Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRRO
OJJE
ETTO
OMMO
OAAT
TIIZ
ZEE -- M
MOOÇ
ÇAAM
MBBIIQ
QUUE
E
P
PRRO
OGGR
RAAM
MAAD
DEEF
FOOR
RMMA
AÇÇÃ
ÃOOP
PRRO
OFFIIS
SSSIIO
ONNA
ALL
O
OPPE
ERRA
AÇÇÃ
ÃOOD DEE PPL
LAAN
NTTA
ADDE
E PPR
REEPPA
ARRA
AÇÇÃ
ÃOOE
E
B
BEEN
NEEFFIIC
CIIA
AMMEEN
NTTO
ODDE
EC CAARRV
VÃÃO
O
P
PAARRCCEER
RIIA
A
V
VALE /SENAI DN/ SE
AAL
LEE /S ENA I D N / S EN
NAAII--M
MGG
Cominuição
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petronio Machado Zica
2
Cominuição
Sumário
Apresentação
3
Cominuição
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade,
responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos
conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
4
Cominuição
1- Introdução e Princípios
FUNÇÃO DA COMINUIÇÃO
A operação de redução de tamanho tem duas finalidades principais:
1 – Adequar o tamanho dos materiais para sua utilização imediata ou ao
processamento posterior.
Alguns minérios apresentam "in situ", uma estrutura rochosa mais ou menos contínua, e
os explosivos são usados para remover parte deste minério, o que caracteriza esta
operação como um primeiro estágio de fragmentação, onde são produzidos blocos
volumosos, mas de um tamanho que permite alimentar as máquinas de britagem.
MECANISMOS DE FRAGMENTAÇÃO
Os principais mecanismos de fragmentação que aparecem nos equipamentos ora em
uso são:
• Compressão
• Impacto
• Cisalhamento
• Tração
• Atrito
5
Cominuição
6
Cominuição
2- Britagem
Classificação Dos Estágios De Britagem
Pode ser definida como o conjunto de operações que tem como objetivo a
fragmentação dos blocos de minérios vindos das minas (run-of-mine), levando-os a uma
granulometria compatível com a etapa subseqüente. Não existe um circuito de britagem
recomendável para todo tipo de minério. Geralmente, a operação de britagem é feita
em estágios convenientes para cada caso. A disposição dos circuitos de britagem no
que se refere ao número de estágios, varia de uma unidade para a outra. Tais
variações dependem de condições como:
• Para uma mesma granulometria do produto, capacidades maiores exigem maior
número de estágios;
• A capacidade da britagem primária deve ser da ordem de 50% maior que dos
outros estágios;
• Em cada estágio devem ser escolhidos equipamentos que tenham abertura de
boca suficiente para receber o produto do estágio precedente;
• Deve-se ter uma estocagem de regularização entre a britagem primária e a
secundária, para permitir a essas instalações capacidade horária menor, com
grande barateamento do custo da mesma;
• A britagem primária deve atender às exigências da mina;
• Geralmente o último estágio de britagem é feito em circuito fechado, para
garantir uma granulometria mais uniforme ao produto.
BRITAGEM PRIMÁRIA
É usualmente o primeiro estágio de fragmentação do minério que vem da mina.
Atualmente há quatro tipos de britadores utilizados para a britagem primária:
• Britador de mandíbulas
• Britador giratório
• Britador de impacto
• Britador de rolo dentado
• Britador de mandíbulas
Compõe-se basicamente de uma mandíbula fixa e uma móvel ligada ao excêntrico (esta
ligação pode ser feita direta e indireta) que fornece o movimento de aproximação e
afastamento entre elas. Desta maneira, o bloco alimentado na boca do Britador vai
descendo entre as mandíbulas, enquanto recebe o impacto responsável pela
fragmentação.
Nos Britadores de dois eixos, a mandíbula móvel tem movimento pendular, enquanto
que os britadores de um eixo têm movimento elíptico.
• Para dois britadores com mesma abertura de boca e mesma abertura de saída, o
britador de dois eixos é mais pesado, mais caro e tem capacidade ligeiramente
menor;
• O britador de um eixo por outro lado, sofre maiores solicitações nos rolamentos
do excêntrico; por cousa do componente de cisalhamento. Tem uma maior
tendência a produzir superfinos, com maior desgaste das placas de
fragmentação e menor rendimento na energia gasta na fragmentação. Isto é,
maior consumo de energia por tonelada produzida, com uma mesma redução de
tamanho.
