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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO

quarta-feira, 9 de agosto de 2023 19:50

Conceito: A execução pode ser conceituada como o meio pelo qual o cumprimento de uma obrigação é,
voluntária ou involuntariamente, satisfeita. Quando a obrigação não é cumprida espontaneamente, faz-se
necessária a prática de atos executivos pelo Estado, com o objetivo de satisfazê-la.

Cumpre mencionar ainda que, no processo de execução, as partes são denominadas “exequente” (o
credor) e “executado” (o devedor).

Execução por título executivo:


➞ judicial | Art. 515, cpc. | fase de cumprimento de sentença
*O documento que foi produzido veio pelo judiciário.
*Sentença arbitral tem forma de sentença judicial

➞ extrajudicial | Art. 784, cpc.


*Execução autônoma | o devedor vai ser citado para pagar a obrigação.
*Documentos em que o legislador elegeu como hábeis a comprovar o direito.

EXECUÇÃO:
↳ Definitiva: - título extrajudicial
- sentença/acórdão transitado
*decisão judicial transitada em julgado

↳ Provisória: - sentença/acórdão pendente de recurso sem efeito suspensivo


Ex¹: a sentença que tem uma apelação em curso de julgamento.
*Aqui a sentença pode mudar.
Ex²: o recurso especial não tem efeito suspensivo, se você pede o efeito suspensivo e o tribunal não dá, a sentença de 1º
grau continua tendo eficácia, aqui neste cenário é feita a "execução provisória".

PROVISÓRIA: -Atos de alienação


-Levantamento de dinheiro

PRINCÍPIOS GERAIS:
➊ Princípio da autonomia | Execução autônoma ➞ Título extrajudicial
➋ Princípio da patrimonialidade | Responsabilidade patrimonial | Art. 789,cpc.
➌ Princípio do exato adimplemento
↳ Quando o credor quer receber do devedor exatamente a prestação que foi ajustada entre ambos
Ex: obrigação de fazer, obrigação de dar coisa certe e determinada.

➍ Princípio do contraditório
➎ Princípio da disponibilidade do processo pelo credor
↳ Art. 775, CPC.
↳ defesa processual > extinta
↳ defesa mérito > anuência do executado

➏ Princípio da utilidade
↳ a execução precisa ser útil ao credor, ou seja, os atos executórios precisam ter utilidade para a obrigação ser resolvida.
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvi do pelo pagamento das
custas da execução.
§ 1º Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de determinação judicial expressa, o oficial de justiça descrev erá na certidão os bens que
guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
§ 2º Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal será nomeado depositário provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz.

➐ Princípio da menor onerosidade


↳ Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o exec utado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e men os onerosos, sob pena de
manutenção dos atos executivos já determinados.

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COMPETÊNCIA:
• título judicial – cumprimento de sentença
↳ quando a ação for ordinária, por exemplo, ação rescisória. Dada a sentença, o cumprimento desta será feita no mesmo
tribunal/juízo.
↳ Art. 516, cpc.
↳ Incisos I e II - competência funcional ou hierárquica
↳ territorial, valor, pessoa, matéria e hierarquia

Art. 516, § ún.


1) Juízo do atual domicílio do devedor
2) Juízo onde se encontrem seus bens(que possam ser penhorados)
*transferir a execução para outro estado por exemplo, é para facilitar a execução, visto que, se os bens estão em outro estad o teria que ser gasto com cartas
precatórias para o juízo ter a faculdade de executar os bens.
• O juiz do tribunal que você quer deslocar a execução deverá expedir um ofício para o juiz de origem, pedindo remessa dos autos para lá.
3) Juízo onde deve ser cumprida a obrigação

• título extrajudicial – Art. 781, cpc.


↳ foro de eleição
*a regra é que ele seja respeitado
*poderá executar também o bem que foi dado em garantia de uma obrigação.
O exequente que escolhe quando há cláusulas do foro de eleição e o bem dado em garantia em um contrato.

↳ local de pagamento
↳ regra gerais – Art. 46 a 53, cpc.

