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Goiânia, 2010
ANA PAULA DA SILVA
Goiânia, 2010
ANA PAULA DA SILVA
Comissão Examinadora
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Profª. Msc.Marcos P.de Carvalho
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Titulação e Nome do 1º examinador
IES onde atua
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Titulação e Nome do 2º examinador
IES onde atua
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Titulação e Nome do Coordenador do Curso
DEDICATÓRIA
DEDICATORIA ,,,,....................................................................................................... 4
AGRADECIMENTO .................................................................................................... 5
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................7
ADOLESCÊNCIA...................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 32
APRESENTAÇÃO
Vivemos a vida como se ela fosse interminável. Mas ela é tão breve.
Entre a meninice e a velhice há pequeno intervalo de tempo. Olhe
para sua história! Os anos que você já viveu não passaram muito
rápido?
A vida é tão breve como os raios de sol que surgem sorrateiramente
na mais bela manhã e se despedem sutilmente ao anoitecer sem
deixar vestígios. (A. CURY, p.16. 2004)
O que escrevi tem o objetivo de apresentar fatos que marcaram minha vida
pessoal e profissional, fazendo uma reflexão a respeito das transformações
ocorridas através dos conhecimentos, dos obstáculos, medos, erros, bem como da
vontade de acertar e da busca incessante por novos conhecimentos, procurando
sempre um fazer diferente ou porque não fazer a diferença na vida de tantos
"pequeninos".
Neste caminhar entre várias opções o que mais me interessou foi incentivar o
aluno a desenvolver com competência o raciocínio lógico matemático, pois sempre
busquei respostas, enquanto professora, para algumas inquietações relacionadas à
esta competência do aluno, principalmente ao fato de ser um desafio comum na
atualidade, como a falta de interesse por atividades de leitura e escrita, excesso de
atividades desmotivadoras ou, ainda, a falta de informações sobre atividades
prazerosas e significativas.
CAPÍTULO I
O INICIO DE TUDO....
O meu nascimento não foi programado pela minha mãe que era
solteira. Nasci de um relacionamento da mesma com um homem por nome Mauro,
pois sendo este casado, minha mãe não aceitou ser sua amante sendo por este
abandonada, perdendo todo o contato com o mesmo, fato pelo qual não o conheço.
Mesmo sem pai foi criada com muito amor por minha mãe, tias e meus avos, que
mesmo tendo ficado muito tristes com os acontecimentos aceitaram minha mãe
perdoando-a e mim aceitado.
Nasci no dia vinte e cinco de agosto de hum mil novecentos e setenta e cinco,
na extinta Santa Casa de misericórdia, (hoje, Centro de Convenções) no centro, na
cidade de Goiânia. Nasci de parto normal às nove horas da manhã, minha mãe diz
que foi muito rápido, ela não sofreu muito, o único probleminha é que a bolsa dela
não rompia, o medico não sabia, pois ela não tinha feito o pré-natal. Ao sentir as
primeiras dores minha mãe conta que não sabia o que era, contou para minha tia
Terezinha, o que estava sentindo e ela disse que eram as contrações, eu estava a
caminho, o interessante é que onde moravam, não tinha ponto de táxi, e não tinham
telefone, pois este naquela época era artigo de rico, a saída era ir para o ponto de
ônibus, o problema é que já eram meia noite e os ônibus paravam nesse horário,
mesmo assim arriscaram e foram, ao chegarem próximo ao ponto enxergaram o
ônibus que já ia se recolher, sem passageiro, minha tia correu e conseguiu pará-lo e
o motorista aceitou levá-las até o centro. Ao chegar na rua quatro elas desceram e
pegaram um táxi até ao hospital aonde vim ao mundo por volta da oito horas e
quarenta minutos. Minha mãe disse que eu era muito linda, branquinha de cabelos
bem negros e bastante, chegando a cobrir as orelhas.
Fui uma criança muito saudável, apesar de ter uma hérnia umbilical, mais não
era muito grave, graças a Deus, minha avo curou com alguns remédios caseiros e
simpatias. Sempre fui muito esperta e fazia muitas “artes” no nosso quintal com
minhas irmãs. Fui amamentada por minha mãe até aos dois anos e sete meses,
parecia uma bezerrinha, como era chamada carinhosamente pela minha avo Amélia,
que brigava sempre com a minha mãe que ao chegar do serviço nem esfriava o
corpo, como dizia ela, pra depois me dar de mamar, pois ao vê-la chegando eu
corria para seu colo pedindo peito, e é claro ela queria aliviar a dor do mesmo por
estar cheio e diz ela que sentia muito prazer em me dar de mamar, aproveitei
bastante o leite de minha mãe, pois Deus sabia que ela não iria afazer o mesmo
pelos outros, a Kátia mamou um mês, a Karla, muito doente enjôo do peito com
menos de um mês e o José, minha mãe teve problema no seio, uma enfermidade
que não lhe permitiu amamentá-lo.
