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Classificação das colisões Nas colisões elásticas, não há degradação da energia

quanto ao valor de e mecânica do sistema. Durante a fase de deformação há


transformação de energia cinética em energia potencial
De acordo com o valor assumido pelo coeficiente
elástica. Durante a fase de restituição ocorre o processo
de restituição e, as colisões mecânicas unidimensionais inverso, isto é, a energia potencial elástica armazenada é
classificam‑se em duas categorias: elásticas e inelásticas. totalmente reconvertida em energia cinética.
Colisões elásticas (ou perfeitamente elásticas)
Colisões inelásticas
Constituem uma situação ideal em que o coeficiente I. Colisões totalmente inelásticas
de restituição é máximo, isto é: e 5 1 São aquelas em que o coeficiente de restituição é
nulo: e 5 0
vraf vr
Sendo e 5 , decorre que: vraf 5 vrap Sendo e 5 af , decorre que: vraf 5 0
vrap vrap
Nas colisões totalmente inelásticas, como a veloci‑
Em uma colisão elástica, as partículas aproximam‑ dade escalar relativa de afastamento tem módulo nulo,
‑se (antes da colisão) e afastam‑se (depois da colisão) concluímos que, após a interação, os corpos envolvidos
com a mesma velocidade escalar relativa, em módulo. não se separam.
Exemplos: Exemplos:
a) Antes da colisão:
a) Antes da colisão: Depois da colisão:

Ilustra•›es: CJT/Zapt
80 km/h 2 60 km/h
Luis Fernando R. Tucillo

70 m/s 210 m/s 250 m/s 30 m/s


(1)
A B (1) A B (1)
vrap 5 80 1 60 V vrap 5 140 km/h
vrap 5 70 1 10 vraf 5 50 1 30 Depois da colisão:
vrap 5 80 m/s vraf 5 80 m/s repouso
v raf 5 0
vr
e 5 af 5 80 V e 5 1 vraf
vrap 80 Assim: e 5 5 0 V e50
vrap 140
b) Antes da colisão: Depois da colisão: b) Antes da colisão: Depois da colisão:
Luis Fernando R. Tucillo

60 m/s 40 m/s 30 m/s 50 m/s


cola B
A B (1) A B (1) A rápida A
B
vrap 5 60 2 40 vraf 5 50 2 30 Como não há separação entre as partículas após a colisão, temos
|v raf| 5 0; logo, e 5 0.
vrap 5 20 m/s vraf 5 20 m/s
Pelo fato de os corpos permanecerem unidos (juntos)
vr após uma colisão totalmente inelástica, inexiste a fase de
e 5 af 5 20 V e 5 1 restituição, ocorrendo apenas a fase de deformação. Os
vrap 20
corpos que participam de colisões totalmente inelásticas
Nas colisões elásticas, o sistema, além de isolado, constituem sistemas dissipativos. A energia mecânica (ci‑
também é conservativo. A energia mecânica (cinéti‑ nética) total imediatamente após a interação é menor que
ca) total do sistema, imediatamente após a interação, a energia mecânica (cinética) total imediatamente antes
é igual à energia mecânica (cinética) total do sistema da interação.
imediatamente antes da interação.
Colisão totalmente
Colisão elástica V Sistema conservativo V Sistema dissipativo
inelástica
Ecfinal 5 Ecinicial Ecfinal , Ecinicial

234 UNIDADE 2 I DINÂMICA


Destaquemos que, nas colisões totalmente inelás‑ vraf
ticas, a dissipação de energia mecânica é relativamente e5 5 40 V e 5 0,8
vrap 50
grande. Há casos, como o da colisão entre os carros,
representados anteriormente, em que toda a energia b) Imediatamente Imediatamente
mecânica se degrada, transformando‑se em energia antes da colisão: após a colisão:
térmica, energia acústica e trabalho de deformação
permanente, entre outras formas de energia, havendo,
portanto, dissipação total. v0
A
II. Colisões parcialmente elásticas A B 2
v0 B
São aquelas em que o coeficiente de restituição se
situa entre zero e um: 0 , e , 1 vrap 5 v 0 v0
vraf 5
vr 2
Sendo e 5 af , decorre que: 0 , vraf , vrap v0
vrap vraf
Nas colisões parcialmente elásticas, os corpos en‑ e5 5 2 V e 5 0,5
vrap v0
volvidos separam‑se após a interação, existindo, assim,
a fase de restituição. Os corpos afastam‑se, entretanto, Os corpos que participam de colisões parcialmente
com velocidade escalar relativa de módulo menor que o elásticas também constituem sistemas dissipativos. A
da aproximação. energia mecânica (cinética) total imediatamente após
Exemplos: a interação é menor que a energia mecânica (cinética)
a) Antes da colisão: Depois da colisão: total imediatamente antes da interação.
60 m/s 10 m/s 28,0 m/s 32 m/s
Ilustracões: Luis Fernando R. Tucillo

