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AO JUÍZO DE DIREITO DA 28ª VARA CÍVEL DA CAPITAL – INFÂNCIA

E JUVENTUDE

Processo nº 0700213-86.2022.8.02.0090

LEANDRO JOSÉ PONTES COSTA FILHO, neste ato


representado por seu genitor e procurador LEANDRO JOSÉ
PONTES COSTA, ambos já devidamente qualificados no processo
em epígrafe, vem perante Vossa Excelência, apresentar a
presente RÉPLICA À CONTESTAÇÃO.

1. DA CONTESTAÇÃO

Na peça contestatória, o réu alegou, em síntese:

a) a ausência de proveito econômico aferível na


presente demanda;

b) a formação de litisconsórcio necessário com a União


Federal;

c) a falta de documento médico hábil e a necessidade


de prova pericial;

d) necessidade de manifestação do NATJUS e NIJUS;

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e) a inexigibilidade da multa contra a Fazenda
Pública.

f) a necessidade de apreciação equitativa dos


honorários de sucumbência.

Com base nisso, requereu a improcedência dos pedidos


iniciais.

2. DA RÉPLICA À CONTESTAÇÃO.
2.1. DO VALOR ECONÔMICO DA PRESENTE DEMANDA. DO
FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTO. DA VEDAÇÃO DA APRECIAÇÃO
EQUITATIVA – ART. 85, § 6º-A.

Excelência, alega a Demandada que na presente demanda


está configurada obrigação por tempo indeterminado, para
tanto, por tratar de direito à saúde, não possuiria a
prestação do suplemento caráter remuneratório e,
consequentemente, proveito econômico estimável – o que não
procede sob a ótica do ornamento jurídico vigente. Vejamos,
inicialmente, o que reza o art. 85 do NCPC:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar


honorários ao advogado do vencedor.

[...]

§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo


de dez e o máximo de vinte por cento sobre o
valor da condenação, do proveito econômico

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obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre
o valor atualizado da causa, atendidos:

I – o grau de zelo do profissional;

II – o lugar de prestação do serviço;

III – a natureza e a importância da causa;

IV – o trabalho realizado pelo advogado e o


tempo exigido para o seu serviço.

§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for


parte, a fixação dos honorários observará os
critérios estabelecidos nos incisos I a IV do §
2º e os seguintes percentuais:

[...]

IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento


sobre o valor da condenação ou do proveito
econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil)
salários-mínimos até 100.000 (cem mil)
salários-mínimos;

§ 6º-A. Quando o valor da condenação ou do


proveito econômico obtido ou o valor atualizado
da causa for líquido ou liquidável, para fins
de fixação dos honorários advocatícios, nos
termos dos §§ 2º e 3º, é proibida a apreciação
equitativa, salvo nas hipóteses expressamente
previstas no § 8º deste artigo. – Destacamos.

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Observa-se, Excelência, que a descabida alegação de
valor inestimável da demanda em epígrafe – utilizada pela
Demandada – carece de fundamentação legal, uma vez que
trata o pleito formulado na exordial de obrigação por tempo
determinado, de dieta indispensável à manutenção da saúde
do menor Demandante e, consoante orçamento apresentado nos
autos, de valor estimado liquidável – estando a alegação da
Demandada na contramão do supratranscrito dispositivo legal
(art. 85, § 6º-A) – pugnando, desde já, o também infundado
requerimento de apreciação equitativa.

2.2. DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO ESTADO.


DESNECESSIDADE DE FORMAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO.
JUSTIÇA ESTADUAL COMPETENTE PARA JULGAR A PRESENTE DEMANDA.

No que tange a alegação de ilegitimidade passiva


trazida no bojo da peça de resistência apresentada pelo
Estado de Alagoas, ora réu, cumpre dizer que a mesma é de
todo descabida, eis que é sabido que o ente público em
questão faz parte integrante da estrutura do Sistema Único
de Saúde.

Frise-se ainda que a Carta Magna, em seu art. 23,


inciso II, estabelece de forma clara e expressa a
competência comum aos referidos entes públicos, no que
concerne à garantia do direito à saúde.

Os artigos 196 e 198 da Constituição da República


instituem ser dever comum aos entes federativos a prestação

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de saúde e assistência pública, impondo responsabilidade
solidária na prática das políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.

Neste mesmo sentido, o próprio Egrégio Tribunal de


Justiça de Alagoas editou Súmula nº 03, a qual dispõe:

SÚMULA Nº 03 – TJAL

O direito à saúde não deve ser limitado ao que


está disposto na listas do Ministério da Saúde
para o tratamento dos usuários do Sistema Único
de Saúde - SUS. – Destacamos.

Cumpre ressaltar, ainda, que a responsabilidade


solidária dos entes da Federação não exclui a possibilidade
da prestação do direito constitucional à saúde, por apenas
um deles, quando individualmente demandado, sendo pacífica
a jurisprudência consolidada dos Tribunais Pátrios.

