Você está na página 1de 13

OS MAIAS

TRABALHO REALIZADO POR:


DIOGO GUSTAVO, Nº5
GONÇALO ANTÓNIO, Nº8
FILIPE FERREIRA, Nº13
TIAGO COSTA, Nº27
TÓPICOS
1. Introdução;

2. Biografia;

3. Linguagem e Estilo;

4. Recursos Expressivos;

5. Resumo do Último Capítulo;

6. Crónica dos Costumes/Análise da sociedade;

7. Conclusão.
Introdução
Com o presente trabalho pretendemos abordar
um dos maiores escritores da língua portuguesa,
Eça de Queiroz, e mais especificamente a sua
obra-magna "Os Maias".
Biografia
Escritor português, José Maria Eça de Queirós
nasceu a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de
Varzim, filho de um magistrado, também ele
escritor, e morreu a 16 de agosto de 1900, em
Paris.

É considerado um dos maiores romancistas de


toda a literatura portuguesa, o primeiro e
principal escritor realista português, renovador
profundo e perspicaz da nossa prosa literária.
Linguagem e Estilo
A prosa de Eça de Queiroz reflete a sua forma de pensar e
exprime facilmente o seu modo de ver o mundo e a vida. Este
soube explorar, a partir de um vocabulário simples, a força
evocativa das palavras com o uso de sentidos conotativos e
relações combinatórias. Através de processos como: o ritmo da
narração, a descrição, o diálogo, monólogos interiores e
comentários, Eça conseguiu imprimir nas suas palavras um
verdadeiro encanto.
Recursos Expressivos
A prosa Queirosiana é enriquecida com vários recursos expressivos. Aqueles que se
podem destacar e que melhor representam o estilo de Eça são:

a sinestesia – figura de estilo relacionada com o apelo aos sentidos que nos
transporta para um conjunto de sensações por nos descrever determinado
ambiente (cenário envolvente) com realismo, tornando-nos de certa forma
testemunhas desse cenário.
a adjetivação – uso de adjetivos, muitas vezes utilizada a dupla e tripla
adjetivação.
a ironia – recurso expressivo que, por expressar o contrário da realidade, serve
para satirizar e expor contrastes e paradoxos.
Exemplos de recursos expressivos na obra
Metáfora – “Os políticos hoje eram bonecos de engonços, que faziam gestos e
tomavam atitudes porque dois ou três financeiros por trás lhes puxavam pelos
cordéis...”
Múltipla adjectivação – “Não é a cidade, é a gente. Uma gente feiíssima, encardida,
molenga, reles, amarelada, acabrunhada!...”
Antítese – “E quem avistaram logo foi o Eusebiozinho. Parecia mais fúnebre, mais
tísico, dando o braço a uma senhora muito forte, muito corada, que estalava num
vestido de seda cor de pinhão.”
Hipálage – “tomavam naquele fim de tarde um tom mais pensativo e triste”
Resumo do Último Capítulo
Dez anos após Carlos da Maia ter-se estabelecido em Paris,
sendo que anteriormente havia embarcado numa viagem
intercontinental com João Egas - partiram de Londres e
visitaram América do Norte, Japão, China entre outros -, eis
que o médico, personagem central de "Os Maias", está de
regresso a Lisboa. À sua espera encontram-se velhos
amigos: Egas que havia regressado a Lisboa mais cedo,
Alencar e Cruges.
Juntos visitam paisagens lisboetas familiares a Carlos, que
criticamente, observa como nada mudou, estando a capital
ainda envolvida numa aura de estagnação, decadência e
ociosidade.
Continuação

De seguida, os velhos companheiros visitam o ramalhete, onde a maior parte dos pertences de
Carlos estâo a ser transferidos para a sua casa em Paris. O cenário soturno, empoeirado, de um
local outrora glorioso espelha simbolicamente o flagelo e queda da aristocracia.
O capítulo encerra com o grupo visitando o escritório de Afonso da Maia, onde são recordados
de que tudo está fadado à desilusão ("Nada desejar e nada recear... não se abandonar a uma
esperança nem a um desapontamento", pp 629 capítulo 18).
Os seus interlocutores, ao escutarem a sua mensagem, concordam que falharam na vida.
Crónica de Costumes e Análise Social
Ao subtítulo de “Os Maias”, Episódios da Vida Romântica, corresponde a crónica de costumes.
Estes episódios, descritos ao longo da obra, têm como objetivo fazer o relato da sociedade
portuguesa na segunda metade do século XIX. Eça utiliza um desfile de personagens
(personagens tipo) que representam grupos, classes sociais ou mentalidades por forma a mostrar
aos leitores o estado de corrupção, providencialismo e "parasitismo" da sociedade portuguesa,
bem como, seus costumes e vícios.
Afonso da Maia, que na juventude vivera exilado em Inglaterra devido à defesa dos ideias
liberais, personifica de algum modo a integridade moral e a retidão de princípios tornadas raras
no país, que o levam a condenar o diletantismo do neto e as suas aventuras sentimentais. Por
outro lado, quando Carlos da Maia regressa a Lisboa, numa época de decadência das
esxperiências liberais, rapidamente impressiona a sociedade lisboeta fascinando a condessa de
Gouvarinho.
Contudo, envolve-se com Maria Eduarda, ignorando que é seu irmão. O desfecho trágico deste
amor, sublinhado pela morte do avô, marcará definitivamente o seu percurso desistente. Acabará
em Paris, assumindo a sua posição diletante de homem rico "que falhou na vida".
Continuação
É neste ambiente monótono, amolecido e de clima rico, que Eça faz a crítica social, em que
domina a ironia.
Assim, no episódio do passeio final é criticado a sociedade da alta burguesia, tendo em conta
que toda a ação decorre em ambientes com personagens identificáveis com a alta burguesia, ou
com a elite portuguesa. Trata-se sempre de gente que não precisa de trabalhar para viver, e que
vive sem problemas de ordem material.
Por outro lado, outro aspeto criticado expressa-se através do diletantismo, ou seja a
incapacidade de ação útil. Explicitamente mencionado por Eça, o diletantismo atinge quase
todos as personagens que não sofrem de tacanhez (como Ega e Carlos referido anteriormente).
O mal do diletantismo impede que se fixe a atenção num trabalho sério sem se deixar desviar
por solicitações acidentais, Carlos “tinha nas veias o veneno do diletantismo” (Capitulo IV).

Outro dos aspetos criticados neste episódio é a inércia do poder político, manipulado pelo poder
económico, como é perfeitamente visível na frase seguinte ("os políticos hoje eram bonecos de
engonços, que faziam gestos e tomavam atitudes porque dois ou três financeiros por trás lhe
puxavam pelos cordéis").
Conclusão
Acabada a leitura da obra, torna-se incontornável afirmar
que estamos perante um marco literário e cultural na
história portuguesa.
Eça de Queiroz eternizado pelo seu legado, pertence aos
grandes da literatura, tanto a nível nacional como
internacional.
"Os Maias", o seu magnum opus, cimentou-o como tal, ao
mesmo tempo que retratou por excelência e incrível
realismo a sociedade portuguesa na época em que viveu.
WEBGRAFIA
https://notapositiva.com/os-maias-o-passeio-final/.
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$carlos-da-maia.
https://www.studocu.com/pt/document/best-notes-for-high-school-
pt/portugues/cronica-de-costumes-maias/8939465.
https://notapositiva.com/linguagem-estilo-queirosiano/#modal.
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$eca-de-queiros.
Excertos retirados da obra "Os Maias"

Você também pode gostar