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AUTARQUIA EDUCACIONAL DE AFOGADOS DA INGAZEIRA – AEDAI

FACULDADE DO SERTÃO DO PAJEÚ – FASP


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS

BACHARELADO EM DIREITO

ISABELLE GOMES DO NASCIMENTO

PSICOLOGIA JURÍDICA APLICADA À CRIMINOLOGIA E SUA RELAÇÃO COM


DIREITO. A ATUAÇÃO DOS PSICÓLOGOS NO AMBITO DO SISTEMA
PRISIONAL

AFOGADOS DA INGAZEIRA / 2022


ISABELLE GOMES DO NASCIMENTO

PSICOLOGIA JURÍDICA APLICADA À CRIMINOLOGIA E SUA RELAÇÃO COM


DIREITO. A ATUAÇÃO DOS PSICÓLOGOS NO AMBITO DO SISTEMA
PRISIONAL

Monografia apresentada à Faculdade do


Sertão do Pajeú - FASP para obtenção do
grau de Bacharel em Direto.

Orientadora: Mônica Oliveira

AFOGADOS DA INGAZEIRA / 2022


RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo exemplificar como se dá a atuação


dos psicólogos no âmbito do sistema prisional. A histórica relação entre a psicologia
e o sistema penal é marcada por uma trágica aliança reforçadora dos danos, das
dores e enganos provocados pelas nocivas ideias de punição, ante as
peculiaridades daqueles que cumprem pena privativa de liberdade.
Observou-se a amplitude do campo de trabalho dos psicólogos dentro do
direito e que, a despeito desta extensa área de atuação e importância para busca de
soluções de litígios, ainda é pouco difundido o ensino da psicologia jurídica no Brasil.
Pôde-se concluir que inúmeras são as contribuições oriundas da interação entre os
psicólogos e o sistema prisional brasileiro, aprimorando o sistema com um todo.

Palavras-chave: Psicologia Jurídica; Sistema Prisional; Contribuição dos


Psicólogos.
ABSTRACT

The present work aims to exemplify how psychologists work within the prison
system. The historical relationship between psychology and the penal system is
marked by a tragic alliance that reinforces the harm, pain and mistakes caused by
harmful ideas of punishment, before the peculiarities of those who serve deprivation
of liberty.
It was observed the breadth of the field of work of psychologists within the law
and that, despite this extensive area of ​activity and importance for the search for
litigation solutions, the teaching of legal psychology is still not widespread in Brazil. It
could be concluded that there are countless contributions arising from the interaction
between psychologists and the Brazilian prison system, improving the system as a
whole.

Key-words: Legal Psychology; Prison System; Contribution of Psychologists.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 06
2 PSICOLOGIA JURÍDICA E DIREITO: RELAÇÃO E BREVE 07
HISTÓRICO

2.1 Psicologia jurídica no Brasil 08

2.2 Principais áreas de atuação do psicólogo jurídico. 09


2.3 Qual a importância da psicologia para o direito? 11
REFERÊNCIAS 14
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1 INTRODUÇÃO

