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CLC 2 – Culturas ambientais

Atividade 3

Cultura de Redução, Reutilização e Reciclagem

⮚ Noções de consumo, desperdício e qualidade ambiental

1. Faça uma leitura, atenta, do texto apresentado

Texto nº 1

“Temos de aprender a habitar a terra de outra maneira" defende Viriato Soromenho-Marques

“Temos de aprender a habitar a terra de outra maneira”, defende o professor


universitário Viriato Soromenho-Marques em entrevista à Renascença e à agência Eclésia.

No momento em que se assinalam os cinco anos da encíclica “Laudato Si” 1, o filósofo e


ambientalista diz que a pandemia “resulta do facto de não termos respeitado o espaço
existencial de outras espécies”.

Sugere que uma das lições da atual crise é que temos de fazer um esforço na procura
de “uma economia completamente diferente”, como aponta a encíclica papal.

O professor universitário adverte que estamos perante “uma guerra pelo futuro, uma
guerra pelos nossos filhos e netos”.

  Viriato Soromenho-Marques deixa a interrogação: “será que é mais importante


alimentarmos uma elite de super-ricos, que têm uma vida numa riqueza absolutamente
pornográfica, obscena?” E de entre o conjunto de perguntas, sobressai ainda uma outra: “será
que não temos capacidade moral e ética para dizer basta?”

O ambientalista admite que “toda a ação do Papa Francisco, que pela sua coragem,
lealdade com a Humanidade, não apenas com os católicos, acaba por gerar muitos anticorpos

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dentro da própria Igreja Católica”, mas defende que “dizer que esta economia mata, não é um
insulto”.

Soromenho-Marques considera que a expressão utilizada pelo Papa “é uma simples


fotografia de uma economia que transforma complexidade em simplificação, que transforma
uma atmosfera saudável numa atmosfera que está a alterar o clima, que substitui a plenitude
da diversidade biológica por paisagens completamente uniformes, que destrói a diversidade
das florestas por monoculturas de produção, que depois provocam incêndios. E que, depois,
no fundo, leva tantos milhões de seres humanos a viver na pobreza e no lixo”.

Saída da pandemia deve "incentivar resposta à crise ambiental”

O catedrático diz que “estamos a habitar a terra como se ela nos pertencesse” e afirma
que “o problema é o da organização coletiva, da governação”, que é também um dos temas
centrais da “Laudato Si”.

“O que está mal aqui é a forma como nós estamos a habitar a Terra. Nós estamos a
habitar a terra como se ela nos pertencesse. Mas, nós habitamos a terra como não habitamos
as nossas casas: que eu saiba, nas nossas casas, não partimos as portas, não destruímos a
mobília, não deixamos os resíduos ficar nos sítios onde dormimos ou onde comemos. E nós
estamos a fazer isso, na Terra. O problema é o da organização coletiva, da governação, que é
um dos temas centrais da ‘Laudato Si’. Como é que nós vamos governar esta casa comum”,
refere o ambientalista.

Neste contexto, alerta que “será do interesse de todos e de cada um que a saída da
pandemia incentive a resposta à crise ambiental e climática”.

O ambientalista defende que


“o que está em causa é a própria
imagem de nós mesmo como seres
humanos” e pergunta se seremos
capazes “de reinventar a forma como
fazemos a nossa economia, e como
habitamos o nosso planeta”.

Viriato Soromenho-Marques
pede “coragem para este desafio”,
pois está em causa o futuro de
gerações.

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“Quando os hospitais fecham é a crença numa sociedade civilizada que está em causa”

Num breve olhar sobre as consequências da pandemia, recorda que nem todos foram
capazes de reagir atempadamente à crise, e reconhece que “na Europa todos chegámos
tarde” embora “alguns países tenham sido capazes de antecipar para evitar remediar”.

“O custo da remediação é um custo muitíssimo elevado, como estamos a ver nos EUA,
no Brasil, em que não é só o número de vítimas, é a própria noção do Estado funcional, um
Estado que respeite os seus cidadãos, que os defende, que está em causa.”

“Quando os hospitais fecham, como está a acontecer no Brasil porque já não


conseguem dar resposta, é a crença numa sociedade civilizada que está em causa”, sublinha
Viriato Soromenho-Marques, que formula a vontade de que se aprenda “com esta situação”
para “mobilizar as nossas energias para fazer uma longa guerra pela vida, uma longa guerra
pelo melhor de nós”.

Viriato Soromenho-Marques defende que “a pandemia criou um quadro de transição” e


lembra que, “neste momento, cada indivíduo tem uma responsabilidade especial”, porque “o
que é mais difícil – e isto é um desafio moral -, porque exige uma grande autoconsciência, não
são as guerras contra os outros, são as guerras que travamos dentro de nós próprios: entre o
melhor de nós, que muitas vezes vive esmagado, a melhor voz de nós e a pior voz de nós”.