A B (1) A B (1) Colisão parcialmente


V Sistema dissipativo
elástica
vrap 5 60 2 10 vraf 5 32 1 8,0 Ecfinal , Ecinicial
vrap 5 50 m/s vraf 5 40 m/s

EM BUSCA DE EXPLICAÇÕES
O balão teimoso
Na figura a seguir, está esquematizado um balão tripulado, inicialmente em repouso em relação ao solo, em um
local onde não há correntes de ar. Do cesto do balão pende uma escada de corda, que tangencia o chão. Nessas condi‑
ções, o centro de massa (CM) do sistema balão‑homem está a uma altura h em relação ao solo. Admita que o homem
resolva descer a escada na tentativa de abandonar o balão. Ele se frustrará, pois, ao atingir a extremidade inferior da
escada, ele notará que esta já não mais tangenciará o chão como antes, tendo se elevado
CJT/Zapt

O CM se em relação ao solo.
mantém A explicação é esta: o sistema balão‑homem é isolado de forças externas
na mesma a Fexterna 5 0 b e, por isso, a velocidade do seu centro de massa deve permanecer
posição
CM em CM constante.
relação ao Como o centro de massa estava inicialmente em repouso, assim vai permane‑
solo. cer todo o tempo. Com a descida do homem há um deslocamento de massa para as
h h partes mais baixas do balão, o que tenderia a rebaixar o centro de massa do sistema.
Mas a altura do centro de massa se mantém igual a h, pois, à medida que o homem
desce, o balão sobe. Ao retornar ao cesto, o homem perceberá que, novamente, a
extremidade inferior da escada estará tangenciando o chão.

Quantidade de movimento e sua conservação I CAPÍTULO 12 235


QUESTÕES COMENTADAS
22 No esquema seguinte, estão representadas as situa‑ Aplicando o Princípio da Conservação da Quantidade
ções imediatamente anterior e imediatamente posterior à de Movimento, temos:
colisão unidimensional ocorrida entre duas partículas Q final 5 Q inicial
A e B: (M 1 m) v 5 M v 0 V v 5 M v
M1m 0
3 m/s 6 m/s 5 m/s 4 m/s
Ilustrações: Luis
Fernando R. Tucillo

Destaquemos que a colisão é totalmente inelástica e que


A B A B v , v 0.
Antes. Depois. M
Resposta: v
M1m 0
Sendo conhecidos os módulos das velocidades escalares
m 24 Duas pequenas esferas de massas iguais realizam um cho‑
das partículas, calcule a relação A entre suas massas. que unidimensional e perfeitamente elástico sobre uma mesa
mB
do laboratório. No esquema abaixo, observe a situação imedia‑
RESOLUÇÃO tamente anterior e a imediatamente posterior ao evento.
Qualquer colisão mecânica constitui um sistema isolado
vA vB v 'A v 'B
de forças externas, o que permite a aplicação do Princípio
A B A B
da Conservação da Quantidade de Movimento:
Antes. Depois.
3 m/s 2 6 m/s 25 m/s 4 m/s
A B A B Supondo conhecidos os módulos de vA e vB (vA e vB), deter‑
Antes. (1) Depois. (1) mine os módulos de v 'A e v 'B (v'A e v'B ).
RESOLUÇÃO
Q final 5 Q inicial V QfA 1 QfB 5 QiA 1 QiB
Como a colisão é unidimensional, levando em conta a Aplicando ao choque o Princípio da Conservação da
orientação atribuída à trajetória, raciocinemos em termos Quantidade de Movimento, temos:
escalares: Qfinal 5 Qinicial V Q 'A 1 Q 'B 5 QA 1 QB
Q f A 1 Q f B 5 Qi A 1 Qi B Em termos escalares, temos:
m A v f A 1 mB v f B 5 m A v i A 1 mB v i B Q 'A 1 Q 'B 5 QA 1 QB
mA (25) 1 mB (4) 5 mA (3) 1 mB (26) m v 'A 1 m v 'B 5 m vA 1 m vB
mA Logo: v 'A 1 v 'B 5 vA 1 vB (I)
8 mA 5 10 mB V 5 5
mB 4 v raf v ' 2 v 'A
Sabemos também que: e 5 5 B
Resposta: 5 v rap vA 2 vB
4
Sendo o choque perfeitamente elástico, temos e 5 1, decor‑
23 Um vagão (I) de massa M, movendo‑se sobre trilhos rendo que:
retos e horizontais com velocidade de intensidade v0, colide
v 'B 2 v 'A V v' 2 v' 5 v 2 v (II)
com um vagão (II) de massa m, inicialmente em repouso. 15
vA 2 vB
B A A B
Se o vagão (I) fica acoplado ao vagão (II), determine a inten‑
sidade da velocidade do conjunto imediatamente após a Resolvendo o sistema constituído pelas equações (I) e (II),
colisão. obtemos:
v 'A 5 vB e v 'B 5 vA
RESOLUÇÃO
Os esquemas seguintes representam as situações imediata‑ Cabe aqui uma observação importante:
mente anterior e imediatamente posterior à colisão:
Em um choque unidimensional e perfeitamente elásti‑
v0 repouso v co entre partículas de massas iguais, estas trocam suas
I II I II
velocidades.