Os questionamentos sobre a mente e o comportamento do homem são tão


antigos quanto a existência humana, seja ela explicada por doutrina religiosa ou
filosófica, seja pela ciência.
Patriarca dos estudos da mente. Seus estudos foram tão significantes, que
são utilizados ainda hoje como instrumento indispensável nos estudos da psique.
Juntas, Psicologia e Direito são áreas do conhecimento científico em busca
da compreensão do comportamento humano. Enquanto a Psicologia direciona-se
para o entendimento dos processos psíquicos conscientes e inconscientes,
individuais e sociais, o Direito procura legitimar os comportamentos humanos. Por
isso, chega o momento em que não é possível entender o mundo das leis sem
compreender os modelos psicológicos.
A Psicologia é uma ciência que estuda elementos psíquicos e do
comportamento do ser humano, tanto individualmente quanto quando influenciado
pelo coletivo, por meio da apreciação de suas ideias, valores e emoções. Apesar de
ainda ser muito recente, a Psicologia Jurídica, é um dos ramos da Psicologia que
obteve maior ascensão nos últimos anos Psicologia e Direito são duas ciências que
tratam primordialmente do comportamento humano. Entretanto, atuam em diferentes
áreas da conduta humana, pois a Psicologia é a ciência responsável por estudar
aspectos peculiares da vida do ser humano, seus relacionamentos e afetos
procurando compreender como estes podem intervir negativamente na vida das
pessoas gerando traumas que essas levarão para a vida adulta. O presente estudo
apresenta-se como fruto de pesquisa bibliográfica, bem como do estudo da
disciplina Psicologia, Buscará não só analisar a atuação dos psicólogos jurídicos
ante ao sistema prisional brasileiro, como também demonstrar a importância da
presença da Psicologia Jurídica, como é sua relação com o direito, e como atuam
ante a criminalidade a presença dos psicólogos jurídicos no sistema prisional faz
com que o aplicador da lei não se limite à letra fria dos códigos, mas possa entender
todo o contexto em que o apenado está inserido e qual é o motivo subjetivo que o
levou a ter que cumprir aquela sanção.
Além disso, com o apoio dos psicólogos jurídicos o sistema prisional terá uma
maior possibilidade de atender ao fim a que se destina, qual seja, a reabilitação do
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indivíduo, possibilitando, assim, a sua reinserção na sociedade. Deste modo, é


imprescindível a interação entre a psicologia Jurídica e o Sistema Prisional.
Caminhou, a passos pequenos pelo mundo e adquiriu sua respeitabilidade em
todos os países. Nestes passos que a psicologia se consolidou, através de seus
marcos dentro de sua própria área e nas outras em que começara atuar, vai de
ponto a ponto definindo seu objeto único e preciso de estudo, esclarecendo a que
veio, e debruçando a atenção e as pesquisas ao inesgotável comportamento
humano.

2 PSICOLOGIA JURÍDICA E DIREITO: RELAÇÃO E BREVE HISTÓRICO

Psicologia e Direito são duas ciências que tratam primordialmente do


comportamento humano. Entretanto, atuam em diferentes áreas da conduta
humana, pois a Psicologia é a ciência responsável por estudar aspectos peculiares
da vida do ser humano, seus relacionamentos e afetos procurando compreender
como estes podem intervir negativamente na vida das pessoas gerando traumas que
essas levarão para a vida adulta. Já o Direito preocupa-se com as relações do
homem em sociedade, ou seja, o comportamento em relação às leis estabelecidas e
a aplicação das normas e regras que já estão estabelecidas ou que serão
estabelecidas, visando ao bem estar coletivo.
A psicologia Jurídica, por sua vez é apenas uma das áreas de atuação da
Psicologia e pode ser definida como: “um campo de investigação psicológico
particularizado, cujo objetivo é o estudo do comportamento dos autores jurídicos no
campo do Direito, da lei e da Justiça”. (ANDROVANDI; SERAFINI; TRENTINI;
COELHO, 2007; apud in SILVA; ASSIS, p.125, 2013).
Aponta-se que o primeiro indício do surgimento da Psicologia Jurídica se deu
na França, no início do século XIX,Contudo, a Psicologia Jurídica e o trabalho dos
psicólogos que atuavam nessa área somente foram reconhecidos no final da década
de 60, mais precisamente em 1968, quando passou a existir no rol de ciências
capazes de assistir à justiça.
Tal reconhecimento se deu principalmente em decorrência da publicação do
livro Psychologie Naturelle, do médico francês Prosper Despine, que apresentava
estudos de caso dos maiores delinquentes da época. (BONGER,1943; apud in
LEAL, p.172, 2008). Dessa forma, é possível dizer que a Psicologia Jurídica surgiu
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de uma necessidade social e veio para complementar o Direito, buscando


compreender aspectos comportamentais do ser humano, bem como os fatores que o
levam a agir de determinada forma frente a certas situações.