No recente Recurso Extraordinário nº 855178, a questão


foi reafirmada, dando-se ao tema efeito erga omnes em razão
da repercussão geral, vejamos decisão do Supremo Tribunal
Federal:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. AUSÊNCIA DE

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OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.
DESENVOLVIMENTO DO PROCEDENTE. POSSIBILIDADE.
RESPONSABILIDADE DE SOLIDÁRIA NAS DEMANDAS
PRESTACIONAIS NA ÁREA DA SAÚDE. DESPROVIMENTO
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. 1. É da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que
o tratamento médico adequado aos necessitados
se insere no rol dos deveres do Estado,
porquanto responsabilidade solidária dos entes
federados. O polo passivo pode ser composto por
qualquer um deles, isoladamente, ou
conjuntamente. 2. A fim de otimizar a
compensação entre os entes federados, compete à
autoridade judicial, diante dos critérios
constitucionais de descentralização e
hierarquização, direcionar, caso a caso, o
cumprimento conforme as regras de repartição de
competências e determinar o ressarcimento a
quem suportou o ônus financeiro. 3. As ações
que demandem fornecimento de medicamentos sem
registro na ANVISA deverão necessariamente ser
propostas em face da União. Precedente
específico: RE 657.718, Rel. Min. Alexandre de
Moraes. 4. Embargos de declaração desprovidos.
(RE 855178 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX,
Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN,
Tribunal Pleno, julgado em 23/05/2019, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-090 DIVULG 15-04-2020 PUBLIC 16-
04-2020. – Destacamos.

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Perceba, Excelência, que, de acordo com o recentíssimo
julgado do STF, só e somente só as ações que tenham como
objeto o fornecimento de medicamentos/suplementos NÃO
REGISTRADOS NA ANVISA é que deverão serem propostas
necessariamente em face da União, situação não compatível
com a litis in iudicio deducta.

Inúmeras são as decisões proferidas pelos Tribunais de


Justiça reconhecendo a obrigação do Estado em prestar
medicamentos à população hipossuficiente. Trazemos à
colação as seguintes decisões:

FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO – TRANSPLANTE –


PRESERVAÇÃO DA VIDA – GARANTIA CONSTITUCIONAL –
SOLIDARIEDADE PASSIVA – LEGITIMAÇÃO PASSIVA AD
CAUSAM – PRELIMINAR REJEITADA – fornecimento de
medicamentos necessários a paciente submetido a
transplante de rim a fim de evitar a possível
rejeição do órgão transplantado. É dever do
Estado, imposto constitucionalmente, garantir o
direito à saúde a todos os cidadãos. Norma
programática, definidora de direito fundamental
e dotada de aplicação imediata. Preliminares de
ilegitimidade passiva ad causam rejeitadas. São
responsáveis solidariamente o Estado e o
Município pelo fornecimento de medicamentos.
Desprovimento dos recursos, rejeitadas as
preliminares. (AC 2000.001.12398 – TJRJ –

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DECIMA QUARTA CAMARA CIVEL – Rel. DES. MARIA
HENRIQUETA LOBO – Julgado em 05/12/2000)

FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO – FORNECIMENTO


GRATUITO – AÇÃO PROPOSTA CONTRA O ESTADO -
DOENÇA NEUROLÓGICA – MISERABILIDADE – Apelação
Cível. Direito Constitucional. Ação de rito
ordinário visando ao fornecimento de
medicamentos pelo Estado do Rio de Janeiro.
Doença neuropsiquiátrica de natureza crônica.
Decompondo-se o direito em seus elementos
constitutivos, fato, valor e norma, irrecusável
a procedência do pedido de fornecimento de
medicamentos formulado em face do Estado do Rio
de Janeiro. Fatos incontroversos – necessidade
vital de medicamentos conjugados com a norma de
direito objetivo (no caso, artigos 196 da
Constituição Federal e 287, da Constituição do
Estado do Rio de Janeiro), fazem que reste
evidente a prevalência do valor "vida" sobre os
valores de orçamento das finanças públicas e de
possível isonomia. Dada a excepcionalidade da
necessidade de medicamentos e, patente, por
outro lado, a responsabilidade do Estado em
supri-la, incensurável a sentença de primeiro
grau que decreta a procedência do pedido
inaugural, antecipando, inclusive, os efeitos
da tutela jurisdicional. Sentença confirmada em
reexame necessário, desprovendo-se o recurso

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voluntário. (AC 2000.001.06428 – TJRJ – DECIMA
QUINTA CAMARA CIVEL)

Por fim, vale destacar o Enunciado no. 31 do Aviso 44


do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
publicado no D.O. de 3/09/2001:

Deriva-se dos mandamentos dos artigos 6º e 196


da Constituição Federal de 1988 e da Lei nº
8.080/90, a responsabilidade solidária da
União, Estados e Municípios, garantindo o
fundamental direito à saúde e consequente
antecipação da respectiva tutela. – Destacamos.

