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ADOÇÃO

Ms Psicóloga Professora Silvia Ferrão


É um processo caracterizado pela
impossibilidade dos pais biológicos de
criarem seus filhos e pela disponibilidade
de outras pessoas cuidarem.

•Adoção, segundo o jurista Orlando


Gomes, é “o ato jurídico pelo qual se
estabelece, independentemente de
procriação, o vínculo da filiação.” 
•No Brasil, a adoção é prevista desde
1828, porém foi só com o Código Civil
de 1916 que um procedimento de
adoção foi estabelecido.
•No entanto, a adoção prevista naquele
Código Civil  refletia os costumes da
época, sendo bastante conservador e
permitindo, por exemplo, que apenas
pessoas heterossexuais, casadas e sem
filhos biológicos pudessem adotar.

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A adoção é um processo de grande
importância na área da Infância e
Juventude e requer: Conhecimento
da lei, Compreensão do
desenvolvimento emocional do ser
humano a partir do início da vida e
também experiência no estudo social
do caso . É um processo que exige
uma atuação interdisciplinar.

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Prevalece a ideia de que o melhor caminho para uma
criança é ser criada e educada dentro de uma família.

Variados modelos surgiram em nossa sociedade, o


conceito de família vem sofrendo transformações bem
como o que é ser criança.

Historicamente o papel da criança e da família sofreram


grandes transformações ao longo do tempo.

Na IDADE MÉDIA – a família –(transmissão da vida, dos


bens e do nome)- Criança- era um adulto em “miniatura”
funcionava dentro da mesma lógica intelectual e afetiva

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O sentimento de família foi se alastrando inicialmente nas classes
abastadas a partir do séc. XVIII

A educação passa a ter um papel de importância na família no séc.


XV ,favorecendo a convivência entre pais e filhos.

A preocupação com a educação escolar das crianças transformou


a família em uma instituição de função moral e espiritual.

No Brasil colônia o modelo de família era o tradicional, extensa e


patriarcal , com o fim do trabalho escravo e proclamação da
República surge o modelo de família nuclear burguesa

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Toda e qualquer tipo de família necessita ser
avaliada para adoção e de ser orientada, esse
procedimento é uma medida preventiva no
sentido de evitar que surjam dúvidas, conflitos
quanto a escolha e que prejudiquem o
fortalecimento de vínculos.

Levar em consideração: história pessoal e familiar;


as motivações para a adoção; (ampliação da
família, infertilidade, morte de um filho, resgatar
um casamento, promessas, fuga da solidão)

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ETAPAS:

1. Procurar a Vara de Infância e Juventude do seu município e saiba quais


documentos deve começar a juntar

A idade mínima para se habilitar à adoção é 18 anos, independentemente


do estado civil, desde que seja respeitada a diferença de 16 anos entre
quem deseja adotar e a criança a ser acolhida.

2. Fazer uma petição de inscrição para adoção (no cartório da Vara de


Infância)Para dar início ao processo de adoção, será preciso fazer uma
petição de inscrição para adoção (no cartório da Vara de Infância), que
pode ser preparada por um defensor público ou advogado particular. Só
depois de aprovado, seu nome será habilitado a constar dos cadastros
local e nacional de pretendentes à adoção;

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3. Curso de preparação psicossocial e jurídica

O(s) pretendente(s) devem obrigatoriamente


realizar um curso de preparação psicossocial e
jurídica, que dura cerca de 2 meses e tem aulas
semanais. 

Após comprovada a participação no curso, o


candidato é submetido à avaliação psicossocial
com entrevistas e visita domiciliar feitas pela
equipe técnica interprofissional, formada por
psicólogos e assistentes sociais. O resultado
dessa avaliação será encaminhado
ao Ministério Público e ao juiz da Vara de
Infância;
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4. Sentença do juiz sobre a adoção


A partir do laudo da equipe técnica da Vara e do
parecer emitido pelo Ministério Público, o juiz dará
sua sentença. Caso o pedido do(s) pretendente(s)
for acolhido, o nome deles inserido no CNA, com
validade por dois anos no território nacional. Com
isso, o(s) pretendente(s) estão automaticamente
na fila de adoção do seu estado e aguardará(ão)
até aparecer uma criança com o perfil compatível
com o perfil fixado pelo(s) pretendente(s),
observada a cronologia da habilitação (que deseja
uma criança com o mesmo perfil e está a mais
tempo na fila de espera terá preferência);
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5. Encontrar uma criança ou adolescente com


o perfil para a família
A Vara de Infância vai avisá-lo que existe uma
criança com o perfil compatível ao indicado
por você. O histórico de vida da criança é
apresentado ao adotante; se houver interesse,
ambos são apresentados. A criança também
será entrevistada após o encontro e dirá se
quer ou não continuar com o processo.
Durante esse estágio de convivência
monitorado pela Justiça e pela equipe técnica,
é permitido visitar o abrigo onde a criança
mora; dar pequenos passeios para que se
aproximem e se conheçam melhor
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6. Se tudo ocorrer bem, a ação de


adoção terá início e haverá a guarda
provisória da criança ou adolescente
Se o relacionamento correr bem, a
criança é liberada e o pretendente
ajuizará a ação de adoção. Ao entrar
com o processo, o pretendente receberá
a guarda provisória, que terá validade
até a conclusão do processo. Nesse
momento, a criança passa a morar com
a família. A equipe técnica continua
fazendo visitas periódicas e apresentará
uma avaliação conclusiva;
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7. Sentença de adoção e registro da


criança ou do adolescente na família
Por fim, o juiz profere a sentença de
adoção e determina a lavratura do
novo registro de nascimento, já com
o sobrenome da nova família. Existe
a possibilidade também de trocar o
primeiro nome da criança. Nesse
momento, a criança passa a ter
todos os direitos de um filho
biológico.
Ruptura com pessoas significativas;

Subjetividade Tempo prolongado de institucionalização;

nos efeitos do Desconhecimento da própria história;

processo de
adoção nas Curiosidades, fantasias;

crianças Obs:(Subjetividade- cada sujeito vivencia de uma maneira os fatos de sua

(REFLEXÃO)
existência e expressam no meio em que vivem, seus sentimentos de forma
singular.)

