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Subtítulo:
O subtítulo aponta para uma descrição/pintura de um certo estilo de vida, o romântico,
através da crónica de costumes da sociedade lisboeta, ou seja, a crítica de atitudes,
comportamentos considerados típicos de um Romantismo moribundo.
Critica particularmente da aristocracia e alta burguesia da época de 70 do século XIX.
A crónica de costumes concretiza-se através da sátira, da ironia, da crítica, da construção
de ambientes e da atuação de personagens – tipo, revelando-se com uma ação aberta.
Estes episódios são profundamente críticos da sociedade portuguesa, destacando a
mediocridade geral que pauta a mesma.
Intervenientes
★ Ega (promove a homenagem. Representa o Naturalismo/Realismo);
★ Cohen (o homenageado. Representante das finanças);
★ Tomás de Alencar (poeta ultra-romântico);
★ Dâmaso Salcede (novo-rico, representante dos vícios do novo riquismo burguês);
★ Carlos da Maia (médico, observador, crítico);
★ Craft (representante da cultura artística e britânica).
Temas discutidos
Literatura
Finanças
História e Política
Crítica:
★ A estagnação da cultura em Portugal, a falta de civismo da sociedade, presentes
nas classes mais destacadas;
★ A sociedade lisboeta como inconsistente e incoerente, através da oposição de Ega e
Alencar, que se insultam e se agridem e depois abraçam-se, como se não tivesse
acontecido nada;
★ Sociedade a que falta personalidade, as personagens Alencar, Ega e Dâmaso
mudam de opiniões por influência exterior (como Cohen).
Corridas no Hipódromo (corridas de cavalo)
As corridas representam um esforço desesperado de cosmopolitismo, concretizado à custa
de uma imitação do estrangeiro
Linhas conceptuais
❖ Moda/status social;
❖ O (des)interesse da corrida;
❖ Atitudes das personagens – linguagem.
Objetivos
❖ Novo contacto de Carlos com a alta sociedade lisboeta;
❖ Visão panorâmica dessa sociedade (masculina/feminina) sob o olhar crítico de
Carlos;
❖ Tentativa frustrada de igualar Lisboa às capitais europeias, sobretudo Paris;
❖ Cosmopolitismo (postiço) da sociedade;
❖ Possibilidade de Carlos encontrar aquela figura feminina (Maria Eduarda) que viu à
entrada do Hotel Central.
Visão caricatural
❖ Hipódromo parecia um palanque de arraial ou romaria;
❖ As pessoas não sabiam ocupar os seus lugares;
❖ As senhoras traziam vestidos sérios de missa (vestuário desadequado);
❖ O bufete tinha um aspecto nojento (pouca higiene);
❖ As corridas arranjadas à pressa;
❖ Falta de elegância dos objetos e do espaço (falta de educação);
❖ Desadequação dos comportamentos para este evento (falta de entusiasmo);
❖ Linguagem grosseira.
Conclusão
❖ Fracasso total dos objetivos da corrida;
❖ Radiografia perfeita do atraso da sociedade lisboeta (mostra hábitos estrangeiros
sem os adaptar à realidade nacional);
❖ A sorte de Carlos, ao ganhar todas as apostas, é indício de uma futura desgraça
(sorte no jogo, azar no amor).
Sarau da Trindade
Objetivos
★ Ajudar as vítimas das inundações do Ribatejo;
★ Apresentar um tema muito apreciado na sociedade lisboeta: a Oratória;
★ Reunir as classes mais altas, incluindo a família real;
★ Criticar o ultra-romantismo;
★ Demonstrar a falta de cultura da sociedade lisboeta que aplaude os lugares
comuns ultra-românticos e rejeitam a música clássica.
Os oradores
Alencar Rufino
Contraste
Retrato social: pobreza cultural, hipocrisia e futilidade
A Imprensa
Objetivos
❖ Realizar uma repreensão sobre a situação dos governadores em Portugal;
❖ Confrontar a nível dos jornais com a situação do país;
❖ Revelar a corrupção do jornalismo e dos jornalistas (suborno).
Este episódio ocorre dez anos depois dos anteriores – passagem do tempo sobre o meio
Este passeio final funciona como um epílogo da obra com objetivos críticos, tendo uma
dimensão ideológica resultante dum processo de representação de caráter simbólico, os
espaços visitados tem uma conotação histórica, ideológica e crítica.
Espaços
Estátua de Camões
❖ O primeiro espaço físico que conduz a uma reflexão é o loreto, dominado pela
estátua de Camões, que, triste, evoca o passado glorioso da epopeia
portuguesa, o que contrasta o sentimento de nostalgia do ambiente humano
que se revela franco, passivo, ocioso numa existência mole e arrastada.
❖ A glória passada verifica-se perdida no presente, uma vez que neste momento
temos um país estagnado e decadente onde as pessoas já não fazem a diferença.
Símbolos Simbologia