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Introdução
A parábola do filho pródigo vem na sequência de parábolas do
capítulo 15 de Lucas, sendo a primeira a da ovelha perdida, a
segunda a da moeda perdida, e a terceira a do filho perdido,
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Vejam que o verso 13 diz que aquele rapaz “viajou para uma terra
distante, e ali gastou todo o dinheiro de maneria irresponsável”, e
obviamente ninguém precisa sair da casa dos pais para viver
dessa forma, mas não deixa de ser curioso como Jesus enfatiza
que o jovem foi para bem longe do Pai, como se não bastasse nós,
seres humanos, querermos nossa liberdade…
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Ah, meus irmãos, como essa estória pode ser parecida com a de
muitos aqui, no passado, ou talvez ainda hoje. Quantos de nós
temos abandonado a casa do nosso Pai celeste e nos voltado às
paixões da nossa mocidade, gastando nosso tempo, saúde,
dinheiro, relações familiares, tudo que possuímos de mais
importante em pessoas, coisas e circunstâncias que simplesmente
não valem a pena?!
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Não é toda dor que tem esse propósito ou é usada desta maneira,
mas felizes seremos se a dor puder servir de instrumento para
nos fazer retornar ao Senhor.
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Quantas vezes eu pensei, e às vezes ainda faço isso, que era mais
merecedor, eu que nasci e me criei num lar cristão evangélico,
nunca me desviei em perversões como essas pelas quais passou o
filho pródigo e talvez alguns aqui; eu já julguei irmãos “poxa, já
caiu de novo?!”; já critiquei como alguém que levava uma vida
promíscua, entregue ao álcool ou às drogas, ou quem sabe até
mesmo de crime, pode merecer o amor de Deus; e, como esse
filho mais velho, me achei superior, afinal eu “não caí”…
Que engano, que engano… Posso não ter caído na mesma espécie
de pecado, mas e o orgulho — a “vaidade gospel”, e a falta de
misericórdia, a ira, e tantos outros pecados ocultos que muitas
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que ela cultiva com o Pai, e o que lhe levou a também não ir
embora, era simplesmente aproveitar as bençãos que a condição
de filho lhe proporciona, e não aprofundar a intimidade. Então,
no fim das contas, o que difere um e outro filho é o desperdício
dos bens, porque ambos desperdiçaram o relacionamento que
possuíam.
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É como o filho mais velho, embora morasse com o Pai, não tinha
intimidade, não tinha alegria, não tinha satisfação, e também não
gostava quando o outro filho desejava ter essas coisas.
Ou, como alguns de nós hoje, que impomos regras e mais regras
aos novos convertidos, dizendo que têm de fazer isso ou aquilo,
ou deixar de fazer isso ou assado, coisas que talvez o próprio Pai
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O verso 28 nos fala que o filho mais velho ficou irado, e é até
certo ponto compreensível a ira do filho, afinal o pai acolhe com
alegria e até festa (!) um filho desperdiçador… Mas ele falhou em
entender o principal, que era estender misericórdia a um irmão
seu, não era nem um desconhecido, talvez um empregado, era
seu irmão, sangue do seu sangue, sua família, e que, ao voltar
para casa, também desejava voltar a se relacionar com ele.
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Efésios 4:26 diz: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre
a vossa ira”. Em outra tradução, “Quando estiverem irados, não
pequem alimentando seu próprio rancor. Não deixem que o sol se
ponha antes de resolverem as suas diferenças”.
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Eu sei que eu luto muito com isso, porque como homem, o mais
natural pra mim é evitar o conflito, ou melhor, ficar calado
achando que com isso estou evitando o conflito, enquanto que
para a mulher, normalmente conversar logo é a maneira mais
eficaz de fazer isso, então devemos achar um meio termo entre
ambos: deixar a poeira baixar um pouco, mas tendo sempre em
mente de não esticar demais, não deixar passar tempo demais
enquanto o problema segue fermentando…
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3 – O caso do Pai
Fato é, meus irmãos, que o personagem principal dessa estória é
o Pai de ambos os irmãos. Agora que sou pai, e pai de dois,
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Meus irmãos, aqueles que “se acham bons” não reconhecem sua
situação de miséria e pecado, não entendem a necessidade de
salvação e de um salvador, que é Jesus, e esses então estão mais
perdidos do que os muitos filhos pródigos que estão, nesse
mesmo instante, em etapas diferentes de seu retorno para o Pai:
seja aquele momento inicial de reflexão e reconhecimento do
estado em que se encontram; seja a difícil caminhada de volta
carregada de remorso e vergonha; seja o reencontro com o Pai, e
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Perceba que o filho estava longe. Nós muitas vezes também ainda
estamos longe, abatidos pelas lutas da vida, mas Deus vê nossa
condição interior e exterior e sente profunda compaixão de nós,
porque Ele se lembra de que nos criou à sua própria imagem e
semelhança. Ainda que o pecado tenha nos deformado e afastado
dEle, Deus não se esquece!
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de Deus. Ele está à nossa espera, mais vai além, Ele se move em
nossa direção, nos estende a mão em nosso favor e faz isso sem
demora! Aquele homem se humilhou publicamente mais uma vez
para fazer o que ele fez, pois era inadmissível uma pessoa de
maior posição fazer aquilo em direção a outra de menor posição,
especialmente depois da ofensa pública recebida anteriormente.
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O filho mais velho errou em achar que era ele o responsável por
castigar os pecados de seu irmão. Sua função, como a nossa, é
acolhê-lo de volta ao lar, e cabe ao Pai corrigir a cada um
conforme a demanda vai surgindo, e, acreditem, Ele não deixa de
fazer isso, porque é do seu próprio interesse ter bons filhos.
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Conclusão
Essa estória narrada por Jesus nos mostra diferentes aspectos do
relacionamento de Deus para conosco, por meio da ilustração de
um pai com seus filhos, um que vai e um que fica.
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Será que esse não é um Pai com quem vale a pena nos
relacionarmos? Será que não fazemos bem em caminharmos cada
dia mais perto dele, em amizade, em intimidade? Será que essa
estória não deve nos levar também a repensar nossos
relacionamentos com nossos irmãos em Cristo, que muitas vezes
desprezamos ou tratamos como cidadãos de segunda categoria?
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