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CONTABILIDADE

GERAL I

Luanda

Professor Joaquim Baltazar


Sumário

1 – Contabilidade ……………..………………………………………….1
1.1 – Evolução Histórica da Contabilidade ……………………………….1
1.2 – Conceitos de Contabilidade …………………………………………1
1.3 – Objecto da Contabilidade ……………………………………………2
1.4 – Objectivo da Contabilidade ………………………………………….2
1.5 – Divisão da Contabilidade ……………………………………………2
1.6 – Uniformização da Contabilidade ……………………………………3
1.7 – Princípios da Contabilidade …………………………………………3
1.8 – Funções da Contabilidade …………………………………………...5
1.9 – Utentes da Contabilidade ……………………………………………5
1.10 – Aspectos Qualitativos das Demonstrações Financeiras ……………6
2 – O Património …………………………………………………………7
2.1 – Conceitos de Património …….………………………………………7
2.2 – Tipos de Patrimónios ….…………………………………………….7
2.3 – Bens, Direitos e Obrigações …………………………………………7
2.4 – Valor Patrimonial ……………………………………………………8
2.5 – Exercício Proposto …………………………………………………..9
2.6 – Exercício de Aplicação 1……………………………………………11
2.7 – Exercício de Aplicação 2 ……………….…………………………..11
3 – Estudo do Plano de Contabilidade …………………………………13
3.1 – Classe 1: Meios Fixos e Investimentos …………………………….13
3.2 – Classe 2: Existências ……………………………………………….13
3.3 – Classe 3: Terceiros …………………………………………………14
3.4 – Classe 4: Disponibilidades/Meios Monetários ……………………..14
3.5 – Classe 5: Capital e Reservas ………………………………………..14
3.6 – Exercício 1: Lançamentos no Razão ……………………………….14
3.7 – Exercício 2: Lançamentos no Razão ……………………………….15
3.8 – Exercício 3: Balancetes …………………………………………….16
Referências ………………………………………………………………18

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1 – Contabilidade

1.1 – Evolução Histórica da Contabilidade


A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registos do comércio. Há
indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do
comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da
Antiguidade.

A actividade de compra e venda dos comerciantes semíticos requeria o


acompanhamento das variações de seus bens quando cada transacção era
efectuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registos ou
relatórios sobre o facto.

Há relatos de que as primeiras manifestações contabilísticas datam de cerca de


2.000 a.c, com os sumérios. Num mercado baseado na troca de mercadorias, a
contabilidade servia para definir quanto alguém possuía de uma determinada
mercadoria e qual o valor de troca dessa mercadoria em relação a outra.

A contabilidade iniciou-se empiricamente com Leonardo Fibonacci e depois o


monge Luca Pacioli, principal divulgador do método das partidas dobradas,
encerrou-se a fase empírica e menos organizada da contabilidade a partir do
século XV.

Mas a contabilidade só foi reconhecida como ciência propriamente dita no início


do século XIX. Por longo período sua história se confundiu com os registos
patrimoniais de organizações mercantís e económicas e até os dias de hoje é
possível se notar alguma confusão entre a ciência contabilísticos e a escrituração
de factos patrimoniais.

1.2 – Conceitos de Contabilidade


A maioria dos autores considera a contabilidade como uma técnica de gestão que
tem em vista a determinação da situação patrimonial das empresas e dos seus
resultados. Contabilidade é a ciência que permite, através de suas técnicas,
manter um controle permanente do património da empresa.

Segundo Barros (2002, p. 01): Pode-se definir a Contabilidade como  uma


ciência  social que estuda e pratica as funções de controlo e de registo relativas
aos actos  e factos  da  administração  e  da economia.     Mais especificamente,
trata-se do estudo  e  do controle  do património  das  entidades (empresas).
Isso é feito por  meio  dos  registos contabilísticos dos fatos e das respectivas
demonstrações dos resultados produzidos.

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A contabilidade é necessária para toda e qualquer empresa independente do seu
porte, seguimento e da sua forma de tributação.

1.3 – Objecto da Contabilidade


O objecto da contabilidade é o Património das empresas.

