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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL

CASOS CONCRETO 1
Questão objetiva:

Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional?


(a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da
República.
(b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o
processo de sua elaboração.
(c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da
Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação.
(d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da
Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos
humanos.

DISCURSIVA
O Estado do Rio de Janeiro, diante das crescentes taxas de violência, decide elaborar
uma lei ordinária estadual que prevê a majoração das penas de diversos crimes e a
redução da maioridade penal para 16 anos. Robson Braga, deputado estadual de
oposição, decide consultá-lo (a), na qualidade de advogado(a), acerca da
constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta a ser dada a Robson, destacando
se há vício de inconstitucionalidade e, em caso afirmativo, como ele pode ser
classificado.
Resp. Diante o caso concreto, é claro existência de um vicio de constitucionalidade
formal e material, pois vejamos, segundo o artigo 22,I da constituição federal é
competência privativa da união legislar sobre matéria penal, logo jamais uma lei
estadual poderá regular esse tipo de assunto.
Em segundo lugar a menoridade penal pode-se ser considerada cláusula pétrea,
pois segundo o artigo 60, parágrafo 4º,inciso IV os direitos e garantias individuais não
poderão ser projetos de proposta legislativas que diminuam ou possam abolir. Contudo,
a seguinte lei estadual possui flagrantemente vícios de inconstitucionalidade de cunho
material e formal.
Sendo assim, ressalta-se que por sua vez, surge quando os procedimentos
adotados na elaboração de um ato se chocam com a Constituição, ainda que seu
conteúdo final possa ser compatível. O nível formal inclui não apenas vícios no
procedimento em si, mas também vícios de competência: se uma norma for criada por
alguém que a Lei Maior não disse ser competente para tanto, temos aí também uma
inconstitucionalidade formal.
CASO CONCRETO 2
Questão objetiva
São exemplos de modalidades de controle político e preventivo de constitucionalidade:
I - O exame pelas Comissões de Constituição e Justiça das casas parlamentares.
II - O veto presidencial.
III - A recusa do Chefe do Executivo em aplicar uma norma que ele entenda
inconstitucional.
IV - A rejeição de Medida Provisória pelo Congresso Nacional por falta de relevância e
urgência.
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) III e IV
e) I e IV

DISCURSIVA :
O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o
estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados
pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro
deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de questionar
perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei
antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como
deverá ser respondida a consulta?
Resp. Neste caso devera ser ajuizado em mandado de segurança para trancamento da
pauta, conforme art. 30 §4, da constituição federal exercendo, assim o controle
preventivo. E apesar de o controle jurisdicional de constitucionalidade realizar-se, via
de regra, em caráter repressivo, ou seja, após a entrada em vigor da norma impugnada, a
jurisprudência do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo,
neste caso tratando se do MS, sendo assim, só poderá ser impetrado por outro membro
do Congresso Nacional e, necessariamente, deverá ser julgado antes de o referido
projeto ser convertido em lei (sob pena de tornar o MS um substitutivo da ADI).

Outra Resposta:
A norma é materialmente inconstitucional pois fere os Direitos e Garantias
Fundamentais dispostos na CRFB/88. Seu controle será preventivo, pois
ocorrerá ainda no processo legislativo, antes da publicação da lei.

CASO CONCRETO 3
Questão objetiva
A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dos tribunais, no sistema de
controle de constitucionalidade brasileiro, significa que:
(A) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do
respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo do Poder Público.
(B) a parte legitimamente interessada pode recorrer ao respectivo Tribunal Pleno das
decisões dos órgãos fracionários dos Tribunais Federais ou Estaduais que, em decisão
definitiva, tenha declarado a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.
(C) somente nas sessões plenárias de julgamento dos Tribunais Superiores é que a
matéria relativa a eventual inconstitucionalidade da lei ou ato normativo pode ser
decidida.
(D) a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar toda e qualquer
ação que pretenda invalidar lei ou ato normativo do Poder Público pode ser delegada a
qualquer tribunal, condicionada a delegação a que a decisão seja proferida por este
órgão jurisdicional delegado em sessão plenária.