8
Cominuição
L
L = comprimento
W
W = largura - gape
designação comercial = W x L
L L = Comprimento
S
S = Largura – SET
Tamanho máximo da partícula admissível em um britador
9
Cominuição
A espessura da partícula não deve ser superior a 85% do GAPE (0,85 W) – GAPE
EFETIVO.
Mandíbulas
Superfície: - Lisa:
- Ondulada:
- Dentada:
RELAÇÕES DE REDUÇÃO
RL = _GAPE_ = _W_
SET S
Britador Giratório
É o equipamento de britagem primária, utilizado quando existe uma grande quantidade
de material a ser fragmentado. É mais operacional que o britador de mandíbulas e tem
a vantagem de poder ser alimentado por qualquer lado e apresentar uma maior
eficiência devido à ação contínua de britagem. Outras características deste tipo de
britador quando comparado com os outros são:
• Maiores aberturas de entrada para mesma abertura de saída;
10
Cominuição
11
Cominuição
CARACTERÍSTICAS BRITADOR DE
BRITADOR CÔNICO
CONSIDERÁVEIS MANDÍBULAS
Bom para capacidade
Bom para capacidade
Capacidade baixas e médias (1000
médias e altas
t/h)
Recomendado para
quando é indesejável Apresenta “top-size”
Granulometria do grande quantidade de menor, para uma mesma
Produto finos no produto. O “top- abertura de saída, britando
size” do produto é alto materiais lamelares
para materiais lamelares
Características
Sem restrição Sem restrição
Mecânicas da Rocha
Pouco adequado para É mais adequado que o de
Estratificação da materiais com tendência mandíbulas para materiais
Rocha a produzir partículas com tendência a produzir
lamelares partículas lamelares
Mais adequado que o
Materiais úmidos com giratório e menos
Pouco adequado
alto Teor de Argila adequado que os de
impacto e de rolo dentado
Adequado – comparável
Teor de Minerais Adequado para material
com o mandíbulas (2
Abrasivos Altos abrasivo
eixos)
Grau de Redução,
Valores Usuais Em torno de 5:1 Em torno de 8:1
Médios
Modo de Alimentação Exige alimentador Dispensa alimentador
Fonte: FAÇO & ALLIS-CHALMERS, Britadores Giratórios: Primários e Secundários
Outras comparações
Muitas são as diferenças entre os Britadores de mandíbulas e Giratórios. Dentre as
características que levaram os Britadores Giratórios a serem empregados na mineração
de ferro, podemos destacar:
• Grande capacidade para a mesma ocupação do layout;
• Maior razão de produção, ou seja, tendência de produzir mais finos (pode reduzir
o número de estágios de Britagem);
• Menor possibilidade de bloqueio pela melhor distribuição das forças;
• A simetria de construção permite que se alimente em toda a circunferência da
boca;
• Menor custo de investimento por tonelada produzida.
Britador de Impacto
12
Cominuição
Os Britadores de Impacto são escolhidos para Britagem primária onde se deseja uma
alta razão de redução e alta percentagem de finos.
Tem emprego limitado devido ao grande desgaste dos dentes, por ser sensível a
abrasão. É aconselhável sua aplicação para rochas de fácil fragmentação e também
para britagens móveis, dada as pequenas dimensões do equipamento. Possui alta
tolerância à umidade da alimentação, sendo na britagem primária, o equipamento que
produz menos finos.
13
Cominuição
BRITAGEM SECUNDÁRIA
Britagem secundária engloba genericamente as operações de britagem subseqüentes a
britagem primária. Eventualmente, a britagem secundária é desmembrada em dois
estágios, chamados então de britagem secundária e terciária.
Britador de Cone
É o tipo mais usado para britagem secundária e terciária. Nota-se que, contrariamente
ao que ocorre no giratório, o cone apresenta o vértice para cima. A superfície do cone é
praticamente paralela à superfície da câmara e apresenta uma extensão relativamente
grande, para garantir um tempo longo de retenção das partículas nessa região.
14
Cominuição
HIDROCONE
É o principal tipo de britador cônico, caracterizado por ter o eixo suspenso por um
“dispositivo” hidráulico pelo qual se pode regular o afastamento do cone em relação à
bacia.
