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 1ºano turma C subturma 18

1ºSemestre
Introdução ao estudo do direito I
Regente: prof doutor José Lamego
Colaboradores:
 Prof doutora Catarina Matos Salgado
 Doutor Miguel Brito Bastos
 Doutora Nádia Reis
 Doutor Diogo Franco Coelho

17/09
 9h-9:50 – Não tivemos aula?

19/09
Bibliografia:

 Código Civil
 Constituição da República Portuguesa Aulas Práticas
 Lei formulária

 Livro: “Introdução ao Direito” de Miguel Teixeira de Sousa”


 Preciso dele para dia 24/09

24/09
 anampflvarela@gmail.com
 Menezes cordeiro (Maria imprime)
 Economia (eu imprimo)
 Miguel Teixeira de Sousa
- (dou a Maria)
O direito e a normatividade
Nota:
 Coercividade: Cuja pena foi imposta; em que há intervenção do Estado
para que a pena seja cumprida;

 Direito- Mecanismo social de resolução de conflitos e orientação de


comportamentos;
 Moral/Religião- Orienta comportamentos
 Direito- Fenómeno normativo
Século 17/18 possibilidade de imposição coerciva
A moral obriga a uma esfera interna Direito obriga a uma esfera externa
Deveres perfeitos deveres imperfeitos
Direito coercividade

Autor John Austin- Século XIX (19)

Identificação da ciência do direito:


-O que é o direito?
-O que é o dever jurídico?

Exposição clássica do modelo imperativo do direito

Modelo imperativista
Direito- mecanismo de comandos que aplica as normas por vias coercivas
 É a mesma coisa que a visão imperativista simples do direito

Conceção de obrigação jurídica (as pessoas são obrigadas a obedecer


ao direito pelo medo das sanções)
Séc XX
 O receio da ameaça não é o único motivo pelo qual nos obedecemos
ao direito
 O Estado tem o monopólio da coesão;
 As pessoas interiorizam certos valores
 O direito é o mecanismo de orientação de conflitos
Muito importante:
“Herbert Hart”

“The concept of law” - conceito do livro do que é o direito

O Direito, para além das normas primárias de obrigação, existem normas


respeitantes à criação de outras normas
 quem pode legislar a matéria penal?
 Normas secundária de atribuição de competências (Assembleia
da República)
 Isto é, normas elaboradas pela Assembleia da República são
secundárias
o Normas de atribuição de competências
Direito – Sistema normativo complexo e institucionalizado
 Mandatory norms
 Normas primárias de obrigação
 Normas secundárias (atribuição de competências)

 Moral: Não tem normas de atribuição de competências (proibido matar,


etc – só tem as normas primárias de obrigação)

 Religião: Sistema normativo simples


Herbert Hart – afasta-se do modelo imperativista de Austin e situa a
caracterização do direito no nível do sistema jurídico
- sistema normativo complexo:
 Normas primárias
 Normas de atribuição de competências (Código civil)

 Exercício da liberdade contratual: norma de atribuição de


competência / poderes (Polícia, Assembleia da República)

Conferem poderes públicos ou privados


Ex: Compra e venda de imóveis
 Forma como o direito orienta os comportamentos

- (Visão imperativista): norma jurídica: aplicação da coercividade (séc XIX)

- Séc XX: autor austríaco (autor muito importante) (Melhorou a visão de


Austin)
-Hans Kelsen:
(contributo para a constituição austríaca de 1920) (desmembramento do
império austro-húngaro)
(criação dos tribunais constitucionais)
- Em Portugal, existem tribunais constitucionais, desde a primeira revisão da
constituição
 (fiscaliza a constitucionalidade das leis)
- Normas: definição da aplicação de sanções coercivas
 A doutrina da norma jurídica completa:
 em virtude da norma constituição que estabelece a
competência da Assembleia da República, para legislar;
 Ex: o homicídio é punido de X a X anos (exemplo)
Austin Kelsen
Norma jurídica: Estabelece a aplicação das normas coercivas
Herber Hart - sistema jurídico com sistema de competência jurídico e
institucionalizada (há órgãos que produzem normas - corpos legislativos)
-Austin: modelo simples imperativista;
-Kelsen: modelo imperativista

“Teoria Pura do direito” – 2ªedição- Prof João Batista Machado- 1966


Não temos aula prática no mês de setembro!!
Resumo da aula do dia 24/09:
John Austin

Herbert Hart (depois afasta-se do modelo de Austin)

Hans Kelsen

Melhorou a visão de Austin

26/09
Última aula:
 Normatividade do direito deve ser caracterizado ao nível do sistema
jurídico;
 Direito tem como base a coercividade;
Tomasius: distingue os deveres jurídicos dos deveres morais
 Como a ciência do direito estuda o direito (dogmática jurídica)?
-sistematização e clarificação das normas de determinado sistema
jurídico, exemplo: (direito das obrigações em Portugal)
 Perspetiva descritiva (fontes do direito)
Século XIX e século XX: orientação interpretativa (explica o que diz a lei)
Orientação mais conceptual que marcou o sistema jurídico (na Alemanha -
codificação do código civil alemão)
 Inspirou o CC português de 1966
 Veio substituir o código civil de Seabra (1867) era inspirado na
constituição do Napoleão (1804)
 Guilherme Alves moreira
 Manuel Andrade- foi algo na escola de Coimbra
 Introduziram o código civil alemão em Portugal;

 Os nossos códigos civis estão em constante atualização (alterações do


CC de 1967)

1-Ciência do direito estuda o direito como uma norma (conteúdo)


2-Sociologia do direito estuda o direito como um ser, um facto, conjunto de
comportamentos (nível lógico);

3-Teoria do direito:
 uma abordagem analítica ou descritiva e analisa o direito na sua
estrutura formal
o Adolf Merkel
Hans Kelsen (Teoria Pura do direito)
As normas têm vários níveis:
 Teoria da norma;
 sistema jurídico;
 conceito jurídico fundamental.

4-Filosofia do direito (critérios do direito justo)


 Questões morais mais marcantes (casamento das pessoas do
mesmo sexo)
 Questões mais complicadas (não há muito consenso)
 O direito não visa tornar as pessoas melhores, mas visa proteger os
bens jurídicos essenciais à vida na sociedade;
 O direito é a última “rátio” da proteção dos bens jurídicos;
 Sucedâneo (substituto) do direito natural (vontade de Deus)
 O direito natural não é fonte de direito nem critério de integração;
 Objetivismo moral – direito natural (é uma crença)
 É uma indagação (ação de investigar algo)
 Misto de filosofia do direito e um misto de Teoria do direito;

Diferentes formas do direito


1- Ciência do direito (estuda o direito como uma norma/ conteúdo)
2- Sociologia do direito (abordagem descritiva, o direito é um facto
social
3-Teoria do direito (mais abstrato, perspetiva descritiva, mas de
natureza de estrutural formal)
4-Filosofia do direito (disciplina; ética jurídica)

