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"O desencantado passeio

final de Carlos e Ega" 

Trabalho realizado por: Leonor Mendonça Nº 10, Leonor Alves Nº13, Mariana Costa
Nº15, Raquel Gonçalves Nº19, Simão Antunes Nº22 
Plano de apresentação
01 02
Introdução; O narrador;

03 04
Caracterização das Síntese do episódio;
personagens;
Plano de apresentação
05 06
Recursos estilísticos;

07 08
Críticas sociais; Excerto da obra;

09
Conclusão e
webgrafia;
Introdução
O Narrador
- É heterodiegético, ou seja, não é uma personagem da história;

- Assume uma atitude de observador;

- É omnisciente sabe tudo sobre as personagens: o seu passado, presente e


futuro, bem como os seus sentimentos e desejos mais íntimos.  

     Exemplo do conhecimento do narrador relativamente à interioridade das


personagens é o momento em que mostra conhecer os sentimentos que
Afonso não expressa quando o filho, Pedro, surge perante ele, desesperado
com a fuga da Monforte. (“Uma sombria tarde de Dezembro…” pág. 44 )
Caracterização das personagens
Carlos da Maia João da Ega

- Personagem principal; - Amigo inseparável de Carlos;


- Educação à inglesa pelo avô; - Tal como Carlos sofre 
- Vítima de um dilentantismo e também de diletantismo;
ociosidade; - Fracassou na vida;
- Fracassou na vida;
Caracterização das personagens
Alencar Dâmaso Eusebiosinho

- Personagem tipo; - É uma súmula de defeitos; - Representa a educação


- Símbolo do Romantismo; - Representa o novo riquíssimo e retrógrada portuguesa.
os vícios da Lisboa da segunda
metade do séc. XIX.
Síntese do episódio
“O desencantado passeio final de Carlos e Ega"

• Constituí o epílogo da obra;

• Volta de Carlos e Ega a Lisboa, depois de dez anos;

• Crítica ao ambiente sentido e à sociedade presente em


Portugal.
Recursos Estilísticos
Metáfora
"Os políticos hoje eram bonecos de engonços, que faziam gestos e
tomavam atitudes porque dois ou três financeiros por trás lhes
puxavam pelos cordéis...” (p.691)

Dupla "Não é a cidade, é a gente. Uma gente feiíssima, encardida,


Adjetivação molenga, reles, amarelada, acabrunhada!” (p.697).

“Ega espalhava também pelo quarto um olhar pensativo.” (p.712).


Hipálage

“Falhamos na vida, menino!” (p.713).


Apóstrofe
Caracterização do espaço

Ramalhete Largo do Chiado


Simbologia do espaço
O jardim do ramalhete
“Em baixo o jardim, bem areado, limpo e frio na sua nudez de inverno, tinha a
melancolia de um retiro esquecido, que já ninguém ama: uma ferrugem verde, de
humidade, cobria os grossos membros da Vénus citereia; o cipreste e o cedro
envelheciam juntos, como dois amigos num ermo; e mais lento corria o prantozinho da
cascata, esfiado saudosamente gota a gota, na bacia de mármore.”

A estátua de O cipreste e o A cascata A estátua de


Vénus cedro Camões
A decadência de Portugal
- Carlos e Ega comentam a estagnação, a falta de sensibilidade, a falta de
empenho e a ociosidade em que o país se encontra.
- Eça critica a inferioridade social de Portugal em relação a países como França.
“-Nem uma branca, nem uma ruga, nem uma sombra de fadiga!... Tudo
isto é Paris, menino!... Lisboa arrasa. Olha para mim, olha para isto!” (p.
690)
- Carlos realiza uma critica relativamente à decadência de Portugal.
“-Isto é horrível quando se vem de fora!… -Não é a cidade, é a
gente. Uma gente feiíssima, encardida, molenga, reles, amarelada,
acabrunhada!” (p.697). “E Carlos reconhecia, encostados às mesmas
portas, sujeitos que lá deixara havia dez anos, já assim encostados, já assim
melancólicos.” (p.697)
A imitação acrítica do estrangeiro

- Este sentimento das personagens por Portugal leva-os muitas vezes a apreciar
o estrangeiro e a copiar o mesmo.

