Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
No actual século, diversos investidores tendem a estar céptico em explorarou investir em determinado negócio
devido a turbulências movida pelos fenómenos naturais, guerras, doenças pandémicas, etc que o mundo está
mergulhado, facto que tem emergido incerteza de longo, médio e curto prazo para o retorno do capital que - se
deseja investir ou emprestar. Estapesquisa visa “analisar os factores determinantes na rendibilidade daempresa”,
tendo em atenção que existem diversos grupo de índices que devem ser levados em consideração duma tomada de
decisões financeiras e estruturantes para haverrentabilização dos capitais próprios e alheios investidos em
determinada área de negócio. Para o efeito, foram analisadosíndices/indicadorescom realce os que compõem a
rendibilidade, passando antes pela percepção dos conceitos relevantes que fazem ligação com o tema. Este artigo
visaessencialmente contribuir e ajudar os gestores, accionistas e outros interessados no negócio para
tomada de decisões rápidas e eficientes da empresa, mediante a escolha de índices económicos-
financeiros para leitura e interpretação das suas demonstrações financeiras das empresas, dada a
constante mutação do mercado para recuperação ou obtenção de lucros do capital investido. Tem como
objectivo primordial-descrever e compreender os conceitos relevantes que auxiliam a compreensão e
interpretação da análise de rendibilidade/rentabilidade das empresas. Para obtenção das conclusões finais, o
autor, recorreu a pesquisa bibliografia (fruto de leitura extraída em diversos manuais físicos e electrónicos), cuja
abordagem é qualitativa.Em síntese, concluiuque quanto maior for o nível de endividamento da empresa maior é a
taxa de rendibilidade do capital próprio ou custo do capital próprio, motivado pelo facto do nível de risco do capital
próprio aumentar com o endividamento o que possibilita a probabilidade de ocorrer a falência devido o elevado
nível de custo. Os autores consultados foram unânimes em afirmar quea análise de rendibilidade de uma empresa
não se deve limitar ao exame de situações de momento, se de facto se quiser emitir um juízo completo acerca da
situação da mesma, mas se é preciso investigar o que aconteceu em anos anteriores para se poder dizer se a
tendência é para melhorar ou para piorar o negócio.
1
Abstract
In the current century, many investors tend to be skeptical about exploring or investing in a particular business due
to turmoil driven by natural phenomena, wars, pandemic diseases, etc. that the world is immersed in, a fact that
has emerged long, medium and short term uncertainty for the return on capital you - whether you want to invest
or lend. This research aims to “analyze the determining factors in the company's profitability”, bearing in mind that
there are several groups of indices that must be taken into account when taking financial and structuring decisions
in order to obtain a return on equity and debt invested in a given business area. For this purpose, indices/indicators
were analysed, highlighting those that make up profitability, passing through the perception of relevant concepts
that are linked to the theme. This article aims essentially to contribute and help managers, shareholders and others
interested in the business to make quick and efficient decisions for the company, through the choice of economic
and financial indices for reading and interpreting their companies' financial statements, given the constant change
in the market to recover or obtain profits from the invested capital. Its primary objective is to describe and
understand the relevant concepts that help to understand and interpret the profitability/profitability analysis of
companies. To obtain the final conclusions, the author resorted to bibliographical research (a result of reading
extracted from several physical and electronic manuals), whose approach is qualitative. equity or cost of equity,
motivated by the fact that the risk level of equity increases with indebtedness, which makes bankruptcy possible
due to the high level of cost. The consulted authors were unanimous in stating that the analysis of a company's
profitability should not be limited to examining current situations, if in fact one wants to issue a complete
judgment about its situation, but if it is necessary to investigate what has happened in years to be able to tell if the
trend is for better or worse business.
2
1 Introdução
A globalização é uma tendência actual verificada no mundo, que emerge abertura económica, política,
social e cultural das nações. É um estágio mais avançado do capitalismo e pressupõe a transformação de
economias fechadas e protegidas, para um modelo de interdependência com outras economias
mundiais, onde as nações devem estar preparadas em capitais a investir.