Para isto, a ponta inferior do eixo funciona como o êmbolo de um pistão hidráulico
dentro da camisa ou mancal inferior, em comunicação com um reservatório de óleo, no
qual a pressão do óleo pode ser regulada por meio de uma bomba mecânica.
Por outro lado, a câmara de óleo comunica-se com uma válvula de segurança que
permite a descida do cone em caso de passar pela câmara de britagem algum tipo de
material estranho ao processo (sucata).
Constituição do Sistema Hidráulico:
15
Cominuição
- Sistema de Alívio
Esta função é realizada pelos acumuladores de óleo (4). São acionados quando entram
materiais não britáveis na câmara de britagem, abaixando o pistão que suporta o eixo
principal, a fim de evitar danos no britados.
16
Cominuição
Britador de Rolos
O britador de rolos lisos consiste de dois rolos lisos girando um contra o outro. As
partículas que são apanhadas entre os rolos são fragmentadas. Como a abertura de
saída é a distância entre os rolos, permanecendo constante durante o funcionamento
do equipamento, a granulometria do produto é bastante uniforme, com uma produção
baixa de superfinos. O maior tamanho de partículas que é fragmentada é função do
diâmetro dos rolos, do coeficiente de atrito entre a partícula e o rolo e da distância
entre as superfícies no ponto mais fechado. Para obtenção de graus de redução
relativamente modestos, são necessários rolos de grande diâmetro. Isto, aliado ao fato
de que têm capacidades muito baixas, faz com que os britadores de rolos lisos sejam
pouco aplicados.
BRITAGEM TERCIÁRIA
Em geral é o último estágio de Britagem, no entanto, existem usinas com mais de três
estágios, sendo que este fato está ligado às características de fragmentação do
material ou a granulometria do produto final.
17
Cominuição
Problemas causados por uma câmara inadequada num Britador com alimentação fina:
• Concentração de material na parte inferior da câmara;
• Parte superior da câmara não trabalha;
• Desgaste excessivo da câmara devido à concentração de esforços na parte
inferior da mesma;
• Redução da capacidade do Britador;
Problemas causados por uma câmara inadequada num Britador com alimentação
grossa:
• Aumenta muito o risco de entupimento na entrada da câmara;
• Parte superior da câmara trabalhará mais que a inferior;
• Sobrecarga no Britador;
• Desgaste desuniforme da câmara, reduzindo consideravelmente sua vida útil;
• Redução da capacidade do Britador e de sua eficiência de Britagem.
BRITADORES GYRADISC
“O Gyradisc é um britador tipo cônico que trabalha em estágio final de britagem
(geralmente Quaternária), recebendo uma alimentação preferencialmente menor que
1“.
O Britador Gyradisc, quase que invariavelmente, opera em circuito fechado com uma
peneira limitando o tamanho máximo do produto. Dessa forma, a carga circulante de
material é relativamente alta para esse tipo de equipamento (em torno de 50%).
18
Cominuição
VARIÁVEIS DE PROCESSO
Assim que o gabarito for esmagado, ele é retirado e sua medida conferida com um
paquímetro.
Pressão de britagem
É conhecida através da corrente de trabalho do motor.
INTERFERÊNCIA NO PROCESSO
Se o britador trabalha com baixa taxa de alimentação, é sinal de baixa pressão de
britagem, conseqüentemente, não ocorre a fragmentação interpartículas.
19
Cominuição
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
O sistema de lubrificação é composto por um conjunto de peças e instrumentos que
garantem a lubrificação interna dos componentes do Britador.
20
Cominuição
A diferença de temperatura entra a entrada e o retorno do óleo deve estar situado entre
2 a 6 oC. Se a diferença estiver acima de 9 oC deve-se ficar alerta para um possível
problema.
21
Cominuição
22
Cominuição
E = _P X 100
V
23
Cominuição
E = Eficiência do Britador
P = Passante na malha da peneira (t/h)
V = Vazão do Britador (t/h)
Obs: Para a Britagem Terciária a meta de eficiência é maior que 60%; para Britagem
Quartenária a meta de eficiência é maior que 45%.