1/10
 Fotocopiar um texto de Norberto Bobbio “Aspeto del positivismo
jurídico : 84 a 105
 Positivismo jurídico, 1945;
 Autor muito importante: “teoria da noma do sistema jurídico”
 Filosofia do direito e da filosofia política;
 Representante fundamental do século XX
 Grande clareza e grande capacidade de precisão doa conceitos;
 Vai ser comentado nas aulas práticas

Positivismo jurídico

 O positivismo jurídico pode ser tomado em diversas asseções;


 Pós-jurídico em sentido conceptual ou metodológico
2 abordagens do direito:

 Analítico (o que o direito deveria ser e o que é)


Abordagem própria da Constituição do direito e Teoria do Direito
é uma abordagem analítico- conceptual abordagem do DP(direito
positivo) de acordo com uma abordagem estrutural
 Crítico-valorativa: ética jurídica

Cariz analítico conceptual (positivismo teórico)

Silogismo judiciário
 Visões mais correntes sobre a estrutura do sistema jurídico e o modo da
aplicação do direito
 Conjunto de teses: formalismo jurídico
 O direito é legislativo
 Aplicação lógico- dedutiva a qual podemos compreender a norma
jurídica, situação de facto de permissão menor e a sentença judicial
como a conclusão de um raciocínio lógico- dedutivo
 Tese prescritiva fazer crer o princípio da legalidade ou da vinculação do
juiz à lei, tem legalidade artigo nº 203

 Formalismo jurídico:

 modo de aplicação do direito, divisão tripartida dos poderes (iniciada


por Montesquieu) conceção oitocentista;
 Criação do direito conferida a um órgão legislativo e poder judicial aos
tribunais distinguia criação do direito e aplicação do direito;

 Tribunais: função bem definida aplicam-no não criam direito!!!.


Associadas à conceção ao estado do direito liberal;

 Positivismo ideológico:

 Aceção não é definida por nenhum autor positivista: não defendem esta
visão;

 O Direito por ser Direito deve ser puramente obedecido;

 Os autores positivistas dizem que a separação do direito que é vs deve


ser são uma crítica politico-moral;

 O conceito de direito não implica uma referência aos princípios de


justiça, ele pode ser injusto ou justo;

 A sua classificação para ser vigente depende dos classificadores sociais


(moral)

 Direito vigente: os ladrões que sejam reincidentes ficam com as mãos


amputadas (Ex: arábia saudita)
O que é (critério objetivos – ) outra coisa é a discussão se a norma
jurídica é justa ou injusta:

 Obrigação jurídica; (IVA 23 %)


 Obrigação política:
Raciocínio da ciência do direito: descritivo do direito vigente
Raciocínio da política legislativa: valorativa e prescritiva

Positivismo: defende a tese de separação entre o Direito e a Moral;


A característica da justiça não é uma norma essencial ao direito
Opõe-se ao positivismo jurídico: direito Natural

Ver texto em italiano;

3/10
 Positivismo jurídico
 Teorização de Norberto Bobbio
3 acessões (a mais importante é):
Do positivismo metodologia ou conceptual: abordagem
descritivista do direito

 Direito é um fenómeno social, função de que é direito em


determinada sociedade não tem princípios de justiça;
 Normas primárias de obrigação

 Normas de competência: Produção, aplicação e alteração

Conceção não positivista


Existem certos princípios de justiça que se sobrepõem ao direito
positivo:
literatura: jurídica de supraconstitucional(legalidade)

 constituição no topo- Do ponto de fontes de direito;

 Normas constituição vs normas da EU


Acima da constituição, não existe nenhuma norma positiva;

 Todo o direito é positivo;


 Quem se contrapuser a esta corrente positivista é o
jusnaturalismo

Direito natural- teoria dos valores jurídicos, justo não do direito vigente
(direito positivo)
Especulação ocidental, na cultura ocidental, quais são os valores
jurídicos (Platão, Sto. agostinho, São Tomás, uma lei justa não é lei,
uma lei para ser lei tem de obedecer a certos princípios de justiça

 Direito Moderno:
 Separação dos códigos de conduta: moral vs direito -
 Direito muçulmano – é estado laico;
 Supõe a separação direito vs religião- secularização do poder político
 Códigos de valores religiosos diversos;
 Não existe uma religião oficial, numa sociedade democracia;
 liberdade de religião “jus relítio” – a religião dos súbditos é a religião dos
soberanos;
 Não se pode falar de Estado Moderno sem falar sobre a secularização;
 O Direito independente das “normas” religiosas e morais;

 Jusnaturalismo
 Doutrina ético-política;
 Indagação filosófico (não uma indagação jurídica);

 Direito Natural:
 função conservadora, mas o Direito Natural que se começa no
início do século XVIII (crítica da ordem existente e tinha uma
função revolucionária)
 Combater a sociedade da ordem e criar uma sociedade de
base individualista que se baseia na compra e venda (foi
orientada pelo iluminismo)
 Sociedade moderna baseada no princípio da igualdade civil
 Especulações do Direito Natural;

Critério normativo de direito e de justiça superior ao DP


 Os nazis cumpriam as normas, faziam crueldades;
 Devo condenar os nazis? Que seguiam as leis;
 Era o direito válido da altura;

 Jus- Naturalismo : Moral e Direito juntos; (não devem ser condenados)


 Positivismo: defende a separação do Direito e da Moral; (devem ser
condenados)

 Ressurgimento após a 2 Guerra Mundial, o Positivismo jurídico deixava os


juristas desarmados perante ordens jurídicas monstruosas
 Autores positivistas faziam uma violenta crítica ao positivismo jurídico
(Kelsen)
 Jusnaturalismo após 1935, tiveram de enfrentar as consequências -
Nacional Socialismo
 A seguir a 45, quiseram culpabilizar o positivismo jurídico, não corresponde
há realidade
o Juridicidade supralegal e supraconstitucional

 tem de haver padrões morais e objetivos que impeçam de se afastar do


direito positivo;

 Ordens de valores objetivos as quais o Direito Positivo se deve oriental e


em caso de algum problema, sobressai o Direito Positivo

 Direito vigente é aquilo que foi aprovado pelos Órgãos de Soberania


 Direito: função defensiva, não deve meter-se em matérias morais, mas sim
defender a existência da vida em sociedade: tese central do
positivismo jurídico;
 Cargas morais excessivas deixar o Direito fora disso
Jusnaturalismo é a mesma coisa que Direito Natural
O Direito positivismo é contra o Jusnaturalismo/ Direito Natural
(Naturalismo)

8/10
Sanções e valores jurídicos
 Valores jurídicos não são sanções;
 As invalidades resultam de um não cumprimento/ não conformidade de
comportamentos ou de atribuição de competência;
 as sanções resultam da violação de normas prescritivas ou normas de
primarias de obrigação
Sanções restitutiva ou constitutiva- direito civil e comercial; restituir o
lesado ao estado em que se encontrava se não tivesse ocorrido a
lesão
o Modalidades: ex: bateram no carro do prof, reconhecem a culpa, leva
o carro a oficina e arranja - restituição strito senso;
o Repor a chapa por 200 euros;
o Ressarcia o lesado mediante
o Danos morais não há um equivalente pecuniário (morte de
familiar)
o O direito prevê a atribuição de uma determinada quantia de dinheiro,
serve como uma compensação / indemnização por danos morais;
o O montante deve cobrir os danos causados (princípio da
equivalência);
o Se for um dano moral, não pode ser recompensado (sanção
restitutiva e sanções penais – intermédio);
o Civies – constitutiva ou restitutiva: princípio da equivalência;

Sanções penais ou criminais – as próprias do direito penal (medidas de


segurança)
o Prevenções + medidas ético-retributivas = sanções penais;
o Impõem-se um mal a um lesante;
o Fundamento racional da pena;
o 3 perspetivas fundamentais (doutrinas):
 Ético-primitiva
 Antigo testamento “olho por olho, dente por dente” (lógica
petalião??) o mal causado deve s…??