A actividade empresarial é constituída por actividade comercial, industrial e de prestação de serviços que
tem como objectivo final a acumulação de riquezas, colocando bens e serviços, os quais promovem a
satisfação das necessidades da sociedade. Para que actividade empresarial atinja seus objectivos é
necessário que exista fonte de recursos para seu funcionamento (capitais próprios ou alheios) e os
mercados actuais são extremamente incertos e voláteis, colocando inúmeras vezes as empresas em
posição delicada (Neve, 2012).
Com base no tema “ análise da rendibilidade de uma empresa”, o autor irá aferir a eficiência dos
recursos utilizados e os meios postos à disposição de uma determinada empresa, recorrendo aos
procedimentos metodológico de pesquisa bibliográfica (manuais, revistas, apostilas físicas) e consulta
nas páginas de internet. Segundo Gitman (2010), uma empresa pode ter um elevado nível de
rendibilidade e estar com problemas financeiros. Para a continuidade das operações da empresa
depende de uma liquidez suficiente, que permita solver os seus compromissos à medida que se vão
vencendo, e da obtenção de bons níveis de rendibilidade.Por outro lado se faz necessário relacionar
análise de diversosindicadores/índices económicos-financeiros a partir das demonstrações
financeirasdas empresas, factor imprescindível para alcançar o sucesso e evitar imprevistosde
determinada empresa no tempo.
O tema revela enorme importância para gestores, accionistas e outros interessados quer para tomada de
decisões rápidas e eficientes da empresa, quer no ranking mundial, dada a constante mutação do
mercado para recuperação ou obtenção de lucros do capital investido. O artigo tem como objectivo
descrever e compreender os conceitos relevantes que auxilia a compreensão e interpretação da análise
de rendibilidade/rentabilidade das empresas através da coordenação de diversos índices económicos-
financeiros recorridos na gestão empresarial ou capital investido.
3
2 Marco teórico - Conceitos relevantes
2.1 Empresa
De acordo com o blogueiro Marcondes (2019), empresa é um sistema económico-social organizado para
produzir e ofertar produtos (bens ou serviços) que possam satisfazer às necessidades e desejos das
pessoas, e com isto alcançar seus objectivos, sua sustentabilidade e continuidade.
Segundo Neves (2004), as actividades desenvolvidas numa empresa traduzem-se num fluxo de entradas
e saídas de fundos, que é necessário equilibrar, isto é, deve, pelo menos, igualar o fluxo de saídas, sob
pena da empresa se desequilibrar financeira e economicamente: ENTRADAS ≧ SAÍDAS.
Para Fernandes e tal, 2012 a gestão financeira consiste no conjunto de decisões e medidas que, no seio
de uma determinada organização, e em função dos seus objectivos específicos, convergem para a
regulação dos fluxos financeiros (de aplicação e de origem). As decisões englobam horizonte temporal e
curto, médio e longo prazo para que determinada empresa consiga garantir meios de financiamento no
timing adequado, ao menor custo possível, com vista a obter a maximização da sua rendibilidade, sem
colocar em risco a sua sustentabilidade.
Designa-se por risco empresarial, segundo (Diniz, 2015), tomadas as decisões de financiamento e
investimento de uma empresa, pelos executivos (gestores ou proprietários, accionistas/credores) que
precisam aguardar para ver se darão certo conforme o planeado, resultando no retorno esperado ou
não. Eas decisões financeiras dividem se em dois grandes risco: risco operacional (económico) e risco
financeiro (endividamento da empresa).
4
Já (Fernades et al, 2012) designa-se por risco sistemático o risco de mercado em que a empresa está inserida,
que se relaciona com a incerteza decorrente de possíveis alterações em variáveis que a empresa não controla,
como por exemplo a inflação, as políticas económicas ou outros aspectos conjunturais.
Neves (2012), define risco empresarial como a possibilidade de perda, movida pela incerteza, quer relativamente à
probabilidade de ocorrência de factores que afectem directa ou indirectamente a empresa e a sua situação
económico-financeira, quer no que respeita ao momento em que esses factos possam suceder.
Exemplo: As empresas que dependem de uma época do ano para manter seus negócios, como vendas de
insumos agrícola para época chuvosa e lojas de brinquedos, que concentram aproximadamente 70% do
seu facturamento anual em uma única época.
