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A responsabilidade de um fiador ou avalista, tanto no caso

de pessoas jurídicas como físicas, em contratos de fiança e


títulos de cambio
O Fiador nada mais é do que um terceiro que se obriga pessoalmente perante um Credor,
garantindo solidariamente com o seu patrimônio, a dívida assumida pelo Devedor, ou seja, caso
o Devedor não cumpra com o compromisso assumido com o Credor, compromisso este firmado
em Contrato ou outro Acordo firmado entre as Partes, o fiador arca pela obrigação e/ou débito
do devedor com o seu patrimônio. O fiador querendo põe em risco os seus bens pessoais,
podendo ser bens móveis, imóveis ou até reservas financeiras em moeda corrente/dinheiro,
caso o devedor não pague a dívida assumida.

Podem ser Fiadores, maiores ou emancipados e com direito à livre disposição dos seus bens.
O cônjuge, sem outorga uxória (anuência expressa) do outro cônjuge, não poderá assumir esta
responsabilidade, exceto no regime da separação absoluta de bens, regulada no Artigo 1.647
do código atual. A ausência da outorga uxória, não suprida em juízo, torna ato anulável.

Em uma Fiança, ou seja, em um Contrato de Caução ou Garantia, obrigatoriamente temos a


figura do Fiador. Em uma Fiança, podemos dizer que uma ou mais pessoas (física ou jurídica)
garantem a dívida assumida pelo devedor, sendo esta o Fiador ou Fiadora.

Na Fiança, o Fiador assume novamente o risco sobre a obrigação do Devedor, a sua finalidade
é garantir o pagamento/adimplemento da dívida contraída pelo devedor, sendo que, o não
pagamento desta dívida, o patrimônio do Fiador será exposto à execução do Credor, ou seja,
caso o Devedor não cumpra com sua obrigação de quitação do débito assumido, o Fiador será
o responsável em garantir o pagamento da dívida, e a dívida recai sobre os seus bens, conforme
já citado, até que se cumpra toda a obrigação de pagamento do valor integral devido. Objeto
de todo contrato de Fiança é o próprio crédito, ou seja, a dívida assumida.

Quando tratamos sobre os Efeitos da Fiança, considerando que a Fiança podemos dizer que se
refere a uma relação gratuita, ela não pode ir além do que foi combinado entre as Partes, ou
seja, do conteúdo firmado no Contrato entre Credor e o Devedor. O Fiador só pode ser acionado
para responder pela dívida quando houver o descumprimento do pagamento, ou seja da
obrigação pelo devedor.
É possível a realização e troca do Fiador, do qual assumiu a obrigação de fiação em Contrato
ou documento firmado entre duas Partes, e as Partes acordarem neste sentido, com a entrada
de um novo Fiador ou outra Garantia negociada. Nestes casos, sugere-se o envio de Notificação
sobre a intenção de troca ou de saída do Fiador. O Fiador ficará obrigado pelos efeitos da
Fiança no prazo de 60 (sessenta) dias após o recebimento da Notificação, ou em período
anterior quando já estabelecido um novo Fiador em sua substituição.

Interessante comentar que quando tratamos de um Contrato de Locação, e o Locatário vier a


falecer, os débitos advindo após o falecimento não são de responsabilidade do Fiador.

A troca do Fiador também pode ser exigida em casos de morte, de Declaração Judicial de
Ausência, Interdição, Recuperação Judicial, Falência ou Insolvência do Fiador, e ainda em caso
de Alienação ou Gravação de todos os seus bens, bem como também nos casos de mudança de
residência sem comunicação e quando finalizado o prazo estabelecido em um Contrato com
prazo determinado.

Existem duas modalidades de fiança: a Fiança Bancária, e o Seguro Fiança.

- A Fiança Bancária é quando o próprio Banco assume a posição de Fiador, e garante o


cumprimento do pagamento das dívidas dos seus clientes. Público alvo dos Bancos são as
pessoas físicas e pessoas jurídicas. A Vantagem de o Banco ser o próprio Fiador é de que o
Credor acaba tendo uma certeza maior de que a dívida será cumprida, caso o Devedor não
realizar a sua quitação.

- O Seguro Fiança é mais utilizado nos Contratos de Locação, proporcionando ao proprietário


uma garantia, de que se houver atraso no pagamento dos aluguéis, taxas condôminas e demais,
ele pode acionar o seguro para o seu recebimento. Esta modalidade de Seguro Fiança vem
sendo bastante usada e substituindo a figura do Fiador.