1.4 – Objectivo da Contabilidade


O objectivo da contabilidade  pode ser resumido no fornecimento de
informações  económicas  para  vários usuários como: Investidores,
Fornecedores, Bancos, Governo, Sindicatos, Funcionários. Segundo Marion
(2005, p. 26):
O objectivo principal da contabilidade, portanto, conforme a Estrutura  
Conceitual  Básica  da contabilidade,   é o de  permitir a cada grupo principal
de  usuários a  avaliação  da  situação  económica  e  financeira   da entidade,
num  sentido  estático,  bem  como  fazer  inferências  sobre   suas tendências
futuras.
A contabilidade mede os resultados das empresas e avalia o desempenho dos
negócios, dando directrizes para as tomadas de decisões.

A continuidade e desenvolvimento de qualquer empresa depende da sua saúde


económica e financeira, nisto aparece a contabilidade através das suas técnicas e
informações para manter o equilíbrio económico e financeiro de maneira que esta
continuidade e desenvolvimento das empresas se faça sentir e possibilitar aos
seus usuários uma avaliação económica, financeira e patrimonial.

1.5 – Divisão da Contabilidade


a) Contabilidade empresarial

Contabilidade financeira: Ocupa-se do registo das operações com terceiros, das


modificações do património e do apuramento dos resultados das empresas.

Contabilidade analítica ou de custo: Ocupa-se na determinação dos custos dos


produtos ou serviços, de forma a avaliar no final do exercício económico a
situação económica e financeira das empresas.

Contabilidade orçamental: Ocupa-se do planeamento dos gastos, dos proveitos,


dos resultados e analisar os desvios ocorridos em relação ao plano inicial.

b) Contabilidade nacional ou pública: conjunto de quadros e mapas destinados


a apurar os valores das despesas e receitas de um país.

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1.6 – Uniformização da Contabilidade
Anteriormente sem um plano de contabilidade aprovado (em cada país), cada
empresa, cada sector, organizava a sua contabilidade do seu jeito, surgindo assim
muitos erros. A normalização contabilística veio pôr fim nestes erros,
uniformizando a contabilidade no que respeita as terminologias, conceitos, regras
de movimentação das contas, peças e princípios contabilísticos.

A uniformização permite:

a) Fornecer informações mais uniformes e precisas,


b) Maior confiança nos dados contabilísticos
c) A uniformização do ensino da contabilidade
d) A interpretação dos dados contabilísticos por qualquer técnico de
contabilidade
e) Elaboração de estatística com menor erros.

1.7 – Princípios da Contabilidade

Os Princípios de Contabilidade são regras, doutrinas, essências e teorias que a


profissão contábil utiliza para fixar padrões de comparação e de credibilidade em
função do reconhecimento dos critérios adoptados para a elaboração das
demonstrações financeiras.

São Princípios de Contabilidade:

Entidade
Continuidade
Oportunidade
Competência
Prudência
Princípio do custo histórico
Princípio da realização
Princípio da periodicidade.

Princípio da Entidade: Reconhece o Património como objecto da contabilidade e


afirma a autonomia patrimonial, ou seja, a contabilidade deve ter plena distinção
e separação entre pessoa física e pessoa jurídica. Enfim, o património da empresa
jamais se confunde com o dos seus sócios.

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Princípio da Continuidade: O Princípio da continuidade pressupõe que a
Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a
apresentação dos componentes do património levam em conta esta circunstância.

Princípio da Oportunidade: Refere-se ao momento em que devem ser registadas


as variações patrimoniais. Devem ser feitas de forma integral e tempestiva,
independentemente das causas que as originaram, contemplando os aspectos
físicos e monetários. A integridade dos registos é de fundamental importância
para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os factos contabilísticos
devem ser registados.

Princípio do Registo pelo Valor Original: Os componentes do património devem


ser registados pelos valores originais das transacções com o mundo exterior,
expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação
das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da entidade.

Princípio da Actualização Monetária: Os efeitos da alteração do poder


aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registos contabilísticos
através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes
patrimoniais.

Princípio da Competência: As receitas e as despesas devem ser incluídas no


apuramento do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente
quando se relacionarem, independentemente de recebimentos ou pagamentos.

Princípio da Prudência: Determina a adopção do menor valor para os


componentes do activo e do maior valor para os componentes do passivo, sempre
que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o património líquido. – visa a prudência na
preparação dos registos contabilísticos, com a adopção de menor valor par os
itens do activo e da receita, e o de maior valor para os itens do passivo e de
despesa.