 Ético retributiva Conceção ética


 retributiva sobre o fim das coisas;

 Iluminismo (diminuição das penas): A pena tem uma função


dissuasora ou de prevenção geral;

Séc XIX, existem delinquentes por natureza; a função da pena é proteger a


sociedade desses criminosos; (antes: ressocialização dos criminosos)
2 criminalistas italianos: A certos tipos físicos que denotam a propensão
irreversível para a prática do crime; (pelas caras dos criminosos, maças do
rosto: dedução da cara de criminosos)
Filosofia das penas - Atonomia ou livre arbítrio so podem ser culpadas se se
comportassem de forma diferente (medida de segurança):
 Imputáveis: menores de 16 anos / pessoas com anomalias profundas
(prevenção especial)
 Deficientes: medida da pena internada
Isto é,
Princípio de autonomia da vontade / livre arbítrio: as pessoas só são
condenadas (culpadas), se tiverem consciência dos seus atos, e se podem ter
outro comportamento diferente;
Imputação subjetiva- facto atribuído ao réu (esfaquear alguém)
Imputação objetiva - facto e dano (nexo de causalidade)
Portugal aboliu cedo a pena de morte (um dos primeiros países

Direito moderno:
Ideias de prevenção geral:
 O furto é punido de forma diferente de um homicídio: dissuasão do juízo
ético retributivo;

10/10
 Lógica da responsabilidade civil - restituir ao estado em que se
encontrava se não estivesse sido lesado – princípio da
equivalência
 O destruidor deve cobrir o montante de acordo com os danos
causados
 Iluminismo – humanizou-se as penas
 Culpa (juízo de censura) assenta na liberdade de determinação

INVALIDADES QUE NÃO SÃO SANÇÕES
 O rigor não são sanções
 Ato nulo- não produz sanções;
Invalidades: Nulidade e Anulabilidade (anulável)

Nulidade: (Questão de prescrição)


 Invocada a todo o tempo por qualquer interessado ou mesmo
declarada oficiosamente pelo tribunal (O juiz tem de conhecer a
nulidade, mesmo que as partes não saibam)
 É sanável(punição) por via confidencial

 Ex: em vez de escritura pública, assinou um documento privado


com o vendedor (222 CC) - invalidade do ato mas não há sanção
Anulabilidade: (legitimidade- quem é que pode invocar)
 Por aquele cujo interesse a lei estabelece e normalmente no prazo de 1
ano da cessação do vício que serve de cessamento
o Ex: Falsificação de uma obra de arte (cópia) – anulação do negócio
o É sanável(punição) mediante confirmação? (198)
 Os seus atos são anuláveis sobretudo na obtenção de bens de
elevado valor (ex: do relógio Rolex), estabelecido pelo interesse do
menor de idade – para o proteger

15/10/2019
Tutela do direito:
 Direito: ordem normativa dotada de coercibilidade;
 Normas que não estavam diretamente ligadas a medidas não
coercitivas – normas não autónomas;
 Coercibilidade: regra do sistema jurídico;
 (Normas de competência…) não estão ligadas à coercibilidade;
 Identidade de direito: monopólio do exercício da coerção
 Heterotutela: Se o direito de um particular é violado, desencadeia-
se uma reação por parte do sistema jurídico, recurso à força
física;
 Há, todavia, casos que se pode realizar direito “pelas próprias
mãos” – autotutela (Conduta à primeira vista ilícita) Página 109
Miguel Teixeira de Sousa
o Ação direta:
Ex: Poder parental: homologada (é uma confirmação ou
aprovação de uma sentença dada por uma autoridade) pelo
tribunal, um dos progenitores quer levar o filho para o
estrangeiro e impede à força o embarque do menor;
-Ilicitude;
-Pressupostos da Responsabilidade civil:

Legitima defesa:
Ex: Exemplo do esfaqueamento. O agressor tenta esfaquear a vítima e
esta fere-o gravemente. A vítima reagiu em legítima defesa;
Pressupostos da legítima defesa:
-Relativamente À agressão: Tem de ser atual e ilícita (ex: do senhor que
bate no polícia. Não age em legítima defesa, porque o polícia estava a agir
dentro do princípio a proporcionalide - não foi uso de força)
- Relativamente à defesa: impossibilidade de recurso da força pública (se
alguém tentar atacar outra pessoa, esta recorre à polícia)
-Proporcionalidade de meios: alguém dá um soco e a outra pessoa reage
com um tiro
o Usar a legítima defesa:
 Para defender um bem, um terceiro;
 Desproporção entre a defesa e a agressão – excesso de legítima
defesa – perturbação ou medo não culposo – encontra-se justificado o
facto;
o Justificação do facto = exclusão de ilicitude;

o Estado de necessidade – AULAS PRÁTICAS


Ex: há um incêndio no 4º andar, os vizinhos do 3º andar não estão e os
bombeiros entram pelo 3º para chegar ao quarto
 Crime de dano e invasão de casa alheia = agiram em caso de
necessidade = não há ilicitude
 Não há responsabilidade civil;
 Necessidade de compensar monetariamente os culpados
(neste caso, os vizinhos do 3ºandar)
 Ex: Leão à solta no zoo, levo uma espingarda e mato-o, o dono
do zoo pede uma indemnização;
 Não é legitima defesa, o leão (agente) não tem
autodeterminação
 Consentimento do lesado: barbeiro cortar o cabelo (parte física
amputada), fazer uma tatuagem

o Art 336º e seguintes;

Imputável: não pode ser culpado (“inválido”)

