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Vide agora a matéria pertinente aos títulos executivos, cuja teoria geral da execução,
os títulos judiciais e extrajudiciais, além disso, tratar-se-á da competência e legitimidade
executória.
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O inciso X, vetado, fazia referencia ao acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo quando do
julgamento de acidentes e fatos da navegação.
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A regulação mais amiúde deve se ao fato de que o cumprimento não inaugura
processo novo, mas só uma nova fase no processo, com a ideologia de que a parte deve extrair
toda e qualquer eficácia prática do provimento obtido, quer seja ele declaratório ou
constitutivo.
Ademais, fica claro que e titulo executivo judicial a decisão que homologa o acordo, e
não o acordo em si. Considera-se de jurisdição voluntária o procedimento de homologação
judicial de autocomposição extrajudicial, na forma do art. 725, VIII, do CPC.
Contudo, o mesmo STJ, em decisão realizada sob o regime dos recursos repetitivos,
entendeu que a sentença meramente declaratória pode embasar execução de título judicial.
Na ação originaria, foi discutido se a cobrança feita ao autor pela fornecedora de energia
elétrica era valida. A sentença entendeu parcialmente válida a dívida. A questão foi levada ao
STJ com o objetivo de permitir a credora o direito de ingressar com a execução diretamente
contra o consumidor para exigir a dívida que foi reconhecida em seu favor, o que lhe foi
deferido.
Como se percebe, a relevância da decisão está na afirmação de que tal sentença pode
ser utilizada, inclusive, pela pane ré da demanda, de modo que não apenas o autor poderia dar
continuidade à fase executiva (caso vencedor), exceção feita apenas a execução da
sucumbência pelo réu.
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indenização por erro judiciário, na hip6tese de o pedido na revisão criminal ser julgado
procedente.
Com relação a sentença penal transitada em julgado, esta gera efeitos penais (como,
por exemplo, a restrição da liberdade), mas também pode gerar efeitos civis (como, por
exemplo, a condenação a reparar danos causados) e administrativos (no caso dos servidores
públicos, pode haver punição, desde uma simples advertência até a perda do cargo).
Contudo, não é título executivo em face daquele que não participou do processo
criminal, obrigando apenas, como sujeito passivo da execução, aquele que foi condenado e,
como tal, consta do título.
No Direito Brasileiro, a reparação civil decorrente do crime não pode ser obtida no
próprio processo criminal, como regra. Assim, no nosso sistema, cabe à vítima a propositura de
ação condenatória na jurisdição civil ou a promoção da execução civil da sentença
condenatória penal, que torna certa a obrigação do acusado de reparar o dano resultante da
ação delituosa, nos termos do art. 91, I, do CP, com pedido de liquidação concomitante.
Por outro lado, e forte hoje o entendimento no sentido de que a arbitragem se insere
no conceito de jurisdição. Nesse sentido, e razoável considerar a sentença arbitral como titulo
executivo judicial. Com relação às decisões estrangeiras e sua homologação, a matéria é
tratada no capítulo que trata do processo nos tribunais, especificamente no art. 960 e
seguintes do CPC.
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Assim, a rigor, títulos executivos não são propriamente o formal e a partilha que
devem ser procedidos junto ao registro publico competente, para fins de publicidade da
transmissão dos bens adjudicados, mas a própria sentença de partilha.
O rol dos títulos extrajudiciais, elencado no art. 784, CPC, inicia se com os
denominados títulos de crédito, cujas características são a literalidade, a abstração e a
autonomia.
Em razão de tais características, o devedor não pode, nos embargos a execução, alegar
quaisquer matérias relativas ao negócio jurídico subjacente, salvo se exequente e executado
forem as próprias panes do negócio em discussão ou se se tratar de matéria relativa a relação
pessoal direta entre eles.
A lei também não protege o terceiro adquirente de má-fé, vale dizer, aquele que
adquiriu o titulo conscientemente em detrimento do devedor. Nesse caso, o terceiro adquire
direito derivado, estando vulneráveis as exceções em que o devedor possa arguir com base na
relação causal.
O art. 784 assegurou, também, o cabimento da confissão de dívida no rol dos títulos
executivos, sendo cabível não apenas a obrigação de pagar quantia determinada ou entregar
coisa infungível, mas a qualquer espécie de prestação, como também a entrega de coisa
fungível, obrigação de fazer e não fazer. Ademais, a forma exigida do documento-escritura
pública ou outro documento público, documento particular assinado por duas testemunhas -
soleniza o ato como garantia de que o reconhecimento foi prestado pelo devedor consciente
de que estará se submetendo a via executiva em caso de inadimplemento da obrigação.
O inciso VI do art. 784, CPC, restringe a formação de titulo executivo extrajudicial para
os contratos de seguro de vida em caso de morte.
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Estão previstos, ainda, como títulos extrajudiciais o foro e o laudêmio são créditos
decorrentes do contrato de enfiteuse. Apesar de a enfiteuse ter sido extinta pelo Código Civil
(art. 2.038), o CPC manteve o crédito decorrente de foro e laudêmio em razão daquelas que
ainda existam. Assim, não efetuado o pagamento desses, o credito poderá ser cobrado por
meio de execução autônoma, desde que apresentado o título executivo: o contrato de
enfiteuse e, no caso de laudêmio, a prova de alienação do bem.
Da mesma forma, o aluguel ou renda de im6vel constitui credito que, uma vez
comprovado, integra um titulo executivo extrajudicial. Com base no que dispõe o inciso VIII do
art. 784, CPC, conclui-se que o locador pode executar o locatário para cobrar os aluguéis não
pagos, assim como todos os encargos acessórios devidos. Contudo, não serve este inciso de
base para que o condomínio execute o condômino quanto aos encargos condominiais não
adimplidos.
A previsão contida no inciso X do art. 784 autoriza que sejam cobradas em processo
autônomo de execução as quotas condominiais em atraso, tal qual o faz o art. 12, § 2°, da Lei
n. 4.591/64.
O inc. XI, por sua vez, não têm correspondente no CPC/1973.0 dispositivo prevê que a
certidão expedida por serventia notarial ou de registro, referente a valores de emolumentos
ou outras despesas fixados de acordo com as tabelas estabelecidas em lei, e considerada título
executivo extrajudicial.
Por fim, o inc. XII reporta se a outras leis especiais, atribuindo eficácia executiva a
diversos documentos. Por essa forma, reafirma o legislador que somente lei expressa pode
outorgar força executiva aos documentos, vedando se a criação de titulo executivo por
pactuação contratual. Destarte, incluem se na previsão do mencionado inciso, entre outros:
a) A cédula rural pignoratícia, cédula rural hipotecária, nota de credito rural, nota
promissória rural e duplicata rural (art. 41, caput, Decreto Lei n. 167/1967);
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c) As multas e obrigações de fazer decorrentes de decisão do plenário do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (art. 60 da Lei n. 8.884/1994);
d) O compromisso arbitral que fixa os honorários do(s) arbitro(s) (art. 11, parágrafo
único, da Lei n. 9.307/96);
Não custa lembrar que o título executivo, judicial ou extrajudicial, deve conter
obrigação certa, líquida e exigível. E o que prescreve claramente o art. 783, em relação à
execução de títulos extrajudiciais. E importante atentar, aqui, que tais características,
notadamente cumulativas, são atributos da obrigação a ser executada, e não do título
executivo em si.
Gabarito 1(D)
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