CIRCUITOS DE BRITAGEM
Como vimos anteriormente, a operação de redução de tamanho, geralmente se realiza
em mais de um estágio. Entre um estágio e outro de redução deve ser utilizado uma
classificação;
Não existe um circuito padrão para qualquer tipo de minério. Geralmente a operação de
Britagem é feita dentro dos estágios convenientes;
24
Cominuição
3- Moagem
A moagem é o último estágio do processo de fragmentação. Neste estágio as partículas
são reduzidas, pela combinação de impacto, compressão, abrasão e atrito, a um
tamanho adequado à liberação do mineral, geralmente, a ser concentrado nos
processos subsequentes. Cada minério tem uma malha ótima para ser moído,
dependendo de muitos fatores incluindo a distribuição do mineral útil na ganga e o
processo de separação que vai ser usado em seguida.
A submoagem do minério resulta num produto grosseiro com grau de liberação baixo
para uma separação econômica, a recuperação conseqüentemente será baixa e a
razão de enriquecimento deve ser terminada no estagio de concentração.
A sobremoagem também não é desejada, pois ela reduz o tamanho das partículas,
desnecessariamente, o que acarretará maior consumo de energia e perdas no processo
de concentração.
Por tudo isso, conclui-se que a moagem deve ser muito bem estudada na etapa de
dimensionamento e escolha de equipamento e muito bem controlada de operação de
usina, pois o bom desempenho da instalação industrial depende em muito da operação
da moagem.
25
Cominuição
Classificação Moinhos:
1) Moinhos revolventes ou tubulares;
• moinhos de barras;
• moinho de bolas;
• moinhos autógenos;
• moinhos semi-autógenos;
• moinhos de seixos.
27
Cominuição
Os corpos moedores são elevados pelo movimento da carcaça ate um certo ponto de
onde caem, seguindo trajetória parabólica, sobre os outros corpos que estão na parte
inferior do cilindro e sobre o minério que ocupa os espaços entre os corpos.
28
Cominuição
Velocidade de operação:
Aumentando-se a velocidade do moinho, chega um momento em que a bola fica presa
à carcaça pela ação da forca centrifuga, durante sua volta completa do cilindro.
Nestas condições a bola não realiza qualquer trabalho, não havendo portanto moagem.
A velocidade do moinho em que isto ocorre chama-se VELOCIDADE CRITICA e pode
ser calculada para qualquer moinho usando-se a seguinte expressão.
50 / 65 x 100 = 77%
29
Cominuição
Na tabela abaixo podemos ver a relação entre diâmetro x velocidade de operação dos
moinhos.
30
Cominuição
dando origem à fragmentação por atrito. Este efeito é acentuado quando a velocidade
de rotação do moinho é baixa.
d) Queda - é o movimento resultante das bolas pela força da gravidade e que vai dar
origem à fragmentação por impacto. Este efeito aumenta com a velocidade de rotação
do moinho.
a.) Regime Catarata: a velocidade do moinho carrega as bolas até uma posição bem
elevada e elas caem sobre as outras bolas e sobre a polpa causando fragmentação por
impacto. Deve-se usar bolas maiores para aumentar ainda mais a energia do meio
moedor e baixo fator de enchimento (menos bolas). Este regime é adequado para a
fragmentação de material mais grosso e para evitar a produção de finos.
b.) Regime Cascata: a velocidade baixa do moinho e o alto fator de enchimento faz
com que as bolas ao alcançarem uma certa altura rolem sobre as outras não havendo
quase impacto e a moagem se dá por abrasão e atrito. Deve-se usar bolas de
diâmetros menores. Este regime é adequado para a obtenção de um produto final com
granulometria fina.
31
Cominuição
As barras devem ter dureza suficiente de forma a se manterem retas ao longo de toda
sua vida. Quando se tornam muito finas, devem quebrar e não dobrar. São usadas
barras de aço de alto carbono. Do ponto de vista físico, as barras devem apresentar as
seguintes especificações: Comprimento – 152 mm (6 pol) – menor que o do moinho
(comprimento efetivo da câmara de moagem medido entre as fases internas dos
revestimentos das tampas); Corte a quente ou com serras a frio em ambas as
extremidades, sem rebarbas. Devem ser endireitadas.
• Utilizam barras cilíndricas como corpos moedores. Podem ser alimentados com
materiais de até 50 mm e fornece um produto tão fino quanto 500 µm, a relação
de redução na faixa de 15 a 20:1. A moagem geralmente é feita a úmido.