Questão Discursiva
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando
obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com
base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão
em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o
Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil
Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo,
além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer,
em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser
decidida a ação?
Resp. Segundo o entendimento do STF, os direitos coletivos são gêneros que tem
como subespécies os direitos coletivos em sentido estrito e direitos individuas
homogêneos portanto, os direitos homogêneos são constitucionais, assim como o
art. 129, III, da CF, abrange tal subespécies, por fim, entende-se, desde que a Ação
Civil Pública seja proposta atendendo aos seus fins, e não como uma manobra
para substituir o controle direto de constitucionalidade, no seu manejo é possível,
sim, a discussão incidental de inconstitucionalidade, pela via do controle difuso.

CASO CONCRETO 4
Questão objetiva :
Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando
a) o plenário de um Tribunal, pelo quorum mínimo de dois terços de seus membros,
acolhe argüição de inconstitucionalidade.
b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe argüição de inconstitucionalidade.
c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe argüição incidental de
inconstitucionalidade.
d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funções de Corte
Constitucional, declarar a inconstitucionalidade.
e) uma seção julgadora, pelo quorum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe
argüição de inconstitucionalidade.

Questão discursiva:
Sebastião contratou um plano de minutos com a OPERADORA DE TELEFONIA
fixa da região em que mora, no Distrito Federal. Ocorre que ao pedir o
detalhamento das contas, ficou surpreso com o valor, já que a empresa alegava o
consumo de pulsos além da franquia contratada, sem esclarecer o tempo gasto nas
ligações excedentes. Sentindo-se lesado, procurou seu advogado para propor uma
ação visando anular aquela cobrança, além de exigir o detalhamento do consumo,
sob pena de multa. Fundamentou seu pedido na lei distrital 3426/2004, que obriga
as concessionárias prestadoras de telefonia o detalhamento sob pena de multa.
Pergunta-se:
a) Poderia a empresa ré argüir na contestação, a inconstitucionalidade do referido
diploma?
Resp. Sim, Na forma incidental. Lembrando-se que no controle difuso todos os órgãos
com competência jurisdicional podem fazê-lo.
b) Qual a espécie de controle referido no caso?
Resp. Difuso na forma incidental.
c) Poderá o juiz decidir acerca da inconstitucionalidade da lei?
Resp. Poderá sim, desde a 1º instância judicial o juiz possuirá competência para
declarara a inconstitucionalidade ao caso concreto, que fará efeito extunc e com eficácia
entre as partes.
Resp. Não, pois os efeitos são inter partes. O STF, após decidir a matéria em sede de
RE, poderá aguardar que o Senado Federal, após ser comunicado, suspenda a lei ou,
após reiteradas decisões no mesmo sentido, poderá editar uma súmula vinculante (art.
103-A, CF).
d) Suponha que o juiz entenda que a lei é constitucional, poderá então obrigar a
empresa a detalhar todas as contas que emitir aos consumidores? A resposta seria
diferente caso o caso de Sebastião chegasse ao STF através de um eventual recurso
extraordinário? Justifique.
Resp.Como resposta a primeira pergunta é não, pois como dito anteriormente o controle
de constitucionalidade difuso só faz coisa julgada entre as partes; porém já adentrando a
segunda pergunta, segundo o artigo 52, inciso X da CF, cabe ao STF, após decidir a
matéria em sede de RE, aguardar que o senado federal após a comunicação devida
suspenda determinada lei. Porém, segundo ao artigo 103-A da CF, após reiteradas
decisões o próprio poder judiciário poderá elaborar sumulas vinculantes que regularão
situações que outrora eram controvérsias .
Resp. Sim, por tratar-se de controle incidental (ou por via de exceção), que pode ser
suscitado por qualquer das partes.

