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Certificado/Recibo de Depósito Bancário

CDB Fortuna (2005), explica que tanto o Certificado de Depósito Bancário - CDB quanto o Recibo de Depósito
Bancário - RDB se caracterizam como os principais títulos emitidos por Bancos Múltiplos, Comerciais, de Investimento e
Caixas Econômicas, que tem por objetivo captar recursos dos investidores (pessoas físicas e jurídicas não financeiras)
através da rede de agências. Entre outras coisas, essas aplicações permitem que as instituições financeiras obtenham
dinheiro para emprestarem às empresas que necessitem de numerário para financiar operações e negócios. Partes
desses recursos irão financiar: • o crédito direto ao consumidor CDC (via cheque especial); • empréstimos para capital
de giro das empresas; • compra de bens e serviços e etc. (Idem), ainda salienta que os CDB e RDB consistem-se em
um depósito a prazo predeterminado e rentabilidade pré ou pós-fixada. Isto determina dois tipos, portanto de CDB. Os
pré-fixados têm a sua rentabilidade expressas unicamente nas taxas de juros, sempre referidas ao ano. Os pós-fixados
são atrelados à TR (ou IGPM), que é mensal e usada como correção, acrescida de uma taxa de juros que se refere ao
ano e com prazo mínimo de um mês. Esses papéis podem ter ou não deságio na sua emissão. A tributação desses
papéis, como de todos os papéis de renda fixa, inclusive fundos, e os clubes de investimento, são compostos de três
alíquotas: a. Com valores decrescentes de 96% para 1 dia até 0% para prazos iguais ou superiores a 30 dias sobre o
rendimento dos títulos, chamada de IOF e criada pela Portaria nº 264 de 30/06/99 do Ministério da Fazenda; b. 20% de
IR sobre o que restou do rendimento, para qualquer prazo; c. A CPMF que é da ordem de 0,3% sobre a aplicação. As
Instituições Financeiras e as autorizadas a funcionar pelo BACEN não pagam IR na fonte sobre os ganhos nessas
operações. Assaf Neto (2005), fala que a principal diferença entre o CDB e o RDB é a possibilidade do CDB ser
transferido a outros investidores por endosso nominativo. O RDB é um titulo intransferível. É importante salientar que o
porte do banco é deveras importante, na medida que terá muito mais facilidades em conseguir aplicações,
principalmente pelo elevado número de agências, do que um banco de pequeno porte. A saída para os pequenos seria
a de oferecerem taxas mais atrativas, para aumentar o leque de investidores e clientes.

Certificado de Depósito Interfinanceiro

CDI De forma a garantir uma distribuição de recursos que atenda ao fluxo de recursos demandados pelas
instituições, foi criado, em meados da década de 1980, o CDI. Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos
de emissão das instituições financeiras, que lastreiam as operações do mercado interbancário. Suas características são
idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir
recursos de uma instituição financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem
dinheiro sobrando empresta para quem não tem. As operações se realizam fora do âmbito do BC, tanto que, neste
mercado, não há incidência de qualquer tipo de imposto (IR ou IOF), as transações são fechadas por meio eletrônico e
registradas nos computadores das instituições envolvidas e nos terminais da Central de Custódia e Liquidação de
Títulos Privados (Cetip). Grande parte das operações é negociada com período de apenas um dia. Apesar disso, tem as
vantagens de ser rápido, seguro e não sofrer nenhum tipo de taxação. Agora, os CDI também podem ser negociados
em prazos mais dilatados e com taxas pré-fixadas e pós-fixadas. Os Certificados de Depósitos Interbancários
negociados por um dia, também são denominados Depósitos Interfinanceiros e detém a característica de funcionarem
como um padrão de taxa média diária, a CDI over. As taxas do CDI over vão estabelecer os parâmetros das taxas
referentes às operações de empréstimos de curtíssimo prazo, conhecidas como hot money.

Hot Money

HOT MONEY Assaf Neto (2005), explica que são empréstimos de curtíssimos prazos (um dia) que os bancos
fazem às empresas. Estas recorrem a essa fonte de recursos para ajustar seus fluxos de caixa. Muitas vezes chamado
de “dinheiro quente”. A taxa de juros do HOT MONEY apresenta-se “linearizada”, pois é apresentada na forma de taxa
mensal ao dia útil ou taxa de OVER, ou seja, a taxa efetiva de um dia útil multiplicada por 30 dias (convenção de
mercado), acrescida de um spread cobrado pela instituição intermediadora. A operação incorre também em IOF
calculado sobre a repactuação diária da taxa de juro. Para financiamentos de valores elevados, geralmente a operação
é contratada por um dia e renovada no dia seguinte, caso haja necessidade. Tal procedimento evita riscos para as
partes em períodos de grandes oscilações nas taxas de juros. Fortuna (2005), fala que é comum, de forma a simplificar
os procedimentos operacionais, para os clientes tradicionais da mesa neste produto, criar-se um contrato fixo de hot
money, estabelecendo as regras deste empréstimo e permitindo a transferência de recursos ao cliente a partir de um
simples telex, telefonema ou fax, garantidos por uma NP já previamente assinada, evitando-se assim o fluxo corrido de
papéis para cada operação. (Idem), ainda salienta que a CPMF tem um enorme peso no hot money, já que é cobrada
duas vezes – uma vez quando o dinheiro é creditado na conta do tomador, e outra vez quando o dinheiro sair de sua
conta para quitar o débito da operação.

Desconto de Duplicatas e Notas Promissórias

DESCONTOS DE TÍTULOS (NP / DUPLICATAS) Fortuna (2005), explica que é o adiantamento de recursos
aos clientes, feitos pelo banco, sobre valores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de forma
a antecipar o fluxo de caixa do cliente. O cliente transfere o rico do recebimento de suas vendas a prazo ao banco e
garante o recebimento imediato dos recursos, que, teoricamente, só teria disponíveis no futuro. O banco deve
selecionar cuidadosamente a qualidade de credito das duplicatas ou NP de forma a evitar a inadimplência. (Idem), ainda
explica que o desconto de duplicatas é feito sobre títulos com prazo Maximo de 60 dias e prazo médio de 30 dias. O
IOF é calculado sobre o principal, com alíquota de 0,0041% a. d. para pessoa jurídica (1,5% a.a.) e 0,0164% a.d. para
pessoa física (6% a.a.), limitado aos valores anuais, caso o prazo seja maior que doze meses.

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