Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Podem ser Fiadores, maiores ou emancipados e com direito à livre disposição dos seus bens.
O cônjuge, sem outorga uxória (anuência expressa) do outro cônjuge, não poderá assumir esta
responsabilidade, exceto no regime da separação absoluta de bens, regulada no Artigo 1.647
do código atual. A ausência da outorga uxória, não suprida em juízo, torna ato anulável.
Na Fiança, o Fiador assume novamente o risco sobre a obrigação do Devedor, a sua finalidade
é garantir o pagamento/adimplemento da dívida contraída pelo devedor, sendo que, o não
pagamento desta dívida, o patrimônio do Fiador será exposto à execução do Credor, ou seja,
caso o Devedor não cumpra com sua obrigação de quitação do débito assumido, o Fiador será
o responsável em garantir o pagamento da dívida, e a dívida recai sobre os seus bens, conforme
já citado, até que se cumpra toda a obrigação de pagamento do valor integral devido. Objeto
de todo contrato de Fiança é o próprio crédito, ou seja, a dívida assumida.
Quando tratamos sobre os Efeitos da Fiança, considerando que a Fiança podemos dizer que se
refere a uma relação gratuita, ela não pode ir além do que foi combinado entre as Partes, ou
seja, do conteúdo firmado no Contrato entre Credor e o Devedor. O Fiador só pode ser acionado
para responder pela dívida quando houver o descumprimento do pagamento, ou seja da
obrigação pelo devedor.
É possível a realização e troca do Fiador, do qual assumiu a obrigação de fiação em Contrato
ou documento firmado entre duas Partes, e as Partes acordarem neste sentido, com a entrada
de um novo Fiador ou outra Garantia negociada. Nestes casos, sugere-se o envio de Notificação
sobre a intenção de troca ou de saída do Fiador. O Fiador ficará obrigado pelos efeitos da
Fiança no prazo de 60 (sessenta) dias após o recebimento da Notificação, ou em período
anterior quando já estabelecido um novo Fiador em sua substituição.
A troca do Fiador também pode ser exigida em casos de morte, de Declaração Judicial de
Ausência, Interdição, Recuperação Judicial, Falência ou Insolvência do Fiador, e ainda em caso
de Alienação ou Gravação de todos os seus bens, bem como também nos casos de mudança de
residência sem comunicação e quando finalizado o prazo estabelecido em um Contrato com
prazo determinado.
Quando falamos em Avalista, o Avalista é a pessoa que presta garantia pessoal em favor de
alguém, em um título cambial. O avalista é utilizado em títulos, para igualmente garantir o
pagamento da dívida assumida pelo devedor que assumiu o respectivo título.
Não é a mesma coisa ser fiador ou avalista. Com o crédito à habitação a liderar os créditos
pedidos em território nacional – cerca de 33% dos portugueses estão a pagar um um
empréstimo pedido para comprar casa – faz sentido entender as diferenças e semelhanças entre
uma fiança e um aval. Ter um fiador ou avalista é quase sempre um requisito dos bancos para
concederem um empréstimo, como forma de garantir o pagamento em caso de incumprimento
por parte dos titulares do crédito. Esta questão é encarada, muitas vezes, como uma mera
formalidade. Mas não devia, porque pode levar a situações de sobre-endividamento, e não nos
referimos aos titulares do crédito. Quando aceitar ser fiador ou avalista, deve estar consciente
das responsabilidades que tal implica.
A fiança e o aval são duas modalidades de garantia pessoal. O que as distingue? A fiança é o
contrato pelo qual uma terceira pessoa - denominada fiador - se compromete a pagar a dívida
de outrem caso o devedor não o faça. O fiador coloca o seu património como garantia de uma
dívida alheia. O que é que isto implica? Se for fiador de alguém na compra de casa e essa
pessoa deixar de pagar as prestações, é a si que cabe cumprir o contrato. O aval é outra garantia
pessoal, que é dada por um terceiro – denominado avalista - a quem concede um crédito. Nos
empréstimos bancários, esta garantia é representada pela assinatura do avalista no verso do
documento que titula a dívida e pode respeitar à totalidade ou a parte do valor em dívida. Neste
caso, existe o mesmo nível de responsabilidade de pagamento relativamente ao titular, podendo
o credor abordar o avalista para o pagamento da dívida.