Logo, sendo solidária a responsabilidade dos entes


federativos, fica caracterizada a legitimidade passiva ad
causam do ESTADO DE ALAGOAS.

Ademais, sendo o Estado parte legítima para ser réu, é


competente a Justiça Estadual para conhecer e julgar o
mérito da presente causa.

2.3. DA COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE DO SUPLEMENTO REQUERIDO


PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA DO MENOR ATRAVÉS DE
RELATÓRIOS DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR QUE ACOMPANHA O
DEMANDANTE.

Alega o Réu, que a disponibilização do suplemento


pleiteado depende da comprovação de sua necessidade através

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de laudo justificado, ficando condicionando ainda, à
autorização prévia do gestor público.

Ocorre que, Excelência, conforme bastante instruído no


processo através do laudo médico e relatórios nutricionais
juntados às fls. 34 e 35-36, respectivamente, toda equipe
multidisciplinar que acompanha o Autor, solicitou e
demonstrou a necessidade do suplemento para melhoria da
qualidade de vida do Autor.

Por ser assim, Excelência, não pode o Demandante


esperar o posicionamento dos núcleos técnicos ad eternum,
visto que a demora em iniciar a dieta indicada pode gerar
danos irreversíveis ao Autor.

Por esta razão, requer que os pedidos autorais sejam


julgados procedentes, a fim de determinar o Estado de
Alagoas, ora Réu, a fornecer o suplemento listado na
inicial.

2.4. DA DESNECESSIDADE DE PERÍCIA. DO PREENCHIMENTO DOS


SUBSÍDIOS TÉCNICOS PARA GARANTIR O FORNECIMENTO DO
SUPLEMENTO.

Aduziu erroneamente o Réu, que não há prova inequívoca


acerca da necessidade do suplemento solicitado pelo Autor,
sendo necessária a realização de perícia médica.

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Contudo, este argumento não prospera, visto que fora
juntado aos autos laudo médico e relatórios nutricionais
atestando a necessidade do suplemento.

Primeiramente, não é um simples relatório médico, é um


relatório prescrito por médico credenciado pelo Conselho
Regional de Medicina, que é uma autarquia federal sem fins
lucrativos, cuja missão é registrar os médicos do Estado,
assegurar, defender e promover o exercício legal da
medicina, as boas práticas da profissão, o respeito e
dignidade à categoria, bem como, proteger a sociedade
contra os perigos do charlatanismo na atividade médica e da
precarização do sistema de saúde. Cumpre um calendário
bastante rotativo de fiscalização aos serviços de saúde, na
capital e interior. Realiza palestras com as equipes
atuantes nos municípios, em rede privada, pública e
conveniada. Desenvolve ações contínuas para agregar valor
aos mais de 3.900 médicos inscritos na entidade, tais como
cursos de capacitação voltados para as diversas
especialidades.

Portanto, não há que se arguir dúvida quanto a


plausibilidade de se conceder em definitivo o suplemento,
pelo contrário, há certeza quanto a necessidade do
suplemento.

Uma perícia médica na forma pleiteada pelo Réu é


totalmente inópia, pois de duas uma, ou irá ratificar o
dizer do médico e nutricionista do Demandante, ou apenas
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trará uma nova opinião de um médico, que terá o mesmo valor
daquele apresentado pelo primeiro. Na realidade, o grande
benefício à parte Ré, em qualquer uma das hipóteses, será o
retardamento processual, o que por certo afligirá
diretamente o direito da apelada à saúde e vida digna.

Ainda, pelos termos da decisão do STJ - REsp: 1657156


RJ 2017/0025629-7 (já acima exposta), é requisito para a
concessão do tratamento não englobado na lista do SUS que o
laudo médico deverá ser emitido pelo médico que assiste o
paciente.

Cumpre observar que o laudo deve ser do médico


responsável pelo tratamento, seja ele atuante pelo SUS ou
pela rede privada. Neste requisito também se observa que
basta que o médico do paciente apresente relatório com as
especificações acima para que o tratamento seja deferido,
sendo, portanto, prevalente a opinião do médico do paciente
em relação a outros médicos, como por exemplo aqueles que
compõem a Câmara Técnica de Saúde ou qualquer órgão
pericial.

No presente caso, há laudo médico, bem como da


nutricionista que acompanha o Demandante, ambos juntados na
exordial (fls. 34-36) nos quais existem relatos minuciosos
sobre a necessidade do suplemento, contendo os males que
afligem o paciente e os riscos para sua saúde.

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Assim, por todos os lados que se observe a questão da
prova por perito médico credenciado, a uma conclusão se
chega: trata-se de prova desnecessária.

