viciado em jogatina
e quase não ajudava em casa, minha mãe ficou muito triste, lembro de vê-la
chorando as escondidas, mas como tudo passa, passou.
.

CAPÍTULO III
AS TRANSFORMAÇÕES DA VIDA

[...] também legitima a singularidade de uma trajetória, que é sempre


única,porque vivida como indivíduo e sujeito da própria história, como
instituído e ao mesmo tempo instituindo e, por isso, marcando cada
passo sobre cada um dos lugares de maneiras semelhantes e
também diferentes. (ITANI, 2004: 62)

Com ajuda da minha mãe montei um salão em hum mil novecentos e noventa
e cinco e comecei a trabalhar em casa e com vinte e dois anos conheci um rapaz
com o nome de Leondenes mas todos o chamava de Léo, ele morava perto da
minha casa e o conheci no terminal cruzeiro do sul onde trabalhava de salgadeiro,
logo fomos morar juntos, ficamos morando perto da casa da minha mãe e comecei a
estudar no Colégio Pedro Gomes no Setor Pedro Ludovico em Goiânia, cursando o
curso técnico em enfermagem mais não consegui concluir, pois o meu marido era
muito ciumento e chegou a colocar fogo no meu caderno.

Mudamos para o Estado do Pará na cidade de Redenção em março de hum


mil novecentos e noventa e oito, pois o pai dele comprou uma terra lá e fomos ajudá-
lo a se instalar, foi uma experiência muito dolorida, peguei malária (A malária ou
paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários
parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles),
por três vezes quase morri, cheguei a ficar internada.

O lugar onde
morávamos a situação
era muito precária, não
tinha tratamento de
água, e usávamos água
de cisterna, a privada
era fossa asséptica, o
barracão era feito de
tabua e cozinhávamos
em fogão a lenha. Meu
companheiro fabricava
salgados e eu os vendia na rua, de bicicleta. Conheci toda a cidade e também fiz
algumas amizades, minha mãe, minha tia Francisca e minha prima Judith foram até
lá me visitar, fiquei muito feliz, pena que só ficaram três dias. Passado algumas
semanas, nos separamos e voltei para casa da minha mãe e continuei a trabalhar
como cabeleireira.

Aos vinte e sete anos voltei a estudar em um Colégio conveniado, desta vez
entrei na EJA, segundo período da terceira etapa, não conclui, mas conheci o
Anderson Profiro de Miranda filho de Waldevina e Aurelino(em memória), nascido
em Brasília DF, o homem que mudaria o rumo da minha vida, mesmo não indo muito
com a cara dele e achando ele um chato, mas, um dia tivemos a oportunidade de
nos conhecermos melhor e eu pude mudar minha opinião sobre ele, isso foi no dia
dois de agosto de dois mil e dois, então fomos estudar juntos no Colégio Estadual
Petrônio Portella no Bairro Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia, ele trabalhava
á noite como segurança e só ia as aulas uma noite sim e outra não, havia muitos
professores bons e outros péssimos não importando se o aluno estava aprendendo
ou não, terminamos o segundo ano EJA e fomos para o Colégio Estadual Mansões
Paraíso onde eu já tinha estudado antes e minha mãe estava como secretária geral
nessa época, então terminamos o Ensino Médio. Tivemos até formatura.

Eu e meu esposo Anderson


Compramos uma casa no Bairro Madre Germana em Aparecida de Goiânia e fomos
morar juntos, no inicio foi difícil mais com o apoio dos nossos familiares, tudo foi
melhorando, o Anderson sempre foi muito trabalhador e nunca deixou faltar nada em
casa.

CAPÍTULO IV.
O SONHO, A UNIVERSIDADE.

“Não acredito que exista coisa mais importante para a vida


dos indivíduos e do país que a educação. A democracia só é
possível se o povo for educado. Mas ser educado não
significa ter diploma superior. Nossas universidades são
avaliadas pelo número de artigos científicos que seus
cientistas publicam em revistas internacionais em línguas
estrangeiras. Gostaria que houvesse critérios que avaliassem
nossas universidades por sua capacidade de fazer o povo
pensar. Para a vida do país, um povo que pensa é
infinitamente mais importante que artigos publicados para o
restrito clube internacional de cientistas.” (Ruben Alves)
Aprendi que os sonhos não são apenas para serem sonhados, mas, para
também serem realizados, com este pensamento corri para realizar o meu. Foi um
longo percurso, com muitas curvas e pedras pelo caminho, porem com coragem
persistência, humildade e muita vontade, enfrentando a resistência do meu marido
que dizia que não precisava estudar, consegui transpor as barreiras e chegar às
portas da faculdade.

Em dois mil e quatro fiz inscrição pro vestibular na UVA- Universidade


Estadual Vale do Acaraú para o curso de licenciatura plena em matemática e passei,
lembro que no dia da inscrição perdi os meus documentos e fiquei apavorada, mas
conversei com a professora Vitória Régia e ela me orientou ao que fazer e foi tudo
bem, comecei a estudar em dois mil e cinco no turno noturno e depois de dois
meses transferi para a turno de férias turma doze, mas tive que trancar no segundo
semestre e voltei no ano seguinte, mas em janeiro de dois mil e seis tive uma
gravidez ectópica (Gravidez ectópica é a gestação que ocorre fora da cavidade
uterina) e fiquei dois meses sem estudar, tive que trancar novamente a matricula
para o próximo semestre.