Minha mãe pessoa muito boa, esforçada e inteligente, apesar da vida não ter
sido muito boa para com ela, nunca desistiu de correr atrás dos seus sonhos,
estudou se formou em pedagogia e pós graduou em psicopedagogia, teve por
profissão antes do casamento, cobradora de ônibus, domestica e faxineira de
condomínio, mesmo com toda dificuldade sempre estudando a noite.
Meu avô era carroceiro e gostava de fumar cachimbo, minha avó faleceu por
causa de um câncer no pâncreas, eu tinha cinco anos de idade. Fui criada com uma
educação muito rígida, não podíamos nem chegar perto dos adultos se estivessem
conversando, não tinha esse negocio de ficar xingando, cada um tinha uma
obrigação pra fazer em casa, não ficávamos brincando na rua e nem na casa dos
outros era só dentro do nosso lote. Meu avô sempre me levava pra passear de
carroça e, no quintal também tinha o curral para o cavalo, cheguei um dia a
presenciar uma égua parindo, foi incrível.
A MINHA CIDADE
Goiânia é um município brasileiro e capital do estado de
Goiás.
É a segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste do
Brasil e se localiza no Planalto Central, a quarenta e oito
quilômetros de Anápolis e duzentos e nove quilômetros a sudoeste da capital
federal, Brasília.
CAPITULO ll
AOS MEUS PRIMEIROS TEMPOS: DA INFANCIA A ADOLESCÊNCIA
No ano hum mil novecentos e oitenta e um, com seis anos comecei a estudar
em uma escola próximo da minha casa chamada “Mundo Encantado”, onde fiz o
jardim e o pré-primário, lembro que a tia me deu um desenho de uma baleia e disse
para que eu pintasse tudo sem deixar nem um
espaço em branco. No mês de junho brincávamos
de quadrilha e resolvi dançar vestida de homem,
minha mãe não gostou mas teve que aceitar,
coisas de criança, lá também tinha uma piscina
pra gente brincar.
No ano hum mil novecentos e oitenta e quatro, com oito anos fui para um
colégio conveniado com o Estado, “Colégio Alfredo Nasser”, no setor Jardim das
Esmeraldas em Aparecida de Goiânia, um colégio grande que tinha até o ensino
médio (antigo segundo grau), o diretor e proprietário do colégio até hoje é o
professor Alcides Ribeiro Filho, o método de ensino era o tradicionalista onde o
professor é o dono do saber.
Meu aniversario de
onze anos - agosto de
86
Ai, estudei da terceira à sétima série, até o ano de mil novecentos e oitenta e
nove (reprovei na 5ª série em matemática, não me dava muito bem com a
professora ela não gostava de explicar e pegava muito no meu pé, acho que é
porque ela era amiga da minha mãe). Quando estava na terceira série fui atropelada
por uma bicicleta na rua da minha casa, ao brincar com minhas irmãs e primos e
quebrei a perna direita bem no calcanhar, fiquei muito tempo engessada, nessa
mesma época foi quando passou o cometa Halley e, os meus colega até rimavam
assim “Ana me empresta a muleta pra eu ver o cometa”, Foi muito difícil ir para
escola com a perna daquele jeito mas, sempre dava-se um jeito, eu ia até de carroça
com meu avô, os colega riam de mim mas eu não estava nem ai achava o máximo ir
de carroça pra escola, perdi alguns dias de aula mas sempre conseguia acompanhar
a turma. Na quarta série gostei muito, minha professora, Sueli, era casada com um
professor de ciência que uma vez na semana nos ensinava sobre o corpo humano.
No recreio brincávamos de roda, cai no poço, pular corda e outras.
Em dezembro do ano
de mil novecentos e
oitenta e seis , com
onze anos, fiz a minha
primeira comunhão na
Paróquia São Miguel,
no Setor Pedro
Ludovico onde fiz a
catequese durante
dois anos, neste ano
também, reprovei na 5ª série em matemática, não me dava muito bem com a
professora ela não gostava de explicar e pegava muito no meu pé, acho que é
porque ela era amiga da minha mãe. No ano hum mil novecentos e oitenta e oito
com doze anos na sexta série fui a representante de sala, era feita uma votação e o
maior número de votos ganhava, foi o ano que tive um maior desempenho na
escola, na sétima série participei do grêmio estudantil como repórter do jornal da
escola, nessa época já com quartoze anos nós mudamos do Setor Pedro Ludovico
em Goiânia onde morávamos, para o Setor Mansões Paraíso em Aparecida de
Goiânia, no dia primeiro de julho do ano de mil novecentos e oitenta e nove, meu
avô já havia vendido onde morávamos e, cada uma das minhas tias que moravam lá
foram morar em um lugar diferente. Demorei acostumar com a mudança chorava
todos os dias de saudade dos meus colegas.