Princípio do Custo Histórico: Determina que o valor de um activo deve ser


calculado com referência ao seu valor de aquisição, e não com referência ao valor
dos proveitos que com ele se espera ter.

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Princípio da Realização: O valor contabilístico de um activo é determinado por
uma transacção e, qualquer mudança desse valor, apenas é reconhecida quando
se realiza ou dispõe desse activo.
Princípio da periodicidade: Necessita de aplicar resultados, de os tributar, de os
analisar e de dividir a actividade económica em períodos de tempo, ciclos ou
exercício contabilísticos.

1.8 – Funções da Contabilidade


As principais funções da Contabilidade são:

Registar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do


património em virtude da actividade económica ou social que a empresa exerce
no contexto económico.

Registar: Todos os factos que ocorrem e podem ser representados em valor


monetário;

Organizar: Um Sistema de controlo adequado a empresa;

Demonstrar: Com base nos registos realizados, expor periodicamente por meio
de demonstrativos, a situação económica, patrimonial e financeira da empresa;

Analisar: Os demonstrativos com a finalidade de apuramento dos resultados


obtidos pela empresa; e

Acompanhar: A execução dos planos económicos da empresa, prevendo os


pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e
alertando para eventuais problemas.

1.9 – Utentes da Contabilidade

São as pessoas que se utilizam da contabilidade, que se interessam pela situação


da empresa e buscam nos instrumentos contabilísticos as suas respostas. Podem
ser divididos em: internos e externos.
Os usuários internos são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas
com a empresa e que tem facilidade de acesso às informações contabilísticas
como: gerentes, administradores, funcionários e directoria. Os usuários
externos são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade de acesso
directo às informações contabilísticas, mas que as recebem de publicações das
demonstrações pela entidade, tais como: bancos, governo, fornecedores e
clientes.

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1.10 – Aspectos Qualitativos das Demonstrações Financeiras

Além dos Princípios de Contabilidade estudados anteriormente, existem


características qualitativas de enorme importância no estudo da ciência contábil.

Compreensibilidade: A informação apresentada em demonstrações


contabilísticas deve ser apresentada de modo a torná-la compreensível por
usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de actividades
económicas e de contabilidade, e a disposição de estudar a informação com
razoável diligência. Entretanto, a necessidade por compreensibilidade não
permite que informações relevantes sejam omissas com a justificativa que
possam ser de entendimento difícil demais para alguns usuários.

Relevância: A informação fornecida em demonstrações contabilísticas deve ser


relevante para as necessidades de decisão dos usuários. A informação tem a
qualidade da relevância quando é capaz de influenciar as decisões económicas de
usuários, ajudando-os a avaliar acontecimentos passados, presentes e futuros ou
confirmando, ou corrigindo, suas avaliações passadas.

Integralidade: Para ser confiável, a informação constante nas demonstrações


contabilísticas deve ser completa, dentro dos limites da materialidade e custo.
Uma omissão pode tornar a informação falsa ou torná-la enganosa e, portanto,
não confiável e deficiente em termos de sua relevância.

Comparabilidade: Os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações


contabilísticas da entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências em
sua posição patrimonial e financeira e no seu desempenho. Os usuários devem,
também, ser capazes de comparar as demonstrações contabilísticas de diferentes
entidades para avaliar suas posições patrimoniais e financeiras, desempenhos e
fluxos de caixa relativos.

2 – O Património
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2.1 – Conceitos de Património

Património é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa,


ou a uma entidade, avaliado em moeda. Os bens e direitos constituem a parte
positiva do património, chamada Activo. As obrigações representam a parte
negativa do património, chamada Passivo.

2.2 – Tipos de Patrimónios

Património pessoal
Património familiar
Património empresarial
Património Público ou governamental
Património organizacional
Património comercial
Património particular

2.3 – Bens, Direitos e Obrigações

Bens são os elementos que podem ser avaliados monetariamente e podem ser
destinados para uso, troca ou venda. Os bens possuem utilidade, pois são eles que
satisfazem as necessidades de seus proprietários.