17/10
 Código: inspirada nos ideais racionalistas
 Valores jurídicos centrais do direito da certeza e da segurança;
 Iluminismo: reformação das fontes do direito;
 Direito Romano deixa de ser fonte subsidiária de direito;
 Séc XIX- a lei - norma escrita nominada de autoridade
Lei da Boa Razão (Marquês de Pombal) e estatutos da faculdade de Coimbra
Faculdade de leis (Direito do Estado) e faculdade de leis de cânones
 O Direito Canónico afastou-se do Direito do Estado;
“Jurisestrito”: obediência à norma. Decidir em conformidade à lei e não dos
seus sentimentos de justiça;
Grande momento da modificação moderna: CC de Napoleão de 1804
 Grande influência no Direito. Influenciou o CC de Seabra (primeiro CC
de Portugal), criado em 1867, pelo Visconde de Seabra;
 Em Portugal, na sequência das revoluções liberais (para a monarquia
constitucional)
 Código: não é a compilação de normas;
 É um sistema muito distinto da técnica de compilações de
legislação avulsa;
 CC atual: de 1966: é diverso do Código de Seabra
 Projeta uma nova ordem social da propriedade e liberdade de
contrato;
 CC Alemão 1900: Codificação do Direito civil Alemão é muito tardia,
processo de unificação da própria Alemanha (era constituída por
muitos ducados, principados)
 Também tinham uma grande resistência a todos os níveis do
que viesse da França;

 1814: polémica muito importante para a ciência jurídica alemã: Savigny


e Thibaut: era necessário um CC para a Alemanha;
 Savigny: ciência jurídica há a pandecta (relacionado com o Direito
Romano)
 Pandectística alemã do século XIX Alemã = século XIX Bernard;
Tipo de doutrina que o DC produz em Portugal no século XIX:
 Longos comentários, interpretação e exposição do CC; exegese;
 Escola de exegese1;
Guilherme de Alves Moreira
 U. de Coimbra- reflete a influência da doutrina germânica, por via dos
tratadistas italianos;
Manuel de Andrade
 Rege as disposições introdutórias (fontes de direito, integração na lei
e verificação de lacunas)

Inocêncio de Galvão Teles


 influenciado pela doutrina Alemã (professor da FDUL)

Ideia de Código:
 Ideias iluministas
 Código de Seabra – 1867
 Família Germânica- CC de 1966
 Após o 25 de Abril, alguns artigos foram alterados – Direito da
Família, Reais e Sucessões;

1
uma análise, interpretação ou explicação detalhada e cuidadosa de uma obra, um texto, uma palavra ou expressão
22/10
 Comparação entre as principais famílias dos sistemas jurídicos:
Direito comparado:
1ªFamília Romano- Germânica: sistemas jurídicos que tem como fonte
principal o direito, a produção de normas, normas de carácter geral,
apresentados e forma escrita, editadas por uma ordem competente.
- Esta depuração de sistema das fontes, decorre sobretudo do iluminismo, e
com a expressão mais acabada da conceção iluminista sobre as fontes do
direito é a história do direito dada pela lei da razão em que se separa
-O direito civil e o direito canónico,
- Deixa de se poder decidir de acordo com a equidade, a par disso foram
publicados também nessa altura- os estatutos publicados e a universidade
passar a ter estatutos de cânones e uma faculdade de leis- numa temos o
direito estatal e noutra o direito canónico???

 Secularização do direito- Marques de Pombal,

 Utilização das fontes de direito Romano, os digestas (latim) /pandecta


(grego) “compilações do século XI”

 Grande referência o direito Romano;


 Em Itália há um estudo mais aprofundado das fontes do direito Romano
(Bolonha- comentadores)

 Séc XVII- “Modernos pandectas”- Alemanha


- Adaptação das fontes do direito Romano à época

 França- momento de codificação, esta tradição de basear-se no


direito privado sobretudo nas pandectas e nas fontes do direito
Romano sobreviveu durante o século 19 e deu origem à
pandectista Alemã. Savygny
 Base na estrutura da relação jurídica: relação jurídica relacional –
direitos relativos que eram exercidos apenas contra uma contraparte
(se há um credor há um devedor, este só pode exercer o seu direito
de crédito se tiver uma contraparte)

 Direitos Reais: Direitos absolutos, são exercitáveis “erga omnis”-


exercitáveis contra todos; tratando de direitos absolutos
passam um número indeterminado de sujeitos passivos;

Direito da família e Sucessões: Organizada em torno de instituições da família


e sucessões “mortis causa” – base da sistematização germânica;
 Esta doutrina teve grande influência em Portugal;
No essencial, o sistema jurídico romano- germânico são uma característica da
Europa Ocidental e que tem base iminentemente legislativa a lei é sentido
oposto e a fonte de direito Romano por excelência;
Sistema de Commom Law (Lei Comuns)
 Não existe uma analogia, dá se um “distinguishment”.
 Não há uma vinculação ao precedente, se o juiz decidir de modo
contrário à jurisprudência, não chega para se impugnar a decisão- só
se fizer contra a lei), o juiz deve respeito ao legislador;
 Precedente – não tem força vinculativa;
 Só é fonte de direito Romano se tiver força vinculativa;
 Tribunais constitucionais: não resolvem casos, só decidem conflitos
inconstitucionais. Critério procurado pelo legislador para não legislar de
maneira inconstitucional;
 O costume jurisprudencial não é fonte de direito Romano, se bem
que pode inspirar a decisão, não tem força vinculativa. Há tribunais
que em estilo de decisão ligeiramente diferente- tribunal constitucional;

 Nos sistemas de “Common Law”, e com base no precedente judicial


que se decide, apesar de também nesses sistemas o direito legislativo
tem uma grande importância;

Sistema de Direito Muçulmano

 A lei religiosa é a fonte de direito Romano;

 A “Chari´a ” é um sistema onde as leis do Alcorão são o direito


positivo. O que caracteriza os estados na Europa e o Direito é a
secularização das fontes de direito, com a separação do Direito e a
Moral e a religião;

 A administração e a justiça não são sistemas de secularização, não se


separa a política da religião nem o direito da religião.

 Administração da justiça percorre as normas religiosas e não só as


normas editadas pelas entidades do Estado

 E com o fenómeno de secularização do direito e as características do


estado Moderno na Europa tem como causa remota as Guerras de
“Religapo” do século 17 que termina em 1648- fim das “guerras
religiosas”

Direitos obrigacionais:

24/10
Paragrafo 1: elementos da metodologia jurídica (13 páginas)- ir ver a
biblioteca
 Direito vigente;
 Quais são os modos previstos de criação de Direito;

 Período pós iluminista: final do séc XVIII e séc XIX: papel fundamental a lei
na criação de direito;

 O direito consuetudinário (perde potência)

 Secularização em geral, o direito canónico, deixava de ser fonte de


direito;

 O Juiz passava a “Juris stricto,” o juiz só aplica as leis;

 Lei da boa razão- iluminismo nas fontes do direito;

 constituição- nº74/98 11 de novembro – página 87 (aulas práticas) página


267 da CRP
 Identificação das fontes de direito: Está nas disposições introdutórias do
CC;

 Lei: Considera-se as disposições gerais proveniente dos órgãos estaduais;

 Sistema constitucional das fontes de direito: A CRP engloba no conceito de


lei:

 161 e 66- constitucionais;


 Leis orgânicas e do valor reforçado (valor mais estrito)
 Estatuto próprio dos governos regionais;
 Legislativo: Assembleia da República, o governo e as assembleias
legislativo- regionais;
 Atos Normativos legislativos:
 Leis, decretos de lei e os decretos legislativos regionais