Quando falamos em Avalista, o Avalista é a pessoa que presta garantia pessoal em favor de
alguém, em um título cambial. O avalista é utilizado em títulos, para igualmente garantir o
pagamento da dívida assumida pelo devedor que assumiu o respectivo título.

O Aval é a forma de garantir o pagamento do título cambial, estamos tratando aqui


especificamente de títulos de crédito, como Nota Promissória, Cheques, Letras de Câmbio etc.,
onde o Avalista fica obrigado e responsável solidário, com relação ao pagamento deste título.
Este caso dispensa um Contrato, decorre da simples assinatura do Avalista no Titulo de Crédito,
pelo qual passa a responder em caso de não pagamento.

Ana Gabriela de Araújo Zadrozny

Advogada – OAB/SC 42.719

Saiba como funcionam o aval e a fiança e que diferenças e


semelhanças existem entre ser fiador ou avalista. Desta
forma, poderá tomar decisões mais esclarecidas.

Não é a mesma coisa ser fiador ou avalista. Com o crédito à habitação a liderar os créditos
pedidos em território nacional – cerca de 33% dos portugueses estão a pagar um um
empréstimo pedido para comprar casa – faz sentido entender as diferenças e semelhanças entre
uma fiança e um aval. Ter um fiador ou avalista é quase sempre um requisito dos bancos para
concederem um empréstimo, como forma de garantir o pagamento em caso de incumprimento
por parte dos titulares do crédito. Esta questão é encarada, muitas vezes, como uma mera
formalidade. Mas não devia, porque pode levar a situações de sobre-endividamento, e não nos
referimos aos titulares do crédito. Quando aceitar ser fiador ou avalista, deve estar consciente
das responsabilidades que tal implica.

A fiança e o aval são duas modalidades de garantia pessoal. O que as distingue? A fiança é o
contrato pelo qual uma terceira pessoa - denominada fiador - se compromete a pagar a dívida
de outrem caso o devedor não o faça. O fiador coloca o seu património como garantia de uma
dívida alheia. O que é que isto implica? Se for fiador de alguém na compra de casa e essa
pessoa deixar de pagar as prestações, é a si que cabe cumprir o contrato. O aval é outra garantia
pessoal, que é dada por um terceiro – denominado avalista - a quem concede um crédito. Nos
empréstimos bancários, esta garantia é representada pela assinatura do avalista no verso do
documento que titula a dívida e pode respeitar à totalidade ou a parte do valor em dívida. Neste
caso, existe o mesmo nível de responsabilidade de pagamento relativamente ao titular, podendo
o credor abordar o avalista para o pagamento da dívida.

Pediram-lhe para ser fiador ou avalista? Saiba o que isso implica. É normal que pense
em aceitar ser fiador de um familiar ou de alguém da sua inteira confiança. Não só porque
confia inteiramente nessa pessoa como também por ser a única via para que ela consiga ter
acesso a um crédito. Realmente, os bancos exigem muitas vezes aos titulares um fiador. E os
titulares, geralmente, solicitam aos familiares que assumam esta responsabilidade. O que
acontece é que, quer uns, quer outros, por vezes, não atribuem grande importância a este passo,
que é visto como uma ‘formalidade’. Mas quando as coisas não correm como o previsto, e os
titulares do crédito falham com a sua obrigação, os fiadores são chamados à responsabilidade,
para assumirem as prestações em falta ou até mesmo uma prestação mensal de forma
contínua. Para famílias que já têm os seus próprios encargos suportarem ainda mais este
acréscimo sem aviso prévio pode desestabilizar o equilíbrio financeiro do agregado e, até
mesmo, levar a uma situação de sobre-endividamento.

FIADOR

Quais são as responsabilidades de um fiador? Assegurar a dívida de outrem pelo património.


Ao aceitar ser fiador está a garantir, através do seu património pessoal, o cumprimento de uma
dívida de outrem. Um fiador e uma fiança podem ser acordados em qualquer tipo de dívida.
Na prática a fiança atesta maior segurança ao credor. É comum a utilização da figura do fiador
sobretudo nos contratos de crédito à habitação e nos contratos de arrendamento.