Nesta nova fase de minha vida me envolvi com más companhias e acabei
reprovando por falta na sétima série, minha mãe me transferiu para o Colégio
Estadual Mansões Paraíso próximo de casa, em mil novecentos e oitenta e nove,
mesmo assim continue com as amizades e minha mãe achou por bem me afastar
dessa turma.
CAPÍTULO III
AS TRANSFORMAÇÕES DA VIDA
Com ajuda da minha mãe montei um salão em hum mil novecentos e noventa
e cinco e comecei a trabalhar em casa e com vinte e dois anos conheci um rapaz
com o nome de Leondenes mas todos o chamava de Léo, ele morava perto da
minha casa e o conheci no terminal cruzeiro do sul onde trabalhava de salgadeiro,
logo fomos morar juntos, ficamos morando perto da casa da minha mãe e comecei a
estudar no Colégio Pedro Gomes no Setor Pedro Ludovico em Goiânia, cursando o
curso técnico em enfermagem mais não consegui concluir, pois o meu marido era
muito ciumento e chegou a colocar fogo no meu caderno.
O lugar onde
morávamos a situação
era muito precária, não
tinha tratamento de
água, e usávamos água
de cisterna, a privada
era fossa asséptica, o
barracão era feito de
tabua e cozinhávamos
em fogão a lenha. Meu
companheiro fabricava
salgados e eu os vendia na rua, de bicicleta. Conheci toda a cidade e também fiz
algumas amizades, minha mãe, minha tia Francisca e minha prima Judith foram até
lá me visitar, fiquei muito feliz, pena que só ficaram três dias. Passado algumas
semanas, nos separamos e voltei para casa da minha mãe e continuei a trabalhar
como cabeleireira.
Aos vinte e sete anos voltei a estudar em um Colégio conveniado, desta vez
entrei na EJA, segundo período da terceira etapa, não conclui, mas conheci o
Anderson Profiro de Miranda filho de Waldevina e Aurelino(em memória), nascido
em Brasília DF, o homem que mudaria o rumo da minha vida, mesmo não indo muito
com a cara dele e achando ele um chato, mas, um dia tivemos a oportunidade de
nos conhecermos melhor e eu pude mudar minha opinião sobre ele, isso foi no dia
dois de agosto de dois mil e dois, então fomos estudar juntos no Colégio Estadual
Petrônio Portella no Bairro Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia, ele trabalhava
á noite como segurança e só ia as aulas uma noite sim e outra não, havia muitos
professores bons e outros péssimos não importando se o aluno estava aprendendo
ou não, terminamos o segundo ano EJA e fomos para o Colégio Estadual Mansões
Paraíso onde eu já tinha estudado antes e minha mãe estava como secretária geral
nessa época, então terminamos o Ensino Médio. Tivemos até formatura.
CAPÍTULO IV.
O SONHO, A UNIVERSIDADE.
Aprendi que nunca é tarde para recomeçar, vou continuar meus estudos,
procurar fazer sempre o melhor, em tudo aproveitar cada segundo, dei entrada na
minha carteira de habilitação no dia vinte e dois de agosto de dois mil e dez, mais
infelizmente não consegui passar no teste oftalmológico, tenho uma doença nos
olhos que se chama ceratocone (Ceratocone é o termo médico utilizado para
denominar as alterações corneanas que resultam no afilamento e protusão
da região central da córnea), passei por tantos especialistas e só agora foi
diagnosticado o problema, vou fazer o tratamento e vou ficar boa, o
importante é não desistir, ainda tenho o sonho de ter filho, estou na fila do
SUS para fazer inseminação, não tenho nem ideia se vou conseguir, pois
é muito difícil conseguir esse tipo de cirurgia, é muito caro.
Estou fazendo um
curso de diaconisa na
FAIFA (Faculdade das
Igrejas Assembléia de Deus
Fama) comecei em agosto e
termino em dezembro de
dois mil e dez, estou muito
feliz por aprender mais de
Deus,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CURY, Augusto. 12 semanas para mudar uma vida. Colina SP: Ed. Academia de
inteligência, 2004.
LIMA, Branca Alves. Cartilha Caminho Suave: Alfabetização pela Imagem. São
Paulo: Editora Caminho Suave, data não disponível.