2.1 psicologia jurídica no Brasil

A profissão de psicólogo só foi regulamentada no Brasil em 1962, porém,


muitos psicólogos já vinham atuando em diversos campos, muito antes disso.
A especialidade da psicologia jurídica ganhou importância graças a esses
profissionais, especialidade esta que só veio a ser reconhecida pelo Conselho
Federal de Psicologia recentemente, contestando que a atuação nesse campo é
antiga e está especificada na resolução CFP nº 013/2007.
Na Psicologia Jurídica há uma predominância das atividades de confecções
de laudos, pareceres e relatórios, pressupondo-se que compete à Psicologia uma
atividade de cunho avaliativo e de subsídio aos magistrados. Cabe ressaltar que o
psicólogo, ao concluir o processo da avaliação, pode recomendar soluções para os
conflitos apresentados, mas jamais determinar os procedimentos jurídicos que
deverão ser tomados. No mundo jurídico, a psicologia destaca-se no Direito de
Família, nos divórcios litigiosos, na guarda compartilhada, no acompanhamento de
crianças e adolescentes socorridos pelos Conselhos Tutelares, nos processos de
adoção. No Direito Penal, nos estudos do crime e do criminoso, a conhecida
criminologia ou psicologia forense. E também no Direito Trabalhista, na relação
patrão e empregado.
A atuação da psicologia hoje no Brasil tem uma vasta proporção e podemos
aplicá-la em vários campos de atuação, sendo meios de solucionar conflitos como
no Direito da Família, Direito da Criança e do Adolescente, Direito Civil, Direito
Penal, Direito do Trabalho, entre outros.
No Brasil atualmente se vê um reconhecimento atual pela qualidade e eficácia
do trabalho psicológico no meio jurídico. Mas para chegar ao verdadeiro
reconhecimento que vem sendo construído o psicólogo aceitou uma posição
inicialmente meramente técnica. Posição essa que pode se desenvolver e crescer
conforme a necessidade da demanda e confiança estabelecida na profissão
10

Além disso, a psicologia pode também desenvolver muitos trabalhos com


crianças e adolescentes na esfera jurídica com maior liberdade de autonomia
psicológica e com reconhecimento do sério trabalho e responsabilidade que a
psicologia exigia para cada caso.
A psicologia jurídica brasileira atinge quase a totalidade de seus setores.
Porém, ainda temos uma concentração de psicólogos jurídicos atuantes nos setores
mais tradicionais, como na psicologia penitenciária, na psicologia jurídica e as
questões da infância e juventude, na psicologia jurídica e as questões da família. Por
outro lado, permite verificar outras áreas tradicionais pouco desenvolvidas no Brasil,
como a psicologia do testemunho, a psicologia policial/militar e a psicologia jurídica e
o direito cível.

2.2 Principais áreas de atuação do psicólogo jurídico.

O psicólogo jurídico geralmente tem a sua atuação voltada para a produção


de pareceres e relatórios, tendo a liberdade, inclusive de indicar qual seria a solução
para o conflito em questão, o que não pode ser confundido, contudo, com a decisão
judicial da lide, sendo este o papel do magistrado.
A psicologia jurídica abrange outros contextos, como casas de detenção,
centros de apoio a vítimas, centros de saúde mental ou prisional, instituições de
ensino superior e vários outros. Portanto, a atuação do psicólogo jurídico vai desde o
cuidado da saúde mental de funcionários do tribunal ou fórum à constatação de risco
de violência, doméstica ou abuso infantil, por exemplo.
Atuação dedicada à proteção da sociedade e da defesa dos direitos do
cidadão, por intermédio da perspectiva psicológica. Juntamente com a Psicanálise
Forense, constitui o campo de atuação da Psicologia conjuntamente com o Direito.
A principal função dos psicólogos no âmbito da justiça é auxiliar em questões
relativas à saúde mental dos envolvidos em um processo.
Portanto, fica evidente que apesar do direito e a psicologia terem diferenças
em sua maneira e condutas de trabalho elas mesmo assim conseguem convergir na
preocupação de entender a conduta humana, ou seja, como explicar determinada
atitude de um indivíduo para, a partir disso, chegar a uma conclusão que seja a
melhor decisão, para que melhore assim a vida do sujeito de forma justa e também
os danos causados a pessoas, a família e assim ajuda também a comunidade onde
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se vive e no contexto mais amplo a sociedade. Se as duas áreas puderem sempre


