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Assim, o trabalho tem como objecto de investigação as justiças comunitárias em geral e não
apenas os tribunais comunitários. O trabalho de estudo procura uma categoria e uma definição
flexíveis com o objectivo de promover uma chegada ao terreno mais livre de preconceitos,
evitar a exclusão de formas de justiça apenas por não encaixarem numa definição fechada
previamente estabelecida, e ter a possibilidade de dar conta de uma realidade móvel.
Justificativa:
Delimitação do tema:
Constitui o tema desta pesquisa: O Relatório de Práticas Jurídicas. Esta pesquisa realizar-se-á
em três Tribunais Comunitárias nomeadamente: "Tribunal Comunitária de Ntique"; "Tribunal
Comunitária de Ntutupue-A" e "Tribunal Comunitária de Ntutupue-B" todos são do
ordenamento jurídico do distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado. A escolha deste
local para o desenvolvimento do trabalho de pesquisa, é pelo facto do pesquisador encontrar-
se a viver próximo desta zona e pretender desenvolver este tema de extrema importância para
a competência básicas de conhecer a realidade da zona.
Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos específicos
(...) O meu conceito permite-me incluir velhas e novas formas de justiça, com vista a
encontrar resposta a uma pergunta: onde e como é que as pessoas resolvem conflitos?
Metodologia de trabalho
Quanto Instrumento de recolha de dados esta pesquisa utilizou duas técnicas: a entrevista e a
observação.
- Formulação das perguntas: de acordo com o tipo (estruturada: seguir roteiro; não
estruturada;
-Término entrevista.
No Tribunal Comunitário de Ntique, os casos reportados com mais frequentes são adultério e
divórcios.
Todavia, dado o papel fundamental destes, no mesmo ano, foram criados os Tribunais
Comunitários suprindo -se assim a lacuna deixada pelos tribunais populares e de bairro. Por
conseguinte, a Lei n.º 4/92, de 06 de maio, criou os Tribunais Comunitários, como parte de
instâncias locais de resolução de conflitos, mas fora do sistema judicial.
Em termos de objetivos, Miguel, (2020, p. 15) diz que estes tribunais têm a responsabilidade
de:
Quanto a sua composição, previsto no n.º 1 do art. 7° da lei em referência, indica que os
Tribunais Comunitários devem ser constituídos por oito membros, sendo cinco efetivos e três
suplentes. Os tribunais visitados cumprem conforme o legitimado tal como pode-se observar
no quadro número 1, deste estudo. Vale mencionar que estes tribunais herdaram um pequeno
número de juízes e as infraestruturas que funcionavam os tribunais populares, como foi
estabelecido no n.º 2 do art. 15° da Lei n.º 4/92, de 06 de maio.
Conclusão
Ora, isto não significa necessariamente que as justiças comunitárias sejam inexistentes ou
irrelevantes. Não é difícil encontrar outros motivos, para além da ausência de educação
formal, das dificuldades económicas ou da distância geográfica, que podem justificar a
preferência por formas de justiça não judiciais, como a lentidão da justiça judicial ou o facto
de, muitos litígios, pela sua natureza ou pelo tipo de relação entre os litigantes, tenderem ser
melhor resolvidos noutro tipo de instâncias.
Referências bibliográficas
ARAÚJO, Sara e José, André Cristiano (2007), “Pluralismo jurídico, legitimidade e acesso à
justiça. Instâncias comunitárias de resolução de conflitos no Bairro de Inhagoia “B” ―
Maputo”, Oficina do CES, 284. Coimbra: CES