As empresas apresentam informações significativas de análise das suas actividades por via das
demonstrações financeiras que são elaboradas para mostrar aos seus usuários (proprietários, gestores,
investidores, credores, etc). Este tipo de análise é mais importantes da administração financeira e
desperta um enorme interesse tanto para os administradores internos (relatórios contabilísticos visauma
avaliação do desempenho da empresa, como para analistas externos (examinar os relatórios financeiros
de acordo com o seu objectivo).
Exemplo: Um banco que vai emprestar uma quantia significativa de capital de giro para a empresa, antes
deve examinar aspectos de geração de fluxo de caixa e estrutura de capital.
De acordo com Da Fonseca (2009), o Balanço Patrimonial de uma empresa compreende grupos de
contas do activo que representam os direitos da empresa, e de outro lado os grupos de contas do
passivo.
O Balanço Patrimonial é constituído pelos seguintes elementos patrimoniais: Activo (Bens, Direitos e as
demais aplicações de recursos controlados pela entidade); Passivo (origens-obrigações para com
terceiros de curto, médio e longo prazo) e Património Líquido (recursos próprios da empresa-Sócios).
Segundo a autora, o objectivo primordial da análise financeira é extrair dos principais documentos
contabilística, informação fidedigna para a análise económica - financeira da empresa e da sua evolução
ao longo de um certo período de tempo.
5
2.2.1 Análise de índices/indicadores
De acordo com Diniz (2015), análise da estrutura financeira de uma empresa envolve o estudo de um
conjunto de indicadores operacionais que reflectem todas as decisões tomadas com relação ao capital
de giro e o seu equilíbrio financeiro.
A análise de índices também é conhecida por análise de indicadores e de quocientes (Diniz, 2015). A
técnica de análise de índices económico-financeiros evidencia aspectos da situação financeira e da
situação económica da organização.
Segundo Marion (2010), citado por Diniz (2015), os indicadores/índices ou quocientes) significam o
resultado obtido da divisão de duas grandezas, por exemplo.
Este autor, explica que depois de se calcular o índice que faz parte da 1ª etapa do processo de análise, o
analista deve interpretá-lo que é a 2ª etapa, ou seja, o que significa um índice de contas a
receber/contas a pagar que é igual a 3. Para finalizar o processo de análise, deve conceituá-lo comentar
se o índice de contas a receber/contas a pagar igual a 3 é bom, razoável ou mau.
Para realizar essa interpretação, é importante que se faça uma comparação dos indicadores da empresa
com os indicadores do sector em que ela esta inserida ou actua no ramo da indústria ou de comércio.
Os índices visam compreender de que forma o cálculo e a interpretação dos índices financeiros, a partir
dos balanços patrimoniais e das demonstrações de resultados de exercícios projectados, são importantes
para uma tomada de decisão.
6
Denis (2015) citando Ribeiro (2009), disse é importante ressaltar que existe diversos grupos de índices,
nomeadamente: índices de Estrutura de capital; de Liquidez; de Actividade, e de
Rentabilidade/Rendibilidade.
Os índices de estrutura de capital buscam demonstrar como a empresa está estruturada, conforme a
relação entre o capital próprio (Património Líquido) e o capital de terceiros (Passivo Exigível), ou seja,
ajuda a caracterizar quais tipos de recursos estão sendo utilizados e a exigibilidade destes recursos ao
longo do tempo – o seu endividamento, (Diniz 2015).
Da Fonseca (2015, p.328), destaca variáveis que irão auxiliar o analistaa proceder análise nas
demonstrações financeiras da empresa que são, compostas por seguintes itens: Participação de capitais
de terceiros; Composição do endividamento; Imobilização do património líquido; e Imobilização dos
recursos não correntes. Expressão matemática:
* 100%
Índice de liquidez - avaliam a capacidade da empresa para cumprir com os seus compromissos
financeiros de curto prazo, ou seja, medem as condições de cumprimento das obrigações de natureza
financeira num prazo não inferior a 12 meses (Da Encarnação, 2009, p.43).
Os índices de liquidez têm por objectivo demonstrar a situação financeira de uma empresa, relacionada
à sua capacidade de pagamento no longo, curto e curtíssimo prazo.Os índices de liquidez se diferenciam
dos demais grupos de indicadores por não serem apresentados sob a forma de percentual (Diniz, 2015).