Em agosto de dois mil e cinco comecei a trabalhar contratada pela Secretária


da Educação do Estado de Goiás, primeiro trabalhei no Colégio Estadual “Pedro
Neca”, por um ano e, fui para o Colégio Executivo (conveniado), fiquei um semestre
e fui para o Colégio Estadual “Independência Mansões” e fiquei um ano, em dois mil
e oito exatamente dois anos depois, tive outra gravidez ectópica. No mês de julho
destranquei a matricula e voltei a estudar agora na turma trinta e nove. Dessa vez
era pra valer eu iria terminar o curso de qualquer forma, tive o privilegio de encontrar
uma turma muito companheira, apesar de terem vindo de outra universidade, os
professores sempre foram muito compreensivos e competentes no exercício de sua
função. Os professores que mais marcaram foram: Henrique que sempre me
orientou quando precisei, Marcos Soares companheiro e um ótimo professor de
matamática, Maria Obeid que soube me orientar muito bem no estágio l e ll,
Claudino pela sua responsabilidade, paciência e carinho em que sempre que
precisei dele soube me compreender e Marcos Perpetuo por ter me orientado no
estágio lll e ter estado comigo nos últimos momentos do curso e todos os outros que
participaram no desenvolver dessa graduação.

A Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA nasceu como Fundação


Municipal através da lei nº214 de outubro de hum mil novecentos e sessenta e oito
Foram criadas as Faculdades de Ciências Contábeis, Engenharia de Operações
(atualmente Tecnologia da Construção Civil com habilitação em Edificações),
Enfermagem e Obstetrícia, além de Educação. Todas as faculdades foram
encampadas pelo Governo do estado do Ceará juntamente com a Faculdade de
Filosofia, criada em hum mil novecentos e sessenta e um, e pertencente à Diocese
da cidade cearense Sobral, local onde fica a sede da Universidade.

A encampação se deu no dia dez de outubro de hum mil novecentos e oitenta


e quatro através da Lei nº10933, sob a forma de autarquia. Com a promulgação da
Constituição do estado do Ceará, a UVA foi transformada em Fundação no dia cinco
de outubro de hum mil novecentos e oitenta e nove e, através da Portaria Ministerial
nº821 de trinta e um de março de hum mil novecentos e noventa e quatro foi
reconhecida pelo MEC.

A UVA é uma universidade com autonomia administrativa e acadêmica


assegurada pela Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes e bases da Graduação
Nacional nº9394/96, em seu Artigo 53, e reconhecida pelo Parecer 0994/98 de
21/10/98.

Atualmente a UVA dispõe de núcleos espalhados pelo Brasil, entre os


estados de Ceará, Pernambuco, Amapá, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Sergipe e Goiás. Oferece o curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, e
os Cursos Seqüenciais de Formação Específica nas áreas de Gestão de Recursos
Humanos, Gestão de Pequenas e Médias Empresas, Gestão de Negócios em
Turismo e Hotelaria e Marketing Organizacional.

O Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia representa um esforço da UVA


para promover o desenvolvimento da educação no estado do Ceará e demais
estados da Federação, quando autorizado por seus Conselhos Estaduais de
Educação.

Trata-se de um curso que tem como objetivo a qualificação dos docentes do


ensino fundamental em cumprimento ao estabelecido pela LDB.

Atividades teóricas e de prática de ensino, além de estágio supervisionado e


docência fazem parte do curso, que é sustentável financeiramente pelos alunos, não
havendo subsídios governamentais dos estados do Ceará ou de Pernambuco.
O Superior Tribunal de Justiça (STF), nos autos do mandato de segurança
nº7801 DF (2002/0094889-1) deu à UVA a legalidade de ministrar seus cursos em
regime de colaboração com sistemas Educacionais de Educação.

Em Pernambuco, a UVA está legalmente habilitada a ministrar este curso


através do Conselho Estadual de Educação CEE/PE, Parecer nº17/2004 CES
15/03/2004.

Modulo de Conhecimento Especifico: propicia ao aluno o acesso às teorias e


ao conhecimento das Ciências Básicas e suas tecnologias, referente à área
especifica de sua formação. Esse módulo é o principal da formação do professor,
uma vez que à profissionalização dos docentes em áreas especificas do
conhecimento (Biologia, Física, Geografia, História, Inglês, Matemática, Português e
Química) para atender à demanda das ultimas séries do Ensino Fundamental e
Médio.

Módulo de Formatação Pedagógica: que é responsável por ofertar aos alunos


os fundamentos da área de Educação. O trabalho realizado pelas disciplinas deste
módulo tem como objetivo estudar as problemáticas relativas ao planejamento, à
relação educação-sociedade, enfocando particularmente, o contexto educacional
dos alunos, com o objetivo de desenvolver uma postura reflexiva e critica da sua
realidade.

