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REFLEXÃO INICIAL PARA INTRODUZIR A MATÉRIA

Direito= ordem de validade (axiológica)- Dever ser

Que …

Surge da controvérsia- relação do eu (Homem) com o outro

Ordem constituída por FUNDAMENTOS e CRITÉRIOS --- sistema de direito

- Princípios;

(Dialética) Julgador (juiz- o que decide) /jurista (Advogado de defesa)

Mundo da vida; Problemas. (Diz-se que: “O direito é rico em problemas.”)

O direito enquanto meio de disciplina geral pretende:

✓ Dá-nos a certeza e a segurança


✓ Retidão e razoabilidade das soluções

Norma jurídica dá-nos a certeza e a segurança que é taxativa, ou seja, tem de ser cumprida.

Como devemos encarar o direito?

O direito normativamente perspetivado pode ser compreendido de 2 formas:

Quid Iuris (problemas de direito) pergunta-nos o que o direito tem a dizer naquele caso
concreto? (o que o juiz vai aplicar naquela situação concreta): - Ex: sujeito A matou o B-
Homícidio.

Quid Ius (problemas de direito) o que é isto a que chamamos direito? o que é o direito? Será que
a solução possível é justa? - Estamos a interrogar a ordem de validade; a ordem de axiológica; a
ordem do “dever ser”.

Exercício:

António (B) casou com Beta (B), passado uns anos numa discussão acesa António mata Beta com
um tiro de caçadeira sabendo que o código penal diz nos termos do art.132 (Homicídio
qualificado) nº1, que se a morte produzida em circunstâncias que revelem especial
censurabilidade ou perversidade, o agente é punido com pena de prisão de 12 a 25 anos.
Sabendo depois que o código penal, diz nos termos do art.132 nº1 alínea b), que é suscetível de
revelar especial censurabilidade ou perversidade praticar o facto contra o conjugue.

O jurista Carlos à conversa com o jurista Dinis afirma: - Com certeza, o Juiz irá aplicar uma pena
de prisão de 12 a 25 anos (devido ao princípio de legalidade).

Por seu lado, o jurista Dinis responde: - Certamente Carlos, mas com o aumento de casos desta
natureza questiono-me se o direito penal português não é brando demais, senão poderíamos e
deveríamos repensar no direito penal face ao aumento da criminalidade.

Responde fundamentando qual dos juristas perspetiva normativamente o direito enquanto quid
iuris e qual dos juristas perspetiva normativamente o direito enquanto quid ius?

Quid iuris: (Carlos) Efetivamente, o Carlos perspectiva, por meio de quid iuris, uma vez que,
questiona o critério de solução que o juiz vai aplicar.

Quid ius: (Dinis) Já o Dinis aborda, por meio de Quid Ius, o problema do direito penal português,
mencionando que é demasiado brando, sendo por isto importante reflectir.

As questões interpenetram-se porque quando nos confrontamos com uma questão de “quid
iuris” temos de pressupor o “quid ius”.

Na verdade, a atitude do jurista perante o direito pode ser uma de duas distintas:

Atitude técnico-profissional: o jurista simplesmente aplica o direito (não interroga


porquê). O direito é como um dado e simplesmente o aplicamos.

Atitude criticamente comprometida: pensa na interpretação daqueles 2 mínimos (“quid


iuris” e “quid ius”)

O direito pode perspectivar pela perspectiva externa e interna:

Externa (perspectiva do espectador; perspectiva epistemológica, sociológica e


semioticista)

Interna (perspectiva do participante; perspectiva normativa (jurista):

Normativa: Cruza-se com todas as anteriores, mas não se reduz a cada uma delas. Vamos estudar
o direito a partir de uma perspectiva interna, através das ferramentas jurídicas.

O direito subdivide-se em 2 grandes ramos: Direito Público e Direito Privado.

[Carlos Alberto Mota Pinto (para consolidar melhor a matéria)]

Teoria dos interesses: se a norma tutelar interesses públicos (estamos perante direito público)
se acharmos que ela protege interesses privado (estamos diante de direito privado). Todo o
direito (normas), tanto público como privado visa tutelar/proteger interesses públicos e direitos
privados.

(Crítica) Estes não funcionam na teoria dos interesses- todas as normas que visam tutelar tanto
interesses públicos como privados.

Exemplo: A norma do direito privado (código civil é direito privado) - (Art. 875 do código civil)
exige a escritura para a normalização do ato. No entanto visa tutelar um interesse público.
Exemplo: Há normas e acesso à função publica visam tutelar interesses predominantemente
privados.

Teoria das Posições: Se os sujeitos estiveram numa relativa posição de equivalência ou


igualdade.

Posições de relativa igualdade ou equivalência: estamos perante direito privado.

Posição de supra-infraordenada: Estado (em cima) e índividuo (em baixo).

(Crítica) O Estado regula situações em que há supra-infraordenação.

Teoria dos sujeitos: O direito privado vai regular as relações entre particulares (sujeito A e B),
entre particulares e entidades públicas (despidas de imperium [do Estado-poder soberano]).

Assume a máscara ou a veste de sujeito de Direito Privado.

Se o estado agir com o seu poder de estado (imperium) e não tivermos opção de dizer que não,
estamos perante …. .

A controvérsia juridicamente relevante

A resposta do Ordem de validade

Direito é o Ordem de dever ser

Tratamento Constituída por critérios e


fundamentos:
Desta
Prescrições legislativas
diferença. Precedentes
jurisdicionais
Princípios

No mundo da vida há vários problemas (controvérsias), mas quais são juridicamente


relevantes?
• São aqueles nos quais se verifica a intromissão no direito;
• Contexto-ordem;
• Sujeitos na sua autonomia diferença;

Convoca um terceiro imparcial (julgador) para realizar o tratamento da diferença: que


diferença?:

A diferença entre a posição do sujeito A defendida pelo advogado de defesa e a posição do


sujeito B defendida pelo advogado de acusação) e dizer (através do juízo decisório) quem tem x
direitos e quem tem x deveres há luz da ordem jurídica concretamente convocada. Aqui o juiz é
a pensão subjetiva e o contexto ordem é ma pensão objetiva. O juiz mesmo sendo imparcial
tem um lado subjetivo pois é humano.

Diferença entre litígio e diferenciado:

- o litígio pressupõe uma ordem comum.

Por exemplo: Pessoas hierarquicamente iguais a discutir um determinado assunto, não há


pressuposição de uma ordem comum, estamos perante um diferendo. Se um sujeito matar o
outro, um deles, então aí sim, pressupõe-se de uma ordem comum, há um litígio.

Linha ascendente Linha descendente

(Ordem das partes para o todo) (Ordem do todo para as partes)

Linha de base (Ordem das Partes para as Partes) (Direito Privado)

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