Assim, não devem ser multiplicados por 100%. Quanto maiores forem os valores dos índices de liquidez,
melhor para a empresa, que possui recursos para pagar suas dívidas. É importante ressaltar que
indicadores de liquidez muito altos podem denotar ineficiência da empresa, pois ela estaria perdendo a
chance de investir esses recursos excedentes em outras opções.
Da Fonseca (2009); Da Encarnação (2009 eDiniz (2015), classificam os índices, de acordo com o período
de tempo para análise: Índices de liquidez corrente; Índices de liquidez imediata; Índice de liquidez seca;
7
Índices de liquidez geral; e Índices de liquidez com lucro. Expressão matemática de um dos índices de
liquidez.
Este índice visa analisar as demonstrações financeiras de determinada empresa, cuja características e
fórmulas de cálculo deves ser utilizado pelo analista, ou seja, visam evidenciar o prazo médio de algumas
operações realizadas por determinada empresa, tais como: recebimento de vendas, pagamento de
compras, renovação de stock e posicionamento da actividade no mercado, (2015, p.137).
Da Fonseca (2009 pp.235-237) esse grupo de índices estuda quantos dias em média a empresa recebe
suas vendas, paga suas compras e renova seus stock´s. E agrupa os índices em três variáveis,
nomeadamente: o Prazo Médio de Renovação de Stock´s (PMRS), o Prazo Médio de Recebimento de
Vendas (PMRV) e o Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC).
Expressão matemática:
Esse índice, demonstram os resultados financeiros de determinada empresa, medindo, dessa forma, o
retorno alcançado. Portanto, esses índices são muito importantes, pois a rentabilidade é vista
amplamente como o principal objectivo de uma empresa (Diniz, 2015).
De acordo com Macuácua (2017), a rentabilidade reflecte margem e retorno das informações sobre a
lucratividade e eficiência da empresa, onde a margem é a porção dos proveitos que é lucro e retorno é a
comparação entre o lucro e o investimento necessário para gerar o lucro.
Este grupo de indicador diferencia dos outros índicespelo facto destes os cálculos, são utilizados valores
de contas da Demonstração do Resultado do Exercício, relacionando os investimentos que foram feitos
na organização com os resultados obtidos por ela em sua actividade.
O mesmo autor, enumera quatro tipos de índices de rentabilidade, que o analista avalia na empresa:
Giro do activo; Margem líquida; Rentabilidade do activo; Rentabilidade do património líquido. Expressão
matemática:
8
2.4 Análise da Rendibilidade
Lousã et al, (2010) designa análise de rendibilidade a capacidade da empresa para gerar fluxos
financeiros positivos (lucros).
Segundo Fernandes et tal, 2012 citado por Cunha (2013, p.15), a análise financeira da rendibilidade da
empresa, visa aferir a capacidade em gerar lucro, isto é, a capacidade da empresa em gerar lucro, isto é, a
capacidade de obter proveitos superiores aos custos, resultado de uma eficiente gestão dos recursos disponíveis -
financeiros, materiais e humanos. Para análise de rendibilidade, utilizam se frequentemente rácios e indicadores
que permitem aferir a eficiência na gestão dos recursos disponíveis relacionados a resultados obtidos com o
volume dos negócios (vertente Operacional da empresa) e com investimentos efectuados (vertente estratégica).
Entende-se por rendibilidade de uma empresa a taxa com que remunera todos os capitais postos a
disposição, (Menezes, 1999, p.105). Do ponto de vista económico, rendibilidade trata de tornar máximo
os lucros absolutos em relação os lucros obtidos quando comparado com os capitais investidos.
De acordo com Da Encarnação (2009, p.37), os rácios de rendibilidade exprimem os fundos gerados pela
empresa após remunerar os diferentes factores produtivos e liquidar os impostos que incidem sobre o
rendimento das entidades, isto é, determinam a eficiência na utilização dos recursos da empresa.
Gitman (2004, p.52) refere índice de rendibilidade como grupo, essas medições permitem ao analista
avaliar os lucros da empresa em relação a certo nível de vendas, a certo nível de activos ou ao volume de
capital investido pelos proprietários. O mesmo diz “sem lucros, uma empresa não poderia atrair capital
externo”, facto que em nosso entender esta análise contrasta as empresas emergentes no mercado.
