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CORAÇÃO DE FILHO

Texto Base: II Rs. 2:2b

Introdução:
Uma pergunta se faz necessária, com minhas atitudes eu posso afirmar se tenho
coração de filho ou coração de bastardo? Vamos entender as diferenças do filho
bastardo e o filho legítimo:

1. Os bastardos não conseguem permanecer no mesmo ambiente com


os filhos - O filho bastardo é autossuficiente, não é transparente e não caminha na
visão paternal.
Jesus na parábola narrada em Mateus 13:24-30 nos diz que um homem semeou boa
semente no seu campo. Mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele e
semeou o joio no meio do trigo e retirou-se.
Os bastardos são como o joio, estão misturados entre o trigo, porém somente têm
aparência de trigo. Assim como o trigo e o joio, O trigo produz muito frutos e
alimenta pessoas. O joio não produz nada.
Ismael e Isaque são os protótipos de filiação e bastardia. Quando Isaque foi
desmamado, Ismael acabou zombando de Isaque. Sara ficou muito ofendida, e exigiu
que Abraão mandasse Agar e seu filho embora (Gn. 21:9-10).
Aqueles que estão cônscios da sua posição de filho não se incomodam com as criticas
dos bastardos. Os bastardos são arrancados do ambiente para que a promessa e a
visão se cumpram.

2. Os filhos tem o DNA de seus pais - A palavra grega


TÉKNON significa ‘aquele que é filho pelo nascimento’. Esse termo também é
definido como ‘filhos imaturos ou bebês’. Já a palavra HUIOS é usada para remeter
aos filhos maduros.

3. Os filhos conseguem funcionar na visão paternal e fazem a visão


paternal funcionar - “E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas,
e disse: Onde está o Senhor Deus de Elias? Quando feriu as águas elas se dividiram
de um ao outro lado; e Eliseu passou” (II Rs. 2:14)
"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em
mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto
ainda” (Jo. 15:1-2)

4. Os filhos tem legitimidade para acessar a herança espiritual dos


pais - A porção dobrada que Eliseu pediu de Elias baseou-se em Deuteronômio
21:17, a lei da herança do primogênito. Apesar de haver muitos ‘discípulos dos
profetas’ que eram como filhos, Eliseu considerava-se o ‘filho primogênito’ de Elias,
que merecia a herança dobrada que Moisés havia ordenado.
Como um primogênito servindo ao pai, Eliseu havia caminhado com Elias, isto lhe
conferia respaldo para acessar a porção dupla de sua paternidade espiritual. Somente
os filhos tem direito a herança, sem precisar entrar em litígio.

5. Os filhos aceitam a disciplina, os bastardos quando repreendidos


se mostram ser insubordinados - “Se vocês não são disciplinados, e a
disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim
ilegítimos” (Hb. 12:8). Um dos sinais mais marcantes dos filhos é a disciplina. A
partir de sua inclusão na igreja ou no corpo, eles passam a funcionar em perfeita
harmonia com os demais membros e sobretudo com a sua paternidade.

6. Os filhos são férteis e existem para se reproduzir - Um dos segredos


do sucesso da igreja primitiva está justamente na geração de filhos, expressa
particularmente no texto bíblico em I Co. 4:15-17: “Porque, ainda que tivésseis
milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo
evangelho, vos gerei em Cristo Jesus. Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus
imitadores. Por esta causa, vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no
Senhor, o qual vos lembrará dos meus caminhos em Cristo Jesus, como, por toda
parte, ensino em cada igreja”. Nesse trecho, o apóstolo Paulo, na condição de pai da
Igreja de Corinto, envia Timóteo para ministrar aos fiéis, como se ele próprio os
tivesse ministrando. Timóteo, que fora treinado, ensinado e discipulado por ele,
acompanhando-o em viagens e recebendo da mesma unção, como filho de primeira
geração, poderia ministrar em seu lugar como se ele mesmo estivesse ministrando.

7. O bastardo é aquele que acha que está na cobertura, mas não


descobriu sua posição e seu proposito - Em Lucas 15:11-32 vemos na
historia do filho pródigo que os dois filhos moravam na mesma casa e com o mesmo
Pai. Esta casa significa a cobertura que estava sobre eles, e o Pai a sua paternidade.
O filho menor entendeu a paternidade e que ela lhe daria direito a sua herança, e
assim pediu a sua herança, mas preferiu sair debaixo da cobertura da casa e ir para
outro lugar. Em outras palavras, não aproveitou a vantagem de estar na cobertura. O
filho menor acreditava que era capaz de fazer algo maior e melhor fora desta
cobertura. Espiritualmente falando, não soube aproveitar o que estava sobre ele.
O filho maior, não aproveitou a paternidade porque não tinha identidade de filho.
Sua identidade, na verdade, era de servo e não de filho, porque não enxergava seu
pai como Pai, e não se via como filho, por esta razão não acreditava que era digno de
entrar na festa. 

8. Os filhos na maturidade são proteção para os pais - “Como flechas na


mão do valente, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que
enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus
inimigos à porta” (Sl. 127:4-5). ‘Flechas na mão do valente’ é também uma
afirmação bíblica profunda e se aplica aos filhos espirituais, nossos discípulos.
O contexto em que esta afirmação é feita fala do homem que enche a sua aljava de
flechas (filhos) e não será envergonhado diante do inimigo à sua porta. Portanto, isto
fala de filhos literais ajudando um pai a proteger; neste sentido, podemos vê-los
como parte da defesa diante do inimigo e como uma família deve aprender a lutar
junta.
Filhos maduros cobrem a nudez dos seus pais. O grande exemplo bíblico da desonra
encontra-se na história de Noé, em Gênesis 9:20-27, na ocasião em que se
embriagou depois do dilúvio e ficou despido dentro da tenda. Seu filho, Cão, entrou
na tenda, viu a nudez do pai e revelou o fato aos seus irmãos. Os outros dois filhos
(Sem e Jafé), porém, tomaram uma capa, entraram na tenda de costas e cobriram a
nudez do pai. Por causa desse fato, os dois foram abençoados enquanto Cão foi
amaldiçoado.
Quando os expomos à humilhação ou à desonra ao revelar para os outros as suas
fraquezas, trazemos uma maldição sobre nós. Nunca progrediremos na vida com tal
atitude.

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