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3 Atividade Laboratorial
Movimento uniformemente retardado: velocidade e deslocamento
A Notas introdutórias
Se dermos um empurrão num bloco em cima de uma mesa, ele move-se acabando por parar.
Os alunos rapidamente costumam referir que ele para devido à existência de atrito entre o bloco e a
superfície onde desliza. Analisemos a situação:
Dá-se um empurrão num bloco em cima de uma superfície horizontal.
Ele move-se sujeito a três forças: o seu peso P , a reação normal da
superfície N e as forças de atrito entre as superfícies em contacto F a .
O bloco acaba por parar, pois tem movimento uniformemente retardado, por
Se conseguirmos medir a velocidade do bloco num determinado instante
v 0 e a distância que ele percorre até parar, a partir desse instante,
resultante das forças de atrito que atuam no bloco.
1
Com efeito, partindo das equações do movimento x x0 v 0 t at 2 e v v 0 at , se resolvermos a
2
equação das velocidades em ordem a t e substituirmos na equação das posições, obtém-se:
2
v v0 v v0 1 v v0
t x x0 v 0 a
a a 2 a
2v v 2v 02 1 v 2 2v 0 v 2v 02
x x0 0 a
2a 2 a2
2v v 2v 0 v 2v 0 v 2v 0
2 2 2
x 0
2a 2a
v 2 v 02 2 a x
a
4.
4.1. Medir a velocidade do corpo num determinado instante e o seu deslocamento entre esse ponto
e a posição em que acaba por parar.
4.2. Não, pois será medido um deslocamento para cada velocidade medida.
4.3. Os alunos podem comparar os resultados obtidos (comparar os gráficos obtidos) se usarem
corpos com a mesma massa, desde que com superfícies de contacto diferentes. Se as
superfícies de contacto forem iguais, então devem usar corpos com massas diferentes para
poderem tirar conclusões sobre a influência da massa.
C A atividade laboratorial
Usando o smart-timer…
Procedimento
1. Instalar uma célula fotoelétrica perto de uma das extremidades da calha. Colocar um bloco com a
régua Picket Fence adaptada, em cima da calha, para que possa, no seu movimento, passar por
baixo da célula.
2. Ligar a célula ao smart-timer (no botão 1) na opção de Velocidade: uma célula.
4. Dar um empurrão firme no bloco de modo que passe por baixo da célula fotoelétrica,
interrompendo o feixe. A razão de usar a calha é impedir que o bloco se desvie e não
passe na célula, ao ser empurrado.
5. Repetir o procedimento anterior empurrando o bloco de modo a imprimir-lhe uma
velocidade inicial sucessivamente maior. Pode usar um outro bloco para empurrar o
primeiro de forma mais eficaz.
6. Medir a distância da célula fotoelétrica ao centro do bloco anteriormente marcado.
HFEN11GP©Porto Editora
277,67 ± 0,01
v 0 / m s1 v 02 / m2 s2 x / m
1,02 1,04 0,1560
1,28 1,64 0,2600
1,54 2,36 0,3550
1,69 2,84 0,4250
1,88 3,53 0,5050
Nota:
– Se se quiser retirar a
equação do ecrã, basta clicar
fora dela.
– Se se quiser voltar a ter a
equação no ecrã clicar em
cima da reta.
Como a massa do bloco + régua é 0,27767 kg, o módulo da resultante das forças de atrito é
Fa 0, 27767 3, 57 0, 991 N
Atenção: Sendo a força de atrito dissipativa, seria de esperar que, atuando a força no sentido
HFEN11GP©Porto Editora
oposto ao movimento, produzisse uma aceleração cuja componente escalar teria sinal negativo
e, consequentemente, o declive devia ser também negativo. No entanto, este gráfico apenas
traduz a forma como varia o quadrado do módulo da velocidade com o módulo do
deslocamento. Por isso, o declive é o dobro do módulo da aceleração. O facto de a ordenada
na origem não ser nula reflete a existência de erros experimentais.
Notas
1. No programa de FQ A 10.° e 11.° anos é sugerido que o bloco seja largado de uma rampa,
deixando que ele se mova e passe a deslizar depois num plano horizontal, onde deverá estar
colocada a célula fotoelétrica. Ora, ao ser largado de uma rampa, poderá acontecer que o
bloco pare quando chegar à sua base, devido à mudança de direção da superfície. Crê-se que
a sugestão da utilização da rampa está relacionada com a possibilidade de largar o bloco de
alturas diferentes, para passar na célula fotoelétrica com velocidades também diferentes. Mas,
como é sugerido no procedimento anteriormente descrito, bastará dar empurrões no bloco com
intensidades diferentes para conseguir o mesmo efeito, sem correr o risco de o bloco parar
antes de passar pela célula.
2. No caso de neste trabalho usar o digitímetro em vez do smart-timer, a determinação da .
velocidade é feita tal como se indicou na AL 1.1: medem-se os intervalos de tempo ( t ) de
passagem de uma tira opaca acoplada ao bloco (L) pela célula fotoelétrica e determina-se o
L
módulo da velocidade pela razão v .
t
3.
Atividades Laboratoriais
v 02 2 a x
7. Quanto mais rugosas forem as superfícies, maior é o módulo da força de atrito e maior será o
módulo da aceleração do movimento (obtêm-se retas de maior declive). Objetos com a mesma
massa com superfícies mais rugosas percorrem um deslocamento menor até parar, a partir de
velocidades iniciais de igual módulo.