Dos atos administrativos

Regulamento: Atos jurídicos dimanados pela administração


Carácter da novidade- não inova

Lei: Carácter da novidade - inova

Pirâmide normativa
Constituição- topo
Lei

Decretos de lei e decretos legislativos regionais

Regulamentos

Normas individuais: base: conteúdo da sentença ou do ato


administrativo

Norma: carácter de generalidade

Leis, decretos-lei e decretos legislativos

Normas do direito interno

Art 8 da CRP nº 1: “As normas e os princípios de direito internacional


geral ou comum fazem parte integrante do direito português;

Recessão (retrocesso, voltar a trás) automática do direito internacional


geral

Direito internacional particular: ratificação (confirmação, comprovação)

Também existem outras recessões:


Direito da UE: muito complexo: veremos depois Nº4 Art. 8 da CRP

Direito internacional- tem uma ordem normativa hierarquicamente


superior – doutrinas dualistas em relação ao direito interno (leis,
decretos de lei e decretos legislativos regionais) e o direito
internacional
 Kelsen diz que há um unismo, existe apenas um único sistema jurídico,
englobado pelo direito internacional. Os sistemas jurídicos estaduais
são um segmento do sistema jurídico geral;

 Perspetiva funcional uniforme não é conseguido por uma ideia de


superioridade, mas há uma ideia de primado de aplicação;

 No entender do professor, o direito supranacional (exemplo: UE), o direito


internacional não é direito supraconstitucional (um bocado estranho) –
perspetiva dualista;

 Autores como o Prof Diogo Freitas do Amaral- defende que o direito


internacional pode ser considerado direito “supranacional”

Direito Internacional público:


 Recessão automática: não precisa de ser modificado nem transposto, é
incluído automaticamente na nossa Constituição, de forma a ser aplicado
Direito Internacional privado:
 Precisa de retificações

 Os princípios do direito internacional têm recessão automática;

 A constituição define o direito da UE (os estatutos do Direito Internacional) e


não ao contrário

 Normas na constituição – folhear a constituição

 Fotocopiar o livro do prof (uma parte)

 Next aula: lei disposições do CC- “onde há fonte de direito”


Levar constituição
29/10

Art 8, nº4 CRP


 Aplicação do direito internacional: relação entre o direito interno e o
direito da União Europeia

 Opinião do prof: aplicação preferente num determinado espaço.


 Aplicação uniforme do direito da união europeia; (e não como ideia de
hierarquia normativa)

 Professor hoje tinha um artigo (não é para nós lermos, é muito difícil de
compreender)

 O direito da UE não é superior ao do direito interno


 Deve ter uma aplicação uniforme do direito da UE
 Esta opinião do professor José Lamego é contra o do Professor Diogo
Freitas do Amaral;

Conceito de lei (dentro está a constituição):


As outras normas valem do direito interno direito internacional: cláusulas
de recessão automática e cláusulas do direito internacional
 Art 8 nº1,2

Norma hierarquicamente superior: CRP- aprovada a 25 de abril de 1976


 Constituição muito extensa, bastante rigoroso
 Sujeito a duas revisões:
 revisão de 1982- Constituição da República parte para uma
democracia parlamentar) - extinção do conselho de ......ou estado?
 Cria-se o tribunal constitucional- modelo austríaco- Hans
Kelsen
 Kelsen ajudou na constituição de 1920 (Áustria)

 Revisão de 1989- Facilitar o processo de integração europeia (para


Portugal passar para uma economia de mercado)
 Depois há pequenas alterações, tratado de Maastrich, etc;
 Para haver revisão da constituição: 2/3 dos votos

 Cláusulas de limites matérias de revisão:

 Rotura constituição: 1974 (em relação à constituição de 1933)


 Rotura de constituição: 1933 (em relação à constituição de 1911)

 Alterar a constituição:
 Fenómeno Político: constituição: soberania popular

Poder constituinte (criar a constituição);


Poder constituído (declara as funções aos órgãos de soberania)
Doutrina de Merkel- seguido Kelsen (estrutura escalonada- hierárquica ou
pirâmide normativa) – Já demos isto!

 Algo por cima da constituição (norma fundamental hipotética) - atribui


validade à constituição:

Ficção do pensamento: para justificar porque é que a constituição é


respeitada
Ver:
 Ver na constituição Art 8º, nº4
 Leis, decretos-lei e decretos legislativos regionais: normas do direito
interno;
 Ir lendo capítulo/parágrafo do livro “Elementos de uma metodologia
jurídica)

31/01
 Atos e fatos normativos: disposições introdutórias do CC
 Direito interno, direito internacional e direito da União Europeia;
 Direito: Doutrina de Merkel e Kelsen: hierarquia da pirâmide
normativa;
 Relações de supraconstitucional e infraconstitucional;
 Constituição: norma suprema do sistema jurídico;

 Entender do professor:

a constituição é a fonte originária de produção normativa, na medida em


que a recessão do direito internacional e a vigência das normas do
direito da UE resultam de determinações da própria constituição
- Visão política: Estado nacional tem mais soberania normativa;
- Se o Estado nacional tiver mais normas exteriores (direito da UE), o
Estado nacional predomina

Autores: via comunista: Diogo Freitas do Amaral- tem outra visão


 A constituição é a manifestação do poder soberano (poder soberano:
povo)
 Ex: General Franco: não era pela frente popular mas por Deus;

 Revisão da constituição: regras procedimentares


- Ordinária: maioria simples;
- Extraordinária: 2/3 da Assembleia da República;
 Formas de preservação da constituição;

 Poder constituído e poder constituinte (ver aula anterior)

 Ideia liberal: fim do estado defender os direitos fundamentais do


indivíduo:
 Ideia democrática: o poder soberano é o povo; A constituição é
vontade geral;
 Legis fundamental: não podiam ser revogadas;

Nova constituição: alterar as legis fundamentales”: há uma rotura


constitucional- revolução
Novas constituições: 1911, 1933, 1976 (antes das novas constituições,
houve revoluções);
Revisões constitucionais: alterações dentro da própria constituição (atribui
competências para a sua revisão- se esta for realizada dentro dos
limites- a uma revisão da constituição) senão há uma revolução

Legislação ordinária em sentido lato:


1. Leis da assembleia da república:
2. Decretos-lei do governo;

Formas de legislação ordinária: leis, decretos-lei e decretos legislativos


regionais:
 Concorrência entre o governo e a Assembleia da República
(Assembleia da República: leis sem sentido estrito) e o governo legisla
em decretos-lei (lei em sentido lato)
 Decretos legislativos regionais
 Lei modo de formação por excelência (em sentido lato)

 Distinção entre decreto e regulamento


Decreto: emana entidade administrativa, hierarquicamente inferior da lei em
sentido lato
Regulamento: não inova

 Leis orgânicas e de valor reforçado??