Pelo exposto, deve ser afastada a realização de prova


mediante exame por médico perito credenciado.

2.5. DA EFETIVA COMPROVAÇÃO DA INCAPACIDADE FINANCEIRA DOS


GENITORES DO AUTOR EM ADQUIRIR O SUPLEMENTO.

Em mais uma falácia, o Réu aduz que, para o


fornecimento do suplemento pelo Sistema Único de Saúde,
deve ser demonstrada a insuficiência financeira para arcar
com os custos do suplemento.

Contudo, conforme se observa sob fl. 42, o genitor do


Autor declara a sua incapacidade financeira para aquisição
do referido suplemento, visto que é responsável pelo
sustento da família e do tratamento do Autor – sendo este
portador de Paralisia Cerebral Mista, com espasticidade e
componente distonico (CID: G80.9), com quadro de
desnutrição importante para idade, incorrendo em risco de
contrair sequelas graves, caso não feito o acompanhamento
nutricional e suplementação adequada.

Vale ressaltar que, tal suplementação custa o valor


total de R$ 3.359,70 (três mil, trezentos e cinquenta e
nove reais e setenta centavos), isto é, um valor muito
elevado, o qual o genitor do Demandante não consegue arcar.

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2.6. DA EXIGIBILIDADE DA MULTA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA.

Quanto à possibilidade da multa coercitiva,


astreintes, serem cabíveis contra a Fazenda Pública, a
resposta deve ser invariavelmente positiva, uma vez que, do
contrário, estaria sendo vulnerado o princípio da isonomia.

A questão, em realidade, não parece muito ser essa,


porque o problema reside na diminuta coerção que esse meio
gera, já que a Fazenda Pública, para pagamento de obrigação
pecuniária em decorrência de decisão judicial.

A orientação é correta e, realmente, o fator


coercitivo é sensivelmente diminuído, mas não a ponto de
excluir, por completo, a adoção dessa via processual.
Vejamos o Enunciado 63 do FONAJEF:

Enunciado nº 63 do FONAJEF (Fórum Nacional dos


Juizados Especiais Federais): “cabe multa ao
ente público pelo atraso ou não cumprimento de
decisões judiciais com base no art. 461 do CPC,
acompanhada de determinação para a tomada de
medidas administrativas para a apuração de
responsabilidade funcional e/ou por dano ao
erário. Havendo contumácia no descumprimento,
caberá remessa de ofício ao Ministério Público
Federal para análise de eventual improbidade
administrativa”

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Como se percebe, a multa pode ser cominada em face do
ente público.

Mas, além dessa possibilidade, acrescenta-se que


existe também a possibilidade de arbitramento da multa em
face do agente público. Sobre o assunto vejamos a posição
da doutrina de Fredie Didier e Leonardo Carneiro da Cunha:

“nada impede que o magistrado, no exercício do


seu poder geral de efetivação, imponha as
astreintes diretamente ao agente público
(pessoa física) responsável por tomar a
providência necessária ao cumprimento da
prestação. Tendo em vista o objetivo da
cominação (viabilizar a efetivação da decisão
judicial), decerto que aí a ameaça vai mostrar-
se bem mais séria e, por isso mesmo, a
satissfação do credor poderá ser mais
facilmente alcançada”. DIDIER Jr., Fredie,
CUNHA, Leonardo Carneiro da, BRAGA, Paula
Sarno, OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito
Processual Civil Execução. 5º Volume. Salvador:
Juspodivm, 2009, p. 449:

Assim, pelo exposto, observa-se que o ordenamento


pátrio admite a cominação de multa em face do ente público
e/ou dos agentes públicos, cabendo ao magistrado eleger
aquela medida que melhor efetive o cumprimento da
prestação.

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2.7. DO CÁLCULO DE HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA.

Como dito no tópico anterior, o Réu não se atém a


realidade fática da presente demanda, juntando aos autos,
data máxima vênia, contestação genérica, se esquivando dos
seus deveres.

Ao contrário do Réu, as petições desenvolvidas por


este causídico são produzidas com bastante zelo
profissional.

Desta feita Excelência, é medida de mais lídima


justiça, condenar o Estado de Alagoas, ora Réu, ao
pagamento das custas e honorários de sucumbência, em seu
grau máximo, qual seja, 20% sobre o valor da causa.

3. DOS PEDIDOS.

À conta de tais argumentos, espera o Autor que:

a) Sejam afastadas as preliminares arguidas;

b) No mérito, seja julgado procedente a ação, uma vez


que estão presentes os requisitos autorizadores;

c) Que seja a parte ré condenada em honorários


sucumbenciais;

Termos em que, pede e espera deferimento.

Maceió/AL, 14 de novembro de 2022.


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Leandro José Pontes Costa
OAB/AL 13.911

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