O conceito de rendibilidade não é conceito absoluto mas sim que se reporta a uma relação existente
entre duas grandezas, Menezes (1999). A sua apuração deve ser analisada sob perspectivas, de rácios e
indicadorespara permitir aferição da eficiência na gestão dos recursos disponíveis, isto é, perspectiva
operacional (que avalia os resultados obtidos com o volume de negócios) e perspectiva estratégica (que
avalia o investimento efectuado). Exemplo:
Suponhamos duas empresas denominadas Kévin,Lda e Késia,Lda, onde a primeira obtém lucros anuais
de 10.000,00Mt e a segunda de 20.000,00Mt. A prior pode - se pensar a empresa Késia,Lda foi a mais
rendível neste período quando comparado os números absolutos com a Kévin,Lda, mas esta afirmação
9
não deve ser efectuada sem antes conhecer outros parâmetros, isto é, os capitais investidos –
indispensáveis para estabelecer a relação.
Portanto, para qualquer empresa cujo objecto económico é a obtenção do lucro, ela deve maximizar os
lucros em relação aos capitais investidos para obter a expressão matemática de rendibilidade.
Expressão matemática:
* 100%
Analisa a relação os lucros obtidos pela empresa com o total de capitais postos a disposição da mesma,
quer estes próprios ou quer alheios. Também poderá seridentificado como rendibilidade do negócio que
permite avaliar o desempenho dos capitais totais investidos na empresa independentemente da sua
origem (idem).
Expressão matemática:
* 100%
Expressão matemática:
* 100%
É a relação existente entre os lucros obtidos e os capitais próprios da empresa, Menezes, (1999).
Já Da Encarnação (2009), descreve rendibilidade dos Capitais Próprios como rendibilidade financeiros
que permite aos accionistasmedirem a rendibilidade dos capitais investidos, podendo desta forma ser
utilizado como objectivo de gestão da empresa.
* 100%
10
Neves, (2012) afirma que um valor elevado neste indicador torna a empresa mais “apetecível” a
potenciais investidores, facilitando a criação de condições financeiras favoráveis ao contínuo
crescimento e desenvolvimento da empresa.
Em resumo, pode –se dizer que a rendibilidade dos capitais próprios depende, por um lado, da
rendibilidade do activo total da empresa e, por outro, da estrutura financeira representada pelo passivo
do balanço. É evidente na análise de rendibilidade económica-financeira das empresas a dependência
com que existem entre a rendibilidade dos capitais próprios, a rendibilidade que a empresa obtenha dos
capitais totais e a sua estrutura financeira.
Relaciona o lucro distribuído como dividendo com os capitais investidos pelos sócios.
* 100%
a) * 100% = 10%
b) * 100% = 16,6%
c) * 100% = 11,6%
11
2.4.2 Indicadores de rendibilidade
De acordo com Kassai, Santos e Neto (2000), para obter o valor da Rendibilidade Operacional do Activo
(ROA) divide-se o lucro operacional (antes do imposto sobre o rendimento) pelo investimento da
empresa. Este indicador avalia o retorno do investimento, sendo que quanto maior o seu valor maior é a
capacidade de a empresa gerar resultados operacionais através do activo (Fernandes, 2012).
Segundo Gonçalves et tal. (2012), Rendibilidade Líquida do Activo (RLA) - determina a capacidade do
activo da empresa em gerar lucros. Ross etal. (2013), para uma melhor interpretação da RLA é
importante fazer uma comparação com períodos passados da empresa, a fim de verificar a sua evolução
ao longo do tempo. Este indicador calcula-se dividindo o resultado líquido do período pelo activo total.
De acordo com Menezes (1999), em todo o estudo de rendibilidade é preciso ter presente a equação
fundamental da rendibilidade, cuja expressão matemática é:
De acordo com a literatura, ficou evidente que a rendibilidade dos capitais totais investidos numa
empresa, dependerá, por um lado, do lucro obtido por cada valor vendido e, por outro, do número de
valor vendidos por cada valor investido. Isto quer dizer que a variação da rendibilidade total se pode
dever a alteração nas margens de lucro obtidas nas vendas ou a alteração no número de rotações do
activo da empresa, ou ainda a variação de ambas.
