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Carlos se dirige à casa de Ega e, quando saem da casa do Ega, encontram Craft,
amigo de Ega, que ele deseja que Carlos conheça. No entanto, Craft estava de
passagem, pois ia visitar um amigo. Então, Ega resolve convidá-los para um jantar
no hotel central para se conhecerem melhor. No entanto, Ega muda de ideia e
resolve fazer uma festa para apresentar Carlos aos seus amigos e à sociedade, que
acaba se tornando uma festa para também homenagear Cohen.
Temas discutidos
Crime da mouraria
Economia/Politica portuguesa
Invasão Espanhola/Patriotismo
Literatura, Naturalismo/Realismo ou Romantismo
Personagens intervenientes no
jantar
Caracterização dos intervenientes do jantar e a sua representatividade
Carlos da Maia
Defensor realista/naturalista
Exagera nos argumentos defensivos
Tenta inovar e melhorar o país para as gerações futuras
Relaciona-se com a geração de 70
Jacob Cohen
Tomás de Alencar
Poeta ultrarromântico, vê-se confrontado com os princípios defendidos por Ega (não
concorda com a ciência na arte)
Íntimo de Pedro da Maia
“Indivíduo muito alto, todo abotoado numa sobrecasaca preta, com face escaveirada,
olhos encovados”, nariz curvado, bigodes compridos, ”calvo na frente”, “dentes
estragados” e “testa lívida”. Tinha um ar antiquado e “lúgubre”.
Linguagem e estilo do autor
O Hipódromo está situado numa colina e é um local com condições bastante precárias
entre as quais: a tribuna real forrada de um baetão vermelho de mesa repartição; as
tribunas públicas com o feitio de traves mal pregadas, mal pintadas e com fendas; o
recinto da tribuna fechado por um revestimento de madeira.
As pessoas que estavam presentes no hipódromo eram bastante desorganizadas e não
sabia ocupar os seus próprios lugares “…havia uma fila de senhoras quase todas de
escuro encostadas ao rebordo, outras espalhadas pelos primeiros degraus; e o resto das
bancadas permanecia deserto desconsolado…”
Dimensão crítica do episódio das corridas
A sociedade da época achava que apenas o que vinha do estrangeiro era bom o que
levava a quererem imitar países como a Inglaterra e a França, no entanto, como é visto
no episódio do hipódromo, nada nas corridas possui o requinte das corridas do exterior
sendo ainda as decorações do hipódromo feitas sem cuidado e sem elegância, sendo
assim apenas uma fraca imitação que não possui cultura nenhuma.
Mentalidade provinciana (atrasado/sem
cultura)
Toda a alta sociedade, incluindo o rei, revelou atitudes provincianas, não só pela má
escolha e esforço posto na decoração do hipódromo que ficou extremamente
improvisado, uma réplica inferior do estrageiro, mas também devido aos
comportamentos das pessoas.
O ambiente de corridas de cavalo que deveria ser algo mais descontraído e casual
tornou-se um ambiente as pessoas foram vestidas de forma exagerada e não adequada
revelando falta de conhecimento e mostravam-se desinteressadas pelas corridas e
mesmo tentando manter uma imagem elegante acaba por haver desacordos e insultos
devido a duvidas no resultado da corrida.
Visão caricatural da sociedade feminina
As mulheres estavam todas na tribuna “…as senhoras que vêm no High Life dos jornais, as dos
camarotes de S.Carlos, as das terças-feiras dos Gouvarinhos”, todas elas, a maioria de vestidos de
missa, sérios, algumas delas com chapéus emplumados que se começavam a usar, “Aqui e além um
desses grandes chapéus emplumados, que então se começavam a usar…”
O comportamento da assistência feminina “que nada fazia de útil” e a sua vida são no seu todo
caricaturados. O traje escolhido não era o mais correto face à ocasião, daí até alguns dos cavalheiros
se sentirem embaraçados no seu chique. As senhoras de “vestidos sérios de missa”, acompanhando
“…chapéus emplumados” da última moda, que não se adequavam ao evento, muito menos à restante
toilette.
Assim, o ambiente que devia ser requintado, mas, ao mesmo tempo, ligeiro como compete a um
evento desportivo, era deturpado, pela falta de gosto e pelo ridículo da situação que se queria
requintada sem o ser.
É também criticada a falta de à-vontade das senhoras da tribuna que não falavam umas com as outras
e que, para não desobedecer às regras de etiqueta, permaneciam no seu posto, mas constrangidas.
Atualidade da intenção critica
Ao chegar a casa Carlos recebe uma carta de Maria Eduarda a solicitar os seus
serviços de médico e esse bilhete condiciona o evoluir da ação, pois Carlos tem um
interesse romântico em Maria Eduarda e ao receber a carta a solicitar seus serviços
consegue aproximar-se da mesma.
