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Ramalho de Araújo
HORA DO
BRAINSTORMING
O QUE É LITERATURA?
• “Arte literária é mimese(imitação); é a arte
que imita pela
palavra.” (Aristóteles,séc.IV a.C.)
• Assim:
• literatura como imitação da realidade;
• manifestação artística;
• a palavra como matéria-prima;
• manifestação da expressividade humana.
ROMANTISMO
GERAÇÃO
POÉTICA
Morte e Vida Severina
A hora da Estrela
A produção literária dos autores brasileiros
do Romantismo é subdividida em três
gerações.
São as chamadas gerações românticas no
Brasil.
A primeira geração é
denominada nacionalista ou indianista. A
segunda geração romântica foi batizada de
"geração do mal-do-século" e a terceira de
"geração condoreira".
PRIMEIRA GERAÇÃO
•Também chamada de geração nacionalista ou
indianista, foi marcada pela exaltação à natureza,
volta ao passado histórico, medievalismo, criação
do herói nacional na figura do índio.
•Essa alusão ao indígena deu origem ao nome
dessa fase da literatura brasileira.
•O sentimento e a religiosidade também são
características marcantes da produção literária
dos autores da primeira geração.
•Entre os principais poetas podemos
destacar Gonçalves Dias, Gonçalves de
Magalhães e Araújo Porto Alegre.
Contexto histórico
Sousândrade
Vanguardas
Européias
Modernismo
-Modernismo em Portugal
-Modernismo no Brasil
Vanguardas Europeias
•As Vanguardas Europeias representam um conjunto de
movimentos artísticos-culturais que ocorreram em
diversos locais da Europa a partir do início do século XX.
•As vanguardas artísticas europeias que se destacaram
foram:Expressionismo,Cubismo,Futurismo, Dadaísmo,
Surrealismo.
•No Brasil, elas influenciaram diretamente o movimento
modernista, que teve início com a Semana de Arte
Moderna de 1922.
Contexto Histórico das Vanguardas Europeias
Com o advento da Revolução Industrial no século XIX e da Primeira Guerra
Mundial no início do século XX, a sociedade passava por diversas
transformações.
HÍPICA
Saltos records / cavalos da Penha /
correm jóqueis de Higienópolis / os
magnatas / as meninas /E a orquestra
toca / Chá / na sala de cocktails.
Futurismo (1909)
• Fillippo Tommaso Marinetti propôs
uma revolução literária, após a
publicação do Manifesto Futurista,
que exaltava, entre outros
aspectos, “a ação agressiva, a
guerra, as ondas multicolores e
polifônicas da revolução nas
capitais modernas, a velocidade e
o voo elegante dos aviões cujas
hélices rascam aos ventos qual
estandartes e que parecem
levantar vivas qual uma multidão
entusiasmada.”
As propostas em relação à literatura são:
• destruição da sintaxe com substantivos dispostos ao acaso;
• emprego de verbos no infinitivo;
• abolição do adjetivo e do advérbio;
• uso de dois substantivos;
• abolição da pontuação (uso de sinais matemáticos);
• luta em favor do verso livre.
• “Então, com o vulto coberto pela boa lama das fábricas – empaste de escórias metálicas,
de suores inúteis, de fuligens celestes -, contundidos e enfaixados os braços, mas
impávidos, ditamos nossas primeiras vontades a todos os homens vivos da terra:
• Queremos cantar o amor do perigo, o hábito da energia e da temeridade.
• A coragem, a audácia e a rebelião serão elementos essenciais da nossa poesia.
• Até hoje a literatura tem exaltado a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono. Queremos
exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, a velocidade, o salto mortal, a bofetada e
o murro.
• Afirmamos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da
velocidade. Um carro de corrida adornado de grossos tubos semelhantes a serpentes de
hálito explosivo… um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais belo
que a Vitória de Samotrácia [escultura romana da Antiguidade Clássica, aprox. 190 a.C.].
• Queremos celebrar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra,
lançada a toda velocidade no circuito de sua própria órbita.
• O poeta deve prodigalizar-se com ardor, fausto e munificência, a fim de aumentar o entusiástico fervor dos elementos
primordiais.
• Já não há beleza senão na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia
deve ser concebida como um violento assalto contra as forças ignotas para obrigá-las a prostrar-se ante o homem.
• Estamos no promontório extremo dos séculos! …. Por que haveremos de olhar para trás, se queremos arrombar as
misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Vivemos já o absoluto, pois criamos a eterna
velocidade onipresente.
• Queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos
anarquistas, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo da mulher.
• Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de todo tipo, e combater o moralismo, o feminismo e toda
vileza oportunista e utilitária.
• Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos a maré multicor
e polifônica das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros
incendiados por violentas luas elétricas: as estações insaciáveis, devoradoras de serpentes fumegantes: as fábricas
suspensas das nuvens pelos contorcidos fios de suas fumaças; as pontes semelhantes a ginastas gigantes que
transpõem as fumaças, cintilantes ao sol com um fulgor de facas; os navios a vapor aventurosos que farejam o
horizonte, as locomotivas de amplo peito que se empertigam sobre os trilhos como enormes cavalos de aço refreados
por tubos e o voo deslizante dos aeroplanos, cujas hélices se agitam ao vento como bandeiras e parecem aplaudir
como uma multidão entusiasta.
• [...]”
• O momento em que surge a terceira geração
modernista no Brasil, é o período menos
conturbado em relação às outras duas gerações.
• Ou seja, é a fase de redemocratização do país,
Modernismo visto que em 1945 termina o Estado Novo
(1937-1945) que fora implementado pela
3ª Geração- ditadura de Getúlio Vargas.
• Em nível mundial, o ano de 1945 é também o
45 fim da segunda guerra mundial e do sistema
totalitário do Nazismo. Entretanto, tem início a
Guerra Fria (Estados Unidos e União Soviética) e
a Corrida Armamentista.
As principais características da terceira geração modernista são:
• Academicismo;
• Passadismo e retorno ao passado;
• Oposição à liberdade formal;
Característic
• Experimentações artísticas (ficção experimental);
• Realismo fantástico (contos fantásticos);
O que é Epifania:
Epifania significa aparição ou manifestação de algo, normalmente
relacionado com o contexto espiritual e divino.
Do ponto de vista filosófico, a epifania significa uma sensação profunda
de realização, no sentido de compreender a essência das coisas. Ou seja,
a sensação de considerar algo como solucionado, esclarecido ou
completo.
Epifania também pode ser considerado como um “pensamento
iluminado”, tido como uma inspiração divinal que surge em momentos de
impasse e complexidade, solucionando as frustrações e dúvidas sobre
determinada angústia.
• A história é narrada por Rodrigo S.M. (narrador-personagem), um escritor à espera da morte. Ele é
uma das peças-chave do livro. Ao longo da obra ele reflete os seus sentimentos e os de Macabéa,
a protagonista da obra.
• Nordestina órfã de pai e mãe, e criada por uma tia que a maltratava muito, Macabéa é uma
alagoana pobre de 19 anos que possui um corpo franzino e só come cachorro quente. Além disso,
ela é feia, virgem, tímida, solitária, ignorante, alienada e de poucas palavras.
• Quando vai morar no Rio de Janeiro, consegue um emprego de datilógrafa na cidade. Chega a ser
despedida pelo patrão, seu Raimundo, que por fim, tem compaixão de Macabéa, deixando-a
permanecer com o trabalho.
• No Rio de Janeiro, Macabéa mora numa pensão e divide o quarto com três moças. Todas elas são
balconistas das Lojas Americanas e chamadas de “as três Marias”: Maria da Penha, Maria da Graça
e Maria José.
• Um de seus maiores prazeres nas horas vagas é ouvir seu rádio relógio, emprestado de uma das
Marias.
• Mesmo destituída de beleza, Macabéa (ou Maca, seu apelido) consegue encontrar um namorado,
o nordestino ambicioso e metalúrgico Olímpico de Jesus Moreira Chaves.
• Quando vai à Cartomante, uma impostora chamada Madame Carlota, Macabéa descobre por
meia das cartas sua “sorte”. No entanto, ao sair de lá, atravessa a rua muito contente pelas
palavras que acabara de ouvir...
• O desafio do narrador é escrever Macabéa e a si mesmo. O livro
discute a linguagem em nível filosófico, ao pôr em cheque a palavra
como meio de conhecimento; sociológico, ao representar conflitos de
classe, com destaque para a função do escritor e a inserção do
nordestino na sociedade brasileira; e estético, ao tratar do gesto
criador.
• Há, no texto, um tripé: a vida comum e sem graça de Macabea; a
história do narrador Rodrigo; e a reflexão dele sobre a escritura. A
habilidade de Clarice está em articular esses planos de uma maneira
que não dificulta a leitura ou deixa o texto empolado ou pernóstico
(previsível)
• "Esta história acontece em estado de
emergência e de calamidade pública. Trata-se
de livro inacabado porque lhe falta resposta.
Resposta esta que alguém no mundo ma dê.
Vós? É uma história em tecnicolor para ter
algum luxo, por Deus, que eu também preciso.
Amém para nós todos.”
• Assim, projetada na figura do narrador-personagem onisciente fictício,
Rodrigo S.M., Clarice termina sua obra expressando seu incômodo sobre
a morte:
“E agora — agora só me resta acender um cigarro e ir
para casa.
Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre.
Mas — mas eu também?!
Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos.
Sim.”