Antes. Depois. Resposta: v 'A 5 vB e v 'B 5 vA

236 UNIDADE 2 I DINÂMICA


r r
25 O dispositivo representado na figura a seguir denomi‑ Qfinal 5 Qinicial V (M 1 m) v 5 m v0
na‑se pêndulo balístico e pode ser utilizado para a deter‑ m
Logo: v 5 v (I)
minação da intensidade da velocidade de projéteis: M1m 0
Devido às condições ideais, imediatamente após a colisão, o
sistema torna‑se conservativo, valendo, a partir daí, o Princí-

Luis Fernando R. Tucillo


pio da Conservação da Energia Mecânica.
g Adotemos o plano horizontal de referência passando pela po‑
h sição inicial do centro de massa do conjunto bloco‑projétil.
v0 Assim, imediatamente após o impacto, a energia mecânica do
conjunto será puramente cinética e, no ponto de altura máxi‑
ma, puramente potencial de gravidade.
Considere desprezíveis os pesos das hastes e o efeito do ar. Emfinal 5 Eminicial V Ep 5 Ec V
Um projétil de massa m é disparado horizontalmente com
r (M 1 m) v 2 2
velocidade v0 contra o bloco de massa M, inicialmente em
V (M 1 m) g h 5 V gh5 v (II)
repouso. O projétil fica incrustado no bloco e o conjunto 2 2
eleva‑se a uma altura máxima h. Sendo g o módulo da ace‑ Substituindo (I) em (II), obtemos:
leração da gravidade, determine, em função de M, m, g e h,
r
( M m1 m ) v 20 V v 0 5 M 1 m
2
a intensidade de v0. gh5 1 2g h
2 m
RESOLUÇÃO Embora imediatamente após o impacto o sistema seja con‑
Se o projétil fica incrustado no bloco, a colisão é totalmente servativo, analisado do início ao fim do fenômeno, ele as‑
inelástica. Calculemos o módulo v da velocidade do con‑ sim não pode ser considerado, pois, devido à colisão total‑
junto bloco‑projétil, imediatamente após o impacto. Para mente inelástica ocorrida, uma fração da energia mecânica
tanto, apliquemos à colisão o Princípio da Conservação total é dissipada.
da Quantidade de Movimento: Resposta: M 1 m 2g h
m

QUESTÕES PROPOSTAS FA‚A NO CADERNO.

26. Em um jogo de bolinhas de gude, após uma pontaria per‑ de uma chuva ocorrida momentos antes da colisão, os car‑
feita, um garoto lança uma bolinha A de massa 10 g, que rola ros se moveram juntos em linha reta, com uma velocidade
com velocidade constante de módulo 1,5 m/s sobre o solo ho‑ de intensidade 54 km/h, após o impacto.