CASO CONCRETO 5
Questão Objetiva
Para fins de propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação
declaratória de constitucionalidade, são legitimados universais e especiais,
respectivamente:
a) Presidente da República e Mesa do Senado Federal.
b) Mesa de Assembleia Legislativa e Confederação Sindical.
c) Conselho Federal da OAB e Governador de Estado.
d) Procurador Geral da República e Conselho Federal da OAB.
e) Procurador Geral da República e Governador de Estado.
Questão discursiva:
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em
face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e
respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o
DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que
atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes
penitenciários integrantes da carreira da polícia civil.
Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se
pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de
inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda,
justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do
ato normativo impugnado?
R) O procurador geral da republica vai atuar de acordo com sua convicção, o advogado
geral da união deve defender o ato de acordo com a constituição, pois ele atua como
curador da presunção de constitucionalidade das leis. A jurisprudência atual evoluiu no
tocante que o AGU atua de acordo com suas convicções nos termos da constituição.
Embora o art 103 §3 da CF afirme quando o Supremo Tribunal Federal aprecia a
inconstitucionalidade em tese de norma legal o ato normativo citara previamente, o
advogado geral da união, que defendera o ato ou texto impugnado, entendimento do
STF de acordo com o informativo nº 562 que o 103 §3 da CF concede a AGU o direito
de manifestação haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos
como o presente, em que o interesse da Uniao coincide com o interesse autor, implicaria
retira-lhe sua função primordial que é defender os interesses da União ao (CF art 131).
Alem disso o despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse
papel de contraditória no processo objetivo, constatou-se um problema de ordem
pratica, qual seja a falta de competência da corte para impor-lhe qualquer sanção
quando assim não procede em razão da inexistência de previsão constitucional para
tanto.

Outra resposta :
Resposta: Sim, eventualmente poderia, existem 2 entendimento quanto a essa questão, no
entendimento mais resttrito a AGU funciona como curador de defesa e segundo o entendimento
mais recente a AGU poderia deixar de proceder a defesa opinando pela procedência da ADIN
desde que esta seja mais favorável a União, ou seja a AGU está ali para defender a União e não o
ato normativo.

CASO CONCRETO 6
Questão objetiva
Sustentando que os Estados do Sul e do Sudeste têm 57,7% da população do
País, mas somente 45% de representantes no Poder Legislativo federal,
circunstância que fere o princípio da isonomia e a cláusula "voto com valor
igual para todos", partidos políticos do bloco de oposição, todos com
representação no Congresso Nacional, ajuizaram, perante o Supremo Tribunal
Federal, ação direta de inconstitucionalidade a fim de obter provimento judicial
declaratório da inconstitucionalidade da expressão "para que nenhuma
daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta
Deputados" e da palavra "quatro", constantes dos §§ 1o e 2º do art. 45 da
Constituição Federal. Referida ação

a) está fadada ao insucesso, porque somente partido político majoritário tem


legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade.
b) deve ser julgada procedente, pois há manifesto conflito entre princípios
supraconstitucionais e normas constitucionais, o qual se resolve em favor dos
primeiros.
c) deve ser acolhida, porque, se a escolha de Governador de Território tem de
ser aprovada previamente pelo Senado Federal, segundo o art. 52, III, c, da
Constituição Federal, e não por eleição direta, nada justifica a norma pela qual
"cada Território elegerá quatro Deputados".
d) deve ser julgada improcedente, na medida em que, se não existe diferença
entre princípios e normas para efeito de interpretação constitucional, não se
pode falar de contradição entre dispositivos de uma mesma constituição.
e) não pode ser admitida, pois a rigidez constitucional não se coaduna
com o estabelecimento de hierarquia entre normas postas pelo Poder
Constituinte originário.

Questão Discursivas :
Em decorrência de aparente inconstitucionalidade encontrada em norma legal integrante
do ordenamento jurídico do Distrito Federal, decidiu o Governador do Estado de
Tocantins pela propositura de ação direta de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal
Federal. Tendo em consideração o balizamento do instituto à luz da dogmática
constitucional bem como da jurisprudência da Corte Suprema, discorra acerca dos
limites e das possibilidades concernentes ao objeto da ação e à legitimação para a sua
propositura. A resposta deverá ser integralmente fundamentada.
RESPOSTA:
Os legitimados para a propositura da ADI estão estabelecidos no art. 103 da CF. Dentre
eles, existe a previsão do Governador de Estado poder propor ao STF uma ADIN acerca
de algum ato ou lei.
Trata se de lei distrital ente hibrido, tanto de competência de município quanto
de estado art 32 §1º CF. pode o governador do estado de Tocantins propor ADIN contra
um alei distrital feita delo distrito federal desde que prove a pertinência temática, se
aquela lei distrital de alguma forma influenciar o estado dele ele poderá propor ADIN,
mas ele terá que provar a pertinência temática, pois governador é legitimado especial.
Comrelação ao objeto da ação cabe ADIN de lei distrital uma vez que essa lei distrital
regular assunto cuja a competência é do estado, logo o ministro relator recebera a
ADIN, pois a lei foi feita na competência ESTADUAL. Se fosse municipal não poderia.