• As barras usadas são de aço carbono (0,95 a 1 % de C). No caso da moagem de
silvita recomenda-se utilizar barras de aço inoxidável.
32
Cominuição
Há uma regra geral segundo a qual a vida da bola é tanto mais longa quanto maior a
dureza, desde que ela não seja muito frágil. É muito importante o tratamento térmico
adequado para se conseguir uma distribuição de dureza conveniente em uma seção
transversal da bola. As bolas devem ter uma dureza que não diminua muito na parte
interna em relação à dureza superficial; por outro lado, para que ela tenha tenacidade
suficiente é necessário que seu núcleo seja mais brando.
33
Cominuição
O Moinho de Bolas em regime de catarata também pode ser alimentado com material
grosseiro (3 a 4 mm) mas geralmente trabalho em circuito fechado com classificador,
pois apesar de predominar o impacto, a abrasão e o atrito também têm ação destacada.
A tendência atual é o uso de um único estágio de moagem num moinho de bolas com
bolas grandes e alta razão de redução. Neste caso o material deve vir da britagem em
tamanho menor possível.
Revestimento de Moinhos
A utilização do revestimento tem como finalidade proteger o cilindro contra o desgaste e
reduzir o deslizamento da carga moedora dentro da carcaça. Os revestimentos podem
ser de ligas metálicas ou de borrachas. O tipo e a forma dos revestimentos dependendo
do tipo de moinho (bolas ou barras), do tamanho, do tipo de material a processar
(dureza, tamanho) e velocidade de operação.
• Granulometria da alimentação;
• Granulometria do produto;
• Diâmetro dos corpos moedores;
• Operação a úmido ou a seco;
• Densidade dos corpos moedores;
• Presença de pedaços de corpos moedores;
• Pratica de recarga de corpos moedores.
35
Cominuição
Perfil do revestimento
• Onda Simples - aplicada principalmente em moagem grosseiras utilizando bolas
>60mm e em moinhos de barras
• Onda Dupla - aplicada em moagem média com bolas <60mm
36
Cominuição
O revestimento de borracha
Revestimento mais econômico para moagem secundária e remoagem. O revestimento
de borracha apresenta uma vida útil longa nestas aplicações e geralmente tem
substituído o aço em aplicações a úmido, onde a corrosão é um fator importante. A
relação de custo entre a borracha e o aço tem mudado dramaticamente, no passado a
37
Cominuição
borracha foi mais cara que o aço, mas hoje o custo de borracha é a metade do custo do
aço, calculado sobre a base do volume. Isto tem feito a borracha uma alternativa
econômica em diversas aplicações de moagem primária.
Vantagens distintas sobre o aço, tais como, mais fácil a instalação e remover. Mais
seguro de ser manuseado com menos risco de acidentes, rápida troca, menos barulho
e mais leve.
Desvantagens:
• Não é normal sua aplicação em moinhos de grande diâmetro, devido à grande
intensidade de impacto que neles ocorrem;
• Existência de pedaços de barras que podem danificar o revestimento.
Vantagens:
• A aplicação de revestimento de borracha é especialmente vantajosa no caso de
moagem fina;
• Utilizado para materiais muito abrasivos.
Corpos Moedores
“São os elementos efetivamente responsáveis pela moagem. Devem apresentar como
características alta resistência mecânica ao choque e ao desgaste, alto peso específico
e no caso de corpos moedores naturais baixo índice de defeitos”
O tamanho dos corpos moedores é um dos principais fatores que afetam a eficiência e
a capacidade do moinho. Este tamanho pode ser calculado usando-se princípios
teóricos e posteriormente, ajustando-se para cada instalação com a prática industrial. O
tamanho próprio das bolas a serem adicionadas num moinho em operação é o tamanho
38
Cominuição
39
Cominuição
Esferas de Cerâmica
As esferas cerâmicas são utilizadas em moinhos de bola para moagem não só de
minério, mas também de esmaltes, massas cerâmicas, pigmentos e outros, nas
indústrias cerâmicas químicas e minerações. Na mineração são muito utilizadas quanto
não se pode ter contaminação de ferro na amostra em estudo, ou no minério a ser
trabalhado. E podem apresentam vantagens na eficiência de moagem em relação a
outros corpos moedores. Como consta no site Sistema NEI Brasil, as esferas de
cerâmica são resistentes à corrosão e à abrasão, além de terem baixa condutividade
térmica e elevada resistência ao calor (até 2.400ºC), são fabricadas com materiais
cerâmicos de alto desempenho, como zircônia ZrO2 e ZrSiO4, carbeto de silício (SiC),
alumina (Al2O3) e nitreto de silício (Si3N4).