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rizontal, em linha reta, no sentido da esquerda para a direita.
Ela choca‑se frontalmente contra outra bolinha B, de massa
20 g que estava parada. Devido ao impacto, a bolinha B parte
com velocidade de módulo 1,0 m/s e dirigida para a direita.
SETUP

Antes da colisão Depois da colisão


1,5 m/s 1,0 m/s

Admitindo‑se que a força que deformou os veículos agiu


A B A B durante 0,10 s, são feitas as seguintes afirmações para a si‑
parada tuação descrita:
Quais são as características da velocidade adquirida pela I. O choque foi totalmente inelástico e, por isso, não hou‑
bolinha A após a colisão? ve conservação da quantidade de movimento total
do sistema.
27. A fotografia mostrada a seguir expõe a reconstituição II. A intensidade da velocidade do carro de 1 tonelada an‑
de um acidente, resultado de uma imprudência. Um carro tes da batida era de 97,2 km/h.
de massa igual a 1 tonelada, ao tentar ultrapassar de manei‑ III. A intensidade do impulso em cada carro no ato da coli‑
ra incorreta um caminhão, acabou batendo de frente em são foi de 1,2 ? 104 N ? s.
outro carro, de massa 800 kg, que estava parado no acosta‑ IV. A intensidade da força média que deformou os veículos
mento. Em virtude de a estrada estar muito lisa por causa foi de 1,2 ? 103 N.

Quantidade de movimento e sua conservação I CAPÍTULO 12 237


Estão corretas somente: Considerando‑se que as dimensões de A e B sejam despre‑
a) I e II c) III e IV e) II, III e IV zíveis, quando comparadas com as distâncias dadas, e que
b) II e III d) I, II e III a colisão entre A e B seja perfeitamente elástica, qual será
a distância entre A e B quando B atingir o muro?
28. Ao perceber que dois carrinhos vazios, A e B, se deslo‑
cam acoplados ao seu encontro com uma velocidade esca‑ 31. (UFJF‑MG) A figura 1 a seguir ilustra um projétil de
lar de 25,0 cm/s, a funcionária de um supermercado lança massa m1 5 20 g disparado horizontalmente com veloci‑
contra eles um terceiro carrinho, C, também vazio, com dade de módulo v1 5 200 m/s contra um bloco de massa
velocidade escalar de 40 cm/s. Veja a figura: m2 5 1,98 kg, em repouso, suspenso na vertical por um fio
40 cm/s 25,0 cm/s de massa desprezível. Após sofrerem uma colisão perfei‑
Luis Fernando R. Tucillo

tamente inelástica, o projétil fica incrustado no bloco e o


C B A sistema projétil‑bloco atinge uma altura máxima h, con‑
forme representado na figura 2.

Luis Fernando R. Tucillo


Ao colidir com o conjunto A‑B, C nele se encaixa e os três
carrinhos seguem unidos com velocidade escalar v.
Admitindo que os carrinhos sejam iguais e que se movi‑ v1 h
m2
mentem ao longo de uma mesma reta horizontal sem a ação m1
de atritos nos eixos das rodas, tanto antes como depois da figura 1 figura 2
interação, pede‑se determinar: Desprezando a força de resistência do ar e adotando
a) o valor de v; g 5 10 m/s2, resolva os itens abaixo.
b) a intensidade do impulso que C exerce no conjunto A‑B no a) Calcule o módulo da velocidade que o sistema projétil‑
ato da colisão. Considere que cada carrinho tenha massa ‑bloco adquire imediatamente após a colisão.
igual a 15 kg. b) Aplicando‑se o Princípio da Conservação da Energia
Mecânica, calcule o valor da altura máxima h atingida
29. Três blocos, A, B e C, de dimensões idênticas e massas pelo sistema projétil‑bloco após a colisão.
respectivamente iguais a 2M, M e M, estão inicialmente em
repouso sobre uma mesa horizontal sem atrito, alinhados 32. O Large Hadron Collider, ou simplesmente, LHC, do
em um ambiente em que a influência do ar é desprezível. CERN, é o maior acelerador de partículas e o de maior ener‑
O bloco A é, então, lançado contra o bloco B com velocida‑ gia existente do mundo. Seu principal objetivo é obter dados
de escalar de 9,0 m/s, conforme indica a figura. sobre colisões de feixes de partículas, tanto de prótons, a uma
9,0 m/s repouso repouso energia de 7,0 TeV (1,12 microjoules) por partícula, como de
Paulo C. Ribeiro

núcleos de chumbo, a uma energia de 574 TeV (92,0 micro‑


A B C joules) por núcleo. O laboratório localiza‑se em um túnel de
27 km de circunferência, a 175 metros abaixo do nível do
solo, na fronteira franco‑suíça próximo a Genebra, Suíça.
Admitindo que as colisões entre A, B e C sejam unidimen‑ Considere duas partícu‑
SPL/Latinstock

sionais e perfeitamente elásticas, determine as velocidades las com cargas elétricas