CASO CONCRETO 7

Questão objetiva
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar:
a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação
anterior revogada pela norma impugnada.
b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para
os órgãos do Poder Judiciário.
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa.
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro,
possui caráter retroativo.
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações
diretas de inconstitucionalidade.

Questão discursiva:
O Estado de Santa Catarina editou a Lei Complementar n. 212, que estabelece a
precedência da remoção de juízes às promoções por antiguidade ou merecimento na
magistratura daquele estado. No julgamento da ADI 2494, ocorrido em abril de 2006, o
STF declarou a referida lei inconstitucional, por violação ao art. 93 da CF.

Em 2007, o Estado de Pernambuco editou uma lei complementar com teor idêntico ao
da referida Lei Complementar n. 212/SC, o que levou um magistrado prejudicado com o
novo dispositivo legal pernambucano a ingressar com uma Reclamação dirigida ao STF,
com fundamento no art. 102, inciso I, alínea “l”, alegando que o legislador
pernambucano ofendeu a autoridade da decisão do STF proferida na ADI 2494.

Pergunta-se: é cabível a Reclamação em tela, ajuizada diretamente por terceiro


prejudicado no STF, ou seria necessário que a lei pernambucana fosse impugnada pela
via da ação direta de inconstitucionalidade?
R) Não é cabível é inadmissível , pois uma lei declarada inconstitucional pelo STF ela
sai do mundo jurídico , causando efeitos ex tunc e erga ommes , portanto vincula todo o
judiciário e a administração publica direta e indireta , sendo assim o Estado de PE não
poderá argir essa reclamação , pois a referida lei de SC não existe mais .
STF: RCL 5442MC/PE
EMENTA: RECLAMAÇÃO. PRETENDIDA SUBMISSÃO DO PODER
LEGISLATIVO AO EFEITO VINCULANTE QUE RESULTA DO JULGAMENTO,
PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DOS PROCESSOS DE FISCALIZAÇÃO
ABSTRATA DE CONSTITUCIONALIDADE. INADMISSIBILIDADE.
CONSEQÜENTE POSSIBILIDADE DE O LEGISLADOR EDITAR LEI DE
CONTEÚDO IDÊNTICO AO DE OUTRO DIPLOMA LEGISLATIVO
DECLARADO INCONSTITUCIONAL, EM SEDE DE CONTROLE ABSTRATO,
PELA SUPREMA CORTE. INVIABILIDADE DE UTILIZAÇÃO, NESSE
CONTEXTO, DO INSTRUMENTO PROCESSUAL DA RECLAMAÇÃO COMO
SUCEDÂNEO DE RECURSOS E AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL. RECLAMAÇÃO
NÃO CONHECIDA

CASO CONCRETO 8:
Questão objetiva
Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais.
A A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de
norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF,
sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF.
B Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à
completa integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF.
C A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado
de injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação
direta de inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de
constitucionalidade.
D O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto
constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausência de norma integradora.

Questão discursiva
Foi promulgada e publicada, pelo presidente da República, lei federal, de iniciativa do
Poder Executivo, estabelecendo valor do salário mínimo claramente insuficiente para
atender às necessidades vitais básicas e os valores protegidos no art. 7.º, inciso IV, da
Constituição Federal, que determina ser direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além
de outros que visem à melhoria de sua condição social, salário mínimo, fixado em lei,
nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte
e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim estabelecido.
Em face dessa situação hipotética e considerando que o escritório de advocacia em que
você trabalhe seja contratado para questionar a constitucionalidade dessa lei, indique,
com a devida fundamentação, a ação mais adequada ao caso.

R) Será a ADO – Ação direta de inconstitucionalidade por Omissão, pois há uma


omissão legislativa e o STF já se pronunciou na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
1.458-7 DISTRITO FEDERAL, Relator Ministro Celso de Melo:
“A insuficiência do valor correspondente ao salário mínimo, definido em importância que se revele
incapaz de atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e dos membros de sua família, configura
um claro descumprimento, ainda que parcial, da Constituição da República, pois o legislador, em tal
hipótese, longe de atuar como o sujeito concretizante do postulado constitucional que garante à classe
trabalhadora um piso geral de remuneração (CF, art. 7.º, IV), estará realizando, de modo imperfeito, o
programa social assumido pelo Estado na ordem jurídica. “( EArthur)

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