Nesse caso, incluem-se testes com bolas diferenciadas pelo diâmetro maior do que o
das bolas da carga normal do moinho, teste com bolas marcadas por atividade
radioativa e testes com bolas marcadas com furos e entalhes. As dificuldades referem-
se aos custos de realização e aos problemas metodológicos decorrentes da dificuldade
de se controlar as condições dos ensaios. Além disso, só podem ser realizados em um
estágio avançado da negociação entre fornecedor e consumidor dos componentes, não
servindo para desenvolvimento, mas apenas para aprovação ou não de fornecedor.
Descarga do Moinho
Os moinhos de barras são classificados de acordo com a natureza de sua descarga:
• De forma geral pode-se afirmar que, quanto mais próximo da periferia da carcaça
e da boca de alimentação estiver situada a saída da polpa, mais rápido o
material é descarregado, e menos sobremoagem tem lugar.
40
Cominuição
41
Cominuição
Moinhos com descarga por transbordo – são os mais usados na indústria mineral, e só
podem realizar moagem a úmido. Sua principal função é adequar o material para
alimentação do moinho de bolas. A fim de criar um gradiente de fluxo dentro do moinho,
o mancal pertencente ao lado da descarga do moinho deve ter de 10 a 20 cm a mais
de diâmetro do que o da entrada da alimentação.
Moinhos longos com relação L/D de 3 a 5, usando bolas com meio moedor, são
geralmente compartimentados, sendo que em cada compartimento têm-se um diâmetro
de bolas diferente.
Os moinhos com descarga por transbordo são mais simples de operar e usados
principalmente para moagens finas e remoagens.
42
Cominuição
Moinho com descarga periférica final – a alimentação é feita por uma das extremidades
e a descarga do produto moído pelo outra, através de várias aberturas periféricas. Este
moinho pode ser utilizado para moagem a seco e a úmido, envolvendo produtos
moderadamente grossos;
43
Cominuição
Tanto nos moinhos de Barras quanto os de Bolas, a descarga por transbordo são as
mais simples de operar e os mais usados principalmente para moagens finas e
remoagens.
Mesma na descarga por transbordamento, podemos ter uma grelha (trommel) em sua
saída, com classificador em parafuso “sem fim” e seu mancal de saída ser ligeiramente
mais alto, de 10 a 20 centímetros.
Moinhos Autógenos
Nos últimos 40 anos tem sido dada grande atenção à operação de fragmentação, já
que esta operação constitui uma parcela relevante dos custos das usinas de
beneficiamento de minérios.
A definição de autógeno diz que é o que faz por si próprio. A fragmentação que é
estudada neste trabalho é assim chamada por tratar-se da fragmentação de um
material ou de um minério, por pedaços deste mesmo material e se classifica em:
a) Moagem Autógena Completa: o minério, que vem direto da mina, sem nenhuma,
ou pouca britagem, é alimentado todo no moinho autógeno; no classificador que
trabalha acoplado ao moinho, o material é retirado na granulometria desejada.
44
Cominuição
A moagem pode ser realizada a seco ou a úmido. A moagem a seco tem mais
problemas ambientais, não pode ser realizada para materiais que contém argila e é
mais difícil de controlar que moagem a úmido.
45
Cominuição
Para moagem primária o custo de energia pode ser mais alto que na moagem
convencional, entre 25 e 100%. Para moagem secundária e intermediária o custo
unitário de energia é comparável com o da moagem convencional.
Moinhos Semiautógenos
Neste método utiliza-se como meio moedor a combinação do minério com uma
reduzida carga de bolas de aço. O volume de bolas na faixa de 6 a 10% do volume do
moinho. Este tipo de moinho é utilizado atualmente na moagem a seco de asbesto,
talco e mica.
46
Cominuição
Alimentação do Moinho
O tipo de arranjo da alimentação usado no moinho depende se a moagem é feita em
circuito fechado ou aberto, a seco ou úmido. O tamanho e a velocidade da alimentação
também são importantes.
