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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OVAR

Escola Secundária c/ 3CEB Dr. José Macedo Fragateiro

GUIÃO DE LEITURA (CAPÍTULOS I A X)

CAPÍTULO I
Espaços e seu valor simbólico e emotivo

RAMALHETE (antes das obras) – “A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa…” (p.1) até,
inclusivamente, o parágrafo § que se inicia por “A venda da Tojeira fora realmente aconselhada por
Vilaça…” (p.7) / presságio – neste último parágrafo – “eram sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete”.

Notas:

RAMALHETE (após as obras) – § “O que surpreendia logo era o pátio…” (p.8) até § ”O terraço
comunicava por três portas…” (p.11)

Instalação no Ramalhete – outono de 1875 - § “A casa, depois de arranjada, ficou vazia…” (p.10)

Caracterização de Afonso da Maia:


- § “Afonso era um pouco baixo…” (p.12) até $ “Vilaça costumava dizer que lhe lembrava sempre …”
(p.12-13)

Tempo da história
ANALEPSE
passado de Afonso da Maia (§ “Esta existência nem sempre assim correra…”. P.13)
- Afonso da Maia e Maria Eduarda Runa
- Caracterização de Maria Eduarda Runa e educação de Pedro da Maia - § ”Pobre senhora!”
(p.17) até § “E havia agora uma ideia que, a seu pesar, às vezes o atormentava…” (p. 22)

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Notas:

Representações do sentimento e da paixão: diversificação da intriga amorosa

intriga secundária (Pedro da Maia e Maria Monforte)


- Paixão de Pedro da Maia; relação entre Pedro da Maia e Maris Monforte - § “Mas um dia,
excessos e crises findaram.” (p. 22) até final do capítulo

Excertos a ler com mais atenção:


- caracterização de Maria Monforte – § “Sob as rosinhas que ornavam o seu chapéu…” (p. 22)
- Afonso da Maia vê Maria Monforte pela primeira vez - § “Daí a dias, Afonso da Maia viu enfim Maria
Monforte.” (p.29) até § “Afonso não respondeu…” (p.29-30) (ver indícios)

Notas:

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CAPÍTULO II

Representações do sentimento e da paixão: diversificação da intriga amorosa


Desfecho da intriga secundária (Pedro da Maia e Maria Monforte) / estilo e linguagem
- § “Uma sombria tarde de dezembro…” até final do capítulo

Notas:

Indício – escolha do nome de Carlos (§ “Para abrandar desde já o papá… “ (p.38)

CAPÍTULO III

Tempo – elipse “Mas esse ano passou, outros anos passaram” (início do capítulo)
Espaços e seu valor simbólico e emotivo – Quinta de Santa Olávia

- Visita de Vilaça (pai) a Santa Olávia / Jantar em Santa Olávia

- Educação / caracterização de Carlos da Maia - leitura de alguns excertos:


o § “Mas o Teixeira, muito grave, muito sério…” (p.57)
o § “Tanta vivacidade surpreendeu também Vilaça.” (p. 62) até § “Mas suspendeu-se…” (p.63-64)
o § “O bom Vilaça voltou-se, com esforço…” (p. 66) até § “- Ouça, abade.” (p.68)

- Educação / caracterização de Eusebiozinho - leitura de alguns excertos:


o § ”D. Ana Silveira, a solteira e mais velha…” (p. 68) até § “ Assim na família tinha a sua carreira
destinada…” (p. 69)

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o § “Mas o Eusebiozinho, a um repelão mais forte… “até § ”Afonso da Maia, no entanto, com as
pernas estiradas… “ (p.78)

Notas:
o

Referência a Maria Monforte (desde o § “E ficaram calados. Havia anos que entre eles se não se
pronunciara o nome de Maria Monforte.” (p.78) até § “Afonso da Maia, enojado…” (p.849.

A descrição do real e o papel das sensações

Por exemplo - § “O jantar findava…” (p. 64) ; § “O dia fora convidava…”(p.65)


Tempo – elipse “Outros anos tranquilos passaram sobre Santa Olávia” (final do capítulo, p. 85-86)

Notas:

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CAPÍTULO IV

Espaços e seu valor simbólico e emotivo


- Formação de Carlos (Coimbra) – casa em Celas (“Paços de Celas”).
Personagens – João da Ega § “Ega andava-se formando em Direito…” (p. 92); § “João da Ega, com efeito,
era considerado…” (p. 92-93)

- Instalação de Carlos (Lisboa) § “E então Carlos Eduardo partira…” (p.95)