“Neste momento, coletivamente, temos a pior voz de nós, que está a bloquear o futuro.
Temos de deixar que a nossa melhor voz seja poderosa, tenha músculo suficiente para travar
esta guerra que vai demorar muitos anos e da qual só podemos sair vitoriosos”, conclui o
ambientalista.

                                                                                  In Renascença, maio de 2020

Vocabulário: 1 “Laudato si” é uma encíclica do Papa Francisco, na qual o pontífice critica o consumismo e
o desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global para combater a
degradação ambiental e as alterações climáticas.

2. Depois de uma leitura atenta do texto nº 1, resolva de forma clara e correta das
seguintes questões:
2.1- O filósofo e ambientalista, de que se fala no texto, vê esta atual pandemia como
uma oportunidade preciosa. Explique em que medida?
O filósofo vê a pandemia como uma nova oportunidade de mudarmos, mudar o nosso
estilo de vida em termos ambientais, tentarmos entender que nós agimos mal perante a nossa
verdadeira casa, o planeta Terra, cairmos na realidade de que a cada dia que passa estamos
a “destruir” o nosso habitat.

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2.2 - Concorda com essa mesma opinião? Justifique.
Concordo, pois todos nós temos culpa do que está a acontecer e tudo o que vem daqui
para a frente, e acho que devíamos de ter o mínimo de consciência sobre isso , pois é a nossa
saúde, o nosso futuro e as próximas gerações que vão sofrer com as consequências.
2.3 - Será que Viriato Soromenho deixou de acreditar na capacidade de regeneração do
ser humano? Sim
2.3.1- Justifique a resposta dada na questão anterior, seja ela negativa ou positiva, com
a transcrição textual que considere mais adequada.
Tal como o filósofo, eu mesma deixei de acreditar na regeneração da nossa espécie,
temos muitos exemplos na nossa sociedade, as atitudes que temos que por mais que
saibamos que são erradas não as melhoramos nem evoluímos e isso faz com que em vez de
progredirmos só regredimos.
2.4 - A imagem incluída no texto é ela também constituída por uma figura de estilo
que é identificada como uma imagem. “Somos um elefante numa loja de
porcelanas”. Explique, por palavras suas, a ideia que a mesma expressa.
A meu ver esta expressão é uma forma indireta de dizer que nós seres humanos não
cabemos em alguns lugares “frágeis”, porque acabamos por os destruir. Metáfora,
identificação do homem com o “elefante” e da “loja de porcelanas” com o Planeta Terra.
                                                                     
                                                          Texto nº 2 em áudio 
3. Assista à notícia em https://www.rtp.pt/noticias/mundo/pandemia-esta-a-fazer-
crescer-a-fome-no-mundo_v1231331
3.1 – Depois da visualização do vídeo da RTP, assinale as afirmações seguintes
com verdadeiro ou falso.
● No vídeo fala-se de três países.  Falso
● As pessoas estiveram confinadas durante cerca de 40 dias consecutivos. Falso
● A ajuda de organizações particulares de índole religiosa tem socorrido muita
população indiana da cidade de Nova Deli, com arroz e lentilhas. Verdadeiro
● Em Pretória, na Namíbia, o Estado parece ignorar as filas de pessoas famintas
que respeitam escrupulosamente o distanciamento físico para minorar o potencial
contágio. Falso
● Na Venezuela, um país do norte da América latina o grande problema a agravar
a fome é a falta de água potável, um bem acessível a poucas carteiras. Verdadeiro
● No Chile, nos arredores da capital, a população esfomeada revolta-se, mas é
severamente reprimida. Verdadeiro
● No vídeo fala-se da situação de enorme desespero em quatro continentes. Falso
● Este vídeo da nossa televisão pública parece contradizer a opinião de
Soromenho Marques no texto nº 1 sobre a cegueira mental de muitos dos seres
humanos com responsabilidade governativa. Falso
● Este vídeo é um documento instrutivo porque apesar de dar uma imagem trágica
da vida em certas zonas do nosso planeta, provoca revolta a qualquer telespetador
minimamente equilibrado e lúcido. Verdadeiro
● No vídeo, muitos trabalhadores de origem estrangeira que se encontram na
África do Sul são menos discriminados em época de pós confinamento. Verdadeiro

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3.2- Justifique, por palavras suas, as afirmações que considerou falsas.
O vídeo fala sobre 4 países.
As pessoas estiveram de confinamento mais de 60 dias consecutivos.
Não foi na Namíbia mas sim na África
O vídeo fala sobre 3 continentes.
Este vídeo que visualizei só fortalece o que foi dito pelo filósofo.

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