“(…) este desgraçado Portugal decidira arranjar-se à moderna: mas, sem


originalidade, sem força, sem carácter para criar um feitio seu, um feitio
próprio, manda vir modelos do estrangeiro – modelos de ideias, de calças,
de costumes, de leis, de arte, de cozinha… Somente, como lhe falta o
sentimento da proporção, e ao mesmo tempo o domina a impaciência de
parecer muito moderno e muito civilizado – exagera o modelo, deforma-o,
estraga-o até à caricatura.” (p.703)
Crítica ao diletantismo

Falhámos na vida, menino!


- Creio que sim… Mas todo o
mundo mais ou menos falha. Isto
é, falha-se sempre na realidade
aquela vida se planeou com a
imaginação(...)”
Crítica ao diletantismo
- O mal do diletantismo impede que se fixe a atenção
num trabalho sério sem se deixar desviar por
solicitações acidentais, Carlos “tinha nas veias o
veneno do diletantismo”.

- Eça de Queiroz, em Os Maias, aponta o diletantismo


como um dos maiores males da sociedade da sua
altura.

- Ao longo do passeio final, podemos identificar vários


indícios de diletantismo.
O romantismo
- Eça e a sua obra são marcadas por várias características, entre as quais as grandes
críticas ao romantismo (sentimentalismo exagerado).

1 O autor explica o livro, mesmo que


enigmaticamente, e ao invés de falar da
família Maia e do amor da vida de
Carlos, este fala sobre a vida política em
Portugal.
O romantismo
A relação com o subtítulo (“Episódios “E que somos nós? exclamou Ega. Que
da Vida Romântica”), é uma crítica ao temos nós sido desde o colégio, desde o
romantismo presente na sociedade exame de latim? Românticos: isto é,
portuguesa, uma vez que aponta para indivíduos inferiores que se governam na
uma descrição/ pintura de um certo vida pelo sentimento e não pela razão…” -
estilo de vida, o romântico, através da O Romantismo surge, uma vez mais,
crónica de costumes da sociedade criticado, mas agora, não como
lisboeta, em especial da aristocracia e movimento estético, mas como um modo
alta burguesia da época de 70 do de estar na vida e como sendo a causa do
século XIX. mal nacional/atitude perante a vida.

2 3
Crítica à sociedade da
alta burguesia
 Toda a ação decorre em ambientes com personagens
identificáveis com a alta burguesia, ou com a elite portuguesa. 
 Trata-se sempre de gente que não precisa de trabalhar para
viver, e que vive sem problemas de ordem material.
A geração de 70
- Assim é designado o grupo de jovens
intelectuais portugueses que
expressaram um desagrado com o
estado em que se encontra a cultura e as
instituições nacionais. 

- O grupo fez-se notar a partir de 1865,


tendo como integrantes Antero de
Quental, Ramalho Ortigão, Guerra
Junqueiro, Teófilo Braga, Eça de
Queirós, Oliveira Martins, Jaime
Batalha Reis e Guilherme de Azevedo. 
Os "Vencidos da vida"
- Este é o nome pelo qual ficou conhecido um grupo de onze intelectuais
portugueses que tiveram relevância na vida literária e política do final do século
XIX. 

- Desta coletiva faziam


parte Ramalho Ortigão, Guerra
Junqueiro, António Cândido, o
marquês de Soveral, o conde de
Ficalho, Eça de Queirós, Carlos
Mayer, Carlos Lobo d'Ávila,
Bernardo de Pindela e o conde de
Sabugosa. 
Excerto da obra
“A lanterna vermelha do americano, ao longe no
escuro, parara. E foi em Carlos e em João da Ega uma
esperança, outro esforço:
- Ainda o apanhamos!
- Ainda o apanhamos!
De novo a lanterna deslizou e fugiu. Então, para
apanhar o americano, os dois amigos romperam a
correr desesperadamente pela Rampa de Santos e pelo
Aterro, sob a primeira claridade do luar que subia.”
(p.716)
Conclusão
Bibliografia / Webgrafia
- A obra "Os Maias"
- https://tdezf.jimdofree.com/escritos-os-maias/
- https://notapositiva.com/os-maias-o-passeio-final/
-https://prezi.com/4cmgvamagdof/os-maias-o-passeio-final/
http://auladaproflis.blogspot.com/2012/04/os-maias-o-passeio-
final.html

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