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Narciso e Eco

Narciso era um homem muito estonteante, todos que o viam, o admiravam, sua beleza angelical
expantava até mesmo as Ninfas e os guerreiros, todo o mundo grego sabia o seu nome e traços, porém,
com tantos pretendentes, Narciso não tinha olhos para nenhum deles.

Em um dos muitos lados do mundo grego, estava Eco, uma Ninfa da natureza muito falante, que
socializava com as outras Ninfas e com os Deuses e Deusas do Olimpo, tagalerando animada com cada
ser que cruzava o seu caminho.

Um dia, enquanto Zeus traia sua esposa, Deusa Hera, com as Ninfas, Eco começou a tagalerar com Hera
para que a mesma não descobrisse o que suas amigas estavam fazendo com o marido da Deusa. A ninfa
falou, falou, e falou, até o ponto em que Hera entendeu o que estava acontecendo e a amaldiçoou, Eco
nunca mais poderia se dirigir a primeira palavra a ninguém, somente repetiria a última palavra dita pelas
outras pessoas.

Depois de um tempo da maldição, Eco um dia avistou Narciso andando pelas montanhas, contudo, a
jovem Ninfa não conseguia se comunicar com o rapaz, e Narciso não dirigia a sua atenção á Eco. A jovem
tentou se aproximar, mas acabou fazendo barulho, assustando Narciso e fazendo-o perguntar "Quem
está ai?", pois Eco respondeu "aí...aí.....aí.......", Narciso confuso insistiu "Apareça!", e Eco, "Apareça....
Apareça..... Apareça....". A jovem saiu das sombras em direção ao homem, que a rejeitou sem pensar
duas vezes.

Completamente frustrada e desiludida, Eco vai para o fundo das grutas cavernosas, se escondendo do
mundo e de Narciso, e lá seu corpo atrofiou e ela pereceu com as últimas palavras de todas as conversas
que já presenciará. Dizem que sua voz ecoa ainda nos dias de hoje pelos lugares grandes e solitários.

Já Narciso, cansado de uma longa caminhada, avistou um lago de água cristalina, e lá viu seu reflexo,
"Olá!", disse ele extasiado com a visão, e Eco respondeu-lhe do silêncio "Olá.... Olá.....". O jovem ficou
completamente apaixonado pela própria beleza, conversando e gesticulando para a imagem tão
harmoniosa de perfeição que ele presenciará diante de seus olhos, todavia, quando o rapaz tentava se
aproximar, tocar, beijar, seja lá o que for, o reflexo se distorcia na água, "Por favor! não se vá! se não
posso tocá-lo, pelo menos deixe-me admirar-te!". Assim, ficou Narciso, até seus últimos suspiros,
observando a pessoa pela qual ele perdidamente se apaixonou, seu próprio reflexo. Dizem as boas vozes
que em seus restos mortais nasceu uma flor, que é hoje batizada, em sua homenagem, de Narciso.

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