Os moinhos que operam a seco são usualmente alimentados por algum tipo de
alimentador vibratório ou de sapatas.
Nos moinhos a úmido, usa-se geralmente uma calha que lança a polpa (minério + água)
no interior do moinho.
47
Cominuição
Moinhos Multi-câmaras
São praticamente dois ou mais moinhos montados sobre o mesmo cilindro com
câmaras separadas por diafragma. A primeira câmara pode utilizar barras ou bolas
grossas e as demais bolas finas ou cylpebs.
Moinho de Martelos
O moinho de Martelos consiste de um eixo girando em alta rotação e no qual ficam
presos, de forma articulada, vários blocos ou martelos. O material é alimentado pela
parte superior e as partículas sofrem o impacto dos martelos e são projetadas contra a
superfície interna da câmara, fragmentando-se, para depois serem forçadas a passar
por tela ou grade inferior que vai bitolar o tamanho da descarga.
48
Cominuição
Este tipo de moinho tem pouca aplicação na concentração de minério pois, sendo as
gangas geralmente silicosas, desaconselha-se o seu uso devido ao grande desgaste da
superfície interna, da tela e dos martelos. Entretanto, é largamente empregado na
industria química, onde as substâncias são ordinariamente menos abrasivas e também
na fragmentação de calcáreos.
Vertimill
49
Cominuição
Hardinge mill
É um moinho onde a forma de tambor convencional é modificada pelo ajuste de uma
seção cônica. Neste tipo de moinho ocorre a segregação da carga. Devido a força
centrífuga, as bolas são segregadas de tal maneira que as maiores e mais pesadas
situam-se na parte cilíndrica (próximo a alimentação) e as menores na parte cônica
(próximo a descarga).
Circuitos de Moagem
1) Circuito aberto:
2) Circuito Fechado:
Neste circuito, o moinho tem como alimentação total, a nova alimentação e a Carga
Circulante, sendo este normalmente usado quando se tem um rigoroso controle da faixa
granulométrica do produto. Neste circuito a NA é controlada por Balança e a CC por
métodos de diluição e análise granulométrica dos produtos.
51
Cominuição
52
Cominuição
Operação do Moinho
Fator de enchimento:
Onde:
F = Fator de enchimento;
Hc = Distância do topo do moinho ao topo da carga, em metros;
D = Diâmetro do moinho, em metros.
53
Cominuição
Esta melhora vai até um certo ponto, quando então a eficiência começa a decrescer.
Portanto, a capacidade de moagem passa por um ponto máximo que corresponde a
uma determinada concentração de sólidos na polpa do moinho.
54
Cominuição
Estudos técnicos mostraram que existe para o moinho de barras um teor ótimo de finos
para o qual é máxima a capacidade de produção do mesmo.
Pi − Pf
%Sol = x 100 ou Pi _______________ 100%
Pi
(Pf – Pi) __________ x% (% Sol)
100 - % Sof
Diluição de Overflow = Dof =
% Sof
100 - % Sal
Diluição de Alimentação = Dal =
% Sal
100 - % Suf
Diluição de Underflow = Duf =
% Suf
Dof - Dal
Onde, então a CC = x 100 (%)
Dal - Duf
Método de calculo da CC através da Analise Granulométrica:
Nos pontos indicados em “cinza” são colhidas amostras e estas levadas ao laboratório
físico, onde se executam as seguintes operações: Pesagem, filtragem, secagem,
Analise Granulométrica:
55
Cominuição
%A - %O
Onde, então a CC = x 100 (%)
%U - %A
Com base nestes resultados, pede-se calcular o peso e a taxa da CC, pelos dois
métodos, sabendo que a Na do moinho é de 250 t/h e que este opera em circuito
fechado com um ciclone.
56
Cominuição
%A - %O
%CC2 = x 100
%U - %A
64,4 - 17,2
%CC2 = x 100
83,5 - 64,4
47,2
%CC2 = x 100 donde %CC2 = 247,1%
19,1
57
Cominuição
4- Referências Bibliográficas
Beraldo, José Luiz. Sistemas de britagem: qual a melhor opção. Trabalho apresentado
no Simpósio Latino-Americano de Mineração (1.: 1990: Belo Horizonte). 61 p.
58