Fontes de direito: leis e normas corporativas


 Normas corporativas: corporativismo no período do Estado Novo;
 As normas corporativas (estatutos de associações) não são fonte
de direito, deve ser feita uma interpretação atualista – li em sentido
legislativo: + importante;
Formas de autorregulação: numa democracia liberal são formas
que vinculam os associados

 Ex: atribuição de poder disciplinares à associação;


Negócio Jurídico: fonte de direito uma vez que vinculam as partes;
Fontes: atos jurídicos da produção legislativa de produção vinculante;

Não deu o capítulo 7 do MTS mas sim o capítulo 8

Costume: (fonte mediata do direito)


 Fontes de direito em sociedades africanas;
 Na Europa, com quase valor inexistente
 CC italiano: relevância jurídica dos usos e do costume;
 Costume: critério objetivo, ânimos (intenção) objetivo, reconhecimento
dessa obrigatoriedade, essa prática constitui um ato jurídico- prática
reiterada, mas não há uma obrigação;
 Fonte mediata não imediata- costume adquire relevância para a
organização jurídica pela lei
 Visão estadualista: Direito é a expressão de uma vontade- de uma
auctoritas;
 Uso: Art 3º;

Valor jurídico dos usos:


1-Os usos que não forem contrários aos princípios da boa fé são
juridicamente atendíveis quando a lei determine;
2-As normas corporativas prevalecem sobre os usos;

Jurisprudência:
 Não é fonte de direito nos sistemas romano-germânicos (nosso),
mas sim nos de “common law”( sistemas das ilhas britânicas);

 Cria uma presunção que o juiz vai seguir a mesma linha;


Tribunais superiores;
 Força de convicção e persuasão dominante, mas não é juridicamente
vinculativa

Próxima aula: jurisprudência constante – é um costume- não é fonte de direito


por si só;
Lei formulária da CRP página 267 CRP:práticas:
 64-98 do 11 de Maio 0u 74-98 de 11 de Novembro ?? explica certas
formalidades;

O Prof regente na aula do dia 7/11 vai se ausentar, a aula vai ser dada pela
Prof assistente Catarina Monteiro Pires

5/11
- Desvalor dos atos normativos – prof assistente Catarina Monteiro Pires
Hoje: Encerrar as fontes do direito

- A lei é o sistema jurídico por direito;


- Nos sistemas jurídicos modernos predomina a lei. A lei, é por excelência
fonte de direito;
- Manuel Andrade- disposições introdutórias do CC;
 Não é a mesma que é defendida pelo prof Diogo Freitas do Amaral
(atribui ao costume uma diferente relevância mais institucionalizada,
diferente da que o Prof Lamego defende)
 Prof José Lamego defende: (restringir a fonte de costume como
fonte de direito):
- Relevância menos considerável para o costume como fonte de direito
(interpretação + literal do CC)

 Falamos de fonte de direito no direito interno;


 Costume: fonte MEDIATA do direito (não imediata)

Modalidades do costume- página 157 do MTS_


3 tipos de costume:
1ºCostume “secundum legem”
 A regra consuetudinária coincide com a regra legal;
 Há entre o costume e a lei uma relação de coincidência;
 O costume realiza apenas a função declarativa (da lei);

2º “praeter legem” ou costume para-legal


 É o costume que complementa a lei (integrando, nomeadamente,
eventuais lacunas desta), pois que ele vai além do que aquilo que a lei
dispõe, sem, contudo, a contrariar;
 Verifica-se que o costume e alei uma relação de complementaridade,
pelo que o “praeter legum” forma uma nova fonte de direito;

(O único que nos interessa) 3º “contra legem”


 É o costume que contraria a lei;
 Existe uma relação de oposição, entre o costume e a lei;
 Este tipo de costume implica a cessação da vigência da lei;
 Forma-se tanto quando há a consciência de que a lei contrária está
em vigor, como quando erradamente se formou a convicção de que
a lei contrária já tinha cessado a sua vigência;
 É admissível um costume que é inválido de acordo com uma lei;
 Por exemplo, o costume pode contrariar a disposição de um decreto-lei
e ser igualmente incompatível com uma disposição constitucional
(nesta última hipótese, trata-se de um costume “contra legem”
inconstitucional)

3- Costume ab rogante (ou contra legem):


 não foram revogadas pelo legislador;
 Já não são aplicadas
 Não tem reação sancionatório (não há sanções);
 Forma de regulação do direito (retirando-a do sistema jurídico)
2-Costume jurisprudencial:
Distinguir o costume jurisprudencial no “common law” do costume
jurisprudencial no sistema jurídico romano germânico:
-O sistema jurídico romano-germânico (não reconhece a jurisprudência
constante) - o carácter de sentido técnico jurídico (tem força persuasiva e
não vinculativa; )
Ex: tribunal constitucional: não está na hierarquia judiciária
- Topo da hierarquia: supremos tribunais
- Tribunal que decide questões da constitucionalidade das leis;
 os juízes são escolhidos pela AR, por maioria de 2/3 dos votos;
 legislador negativo: “mata” normas
 A jurisprudência é muito forte (valor específico) no tribunal
constitucional;
Tribunal constitucional Alemão- muito importante!
Competência reside nos Estados, a constituição é a norma superior (incide
quais são os poderes distribuídos para os órgãos políticos- visão do Prof José
Lamego

Doutrina
 Funcionava assim o direito romano e o direito medieval;
 Havia comentadores (ius publice respondendi)
 A dogmática jurídica é semelhante à interpretação dogmática
Atualmente, a doutrina, é uma interpretação e sistematização do direito
vigente (já não é fonte de direito, do ponto de vista técnico- formal);
O jurista interpreta e sistematiza, o juiz aplica e o legislador cria)

Instrumentos da soft law (não é direito) 104 do MTS


Norma jurídica: é uma norma assistida pela posição coercitiva;
Como se distinguia a Moral do Direito: Sistema de deveres
 Deveres jurídicos perfeitos – tinham posição coercitiva
 Deves morais: imperfeitos – existiam por si
Não é direito, mas estados preparatórios de direito (tentativa de uniformizar
do Direito da EU) - querem um CC da União Europeia;

Complementar esta matéria com o “Livro elementos de uma metodologia


jurídico”
Ver biblioteca o livro: “Lições de Direito Civil : Luís Cabral Mancada”

7/11
Capítulo 9-Desvalores dos atos jurídicos
- Não há um regime específico
 Atos normativos- constam no Art 112º da CRP: leis, decretos-lei,
regulamentos de governo, decretos legislativos regionais;

 Inexistência:
- vício + grave é tão grave nem sequer existe (Art 137º) 140º nº2 culmina
com a inexistência.
- Pode ser verificada oficiosamente pelo tribunal;
- Valor específico;
- No século em França, casamentos de pessoas do mesmo sexo (valor
específico)
 Invalidade:
- Nulidade: não produz efeitos, pode ser declarada oficiosamente pelo
tribunal;

Ex: MTS inconstitucionalidade de uma lei;


As declarações de inconstitucionalidade do tribunal constitucional, Artº 282
nº 4 da CRP, permite que o Tribunal Constitucional restringe o âmbito
limite a previsão da constitucionalidade (permite ressalvar os efeitos já
dissolvidos da inconstitucionalidade)
Outro exemplo: Ato de retificação (corrigir): após o prazo permitido na lei
formulária Art 5