Personagens – Carlos
o caracterização § “Era decerto um formoso e magnífico moço…” (p. 96)
o consultório e gabinete § “Carlos mobilou-o com luxo.” ; § “O gabinete de Carlos…” (p. 99); § “O
seu gabinete, no consultório…” (p.102-103); §Do rossio, o ruído das carroças…” (p.108).

linguagem e estilo

Notas:
o

o Ega – caracterização § “Foi uma dessas manhãs que preguiçando …” (p.104) até § “Isto era dito
aos bocados…” (p. 107)
o Outras personagens / Serões no Ramalhete - § “No Ramalhete, o avô fazia o seu Whist…” (p.
107) até § “-Enfim – exclamou o Ega – se não aparecerem mulheres… “ (p. 109-110)
o O livro de Ega “Memórias de um átomo” §”O livro do Ega! “ (p. 111) até final do capítulo.

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CAPÍTULO V
Serão no Ramalhete (verificar personagens secundárias) – desde início do capítulo até § “Afonso da
Maia já estava recolhido” (p. 127)

Representações do sentimento e da paixão: diversificação da intriga amorosa (Ega e


Carlos)
- referência a Raquel Cohen (com quem Ega iniciará um romance) e aos Gouvarinho (Carlos envolver-se-
á com a condessa numa relação adúltera).

§ “Entre os amigos, no §”- Ouve cá. Tinha-me esquecido. “ (p. 135) até §
Ramalhete, sobretudo na frisa…” “Carlos ficou pensando naquela proposta…” (p. 135)
(p.130) § “Daí a dez minutos
reapareceu…” (p. 135) § “Na terça-feira prometida Ega não veio buscar
Carlos…” (p. 141) até final do capítulo

CAPÍTULO VI

Ega instala-se na vial Balzac (decoração original e exótica) – início do capítulo

Carlos e Ega falam da Condessa Gouvarinho - § “- É verdade! Então, noutro dia, que tal, em casa dos
Gouvarinhos?” (p. 149) e páginas seguintes…

Presságio / destino - § “- Tu és extraordinário, menino…!” (p. 152); § “- Carlinhos da minha alma…”


(p.152)
Carlos conhece Craft

A representação de espaços sociais e a crítica social


- Jantar no Hotel Central - § “Em cima, no gabinete que o criado…” (p. 157) até § “Abraçou-o outra
vez…” (p. 181)
Episódio que retrata o primeiro contacto social de Carlos com a sociedade lisboeta.É um jantar de
homenagem a Cohen, banqueiro da alta finança, organizado por Ega, o amante de Raquel Cohen. As
conversas entre as diferentes personagens presentes no jantar abordam temas fundamentais da vida
política e cultural lisboeta: a literatura e a crítica literária (Ultrarromantismo versus Realismo), o mau
estado das finanças do país, assim como a decadência em que o país se encontrava, permitindo a
denúncia da mentalidade retrógrada deste grupo social.

Notas:

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Intriga principal / representações do amor e da paixão

Carlos vê Maria Eduarda pela primeira vez / caracterização de Maria Eduarda - § “Entravam então no
peristilo do Hotel Central…” (p. 156) / estilo e linguagem;

A descrição do real e o papel das sensações - § “Fora um dia de Inverno suave e luminoso…”
(p.157)

Notas:

CAPÍTULO VII

o Carlos vai trabalhando no seu livro.


o Ega ocupado com organização do baile de máscaras na casa dos Cohen.
o Dâmaso torna-se íntimo da casa dos Maia (procurando imitar Carlos).
o Carlos vê Maria Eduarda pela segunda vez, no Aterro (§ “Mas Carlos não escutava, nem sorria
já”, p. 202-203) e durante a semana desloca-se lá várias vezes.
o A condessa de Gouvarinho procura Carlos no consultório - § “Ao fim dessa semana, Carlos estava
no consultório…” (p. 205) até § “O Ega desta vez não fantasiara… “ (p. 210).
o Serão no Ramalhete.
o Carlos convida Cruges a ir a Sintra (Taveira dissera-lhe que Maria Eduarda estava lá com o marido
e com Dâmaso).

CAPÍTULO VIII

Espaços e seu valor simbólico e emotivo - SINTRA


Sintra aparece como um espaço de fuga (capítulo VIII), embora se situe perto de Lisboa. É um espaço de
vivências românticas, poetizado e idilizado que propicia o sonho, a divagação e os encontros amorosos.
o Carlos e Cruges em Sintra, onde encontram Eusebiozinho com Palma e duas espanholas; passeio
pedestre a Seteais, onde encontram Alencar.