Na sequência, algumas classificações de bens importantes na contabilidade:


Bens Permanentes – São bens que possuem vida longa, e são adquiridos para
serem utilizados na empresa, ou seja, não são destinados à venda. Ex: veículo,
máquinas, ferramentas.
Bens de Consumo – São adquiridos para utilização dentro da empresa, e que
serão consumidos a curto prazo, geralmente dentro do próprio exercício em que
foram adquiridos. Ex: material de expediente, material de limpeza.
Bens móveis – são bens susceptíveis de remoção sem dano em seu estado físico e
de utilização. Ex: veículos, animais, máquinas, móveis, equipamentos.
Bens imóveis – bens que não podem ser deslocados de seu lugar de origem (solo
e subsolo) sem dano físico ou de utilização. São aqueles que se deslocados terão
que ser total ou parcialmente danificados. Ex: casa, terreno, edifício,
reflorestamento, etc.
Bens Corpóreos (tangíveis) – sãos bens que constituem corpo físico, ou seja,
possuem matéria e podem ser tocados. Ex: carros, máquinas, mercadorias, enfim
a grande maioria dos bens.
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Bens incorpóreos (intangíveis) – são bens que não constituem matéria, ou seja,
não podem ser tocados. Mesmo assim, esses bens são passíveis de avaliação
económica e devem ser registados na contabilidade por seu valor de mercado.
Ex: nome comercial, benfeitoria em imóvel de terceiros, fundo de comércio,
marca, patente, licença de uso de direitos autorais, licença de uso de marca, entre
outros.

Direitos são os elementos que representam os bens que estão em poder de


terceiros. Geralmente aparecem acompanhados da expressão “a receber”, “a
compensar”, a “recuperar”, “a creditar”, ou outra similar, indicando a promessa
de recebimento ou que permita recuperar parte do bem transferido.

Obrigações são as responsabilidades de pagamentos por bens adquiridos ou


despesas realizadas. São bens de propriedade de terceiros que estão em poder da
empresa, ou são dívidas contraídas em virtude de despesas.
Quando se compra um bem ou se contrata um serviço, tanto um quanto o outro
devem ser pagos Portanto, temos aqui uma obrigação, uma dívida que poderá ser
paga imediatamente ou a prazo.
As obrigações na contabilidade recebem o nome técnico de exigível, por se exigir
da empresa o pagamento das dívidas. Assim, quando uma empresa compra
mercadoria a prazo, ela passa a ter a obrigação de pagar o valor da compra no
prazo acordado. Uma despesa sempre vai gerar também um pagamento, portanto
uma obrigação. As obrigações representam as dívidas com terceiros, ou seja, com
as pessoas de fora da empresa. Geralmente aparecem acompanhadas da
expressão: “a pagar”, “a recolher”, “passivos”, “a liquidar” ou outra similar.
Exemplo: salários a pagar, impostos a recolher, fornecedor, entre muitas outras

2.4 – Valor Patrimonial

O Património Líquido é a diferença entre os valores positivos (bens mais


direitos) menos os valores negativos (obrigações).

Neste espaço, fica registado o capital investido na empresa, chamado de capital


social, as reservas de recursos (uma poupança com finalidade específica) e
também os lucros ou prejuízos que a empresa obtém. Como este saldo mostra a
participação dos sócios na empresa, o património líquido é conhecido como
capital próprio (capital dos sócios). Exemplo: capital social, reserva de capital,
reserva legal, prejuízos acumulados.

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O PL está representado no lado do passivo, para haver o equilíbrio, aí o nome de
Balanço Patrimonial. Justifica-se estar no lado do passivo também por se tratar
de uma dívida da empresa com os seus sócios ou accionistas. No caso de
fechamento da empresa, é o montante que deverá ser pago aos sócios.

VP/PL = (BENS + DIREITOS) – OBRIGAÇÕES


VP/PL = ACTIVOS – PASSIVOS

2.5 – Exercício Proposto

Elementos Patrimoniais Bens Direitos Obrigações


Computadores
Impostos
Adiantamento de salários
Fornecedores
Clientes
Edifícios
Impressoras
Depósito a prazo
Conta bancária corrente
Salários
Empréstimo do BIC
Dividendos
Reservas
Mercadorias

Elementos Patrimoniais Activo Passivo


Pagamento de salários
Clientes correntes
Fornecedores
Edifícios
Terrenos
Compra a prazo
Computadores
Depósito a prazo
Caixa
Depósito à ordem
Mercadorias
Matérias-primas
Viaturas
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Imposto
Cartão visa
Cheques