Pediram-lhe para ser fiador ou avalista? Saiba o que isso implica. É normal que pense
em aceitar ser fiador de um familiar ou de alguém da sua inteira confiança. Não só porque
confia inteiramente nessa pessoa como também por ser a única via para que ela consiga ter
acesso a um crédito. Realmente, os bancos exigem muitas vezes aos titulares um fiador. E os
titulares, geralmente, solicitam aos familiares que assumam esta responsabilidade. O que
acontece é que, quer uns, quer outros, por vezes, não atribuem grande importância a este passo,
que é visto como uma ‘formalidade’. Mas quando as coisas não correm como o previsto, e os
titulares do crédito falham com a sua obrigação, os fiadores são chamados à responsabilidade,
para assumirem as prestações em falta ou até mesmo uma prestação mensal de forma
contínua. Para famílias que já têm os seus próprios encargos suportarem ainda mais este
acréscimo sem aviso prévio pode desestabilizar o equilíbrio financeiro do agregado e, até
mesmo, levar a uma situação de sobre-endividamento.
FIADOR
Que riscos corre o fiador? O risco advém da possibilidade do credor executar o seu património
pessoal em caso de incumprimento da obrigação por parte do devedor principal. Existe a
possibilidade do fiador estipular que não prescinde do benefício de excussão prévia. Neste
caso, antes de executar o património do fiador, o credor deverá executar todos os bens do
património do devedor principal (responsabilidade subsidiária). A fiança exige documento
escrito e é feita pela totalidade da dívida.
AVALISTA
Que riscos corre o avalista? O avalista está sujeito a um regime jurídico ainda mais apertado,
comparativamente com o fiador. No aval existe responsabilidade solidária, o que significa que
o devedor ou avalista estão no mesmo patamar de responsabilidade, sendo que qualquer um
deles pode ver acionado o seu património. Convém sublinhar que o aval não necessita de ser
executado pela totalidade da dívida nem de documento escrito. Basta assinatura no verso do
título de crédito. O avalista pode tentar recuperar o seu dinheiro junto do titular da dívida ou
de um anterior avalista.
Ser fiador ou avalista acarreta consequências que podem vir sem aviso e prejudicar seriamente
a sua vida financeira. Pondere bem e tome a melhor decisão.
No popular, muitas pessoas brincam que o pedido para ser fiador ou avalista de alguém pode
ser o início do fim de uma amizade. Mas afinal, qual é a diferença entre uma garantia e outra?
Fiança x Aval
Do ponto de vista do credor, a fiança é melhor do que o aval. Apesar de mais burocrático, ao
assinar o contrato, o fiador é responsável por todo o documento, ou seja, responde por todas as
cláusulas contratuais, caso haja algum desrespeito.
O avalista, no entanto, é responsável apenas pelo valor de face do título, ou seja, pelo valor
contratado, sem a incidência dos juros e encargos, em caso de atraso no pagamento.
No aval, não existe preferência de ordem, portanto, o credor pode executar qualquer uma das
partes. Normalmente, a primeira escolha é o avalista, que tendo de arcar com um compromisso
de outra pessoa, passa a cobrá-la, o que agiliza o processo de pagamento.
Devedor solidário
Apesar de não muito comum entre as garantias pessoais, já existe no mercado a figura do
Devedor Solidário, ou seja, uma pessoa física ou jurídica que também responde, caso o tomador
do empréstimo não honre com seus compromissos.
Essa garantia tem características que mesclam a fiança e o aval. O devedor solidário responde
pelo valor do contrato, assim como o fiador, mas nesta forma não existe a preferência de ordem
de execução, como no aval.
No entanto, existe uma diferença que faz com que esse tipo de garantia represente um risco
maior ao credor e, conseqüentemente, cobre juros mais altos: não exige o consentimento do
cônjuge na assinatura.
O risco para o credor, neste caso, se dá por conta do embargo de meação, ou seja, caso o
devedor solidário venha a ser executado, a outra parte (esposa/marido) pode entrar com
processo de embargo sobre os 50% que lhe são de direito e o credor passa a contar apenas com
os 50% do devedor como garantia.