REQUISITOS DA EXECUÇÃO:

INADIMPLEMENTO
- Não cumprimento da obrigação:
↳ modo
↳ tempo
↳ lugar

- Mora(atraso) ≠ inadimplemento absoluto


- Ônus da prova ➞ devedor
- Obrigação condicional ou a termo
- Obrigação bilateral | Art. 787, cpc.
↳ credor oferece meio para garantir cumprimento | Art. 787, § ún.
↳ o credor tem que provar ter cumprido com a parte dele, ou assegurar meios de cumprimento

TÍTULO EXECUTIVO
↳ o instrumento ao qual a lei atribui eficácia de título executivo;
↳ esse documento pode embasar uma execução;
↳ cumprimento de sentença;

I. Taxatividade e tipicidade
↳ previsão legal
II. Eficácia absoluta do título
↳ embora o título traga sempre uma obrigação
III. Pluralidade dos títulos
↳ Súmula 27, STJ | A lei não veda que o credor instrua a execução com pluralidade de títulos vinculados ao
mesmo negócio. Instrumentalizada a execução com mais de um título, a eventual imprestabilidade de um não
induz, necessariamente, a invalidade dos demais.

IV. Título - Obrigação:


↳ líquida ➞ quanto é devido
↳ certa ➞ o que é devido
↳ exigível ➞ inadimplemento

*é preciso observar se a obrigação contida no título possui esses três elementos: liquidez, certeza e exigibilidade.

 TÍTULOS JUDICIAIS - Art. 515, cpc.


↳ resultado de um vínculo processual anterior entre as partes.

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Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de
não fazer ou de entregar coisa; ↳ sentença declaratória - ex: inexigibilidade de título ou condenatória

II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; (já existe processo em andamento)


III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; (não existe processo, isto é, o acordo
é levado para o judiciário para o juiz homologar)
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título
singular ou universal; ↳ título este somente válido pelos herdeiros

V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão
judicial;

VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;


↳ embora faça o cumprimento de sentença, será necessário citação para execução.
↳ liquidação da sentença quando necessário

VII - a sentença arbitral;


↳ pode-se pegar o título da sentença arbitral ou penal para o juízo cível para execução do cumprimento de sentença,
logo, nesses títulos o devedor terá que ser citado.

VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;


↳ sentença estrangeira que precisa ser executada no Brasil na justiça federal.

IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de
Justiça;
↳ poderá também ser executada quando deferida(exequatur) pelo STJ.

 TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS - Art. 784, cpc.


Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:


I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;

II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;


↳ meramente declaratórias
↳ não precisam ser presenciais segundo STJ

IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública,
pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
↳ instrumento de acordo que além da assinatura das partes, precisa ser assinado pela D.P, Advogado, Conciliador.
↳ a depender do caso deve-se considerar custas processuais, tempo, e para solucionar o caso se faz necessário pensar no
título mais favorável, sendo ele judicial ou extrajudicial. Pois, a depender do título escolhido chegará ao mesmo fim, se
optasse por outro caminho.

V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
↳ a garantia atrelada ao contrato poderá se tornar título para execução
Ex: caução - cumprimento em cima desta garantia

VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;


↳ só será permitida a execução pelo beneficiário do seguro de vida.

VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;


↳ enfiteuse - Art. 678, CC/16

VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais
como taxas e despesas de condomínio; ↳ contrato de locação + comprovação de valores

IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
↳ Lei 68.387/80

X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva


convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
↳ Convenção condominial; ata da assembleia;

XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas
devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
↳ cartórios extrajudiciais

XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.

 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
↳ Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restr ições estabelecidas em lei.
↳ penhorabilidade a partir do inadimplemento.
↳ não se mexe com patrimônio passados, salvo, as exceções.

▪ Princípio da Patrimonialidade

➊ Bens sujeitos a execução


➋ Bens não sujeitos à execução
↳ impenhoráveis | Art. 833, cpc.

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↳ impenhoráveis | Art. 833, cpc.