ESSAS QUESTÕES PODEM LEVAR A CRIANÇA A APRESENTAR


COMPROMETIMENTOS PSICOLOGICOS

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MATERNAGEM
A criança em seu desenvolvimento necessita
de cuidados afetivos constantes , com um
figura significativa onde ela estabeleça um
vínculo profundo que garanta o
desenvolvimento biopsicoafetivo da criança.
Isso pode ocorrer nas seguintes situações:
Relação com Família substituta
Vinculo nas instituições
Segundo Boing e Crepaldi (2004) é um
suporte social

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Os profissionais devem trabalhar as


expectativas quebrando crenças e paradigmas.
Os dados de realidade tem que serem
trabalhados de forma verdadeira. As questões
Necessidades abaixo são intensas nesse processo.
 Fantasia do filho perfeito;
dos PAIS  Crença que a adoção é a solução para o

ADOTANTE abandono;
Então:
S Preparo para receber a criança;
Avaliações psicológicas e estudos sociais
minuciosos;
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Segundo Schettini (2006) “ o desejo de


Por que adotar um recém- nascido, na maioria
das vezes, encerra expectativas de que
preferem assim o filho se apegará mais
facilmente, pois não terá uma história
crianças prévia de eventuais sofrimentos, como
recém frequentemente acontece nas adoções
tardias( crianças menores de dois anos
nascidas? de idade)
Essa é uma crença forte e persistente
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Medida necessária para proteger a criança


ou adolescente que encontra-se sob
negligência ou maus tratos . Cabe assim
trabalhar os seguintes aspectos:
DESTITUIÇ
ÃO DO O abrigo tem uma função temporária;
(explicar essa ida para o abrigamento)
PODER
FAMILIAR
Os filhos precisam entenderem a o
processo de separação dos pais.
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Audiência AUDIÊNCIAS CONCENTRADAS- ANALISAM A


SITUAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM
Concentrada- SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE, E A
POSSIBILIDADE DE REINTEGRAÇÃO FAMILIAR OU

participação DISPONIBILIZAÇÃO PARA A ADOÇÃO;


Realizada de 04 a 06 meses a análise individual de

fundamental cada caso;


Equipe responsável pelos cuidados da criança
do participam na tomada de decisões juntamente com
a equipe jurídica.

profissional Em muitos casos a criança é ouvida neste momento


Os responsáveis também são ouvidos e “prestam
de Direito contas” de alguma orientação já realizada.
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• As audiências concentradas devem ocorrer no


máximo a cada seis meses, sendo de
responsabilidade das instituições de
acolhimento, do Poder Judiciário e do Ministério
Público o cumprimento do disposto nos artigos

Lei 19, §1º, e 92, §2º, ambos do Estatuto da Criança


e do Adolescente.

12.010/09 • A importância da reavaliação da situação de


infantes e jovens acolhidos reside exatamente
na possibilidade de reversão do quadro (com a
restituição ao núcleo familiar de origem,
desaparecendo a situação de risco) ou
encaminhamento do caso sob outro prisma
(com a colocação em lar substituto).
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• Assessorar a Justiça da Infância e da Juventude ,


apresentando um laudo com um diagnóstico da
criança , adolescente e família.

PAPEL DO A ADOÇÃO DEVE SER CONCEDIDA QUANDO


PSICÓLOG OFERECER VANTAGENS AOS ADOTADOS E NÃO
SOMENTE AOS INTERESSES DE QUEM ADOTA.

O O PROCESSO DE ADOÇÃO É PERMEADO DE


SUBJETIVIDADE E EMOÇÕES QUE SUPERAM E
TRANCENDEM OS ASPECTOS LEGAIS JURÍDICOS
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• os novos prazos e procedimentos para o trâmite dos


processos de adoção, menores do que aqueles previstos
O então Presidente anteriormente no ECA

Michel Temer • um procedimento mais simplificado para entrega


voluntária de crianças e adolescentes à adoção.
sancionou a Lei n° • a nova lei também trouxe alterações às legislações
13.509/2017, que trabalhistas, estendendo aos pais adotantes as mesmas
garantias que pais biológicos possuem, por exemplo o
trouxe alterações a direito à licença maternidade, intervalos para
amamentação da criança adotada durante a jornada
diversas legislações do trabalho e estabilidade no emprego durante o período
de adoção provisória.
quanto ao tema • Com a nova lei, o legislador busca incentivar e agilizar o
de adoção. procedimento de adoção, tornando-o menos burocrático
para todos os envolvidos, seja quem pretende adotar ou
quem deseja entregar seu filho ou filha à adoção.
Dúvidas
• Como material complementar assistir ao curta
• https://www.youtube.com/watch?v=lOeQUwdAjE0&t=48s (link em
material de apoio.

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