Módulo de Estágio Orientado: é o elemento articulador do currículo com as


disciplinas e atividades desenvolvidas durante o curso. Esse momento do processo
é o de experimentações, pois o aluno, embasado pelos fundamentos e pressupostos
ofertados pelo momento anterior, passa a aprofundar suas reflexões, a re-elaborar, a
criar e recriar a realidade educacional, aonde sua prática pedagógica vai sendo
construída. A atividade do estágio resultará na elaboração da Monografia que será
produzida no decorrer dessa disciplina, e será apresentada no final do curso. Nesta
elaboração o aluno sistematizara todo o seu percurso acadêmico, a partir da escolha
e aprofundamento de um tema educacional relevante.

Módulo Acadêmico-Científico-Cultural: é o espaço curricular destinado ao


desenvolvimento de atividades que integram os conteúdos programáticos
trabalhados nas disciplinas. Dessa forma, pretende-se utilizar 200h/a destinadas a
esse módulo para discussão de temáticas relativas à educação, bem como para a
formação geral do aluno.
Os estágios é muito importantes para qualquer formando na área da
educação, pois coloca em pratica aquilo que aprendeu e passa a conhecer a
realidade ou seja, na pratica a sua profissão, os obstáculos que que
enfrentaremos, no Colégio Estadual Mansões Paraíso onde fiz os estágios
encontrei, vários fatores importantes que me fez compreender o verdadeiro sentido
de ser um educador, alunos que realmente necessitam de professores capacitados e
preparados para exercer sua função. Infelizmente encontramos professores não
capacitados, desmotivados e que não importam com o aluno, fazem de conta que
estão ensinando e enquanto isso os alunos fazem de contas que estão aprendendo.

" O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma


criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser
depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho.
Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas
do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de
sonhos." ( Rubem Alves )

Compreendi desde criança que a profissão de educador é uma das profissões


mais importantes que existe e desde dos meus doze anos sempre sonhei em ser
professora de matemática e agora é um sonho que esta sendo realizado, me sinto
uma pessoa bem melhor fazendo o que gosto com amor, para muitos isso pode
insignificativo mais para mim é algo que consegui realizar, depois de tanta
desistências e derrotas que tive na vida eu posso dizer consegui, mais não vou parar
aqui, vou seguir em frente e cada dia me tornar uma pessoa melhor com ajuda do
Senhor meu Deus.

Com minha minhas primas;


Amélia, Judith e minha irmã
Karla
CAPITULO V.
PROJEÇÕES PARA O FUTURO

Aprendi que nunca é tarde para recomeçar, vou continuar meus estudos,
procurar fazer sempre o melhor, em tudo aproveitar cada segundo, dei entrada na
minha carteira de habilitação no dia vinte e dois de agosto de dois mil e dez, mais
infelizmente não consegui passar no teste oftalmológico, tenho uma doença nos
olhos que se chama ceratocone (Ceratocone é o termo médico utilizado para
denominar as alterações corneanas que resultam no afilamento e protusão
da região central da córnea), passei por tantos especialistas e só agora foi
diagnosticado o problema, vou fazer o tratamento e vou ficar boa, o
importante é não desistir, ainda tenho o sonho de ter filho, estou na fila do
SUS para fazer inseminação, não tenho nem ideia se vou conseguir, pois
é muito difícil conseguir esse tipo de cirurgia, é muito caro.

Estou fazendo um
curso de diaconisa na
FAIFA (Faculdade das
Igrejas Assembléia de Deus
Fama) comecei em agosto e
termino em dezembro de
dois mil e dez, estou muito
feliz por aprender mais de
Deus,

Na Igreja onde congrego

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Ruben A. A alegria de ensinar –


http://pt.wikiquote.org/wiki/Especial:Fontes_de_livros/8585470410. acessado
em 24/09/2010

______ http://www.revistaecologico.com.br/materia. Acessado em 24/09/2010

ALVES, A. M. S. A Vida na Escola e Escola da Vida. Memoriais de formação.


Campinas: Unicamp, 2005, disponível em
http://www.fe.unicamp.br/ensino/graduacao/proesfmemoriais2005/
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23/09/2010.

CURY, Augusto. 12 semanas para mudar uma vida. Colina SP: Ed. Academia de
inteligência, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.


_______. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2003.

LIMA, Branca Alves. Cartilha Caminho Suave: Alfabetização pela Imagem. São
Paulo: Editora Caminho Suave, data não disponível.

LEITE, Sergio Antonio da Silva (org) Alfabetização e Letramento. Contribuições para


as práticas pedagógicas. Campinas: Komedi: Arte Escrita, 2001.

www Pt.wkipedia.org/wiki/ceratocone/ acesso em 25/08/2010

ITANI, 2004: "Memorial de Formação: Cultura, Diferenças e Construção de


Identidades de Professores"
http://www.preac.unicamp.br/memoria/textos/Luciana%20Teston%20Sivalle
%20-%20completo.pdf Acessado em 23/09/2010

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