▪ A impenhorabilidade é matéria de ordem pública.

 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
↳ não são devedores, mas responsáveis ,

Responsabilidade patrimonial secundária - obrigação que recai sobre o patrimônio de quem não é o devedor legítimo.
↳ Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;
*aplicação para execução para entrega de coisa ↳ permite ao autor que busque o bem em poder de quem quer que esteja

II - do sócio, nos termos da lei;


↳ corresponsáveis pela obrigação da pessoa jurídica | Ex: sociedade em nome coletivo (Art. 1.039, cc)
*O próprio tipo societário, permite que seja alcançado o patrimônio dos sócios, sem que haja a desconsideração da personalida de jurídica.
*dado o incidente da desconsideração da personalidade jurídica, os sócios passam a figurar no polo passivo da execução e pass am a ser devedores.
| Responsabilidade primária.

III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;


Ex: locatário do imóvel alugado | Responsabilidade primária.

↱ que é exclusivo seu | ex: bem de doação


IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida;
↳ exclui-se o regime de separação total de bens.
↳ a dívida se reverteu em benefício da família? Se sim, o patrimônio responde.
↳ o cônjuge que quer liberar sua parte do patrimônio que tem o ônus da prova de provar que não reverteu em benefício da famí lia.

V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;



↳ fraude contra credores: o devedor ele se desfaz do seu patrimônio, a ponto de se tornar insolvente. Mas não existe processo judicial contra ele.
*Ação pauliana/revocatória - reconhecimento da fraude contra credores

VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra cr edores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.

 FRAUDE CONTRA CREDORES


↳ Direito material | Art. 158/159, cc.
↳ Interesses particulares
↳ ação própria | ação pauliana
*O credor precisa ajuizar uma medida específica(ação pauliana), para ver reconhecida a fraude.
*após esta ação, o negócio jurídico é desfeito e o bem volta a integrar o patrimônio do devedor.

ELEMENTOS: ➊ eventus damni ➞ prejuízo


➋ contiruir fraudes ➞ conhecimento por parte do 3º

 FRAUDE À EXECUÇÃO
↳ Instituto de direito processual | Art. 792, cc.
↳ Ato atentatório à dignidade da justiça e do credor | modalidade grave de fraude
↳ Decretada nos autos da execução
↳ NJ - ineficaz perante o credor - §1º

 Para caracterizar fraude à execução, basta que esteja em qualquer fase do processo.
 Consequência: declaração de ineficácia da venda perante o credor. Isto é, o negócio jurídico não é desfeito.

ELEMENTOS: ↱ precisa ter sido citado e ter conhecimento desta ação


IV. - ação em andamento ao tempo da alienação/oneração(qualquer ação de conhecimento)
- Insolvência
- prova da má-fé do 3º adquirente | 5.375, STJ
*se o bem for sujeito a registro - é o credor que prova má-fé.
*se o bem não é sujeito a registro - o 3º que prova a boa-fé dele.

Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:


I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido
averbada no respectivo registro público, se houver; ↳ 1.225, cc
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 ;
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do process o onde foi arguida
a fraude;
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
V - nos demais casos expressos em lei.

 SUJEITOS QUE PODEM INTEGRAR O POLO PASSIVO DA EXECUÇÃO:


↳ Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II - o espólio(inventariante), os herdeiros ou os sucessores do devedor(causa mortis);
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; (cessão de crédito)
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
↳ benefício de ordem - antes de alcançar o patrimônio do fiador, deve-se 1º tentar expropriar o patrimônio do devedor/inquilino.

V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;'


VI - o responsável tributário, assim definido em lei.

 IMPENHORABILIDADE
↳ Art. 833. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;

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I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os q ue
ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os
montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos
de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercíci o da
profissão do executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
↳ e outros fundos de investimentos
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aqu isição.
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia,
independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários -mínimos mensais, devendo a
constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no art. 529, § 3º .
§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes
a pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de financiamento e esteja m vinculados
em garantia a negócio jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.

LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA
↳ somente de título executivo judicial
↳ a sentença aqui tem certeza e exigibilidade, mas não é líquida. Isto é, não é quantificado o valor da dívida do devedor.
↳ Art. 324, cpc. | pedido genérico

Conceito: a liquidez da sentença é um incidente complementar da sentença condenatória genérica.


*A liquidez da sentença complementa a sentença anterior proferida, suprindo a lacuna da mesma quantificando o valor da dívida.
*É resolvida por decisão interlocutória(mérito da ação), sendo o recurso cabível de agravo de instrumento.

• Ato que julga a liquidação ➞ Decisão interlocutória


↳ A . I - Art. 1.015, §ún.

ARBITRAMENTO
↳ I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;
↳ Ex: quando precisar fazer estimativa da
desvalorização de veículo acidentado.
Procedimento por arbitragem
↳ Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no
prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.

PROCEDIMENTO COMUM - Art. 509, II, cpc.


↳ II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.

• alegação e prova de fato novo - referente ao valor


• intimação do requerido p/ resposta ➞15 dias
• Instrução(provas)
• decisão condicionada a sentença anterior

Procedimento por procedimento comum


↳ Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da
sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observan do-
se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código

Necessidade de alegar e provar fato novo.


Ex: Sitiante condenado a indenizar um vizinho, porque seus animais invadiram a sua propriedade causando-lhe prejuízo na lavoura do vizinho. O juiz
reconheceu a indenização, mas não foi possível verificar a extensão do dano, e assim deixou-se para fase de liquidação da sentença.
*Na liquidação da sentença precisa apurar:
i. A extensão da área prejudicada
ii. A produtividade da área
iii. Volume previsto de produção da área
iv. Qualidade prevista do produto
v. Cotação no mercado do produto à época
vi. Valor que seria obtido pelo vizinho do produto que seria colhido

Art.509 - § 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daq uela e, em
autos apartados, a liquidação desta.

Aqui o cenário é de uma decisão que estabelece duas obrigações. | Ex: indenização por danos morais e materiais.
↳ parte líquida: danos morais liquidado - já pode haver o cumprimento da sentença.
↳ parte ilíquida: danos materiais - aqui não teve quantificação do dano, logo em autos apartados, a liquidação parcial que diz respeito com relação aos
danos materiais.

§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sent ença.
↳ quando o devedor é condenado e ele quer pagar, mas não sabe o valor porque não foi liquidado, ele mesmo pode solicitar a liquidação. Ou seja, é
possível a formulação do pedido de liquidação da sentença pelo credor e pelo devedor .

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possível a formulação do pedido de liquidação da sentença pelo credor e pelo devedor .

EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE

• TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - Art. 784, cpc.

➊ PETIÇÃO INICIAL - Art. 798, cpc.


↳ instruir com:
a) o título executivo extrajudicial
b) Demonstrativo de débito atualizado até a data da propositura da ação(memória de cálculo)
c) Documento que prove a condição ou termo que ocorreu, a fim de que torne o título executivo extrajudicial exigível
d) Prova que a contraprestação pelo exequente foi feita e por isso dá a ele direito de executar o devedor pela obrigação real izada no
título executivo

↳ indicar:
a) A espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada;
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no CPF ou no CJPJ;
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.

REQUISITOS:
↳ Art. 319, cpc.
↳ documentos
↳Indicação de bens à penhora - Art 829, §1º, cpc.
↳ emenda - 15 dias | Art. 801, cpc.

➋ CITAÇÃO
○ executado
↳ 03 dias p/ pagamento(executado) - contados da citação
*dívida principal + correção + juros + eventuais penalidades + sucumbência(custas e honorários)
↳ 15 dias p/ defesa - contados da juntada
↳ embargos à execução

*No mandado de citação precisa conter:


1) Ordem de penhora - Art 837, §2º, cpc.
*verificado o não pagamento dentro dos 3 dias, o oficial de justiça faz a penhora e a avaliação dos bens.
↳ § 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se outros forem
indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante demonstração de que a constrição
proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente.
○ Moratória - Art. 916, cpc.

Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido
de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas
de correção monetária e de juros de um por cento ao mês.

↳ apenas para título extrajudicial - §7º


↳ no prazo dos embargos
↳ reconhecimento do crédito
↳ depósito de 30% do valor devido da data do requerimento
↳ restante - parcelado em 6x
*1 parcela de entrada e 6x parcelados a diferença
*parcelas com correção monetária + juros(mês)
*se há o parcelamento, há renúncia do direito de defesa
↳ renúncia ao direito de opor embargos - §6º
↳ oitiva do exequente - §3º
↳ levantamento de valores
*o credor já pode levantar o valor conforme as parcelas são pagas | mandado de levantamento eletrônico
↳ sem a prática de atos executivos - §3º
↳ não pagamento ➞ vencimento antecipado + multa de 10% - §5º
*vencimento antecipado se o devedor não pagar parcelas, deixando faltar.
*todas as parcelas não pagas vencem em conjunto , aplicando-se multa de 10%
↳ pagamento integral em 3 dias ➞ redução pela metade de honorários advocatícios - Art. 827, §1, cpc.

• Averbação premonitória(registro público) - Art. 828, cpc - O exequente poderá obter certidão de que a execução foi
admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de
veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.
↳ forma do exequente se precaver de uma possível fraude à execução.

§ 1º No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas.

▪ Arresto - Art. 830, cpc.


*constrição patrimonial
*Ato preparatório da penhora
*antecipação da penhora

Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução.

§ 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o executado 2 (duas) vezes em dias d istintos e, havendo
suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa, certificando pormenorizadamente o ocorrido.
§ 2º Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a pessoal e a com hora certa.
§ 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto converter-se-á em penhora, independentemente de termo.

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§ 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto converter-se-á em penhora, independentemente de termo.

↳ devedor ausente - bens localizados


↳ tentativa de citação - 10 dias
*o bem é achado, mas depois é preciso citar para pagamento
*se citado, depois de 3 dias não havendo o pagamento, segue conversão do arresto para penhora.
↳ citação ➞ 03 dias p/ pagar sob pena de penhora
*mesmo tendo sido feito o arresto, que no caso vai se tornar sem efeitos.
↳ sem pagamento - arresto ➞ penhora - §3º

➌ PENHORA
↳ ato de constrição judicial
↳ ordem de preferência - Art. 835, cpc.
↳ objeto - Art. 831, cpc.
↳ A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e do s honorários advocatícios.
↳ lugar de realização - Art. 845, cpc
↳ Bens imóveis e veículos automotores - Art. 845, §1º.
↳ no rosto dos autos - Art. 860, cpc.
↳ atos financeiros - penhora online - Art. 854, cpc.
↳ cancelamentos dos excessos - §1º
↳ manifestação em 05 dias - impenhorabilidade
§ 3º Incumbe ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar que:
I - as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis;
II - ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros.

§ 4º Acolhida qualquer das arguições dos incisos I e II do § 3º, o juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade i rregular ou excessiva, a ser cumprido pela
instituição financeira em 24 (vinte e quatro) horas.

§ 5º Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, converter-se-á a indisponibilidade em penhora, sem necessidade de lavratura de termo, devendo o juiz da
execução determinar à instituição financeira depositária que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, transfira o montante ind isponível para conta vinculada ao juízo da
execução.

*Art. 1.015, §ún.

Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:


I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.

➍ SUBSTITUIÇÃO DA PENHORA
↳ Art. 847 - executado
↳ Art. 848 - as partes
↳ deferida - novo ato/termo

a. REDUÇÃO OU AMPLIAÇÃO - Art. 850, cpc.


↳ após avaliação percebe-se que o valor dos bens não atingem o valor da execução, ampliando-se para outros bens

b. SEGUNDA PENHORA - Art. 851, cpc.

Página 7 de PROC. CIVIL IV

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