caminharem juntas só terão a contribuir para a população em melhoria de oferta em
seus serviços.
A Psicologia Jurídica é um dos ramos da Psicologia que mais cresceram nos
últimos anos, tanto nacional quanto internacionalmente. Trata-se de um dos campos
mais promissores e carentes de profissionais especializados na área. Cada vez que
se folheia um jornal, ou se assiste ao noticiário na TV, há sempre uma notícia de
alguma ação criminosa sem razão aparente e que, também não parte de indivíduos
portadores de transtornos mentais. (ALTOÉ, 2001, p. 6-7),
Aqui apresentaremos alguns campos de atuação onde o psicólogo jurídico se
incorpora:

Psicologia do Crime

É o campo de atuação da psicologia jurídica que se dedica mais propriamente


ao Direito Penal, tratando-se da ciência do comportamento do infrator. Tem como
objetivo explicar como determinado comportamento é adquirido, evocado,
aprendido, mantido e modificado pelas consequências, por meio de método
científico.

Avaliação Psicológica Forense

Fundamentada nos maiores instrumentos da psicologia — a entrevista e a


observação, é a base da psicologia forense. Visa identificar e descrever os padrões
comportamentais, além de determinar a responsabilidade do indivíduo pelos seus
atos, com o objetivo de fornecer instrumentos aos operadores da lei - promotores,
advogados, defensores e juízes — para que seja tomada a melhor decisão em um
julgamento.

Psicologia aplicada ao Sistema Correcional e Programas de Prevenção


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Trata-se do trabalho de aconselhamento e acompanhamento de detentos,


focado em sua reabilitação para o convívio social, minimizando os efeitos do
encarceramento. Além disso, envolve a atuação junto aos familiares dos presos.

Psicologia Aplicada à Polícia


Desdobramento recente da psicologia forense, em que o especialista atua no
apoio a seleção e treinamento de profissionais da área, trabalhando com
identificação de estresse, acompanhamento psicológico, resiliência, perfil de grupos
de elite, etc., ajudando-os a lidar com a pressão que sofrem no exercício da função.

Psicologia Civil

Concerne à resolução de atritos, por meio da avaliação da relação entre


pessoas e entre pessoas e seus bens. Como no atendimento às partes em uma
partilha de herança ou disputa conjugal em um divórcio litigioso, casos de interdição,
indenizações, e quaisquer outras ocorrências que envolvam sofrimento psíquico.
Nesse caso, o profissional pode emitir laudos técnicos que balizem as decisões
judiciais.

Psicologia jurídica

Constitui o ramo da psicologia jurídica que lida com situações ocorridas


dentro dos tribunais, fóruns e cartórios. O trabalho pode envolver duas frentes, o
estudo e saneamento de problemas comportamentais dos envolvidos em um
processo — juiz, réu e autor — ou associada à psicologia organizacional ou do
trabalho, lidando com a saúde mental de funcionários desses locais.
A psicologia jurídica brasileira atinge quase a totalidade de seus setores.
Porém, ainda temos uma concentração de psicólogos jurídicos atuantes nos setores
mais tradicionais, como na psicologia penitenciária, jurídica e da família.
Por outro lado, permite verificar outras áreas tradicionais pouco desenvolvidas no
Brasil, como a psicologia do testemunho, a psicologia policial/militar e a psicologia
jurídica e o direito cível
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São áreas de conhecimento e atuação amplas e abrangentes com reais


chances de ganho financeiro além de servir à sociedade e ao processo jurídico,
tornando-o ainda mais justo e humanizado.