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Alvará comercial

A Empresa CF-LDA que se dedica na comercialização de bebidas diversas tem


as seguintes informações
B CLASSIFICAÇÃO DO PATRIMÓNIO
ELEMENTOS D VALO PATRIM COMERCIAL PATRIM
PATRIMONIAIS R PARTICULAR
O ACTIVO PASSIV ACTIVO PASSIV
O O
Mercadorias 500
Fornecedores 800
Secretária do DG 200
Cama 50
Taxa de circulação 2000
Crédito do BIC 100
Segurança Social 300
Carrinhas 5000
Automóvel pessoal 2000
Subsídios de 950
alimentação
Bilhete de Identidade 900
Adiantamento de salário 400
Empréstimo a um 150
vizinho
Caixa 180
Empréstimo do Brasil 230
Amortizações 800
Impostos 1000
Salários 100
Armário de cozinha 4000
Sapatos 100
Lingerie 50
Investimentos 500.00
financeiros 0
Obrigações 100.00
0
Acções 60.200
Total

2.6 – Exercício de Aplicação 1


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A Empresa CF-LDA que se dedica na prestação de serviços de contabilidade
apresentou no inicio do anão de 2023 as seguintes informações:

Reservas 700.000,00
Caixa 133.800,00
Empréstimos do BIC 72.000.800,00
Compras 14.100.500,00
Clientes 11.200.000,00
Depósito à ordem 122.000.000,00
Estado 700.500,00
Pessoal 5.000.000,00
Obras em curso 890.000,00
Despesas de constituição 10.700.000,00
Fornecedores 6.000.000,00
Computadores 3.888.500,50
Viaturas 9.250.300,00
Cheques 180.000,00
Alvará comercial 100.000,00
Investimentos financeiros 2.800.100,66
Depósitos a prazo 15.000.000,00
Adiantamento em compras 1.000.000,00

Calcula o Património Líquido desta empresa.

2.7 – Exercício de Aplicação 2

Calcula o Capital Social da empresa CF-LDA sabendo que:

Reservas legais 5.000.000,00


Reservas livres 7.850.000,00
Caixa 133.800,00
Empréstimos do BIC 72.000.800,00
Compras 14.100.500,00
Clientes 11.200.000,00
Depósito à ordem 122.000.000,00
Estado 700.500,00
Pessoal 5.000.000,00
Obras em curso 890.000,00
Despesas de constituição 10.700.000,00
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Fornecedores 6.000.000,00
Computadores 3.888.500,50
Viaturas 9.250.300,00
Cheques 180.000,00
Alvará comercial 100.000,00
Investimentos financeiros 2.800.100,66
Depósitos a prazo 15.000.000,00
Adiantamento em compras 1.000.000,00
Resultados transitados 55.200.020,22
Resultado líquido do exercício 69.700.050,00

3 – Estudo do Plano de Contabilidade

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3.1 – Classe 1: Meios Fixos e Investimentos

Tal como as imobilizações incorpóreas, também as imobilizações corpóreas


fazem parte do grande grupo de activos denominados imobilizados. Os quais são
os recursos detidos pelas empresas, com carácter de continuidade ou de
permanência e que não se destinem a ser vendidos ou transformados no decurso
normal das suas actividades operacionais. De acordo com a definição
apresentada, os custos destes activos extinguem-se ao longo da sua vida útil,
horas de produção ou funcionamento.

3.2 – Classe 2: Existências

Devem ser reconhecidos como existências, os bens que respeitem as condições


gerais para o reconhecimento como activos, satisfaçam uma ou mais das
seguintes condições:

 Sejam detidos para a venda no decurso normal da actividade operacional


da empresa,
 Resultem do processo de produção da empresa e se destinem às vendas,
 Se destinem a ser consumidos no processo de produção ou na prestação de
serviços, e que se revistam a forma de matérias ou materiais de consumo.

Os custos das existências devem incluir os seguintes custos:

• Custos de aquisição, que engloba: O preço de compra, o Direitos de


importação e outros impostos (que não sejam recuperáveis posteriormente), o
Custos de transporte, o Custos de manuseamento. o Outros custos directamente
atribuíveis à compra dos bens
• Custo de conversão, que engloba: o Os custos com o pessoal directamente
envolvidos da produção, o Imputação de gastos industriais fixos, o Depreciação e
manutenção de edifícios e de equipamentos de fábrica o Imputação de gastos
industriais variáveis, o Mão-de-obra indirecta, o Materiais indirectos.
• Custos ocorridos para colocar os inventários nos seus locais actuais e na sua
condição de utilização ou venda.