Interpretação feita por Carlos da similitude de seu nome
e o de Maria Eduarda
Carlos ao descobrir a similitude de seu nome com o de Maria Eduarda interpreta que
esta similitude se deve a um presságio “a concordância de seus destinos”.
Caracterização da relação de Dâmaso e Carlos, a partir
do momento em que Carlos começa a privar com Maria
Eduarda
A relação entre Carlos e Dâmaso vai se tornando cada vez mais distante e fria á
medida que Carlos aproxima-se de Maria Eduarda, Dâmaso revela-se cada vez mais
ciumento e vingativo.
Explicitação do equivoco que marca o dialogo entre
Maria Eduarda e Carlos quando declaram o seu amor
pela primeira vez
Maria Eduarda tenta por duas vezes contar algo a Carlos mas este toldado pela
emoção da paixão antecipasse e considera que a sua amada quer fugir devido à sua
condição de “mulher casada”, mais tarde percebe-se que Maria Eduarda queria
revelar-lhe que não era casada com Castro Gomes.
A imprensa capitulo
XV
Contextualização
Temas discutidos
Personagens intervenientes
Caracterização dos personagens
Dimensão critica
Referencias de exemplos do estilo de linguagem do autor
Contextualização
Palma Cavalão:
Proprietário do jornal “A corneta do diabo”
Jornalista corrupto
O nome cavalão foi-lhe atribuído para o distinguir de um benemérito chamado
Palma Cavalinho
Sem caráter, pública artigos injuriosos ou retira-os
É baixo e gordo
Símbolo do jornalismo de escândalo, feito por jornalistas imorais e corruptos
Personagens Tipo
Neves:
Dono do jornal “A tarde”
Influencia politicamente os leitores
Revela parcialidade na decisão de passar ou rejeitar artigos
Dimensão critica
A obra Os Maias encaixa-se no género romance e como tal possui uma narrativa
principal composta por elementos desse género onde a ação principal da obra é a
história dos Maias, existindo maior foco na vida de Carlos da Maia e possui através
dessa narrativa uma crónica da sociedade portuguesa da época, este facto é
evidenciado pelo subtítulo Episódios da vida romântica.
Apreciação Crítica
A narrativa da obra apresenta diversas características como, logo no inicio uma analepse o
que eu considero uma ótima forma de prender o interesse de um leitor, a narrativa da obra
é intrigante e emocionante, essencialmente devido aos indícios trágicos apresentados ao
longo da obra e o valor emotivo e simbólico por detrás de muitos desses indícios. Algo
que melhora ainda mais a perceção da história por parte do leitor são as discrições
detalhadas do meio em que as ações ocorrem o que permite uma melhor visualização da
história no tempo e no espaço, no entanto, a meu ver nem todas as discrições evidenciadas
na obra são relevantes, pois algumas discrições acabam por ser detalhadas demais e
extensas provocando ao leitor fadiga e que pode levar a uma perda no enredo da história.
Apreciação Crítica
A linguagem e estilo da obra como por exemplo o uso expressivo dos advérbios, dos
adjetivos e dos diminutivos, estes últimos sobretudo com valor irónico ou depreciativo
trazem mais vividez á obra dando lhe um ainda maior encanto, esse essa vividez também
faz parte do discurso indireto livre, todavia penso que este estilo de discurso gera
confusão não sendo tão viável o seu uso.
Apreciação Crítica
https://pt.slideshare.net/anjoferdes/os-maias-captulo-x
https://www.academia.edu/11327723/Os_maias_resumo_detalhado_por_capitulos
https://pt.slideshare.net/maurodinis/corrida-de-cavalos-os-maias
https://notapositiva.com/os-maias-episodio-corridas-cavalos/#modal
https://issuu.com/dbrolinn/docs/trabalho_de_portugu_s
https://prezi.com/oa6yscqehepa/analise-do-jantar-no-hotel-central-capitulo-vi-os-maias/
http://pt11.blogspot.com/2007/01/ea-de-queirs-os-maias-caractersticas-da.html
https://notapositiva.com/linguagem-estilo-queirosiano/
https://prezi.com/oa6yscqehepa/analise-do-jantar-no-hotel-central-capitulo-vi-os-maias/
https://pt.slideshare.net/anjoferdes/os-maias-captulo-vi
https://notapositiva.com/jantar-no-hotel-central-analise-do-episodio-dos-maias/#
QUEIRÓS,Eça, Os Maias – Episódios da vida romântica, 3° Edição, 1987, Mem Martins, Europa-
América