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LINGUAGEM
QUEIROSIANO
Obra: Os Maias de Eça de Queiróz
Disciplina: Português
Eça de Queiróz Obras mais importantes:
Dupla adjetivação
(“aquele belo e impetuoso rapaz”; “passos lentos e murchos”).
Tripla adjetivação
(“Dona Maria Eduarda Runa, filha do conde de Runa, uma linda morena, mimosa e um
pouco adoentada”; “que o traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo”).
■ Advérbio:
Advérbio de modo
(“o Eusebiozinho foi então preciosamente colocado ao lado da Titi” (utilizado de forma
irónica e negativa)
Adverbiação dupla
(“Tu és simplesmente, como ele, um devasso, e hás de vir a acabar desgraçadamente
como ele, numa tragédia infernal!”)
Adverbiação tripla
(“ambos insensivelmente, irresistivelmente, fatalmente, marchando uma para o outro”)
■ Verbo:
O verbo é uma das classes de palavras utilizada por Eça, repleta de criatividade e
expressividade, como podemos comprovar com os seguintes exemplos:
Este recurso também é utilizado para transmitir afeto e carinho pela personagem central da
obra, Carlos Maia (“está-se fazendo tarde, Carlinhos”).
■ Estrangeirismos:
“anglicismo” (expressão de origem inglesa) como o “galicismo” ou “francesismo”
(expressão de origem francesa)
“jockey”, “sports-man”, “handicap” ou “dead-beat”. (corrida de cavalos)
Hipálage:
“Ega espalhava também pelo quarto um olhar pensativo”; “casarão de paredes severas”
Ironia:
“O Eusebiozinho com o craniozinho calvo de sábio curvado sobre as letras garrafais da boa
doutrina”; “É um canteirinho de camélias meladas”)
Sinestesia:
(“os olhos luminosos iluminavam-na toda”; “a friagem fazia-lhe mais pálida a encarnação
de mármore”)
Metáfora:
A metáfora, tal como outros recursos expressivos, serve para descrever de uma forma
sublime também os espaços, ambientes e as personagens.
Comparação:
(“dias taciturnos, longos como desertos”; “apertando o leque fechado como uma arma”)
Reprodução do discurso no discurso
Discurso direto:
O discurso direto é bastante expressivo na obra, evidenciando a coloquialidade da
linguagem.
“- Que diabo, não me hão de esquecer as queijadas! -murmurou o Cruges”; “Carlos, outra
vez sereno, acabava a sua chávena de chá. Depois disse muito simplesmente:
(“Ega murmurou que a história se encarregaria um dia de retificar esse facto(...)e então o
Gouvarinho perguntou se os amigos tinham ouvido alguma coisa do Ministério e da crise”).
■ Elipse:
“Mas esse ano passou, outros anos passaram”; “Um ano passou, chegara esse outono de
1875”; “Outros anos tranquilos passaram sobre Santa Olávia”.