escalares desses blocos depois de ocorridas todas as coli‑ de mesmo sinal em rota
sões possíveis entre eles. de colisão dentro de um
acelerador semelhante
30. Apoiados sobre um piso horizontal desprovido de ao LHC. A partícula 1
atrito estão um bloco A, em repouso, e um bloco B, de tem massa 2m e a partí‑
massa 5,0 kg se aproximando de A com velocidade cons‑ cula 2 é um próton, de
tante de módulo 6,0 m/s, como indicado na figura massa m. Quando a dis‑
a seguir. tância entre elas é muito grande, suas velocidades têm a mes‑
instante inicial muro ma direção e sentidos opostos, mas intensidades iguais a
Luis Fernando R. Tucillo

t0 5 0 s 6,0 ? 104 m/s. Desprezando‑se os efeitos relativísticos, deter‑


6,0 m/s
A B mine os módulos das velocidades das partículas 1 e 2 ime‑
diatamente após a colisão perfeitamente elástica que se ve‑
5,0 m 5,0 m rifica entre elas.

238 UNIDADE 2 I DINÂMICA


33. Um automóvel (A) e um caminhão (B) colidem no partículas sobem uma plataforma horizontal de altura
ponto O indicado, após o que prosseguem unidos, deslo- H 5 0,80 m, como representado na figura a seguir.
cando-se na direção OP. A massa do caminhão é quatro
plataforma

SETUP
vezes a do automóvel e sua velocidade, imediatamente antes
g
da batida, valia 30,0 km/h.
H
v0
A B
CJT/Zapt

A O 45º
Porém, a partícula A entra em repouso quando atinge essa altu-
ra e B continua a se mover na plataforma com energia cinética
igual a 240 J. Desprezando-se os efeitos do atrito e sabendo-se
que as massas de A e B valem 5,0 kg e 10,0 kg, respectivamente,
determine o coeficiente de restituição da colisão.
B Adote g 5 10 m/s2 e não considere o efeito do ar.

35. Um bloco de massa m1 5 2,0 kg desliza em linha reta


sobre uma mesa sem atrito, com velocidade de módulo
Ao narrar a colisão à Polícia Rodoviária, o motorista do au- 7,0 m/s. Em frente a ele e deslocando-se na mesma direção e
tomóvel argumentou que, antes do choque, a velocidade de sentido há um bloco de massa m2 5 4,0 kg, movendo-se
seu veículo era inferior à máxima permitida (80,0 km/h). com velocidade de módulo 4,0 m/s. Uma mola com massa
a) Verifique, justificando, se a afirmação do motorista do desprezível, de constante elástica K 5 300 N/m, é presa no
automóvel é falsa ou verdadeira. bloco de massa m2. Quando os blocos se chocam, qual é a
b) Calcule a velocidade do conjunto automóvel-caminhão máxima compressão verificada na mola?
imediatamente após a batida.
v1 v2

SETUP
34. Uma partícula A viaja com velocidade constante e ho- K
rizontal de módulo v0. Após a colisão com uma partícula B, m1 m2
que está inicialmente em repouso, verifica-se que as duas

DESCUBRA MAIS

1 Admita que você esteja em repouso sobre a superfície horizontal e perfeitamente lisa de
um grande lago congelado. Portanto, devido à inexistência de atritos, é impossível cami-
nhar. Você tem em suas mãos um pesado bloco de gelo. Que procedimento você adotaria
para atingir uma determinada borda do lago com maior rapidez?

2 O momento linear (ou quantidade de movimento), definido pelo produto da massa pela
velocidade vetorial, é uma grandeza física de grande importância, essencial no estudo de
explosões e colisões. Pesquise sobre o que vem a ser momento angular.

3 Suponha que você esteja sentado em uma cadeira giratória realizando rotações em torno
de um eixo vertical. Você está de braços cruzados e, neste caso, sua velocidade angular
é igual a w 0. Se você abrir os braços posicionando-os horizontalmente, haverá uma alte-
ração em sua velocidade angular que adquirirá um novo valor w , w 0. A explicação para
essa variação na velocidade angular é fundamentada em que princípio físico?

4 Imaginemos que a Terra sofra, por alguma razão, um significativo “encolhimento” (redu-
ção de raio), sendo mantidas, porém, sua massa e sua forma esférica. Isso provocaria al-
guma alteração no período de rotação do planeta? Os dias terrestres ficariam mais curtos,
mais longos ou manteriam a duração atual de 24 h?

Quantidade de movimento e sua conservação I CAPÍTULO 12 239

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