Que riscos corre o fiador? O risco advém da possibilidade do credor executar o seu património
pessoal em caso de incumprimento da obrigação por parte do devedor principal. Existe a
possibilidade do fiador estipular que não prescinde do benefício de excussão prévia. Neste
caso, antes de executar o património do fiador, o credor deverá executar todos os bens do
património do devedor principal (responsabilidade subsidiária). A fiança exige documento
escrito e é feita pela totalidade da dívida.

AVALISTA

Quais são as responsabilidades de um avalista? O avalista responsabiliza-se pelo pagamento


da dívida de outrem (garantia pessoal) em caso de incumprimento deste. Como? Através do
seu aval numa letra ou numa livrança. O aval é prestado em títulos de crédito mediante a
assinatura do avalista no verso do documento.

Que riscos corre o avalista? O avalista está sujeito a um regime jurídico ainda mais apertado,
comparativamente com o fiador. No aval existe responsabilidade solidária, o que significa que
o devedor ou avalista estão no mesmo patamar de responsabilidade, sendo que qualquer um
deles pode ver acionado o seu património. Convém sublinhar que o aval não necessita de ser
executado pela totalidade da dívida nem de documento escrito. Basta assinatura no verso do
título de crédito. O avalista pode tentar recuperar o seu dinheiro junto do titular da dívida ou
de um anterior avalista.

Ser fiador ou avalista acarreta consequências que podem vir sem aviso e prejudicar seriamente
a sua vida financeira. Pondere bem e tome a melhor decisão.

Fiador e avalista: entenda as diferenças entre estas duas


formas de garantia
SÃO PAULO - Na hora de pedir um empréstimo, fazer um financiamento ou até alugar um
imóvel, você vai se deparar com estes dois termos: fiança ou aval. A exigência nada mais é do
que uma garantia de que o credor não terá prejuízo, caso você não honre com o seu
compromisso, ou seja, se você não pagar ou descumprir o contrato, outra pessoa - no caso, o
fiador ou avalista - pode ser acionada em seu lugar.

No popular, muitas pessoas brincam que o pedido para ser fiador ou avalista de alguém pode
ser o início do fim de uma amizade. Mas afinal, qual é a diferença entre uma garantia e outra?

Fiança x Aval

Do ponto de vista do credor, a fiança é melhor do que o aval. Apesar de mais burocrático, ao
assinar o contrato, o fiador é responsável por todo o documento, ou seja, responde por todas as
cláusulas contratuais, caso haja algum desrespeito.
O avalista, no entanto, é responsável apenas pelo valor de face do título, ou seja, pelo valor
contratado, sem a incidência dos juros e encargos, em caso de atraso no pagamento.

A diferença entre um e outro se dá na assinatura. Enquanto o fiador assina o próprio contrato


ou documento à parte, o avalista assina o título de crédito.

Outra diferença importante entre um e outro está na preferência de ordem da execução. No


caso da fiança, existe a preferência, ou seja, o devedor deve ser acionado primeiro e, somente
depois de esgotadas todas as possibilidades de o próprio contratante honrar com a dívida, o
fiador é acionado.

No aval, não existe preferência de ordem, portanto, o credor pode executar qualquer uma das
partes. Normalmente, a primeira escolha é o avalista, que tendo de arcar com um compromisso
de outra pessoa, passa a cobrá-la, o que agiliza o processo de pagamento.

A tabela abaixo compara as duas formas de garantia:

Devedor solidário

Apesar de não muito comum entre as garantias pessoais, já existe no mercado a figura do
Devedor Solidário, ou seja, uma pessoa física ou jurídica que também responde, caso o tomador
do empréstimo não honre com seus compromissos.

Essa garantia tem características que mesclam a fiança e o aval. O devedor solidário responde
pelo valor do contrato, assim como o fiador, mas nesta forma não existe a preferência de ordem
de execução, como no aval.
No entanto, existe uma diferença que faz com que esse tipo de garantia represente um risco
maior ao credor e, conseqüentemente, cobre juros mais altos: não exige o consentimento do
cônjuge na assinatura.

O risco para o credor, neste caso, se dá por conta do embargo de meação, ou seja, caso o
devedor solidário venha a ser executado, a outra parte (esposa/marido) pode entrar com
processo de embargo sobre os 50% que lhe são de direito e o credor passa a contar apenas com
os 50% do devedor como garantia.

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