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A descrição do real e o papel das sensações
A descrição do real é feita com recurso ao IMPRESSIONISMO LITERÁRIO. O impressionismo é uma
escola de pintura que valoriza a cor, a luminosidade, os contornos esfumados, os efeitos provocados pela
realidade observada.
As sensações assumem um papel essencial na descrição do real.
Na prosa impressionista queirosiana, privilegia-se, entre outros recursos, a sinestesia.

Leitura, também atenta aos pormenores de estilo e linguagem:


§ “Ficaram calados.” (p. 233) até § “Carlos sorriu” (p. 234)
§ “O maestro embasbacou.” (p. 241)

Notas:

Espaço psicológico
O espaço psicológico é um espaço subjetivo, porque está relacionado com as vivências íntimas das
personagens.

§ “Sintra, de repente, pareceu-lhe intoleravelmente deserta e triste. “ (p.243) até § “Com


um gesto Carlos recusou…” (p. 245-246)

Notas:

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CAPÍTULO IX

Representações do sentimento e da paixão: diversificação da intriga amorosa (Ega e


Carlos)

o Ega procura uma espada para o baile de máscaras.

o Dâmaso também aparece no Ramalhete, pedindo a Carlos para ir a casa dos Castro Gomes (Rosa
doente), no Hotel Central - § “No corredor, defronte do escritório…” (p. 259) até § “Depois, ao
passar diante do escritório…” (p. 265)
Carlos no gabinete de toilette de Maria Eduarda – atmosfera de intimidade, de
uma certa sensualidade, onde Carlos tenta conhecer a personalidade daquela
mulher. § “Carlos ficou só, na intimidade daquele gabinete…” (p. 260) até § “Mas
o olhar de Carlos prendia-se…” (p. 260-261); § “Mas a sua visita de médico
findara…” (p.263) até § “Depois, ao escrever a receita…” (p.263)

o Dâmaso refere-se à sua relação com Maria Eduarda e Carlos sente ciúmes e azedume - § “Carlos
preferia ir a pé.“ (p.265) até § “- Meu tio Joaquim… Meu tio Joaquim Guimarães…” (p. 267)

o Ega é expulso de casa dos Cohen – § “Então Carlos, curioso, saiu à antecâmara…” (p. 269) até § “-
Sinto-me como se a alma me tivesse caído…” (p.290)

o Carlos analisa a sua vida e a de Ega (focalização interna / modos de reprodução do discurso)
§ “E nessa noite …” (p. 290) até § Ela passou, sem o ver.”(p.291)

o Carlos vai ficando íntimo dos Gouvarinho - § “Mas toda essa semana achou-se constantemente,
sem saber como, na companhia dos Gouvarinho.” (p. 291); § “Quando entrou na sala…” (p. 293)
até § “Teles da Gama, rindo sempre e gingando…” (p. 295)

o Início do romance com Condessa Gouvarinho – § “Então a condessa olhou o relógio...” (p. 296)
até § “Daí a um momento estavam ambos de pé…” (p. 297-298).

Notas:

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CAPÍTULO X

Representações do sentimento e da paixão: diversificação da intriga amorosa (Carlos)

o Carlos começa a ficar cansado e entediado com os encontros furtivos com a Gouvarinho (início
do capítulo até § “E não era só isto…” (p. 302)
o Carlos entusiasmado com a certeza de que iria ver Maria Eduarda nas corridas - § No domingo,
pois, daí a cinco dias, eram as corridas…” (p. 304)

A representação de espaços sociais e a crítica social


- Corridas de cavalos - § “À entrada para o hipódromo…” (p. 313) até “Carlos, no entanto, num
degrau da tribuna…” (p.337)

Analisar também estilo e linguagem

Quadro que está ao serviço da crítica à sociedade portuguesa e à sua tendência para imitar tudo quanto
é estrangeiro. Numa perspetiva muito crítica, Eça evidencia o provincianismo português e o seu desejo
de cosmopolitismo. O cenário é descrito como desajustado e vê-se nele desfilar a alta sociedade
lisboeta, e mesmo o rei, todos evidenciando desajuste relativamente a acontecimentos daquela
natureza. Neste episódio, Dâmaso Salcede é a personagem mais criticada, sendo destacados todos os
seus vícios.

Notas:

recurso ao IMPRESSIONISMO LITERÁRIO.


o Maria Eduarda aluga casa à mãe de Cruges (Rua de S. Francisco) - § “em quatro palavras, Dâmaso
explicou a instalação de madame.” (p-338) até § “Defronte de Carlos…” (p. 339).

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o De volta ao Ramalhete, Carlos recebe uma carta de Maria Eduarda - § “Era uma letra inglesa de
mulher…” (p. 343) até final do capítulo.

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