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Portefólio de

Português
Módulo 6

11ºVE

Disciplina de Português

Professora Isabel Oliveira

Ana Ribeiro nº2

Micael Santos nº20

1
Índice
Capa……………………………………………………………………….. 1
Índice………………………………………………………………………. 2
Introdução…………………………………………………………………. 3
Biografia de Cesário Verde……………………………………………………. 4

2
Introdução
Neste portefólio vamos falar de Cesário Verde, onde vamos começar por falar
da biografia dele e depois vamos analisar o poema “II Noite fechada” (vv 1 a
16).
Biografia de Cesário Verde
Conhecer a poesia e as temáticas dos poemas
Contextualizar, que tipo de poesia, quais são as temáticas
Analisar as estrofes, qual o assunto tratado, vocabulário, as sensações, tipo
os sentimentos,
Retirar adjetivos e nomes que demonstra como é a cidade

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Biografia de Cesário Verde
O poeta José Joaquim Cesário Verde nasceu em Lisboa no dia 25 de
fevereiro de 1855. Conhecido por seus dois últimos nomes, ele é visto como
um dos predecessores e grande influência do estilo poético realizado no
século XX em Portugal.
Cesário Verde teve uma origem humilde, era filho de um comerciante e
agricultor chamado José Anastácio Verde e de Maria da Piedade dos Santos
Verde. Em 1873, inicia seus estudos acadêmicos no Curso Superior de
Letras, mas frequenta as aulas por apenas alguns meses. Neste período,
acaba conhecendo um amigo que levaria para o resto da vida, Silva Pinto,
também português e escritor. Naquela época, as atividades de Cesário eram
produzir muitas poesias, que acabavam sendo publicadas em periódicos,
além de trabalhar no comércio, ofício que herdara de seu pai.

A tuberculose foi uma maldição na vida de Cesário Verde. Após perder a irmã
e o pai para esta doença, o poeta começa a ter sintomas da enfermidade em
1877. Apesar da tristeza que tudo isso lhe causava, o mal lhe serviu de
inspiração para a produção de um de seus mais belos poemas, “Nós”, de
1884.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ces%C3%A1rio_Verde https://pt.wikipedia.org/wiki/Ces%C3%A1rio_Verde

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II Noite Fechada
Toca-se às grades, nas cadeias. Som
Que mortifica e deixa umas loucuras mansas!
O Aljube, em que hoje estão velhinhas e crianças,
Bem raramente encerra uma mulher de “dom”!

E eu desconfio, até, de um aneurisma


Tão mórbido me sinto, ao acender das luzes;
À vista das prisões, da velha Sé, das Cruzes,
Chora-me o coração que se enche e que se abisma.

A espaços, iluminam-se os andares,


E as tascas, os cafés, as tendas, os estancos
Alastram em lençol os seus reflexos brancos;
E a Lua lembra o circo e os jogos malabares.

Duas igrejas, num saudoso largo,


Lançam a nódoa negra e fúnebre do clero
Nelas esfumo um ermo inquisidor severo,
Assim que pela História eu me aventuro e alargo.

Título: “Noite fechada” retrata o ambiente e altura do dia em que o eu poético


se encontra. Isto verifica-se no verso “E a Lua lembra o circo e os jogos
malabares”.

Tema: O poema descreve a desigualdade social existente através de um


passeio pela cidade ao anoitecer e a angústia existencial.

Características da poesia de Cesário Verde:


➔ A representação da cidade e os tipos sociais;
➔ Deambulação, imaginação e transfiguração;
➔ O imaginário épico;

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A representação da cidade: “E as tascas, os cafés, as tendas, os estancos”;
“Duas igrejas, num saudoso largo”;

Tipos sociais: Velhinhas, crianças, clero e marginais.


Deambulação: “Toca-se às grades, nas cadeias. Som”.
Imaginação: “ Nelas esfumo um ermo inquisidor severo”
Recursos Expressivos:
Enumeração: “E as tascas, os cafés, as tendas, os estancos” - refere vários
edifícios para caracterizar a paisagem.
Metáfora: “E a Lua lembra o circo e os jogos malabares” - utiliza este recurso
para comparar a Lua a um circo, sem utilizar a expressão comparativa.
Hipálage: “Chora-me o coração, que se enche e que se abisma” - atribui as
qualidades do sujeito ao objeto.

Sensações do eu lírico: Angústia, desânimo, tristeza profunda, desalento e


desigualdade.

Adjetivos e nomes: Prisões, mórbido, Lua, Aljube, velhinhas e crianças,


mulher.

Análise formal: O 1ºverso de casa estrofe é decassílabo e os três seguintes


são alexandrinos:
To/ca/-se às/ gra/des/, nas/ ca/dei/as./ Som - Decassilábico
Que/ mor/ti/fi/ca e/ dei/xa u/mas/ lou/cu/ras/ man/sas! - Alexandrino
O Al/ju/be, em/ que ho/je es/tão/ ve/lhi/nhas/ e /cri/an/ças, - Alexandrino
Bem/ ra/ra/men/te en/cer/ra u/ma/ mu/lher/ de/ “dom”! - Alexandrino
Esquema Rimático: abba - emparelhado

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junho 2023
Isabel Oliveira

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