- Anulabilidade:
Art 287º do CC – tem um determinado prazo para ser invocada

Ineficácia
- decorre de uma irregularidade na criação de um ato normativo
(existe, mas não produz efeitos (ineficaz))
Ex: Falta da publicação de um ato normativo Art 119º da CRP + art 1 da
lei formulária;

Regime da publicação dos atos normativos


Art 119º- Prevê a publicação dos atos normativos no diário da república
(devido ao Art 6º do CC)
- Emissão eletrónica, está no site (é público)
- Em alguns países não é assim

Quais são as regras da publicação? (está na lei formulária) página 269 da


CRP
Tem de ser publicado no diário da República;
Sempre que a lei determine, pode haver outras formas de publicação (não
são alternativas, mas sim cumulativas)
Só os atos no Art 119 nº1
Locais de: Locais onde as maiorias das pessoas terão acesso ao diário
Também pode ser exigido a publicação num jornal regional

Art 5 do CC: Métodos de publicação


- A lei só torna obriga a publicação nos atos que estão no Art 119 nº1;
-É necessário que o ato normativo seja publicado para ser “Válido” O
sentido desta lei tem um sentido formal e material;
A imprensa nacional da Casa da Moeda www.dr.pt
Art nº1 alínea 2 da lei formulária;
Ver também Art 5º da lei form
- o que importa para a eficácia da lei (Art 5 nº do CC) disponibilização
desse ato no site

Quando é que eu sei que já está no site?


CRP Lei form Art 1Nº 3

Declaração da Retificação
Art 5º da lei formulária (corrigir/alteração)
 Critérios de Retificação:
“As retificações são admissíveis exclusivamente para a “correção de lapsos
gramaticais ortográficos, de cálculo ou de natureza análoga ou para a
correção de erros matérias provenientes de divergências entre o texto original
e o texto qualquer diploma publicado na primeira série do Diário da República
e são feitas mediante declaração do órgão que aprovou o texto original,
publicado na mesma série”
Verde: 1º grupo
Amarelo: 2º grupo

1ºGrupo: verde – não é muito importante (retificados com facilidade)


 Ex: vício ou erro a TGDC I: exemplo do canalizador
 Ex: erros de tradução de artigos
2ºgrupo: amarelo – erros + graves
 Erros materiais: divergência entre o texto que foi aprovado pelo órgão
legislativo em causa e o texto que é publicado na imprensa nacional
(menos palavras, alguma omissão) (ou omissão de uma exceção de um
artigo);

Existe um prazo de retificação: limite de 60 dias após a publicação (Art 5º


da lei formulária nº2)
As situações onde há erros e que necessita de retificação, se a lei formulária
não abranger, esta abrange;

Os Efeitos da declaração de retificação (Art 5 nº 4 da lei form)


 Regime parecido ao ArT 13 nº1 do CC?
Lei em sentido lato (em sentido geral)
Ex: uma lei que é retificada antes de ser publicada é possível)
“Vacatio legis”?: momento da publicação e o momento da publicação dos
seus efeitos (Art 2 da lei formulária)

Ato de retificação entrar antes de publica do ato (ato retificado), não surge
nenhum problema;
E se o ato retificado entra em vigor antes da retificação: ineficácia retroativa
(atribuir efeitos agora que aconteceu no passado)
- Questões de natureza penal
- deve aplicar-se o regime + favorável: o texto retificado é + favorável
relevância (pode não ser assim)

Nota: Os penalistas discutem muito entre matéria penal e


contraordenacional (é uma diferença de natureza ou de grau)
Diferença de Natureza: Um facto que era crime passa para a contraordenação
(despenalização)
Diferença no grau: Um facto que era contraordenação e passa para crime
( diferença de grau)
- impossibilidade dos efeitos de retroativos;

Art 6 da lei formulária


Mais à frente, em matéria penal existem situações onde se (desculpa o facto,
o facto não se torna lícito) pode haver o desconhecimento de regras muito
específicas
 Perguntado nas orais: a lei formulária Art 112 CRP: colocada ao mesmo
nível das leis e decretos de lei?
 A lei pode ser contrariada/revogada por uma lei hierarquicamente
igual ou superior
 Pode existir uma lei que diz que a ”vacatio legis” não é aceite;
 As leis publicadas às 0h de um dia, não pode entrar vigor no mesmo
dia, porque as pessoas não estão sempre a ver no site;

12/11/2019
-Desvalores dos atos normativos: Inexistência, Invalidades (não é uma
sanção), Ineficácia
Sanção: violação de uma norma que impõe deveres (normas prescritivas ou
normas de obrigação);
Prescrição: interessa por aquele que estabeleceu a anulabilidade ( 1 ano),
sanável (remediável) mediante a condição;
- legitimidade:

Inexistência:
- Ex:
o PR tem uma gripe grave, não pode ir ao palácio de Belém, mas tem de
promulgar a lei, e vai lá sua mulher (falta de promulgação- inexistência da
norma)
Controlo por parte dos poderes dos órgãos de soberania (promulgações);
“VACATIO LEGIS”- (período de 5 dias)
- Pode ser dilatada;
- expressa;
- ter um prazo supletivo de vacatio legis (5 dias);
- a lei entra imediatamente em vigor (prazo estipulado)
-“VACATIO LEGIS” – Entre a data da publicação e a data entrada em vigor;
três hipóteses:
-Suprime por razões de ordem pública
Ex: obrigatoriedade da vacinação geral, vai para promulgação não é
razoável esperar pelos 5 dias de vacatio legis- suprime-se e entra logo em
vigor;
Ex: entra em vigor a 5 de janeiro de 2020 -prazo estabelecido

Eficácia ou ineficácia:
 Valor jurídico diferente da invalidade;
 Norma inválida? mas eficaz (norma que ainda não recorreu o prazo de
vacatio legis)

Validade da norma: Kelsen diz que tem a ver com a validade da norma se
esta foi produzida pelos órgãos competentes para a produção dessa norma,
missão de validade;

Normas de atribuição de competência;


 Aplicação das normas no tempo:
 Norma aparece;
 Outra norma que tenha sido publicada anteriormente
Aplicabilidade da norma:
- Ainda não foi declarada inconstitucional pelo Tribunal Constitucional;
A inexistência – valor autónomo dos atos normativos
A norma é válida, não é aplicada para razões de natureza constitucional;
ESTUDAR BEM NO CC VALORES JURÍDICOS NEGATIVOS DOS ATOS
JURÍDICOS – muito importante

14/11/2019
 Exame final incide sobre a estamos a falar (primeiro capítulo do
professor) – Lei formulária
 Lei 74/98 do 11 de novembro- lei formulária;
 Temos de ver onde estão inseridos no diário da República;
Lei formulária:
- Desvalor dos atos normativos;
- “Vacatio legis”
- Data do início da vigência;

Vai sair de certeza na frequência!!!