3.3 – Classe 3: Terceiros

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3.4 – Classe 4: Disponibilidades/Meios Monetários
3.5 – Classe 5: Capital e Reservas
3.6 – Exercício 1: Lançamentos no Razão

A Empresa CF-LDA que se dedica na comercialização de bebidas diversas tem


as seguintes informações

Saldos iniciais

Caixa 55.000,00
Equipamentos de cargas e transportes 2.500.000,00
Salários 4.780.000,00
Imposto de Rendimento de trabalho 850.000,00
Segurança Social 185.500,00
Depósitos à ordem 99.000.000,00
Computadores 1.880.500,00
Secretárias 900.000,00

Ao longo do ano desenvolveu as seguintes actividades:

1 – Compra de 2 carrinhas no preço unitário de 1.500.000,00. Uma das carrinhas


foi comprada para fins comerciais e a outras para fins administrativos.
2 – Reforço do caixa com 100.000,00
3 – Pagamento de salários, impostos e contribuições sociais
4 – Amortização dos imobilizados administrativos com uma quota anual de
150.000,00 e os restantes 210.000,00
5 – Compras de 500 unidades de mercadorias no valor unitário de 2.500,00
6 – Vendas de 250 unidades de mercadorias no valor 3.000,00
7 – Aquisições a cash de 10 caixas de resmas de papel na NCR no valor total de
50.000,00. 4 caixas não foram pagas.
8 – Compras de 50 unidades de mercadorias factura nº 21-2023 no valor de
3.000.000,00
9 – Liquidação da divida coma NCR
10 – Venda do resto das mercadorias
11 – Pagamento de 90% da divida com outros credores

3.7 – Exercício 2: Lançamentos no Razão


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A Empresa CF-LDA que se dedica na comercialização de bebidas diversas tem
as seguintes informações

Saldos iniciais

Caixa 55.000,00
Equipamentos de cargas e transportes 2.500.000,00
Salários 4.780.000,00
Imposto de Rendimento de trabalho 850.000,00
Segurança Social 185.500,00
Depósitos à ordem 99.000.000,00
Computadores 1.880.500,00
Secretárias 900.000,00
Quadro de parede 300.000,00
Gerador 3.000.800.00

Ao longo do ano desenvolveu as seguintes actividades:

1 – Compra de 2 carrinhas no preço unitário de 1.500.000,00. Uma das carrinhas


foi comprada para fins comerciais e a outras para fins administrativos. O
transporte das mercadorias custaram 500.000,00
2 – Levantamento bancário para o reforço do caixa no valor de 1.000.000,00. No
regresso 600.000,00 foram roubados por terceiros
3 – Pagamento de salários, impostos e contribuições sociais
4 – Amortização dos imobilizados administrativos com uma quota anual de
150.000,00 e os restantes 210.000,00
5 – Compras de 500 unidades de mercadorias no valor unitário de 2.500,00
6 – Vendas de 250 unidades de mercadorias no valor 3.000,00
7 – Aquisições a cash de 10 caixas de resmas de papel na NCR no valor total de
50.000,00. 4 caixas não foram pagas.
8 – Pagamento de electricidade e água nos valores de 55.500,00 e 155.000,00
9 – Pagamento de salários 11.000.000,00
10 – Venda de 200 unidades de mercadorias
11 – Empréstimo do BIC no valor de 15.000.000
12 – Adiantamento de 500.000,00 a um fornecedor referente a compra de
mercadorias
13 – Compra de tecto falso. Uma semana depois foi aplicado por uma empresa
que cobrou 350.000,00

3.8 – Exercício 3: Balancetes


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Verificação

Descrição Débito Crédito Saldo devedor Saldo credor

Retificação

Descrição Débito Crédito Saldo devedor Saldo credor


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Referências
17
PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de contabilidade básica: contabilidade
introdutória e intermediária. 6 Ed. São Paulo : Atlas, 2008.

ÁVILA, Carlos Alberto de. Gestão contábil para contadores e não contadores.
Curitiba: Ibpex, 2006.

SÁ, António Lopes de. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade. São
Paulo: Atlas, 1997.

Plano Geral de Contabilidade de Angola – 2021

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SILVA, Agnaldo. Apostila Introdução à Contabilidade, 2020

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