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A ciência e o cuidado pelo ambiente

No nosso dia a dia somos várias vezes expostos a trágicas notícias sobre o estado ambiental
do nosso planeta, muito devido aos maus hábitos da população em geral. Por isso tentaremos
por meio deste trabalho responder às seguintes questões: Qual é o papel moral da ciência no
meio-ambiente e o seu impacto? Será a responsabilidade ecológica uma obrigação moral ?
A ciência como um todo é a área mais importante para o desenvolvimento do nosso planeta,
tanto na tecnologia, como no alargamento dos nossos conhecimentos sobre o nosso planeta,
o meio que o rodeia e o que contém. Mas nas últimas décadas a ciência tem estado a tentar
consertar os seus erros passados que causaram e ainda causam danos irreversíveis ao nosso
meio-ambiente, pondo em risco a existência de todos os seres vivos e os seus ecossistemas.
O homem abusou da ciência como nunca antes se tinha visto, começou por implementar
fábricas que encheram a atmosfera de gases poluentes, criou armas nucleares, desenvolveu
a todos os níveis, e deu-se um aumento significativo da população devido a todos estes
avanços.
Como seres dotados de raciocínio o nosso primeiro objetivo deveria ser preservar o meio-
ambiente, que nos fornece tudo o que necessitamos para sobreviver, mas com o
desenvolvimento da ciência o seu estado só tem vindo a piorar, muito devido à visão
antropocêntrica que o homem possui do seu lugar no mundo, bem como a visão utilitarista
da natureza e a exploração intensiva que a sociedade capitalista exerce sobre os seus
recursos.
A ética ambiental, uma área da filosofia relativamente recente, pretende pensar numa
possibilidade de uma nova ética que atribua um valor moral ao meio natural e à relação que
mantemos com ele. A relação que o homem mantém com o meio natural é estritamente
económica, feita de privilégios e não de obrigações. É não só fundamental como
ecologicamente necessária uma alteração na relação entre o homem e o meio natural. A
ampliação da comunidade ética ao meio natural implica também uma negação ao
antropocentrismo que sempre orientou o homem na sua relação com o meio natural.
Não apenas detentor de direitos, o homem passa a ter também deveres morais para com a
comunidade natural, entre os novos valores a cultivar estão os de respeito e de cuidado para
com a comunidade biológica enquanto tal.
As gerações criadoras das novas invenções quiseram ignorar o facto de que esta nova
civilização vinha de mãos dadas com a destruição da Natureza, e por isso hoje, estão a ser
enfrentadas as consequências das mudanças repentinas e nefastas de décadas anteriores,
contudo, não se pode culpar apenas as gerações anteriores, pois, as atuais, continuam a
contribuir para mais alterações negativas e a futura destruição do nosso planeta.
Perante isto, as opiniões dos filósofos sobre este assunto, divergem: para o filósofo Hans
Jonas, as ações das gerações humanas atuais devem ser fundamentais para assegurar a
possibilidade de uma existência digna às gerações futuras, ou seja, deve-se proteger o planeta
para garantir algo habitável às gerações vindouras. Jonas defende ainda que mais do que
pensar nas gerações futuras, é necessário conhecer as consequências dos nossos atos e
antecipar as consequências dos mesmos, impondo, desta forma, limites ao contrário do que
as gerações anteriores fizeram. Por outro lado, deve-se dar valor à Natureza pelo que ela vale,
por si só, sem quaisquer interesses humanos, assumindo assim, uma obrigação moral de
responsabilidade ecológica. “…responsabilidade em relação à Natureza, que hoje
ameaçamos; responsabilidade no sendo único, que não comporta necessariamente
reciprocidade…”.
Em suma, a condição atual do nosso meio ambiente é muito delicada, sendo que o único
animal com impacto direto neste problema é o ser humano, o único dotado de raciocínio
lógico e capaz de alterar o rumo que o planeta está a tomar, deste modo, a forma como o
Homem vê a sua relação com o meio ambiente tem de ser alterada, com o objetivo de
encontrar uma estabilidade para que as futuras gerações consigam viver com qualidade no
nosso planeta. Tudo depende do Homem e da forma como este quer encarar o desafio que
tem pela frente.

Trabalho realizado por:

Diogo Gustavo, nº5


Gonçalo António, nº8
Filipe Ferreira, nº13
Tiago Costa, nº27

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