- Desvalor dos atos normativos (ineficácia, inexistência e invalidade-
anulidade e nulidade);
- Anulidade de uma lei interna;
- Problema no prazo da “Vacatio legis”;

- Ler e aprofundar isto!


- Frequência levar sempre CC + lei formulária;

19/11/2019
 Ver com muita atenção a contagem dos prazos (0h do dia
imediatamente a seguir à data da publicação;
 30 dias após a publicação:

- Entra em vigor no dia a seguir;


- Ver no manual do MTS prazos da vacatio legis;
- Lei nova e lei velha “quando é que entra em vigor”
- Figuras de revogação e de derrogação
Revogação: (fui ver a net)
- A questão de quando as normas deixam de valer, de pertencer ao
ordenamento jurídico, tem uma relevância especial na dogmática;

Derrogação
Relação entre a lei normal e uma lei especial
“lei especial” - âmbito específico, entra em vigor depois da lei geral, não
implica revogação, mas meramente derrogação;

Ab-rogação
- Costume “contra legen” faz cessar a eficácia da lei;
- Para o professor, prática reiterada (não cria direito). É meramente
prescritiva ou proibitiva;

Caducidade (tempo) Revogação (decorre de um ato normativo


posterior)

Ex: é proibido fazer fogueiras até outubro (tem um prazo)


Se cesse a razão da lei, cessa a própria lei;
Art 203 da CRP- Princípio da legalidade na administração da justiça (em
relação ao juiz)

Revogação: pode ser


- Expressa
- Tácita (normalmente é esta)
- A lei posterior revoga a lei posterior

Ter sempre em conta a pirâmide normativa (uma norma só pode revogar


outra igual ou inferior)

Derrogação: perda parcial de uma norma e criação de uma relação entre


uma lei anterior e posterior;
- Não implica a cessação da vigência de uma lei geral

- Ver bem a lei formulária:


- Retificação (até 60 dias) = nulidade;
- Também a inexistência
- E casos de ineficácia;

Ler o manual: derrogação, ab-rogação, revogação;


VAI SAIR EM FREQUÊNCIA

21/11/2019
 Repristinação: reposição do Direito
 Se há uma lei que é revogada o regime deixa de vigorar
- Se não há um novo regime legal trata-se de uma lacuna do direito;

 Se há uma norma que revoga uma norma, a conduta passa a ser


indiferente= remetida para o espaço livre do direito
 Ninguém pode ser processado ilegalmente ou condenado em virtude
de lei anterior e grau de determinação
 Lei anterior precisa da caracterização da conduta que se criminaliza
que se torna punível
 Aplicação retroativa da lei penal, não é suscetível de ser aplicada
retroativamente
 Lei revogada pode ser aplicada apenas de um caso:
- Lei revogada (deixa de ser válida) - se uma conduta praticada na
validade da norma anterior for julgada depois da revogação, se este for
mais favorável ao arguido é aplicada em vigor na prática do ato mesmo
que já não seja válida (validade e amputabilidade da norma)

 Ideia do século XIX (19), autor austríaco Adolf Mekler

 estrutura escalonada da ordem jurídica, essa doutrina é apropriada por


Kelsen, inicialmente construía a teoria pura do direito (preposição jurídica) -
- Representação cognitiva da ordem jurídica procurou explicitar lógica
das normas jurídicas-

 se há é (deve ser), relação entre a hipótese e aplicação normativa=


relação de imputação (análoga à causalidade)

Ex:
- Causalidade- aquecer a água e este ferve;
- Imputação-matar alguém e ser condenado

 Normas no sistema jurídico estão relacionadas entre si só se compreende


através dessas relações normativas
 Considerar o Direito como sistema e não como norma, as normas
jurídicas estão apoiadas em sanções positivas;
 Coercibilidade
 Normas jurídicas individuais- geral e abstração

26/11/2019
 Matéria para o teste ao capítulo 10 (inclusive)
 Distinção entre conceptuais e terminológicas;
 Formulação normativa ou disposição normativa- expressões sinónimas
- Enunciado linguístico
- Depois o juiz retira a norma;
Norma: formulação normativa interpretativa;

 Convenções sobre a interpretação são dominantes para a intervenção do


direito vigente;
 Distingue-se o que é a criação do direito (AR, ALR, Governo) e a
aplicação do direito (tribunais e órgãos de administração)
- Tripartição dos poderes (Montesquieu)

 No processo da aplicação há uma conformação do direito;


 Norma jurídica e proposição jurídica (descrição da norma feita pela regra
jurídica
 Kelsen vai mudando a proposição jurídica;
 Pressupostos da responsabilidade civil (Art 487º)

 Ciência jurídica = ciência descritiva da norma;


- Limita-se a descrever e a sistematizar num todo coerente;

Norma Preposição jurídica


 Norma jurídica= coloca-se ao nível da linguagem;
 Proposição jurídica = metalinguagem sobre a linguagem objeto, a nível
inferior;
O sistema jurídico é um sistema de normas jurídicas;
 Ciência do direito
 Descrever o direito vigente;

 Diverso tipo de normas:


 Imperativismo de Austin = ordem ou comandos apoiados em ameaças
(não aceitável);
 Doutrina da norma jurídica e Kelsen
- Reduzir todas as normas jurídicas ao nível comum;
- Se A matar B (relação cotação??)
- B deverá ser…
- A terá uma sanção;

 Normas de obrigação, comando, prescrição (normas primárias de


obrigação) – “mandatory norms”
- EX: é proibido circular a mais de 150 km/h
 Também há normas de atribuição de competências (power norms)
Outras normas:
 Normas definitórias:
 Não são autónomas;
 Só produzem EJ ligada com outras normas, nomeadamente, as
normas primárias de obrigação ou atribuição de competências

 Normas remissivas:
 Não autónomas
 Normas jurídicas procedem uma relação tendo em vista um fim para
a previsão de outras normas jurídicas;

 Normatividade do direito:
 modo como o direito orienta condutas;
Violação das normas morais- não há sanções coercivas (não são impostas
pela força)

Normas autónomas: Prescrevem a sanção de aplicação através da


coercitividade
Normas não autónomas: Fragmentos de uma norma jurídica (não são
independentes)

Grã bretanha- John Austin (1820 e tal)


Alemanha- Kar berbol?
Austríaco- Hans Kelsen

Direito: sistema normativo complexo


- (para além das normas primárias de obrigação)
- Também há normas de atribuição de competências;
- Tem as normas definitórias e as normas remissivas

Importante
 Ler a lei formulária (prazos de vacatio legis)
 Ver 2 capítulo do livro “elementos de uma metodologia jurídica”
AFINAL ATÉ AO CAPÍTULO 10!!! (INCLUSIVE)

28/11/2019
 Trazer a constituição, o CC e a lei formulária;
 Aulas de IED acabam 5f;
 Aula de economia também;
 Muito importante “vacatio legis”, quando inicia a vigência, o que significa
quando entra em vigor imediatamente, etc
o ESTUDAR!
Pode sair um caso prático (meios de autotutela)

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