2.3 Qual a importância da psicologia para o direito?

Assim como outras ciências, a Psicologia Jurídica vem auxiliando na


resolução dos litígios e na promoção da justiça.
Sendo assim, nada mais natural que o estudo da convergência das duas
ciências, uma vez que a sociedade é constantemente influenciada pelo
comportamento. Portanto, a psicologia possui um papel fundamental na área
jurídica, traduzindo as ações e características humanas, trazendo um olhar mais
humano para os fatos, tanto para os juristas quanto para a sociedade em geral.
A Psicologia Jurídica é um dos campos de conhecimento e de investigação
dentro da psicologia, com importantes colaborações nas áreas da cidadania,
violência e direitos humanos.
O termo Psicologia Forense também é utilizado para designar a psicologia
jurídica, embora menos utilizado no Brasil.
Um dos campos de atuação dentro da psicologia jurídica é a Psicologia
Criminal, que se dedica mais propriamente ao Direito Penal. Este tipo de psicólogo é
chamado a atuar em processos criminais de diversas formas, como na avaliação de
suspeitos, compreensão das motivações do crime e detecção de comportamentos
perigosos.
A psicologia jurídica, é uma vertente de estudo da psicologia, consistente na
aplicação dos conhecimentos psicológicos aos assuntos relacionados ao Direito,
principalmente quanto à saúde mental, quanto aos estudos sócio jurídicos dos
crimes e quanto a personalidade da Pessoa Natural e seus embates subjetivos
É de suma importância o papel do psicólogo que atua nessas esferas da
justiça, contribuindo para sua efetivação e na busca de possibilidades para o bem-
estar e recuperação do indivíduo. Nesse ponto vale chamar a atenção, tendo em
vista ser essa uma questão social, pois reflete plenamente na sociedade, na qual,
todos, de alguma maneira fazemos parte. Destaca-se ainda que há um longo
caminho a trilhar no entendimento e caracterização da área.
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A psicologia pode influenciar e beneficiar o Direito em muitas áreas, pois


estuda a personalidade do indivíduo na tentativa de explicar seus atos e assim
poderá ser usada no Direito para a explicação e julgamento de criminosos, como por
exemplo, assassinos. Dentre várias áreas incorporadas à Psicologia, uma que mais
vai ser utilizada pelo Direito é a psicologia jurídica.
A estreita relação entre Direito e Psicologia não é recente, no século XIX, na
França, médicos já eram designados para elucidar mistérios que certos crimes
apresentavam. Eram aqueles crimes que não se tinha de forma aparente uma
justificativa, ou seja, sem razão aparente, ou ações que não se encaixavam nos
quadros de loucura da época. (CARRARA, 1998, p.70).
Apesar do Direito e da Psicologia serem consideradas áreas distintas, elas
acabam se completando. A psicologia jurídica é uma das áreas de grande relevância
para os operadores do Direito. (MARQUES; OLIVEIRA, 2014)
Segundo o Conselho Federal de Psicologia, ela também estará presente no
planejamento e na execução de políticas de cidadania, direitos humanos e de
prevenção da violência. Nesta última, atuando através de pesquisas e programas
socioeducativos e de prevenção, atendendo as necessidades de jovens ou
adolescentes em risco adaptando instrumentos de investigação psicológica ou
criando novos.
A presença do profissional da psicologia é fundamental no decorrer de
trâmites legais, tanto na atuação junto às partes envolvidas quanto em relação ao
auxílio ao corpo jurídico, como na elaboração de avaliações psicológicas
determinadas pelos juízes. No entanto, a Psicologia Jurídica é uma área
relativamente recente no Brasil, de modo que muitos profissionais que trabalham
nesse setor não receberam formação específica durante a graduação, e só vão se
deparar com as contradições e conflitos entre Psicologia e Direito apenas durante a
atuação prática. (SOUZA, 2014)
O comportamento humano é objeto comum entre Direito e Psicologia, mesmo
sendo duas áreas diferentes, quando a Psicologia busca entender esse
comportamento, o Direito procura regular o mesmo, assim, as duas áreas não
podem ser separadas.
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REFERÊNCIAS

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Superior de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2011 acesso em: 08 de dezembro de 2022.

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