Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. (Unicamp 2021) Como justificar que somos parentesco. Daí a importância da concepção de
uma humanidade, se mais de 70% estão território como espaço de comunicação. Eles
totalmente alienados do mínimo exercício de têm parentes nos diversos países e seguem se
ser? A modernização jogou essa gente do campo visitando regularmente. Os guaranis seguem
e da floresta para viver em favelas e em com noções e conceitos próprios de fronteira,
periferias, para virar mão de obra em centros uma ideia mais sociológica e ideológica, que
urbanos. Essas pessoas foram arrancadas de inclui, exclui e define quem pertence e quem
seus coletivos, de seus lugares de origem, e não pertence a determinado grupo social.
jogadas nesse liquidificador chamado O dilema das fronteiras na trajetória guarani. Entrevista especial com
Antônio Brand. Disponível em: www.ihuonline.unisinos.br. Acesso em: 15
humanidade. Se as pessoas não tiverem ago. 2013 (adaptado).
vínculos profundos com sua memória ancestral,
com as referências que dão sustentação a uma De acordo com o texto, o processo de
identidade, vão ficar loucas neste mundo demarcação das terras reivindicadas por esse
maluco que compartilhamos. povo enfrenta como dificuldade o(a)
(Adaptado de Ailton Krenak, Ideias para adiar o fim do mundo. Apple Books, a) valor de desapropriação das áreas legalizadas.
2018, p. 10.)
b) engajamento de jovens na luta pela reforma
Com base no texto e em seus conhecimentos, agrária.
assinale a alternativa que apresenta c) escassez de zonas cultiváveis nas regiões
corretamente os conceitos de “alienação” e contíguas.
“identidade”, respectivamente, d) tensão entre identidade coletiva e normatizações
a) dissociação dos seres humanos de algum aspecto das nações limítrofes.
essencial de sua natureza; interações coletivas e) contradição entre sustento extrativista e
construídas sobre heranças espaciais e desmatamento das florestas tropicais.
temporalidades vividas.
b) associação dos seres humanos com a natureza 3. (Unicamp 2021)
fundamental das sociedades; enraizamentos em
espaços e temporalidades herdados que
constroem nexos coletivos.
c) falta de controle sobre processos sociais capitais
para a vida das pessoas; apagamento dos tempos
e temporalidades precedentes como forma de
vínculo coletivo.
d) consciência e controle plenos das
transformações nas relações sociais;
estranhamento com relação aos espaços
herdados e projetos de futuro das coletividades.
4. (Enem 2017) Elaborada em 1969, a releitura De acordo com esse entendimento, a civilização
contida na Figura 2 revela aspectos de uma é uma construção cultural que se baseia na
trajetória e obra dedicada à a) atemporalidade dos valores universais.
b) globalização do mundo contemporâneo.
c) fragmentação das ações políticas.
d) centralização do poder estatal.
e) identidade dos grupos sociais.
se “ficar” com vários parceiros ou durante um d) “É assim numa cultura consumista como a nossa,
tempo “ir ficando” em diferentes situações, sem que favorece o produto para o uso imediato, o
que isso se configure em compromisso, namoro prazer passageiro, a satisfação instantânea,
ou outra modalidade institucional de relação. resultados que não exijam esforços prolongados,
Os processos sociais que provocaram as receitas testadas, garantias de seguro total e
mudanças nas relações amorosas, bem como devolução do dinheiro. A promessa de aprender
suas consequências para o indivíduo e para a a arte de amar é a oferta (falsa, enganosa, mas
sociedade, têm sido problematizados por vários que se deseja ardentemente que seja verdadeira)
cientistas sociais. de construir a ’experiência amorosa’ à
semelhança de outras mercadorias, que fascinam
Assinale a alternativa em que o texto explica os e seduzem exibindo todas essas características e
sentidos das relações amorosas descritas prometem desejo sem ansiedade, esforço sem
acima. suor e resultados sem esforço.
(BAUMAN, Z. Amor líquido. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. p.21-22).
a) “Hoje as artes de expressão não são as únicas que
se propõem às mulheres; muitas delas tentam e) “Viver na grande metrópole significa enfrentar a
atividades criadoras. A situação da mulher violência que ela produz, expande e exalta, no
predispõe-na a procurar uma salvação na mesmo pacote em que gera e acalenta as criações
literatura e na arte. Vivendo à margem do mundo mais sublimes da cultura.[...] Nesse sentido,
masculino, não o apreende em sua figura talvez a primeira violência de que somos vítima,
universal e sim através de uma visão singular; ele já no início do dia, é o jornalismo, sempre muito
é para ela, não um conjunto de utensílios e sequioso de retratar e reportar, nos mínimos
conceitos e sim uma fonte de sensações e detalhes, o que de mais contundente e chocante
emoções; ela interessa-se pelas qualidades das a humanidade produziu no dia anterior [...]”.
coisas no que têm de gratuito e secreto [...]”. (NAFFAH NETO, A. Violência e ressentimento.
(BEAUVOIR, S. O segundo sexo. 5 ed. São Paulo: Nova Fronteira, 1980. p. 473.) In: CARDOSO, I. et al (Orgs). Utopia e mal-estar na cultura. São Paulo:
Hucitec, 1997. p. 99.)
b) “Hoje, no entanto, existe uma renovação, o que
significa dizer que os cientistas, quando chegam
através do seu conhecimento a esses problemas
fundamentais, tentam por si próprios
compreendê-los e fazem um apelo à sua própria
reflexão. Nos próximos anos, por exemplo, após
as experiências do Aspecto, a discussão sobre o
espaço e sobre o tempo – problemas filosóficos –
vai ser retomada”.
(MORIN, E. A inteligência da complexidade. 2. ed. São Paulo: Peirópolis,
2000. p. 37.)