12
3 Considerações finais
Este artigo trouxe maior relevância para as empresas procederem análises económica-financeira apesar
de muitas delas desconhecerem a influência de tais análises nas demonstrações financeiras, balanço
patrimonial, e nas demonstrações de resultado do exercício, porque auxiliam aos gestores a obter
análises estratégicas para melhor controlo financeiro e como meio de transparência aos que pretendem
relacionar com a empresa, bem como trás segurança com meio externo (clientes, fornecedores,
financiadores, fisco, etc). A de falta de informação leva muitas empresas a não conseguirem
financiamentos com juros menores, pelo facto das empresas de crédito avaliarem como um factor
relevante do risco de crédito, o facto de a empresa não possuir demonstrações financeiras e análise de
sua própria situação económico-financeiro.
Dada a sua importância, este artigo analisou os diversos factores que influenciam na obtenção da
rendibilidade de uma empresa fruto das diversas literaturas consultadas, donde autor apurou:
as demonstrações contabilísticas de uma empresa podem determinar qual é a sua real situação
económica e financeira, através do conhecimento de pontos fundamentais de sua estrutura,
como a capacidade de pagamento de dívidas, rentabilidade do capital investido, possibilidade de
falência entre outros, (Diniz, 2015, p.132);
todo accionista prefere aumentar a sua riqueza, sendo indiferente se esta resulta de um
acréscimo de dividendos ou de um aumento equivalente do valor das acções;
a análise de uma empresa não se deve limitar ao exame de situações de momento, se de facto
quiser emitir um juízo completo acerca da situação da mesma, ou seja, é preciso investigar o que
aconteceu em anos anteriores para se poder tecer se a tendência é para melhorar ou a piorar as
operações da empresa;
E por fim, este artigo conclui que uma boa gestão dos diversos indicadores são cruciais para a
estabilidade financeira/económica de uma empresa e a sua má gestão de algum destes indicadores pode
contribuir para a instabilidade da empresa e consequentemente alcançar índices altos de endividamento
que podem originar problemas de insolvência.
13
Referências bibliográficas
Brealey, R., Myers, S. C., e Marcus, A. J. (2003) Fundamentos da Administração Financeira. 3ª ed.
Portugal: McGraw-Hill;
Cunha, J. , (2013): A Análise Financeira como ferramenta de apoio à tomada de decisão, Estudo de Caso:
Termalistur, E.E.M. - Termas de S. Pedro do Sul - Dissertação para a obtenção do grau de Mestre em
Gestão de Unidades de Saúde (2º Ciclo de Estudos), UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR, FACULDADE DE
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS, Covilhã, Junho;
Fernandes, Carla; et al (2012) - Análise Financeira – Teoria e Prática. Edições Sílabo, Lda. Lisboa.
Gitman, L. J. (2010) Princípios de administração financeira. 12ª ed. São Paulo: Pearson, 2010;
Gonçalves C., Santos D., Rodrigo J. e Fernandes S. (2012) Relato Financeiro: Interpretação e Análise.
Porto: Vida Económica;
Kassai, J. R., Kassai, S., Santos, A. e Neto, A. (2000) Retorno de Investimento: abordagem matemática e
contábil do lucro empresarial. 2ªed. São Paulo: Atlas;
Lousã, Aires; Pereira, P.A; Lambrt (2010) - Técnica de Organização Empresarial –Bloco II,Porto Editora;
14
Matarazzo, D. C. (2003) Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 6ª ed. São Paulo:
Atlas;
Moreira, José A. (2001) - Análise Financeira de Empresas: da teoria à prática. IMC Editora. 4ª Edição.
Moreira, José António (2001) - Análise Financeira de Empresas: da teoria à prática. IMC Editora. 4ª
Edição.
Neves, J. C. (2012): Análise e Relato Financeiro – Uma Visão Integrada da Gestão. Texto Editores, Lda. 5ª
Edição. Alfragide;
Neves, João Carvalho (2004) - Análise Financeira – Técnicas Fundamentais. Texto Editora. Lisboa.
15