Você está na página 1de 13

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL

1. Execução de Obrigação de Fazer


─ Título extrajudicial → processo autônomo de execução (petição inicial)
↳ o legitimado promove diretamente a ação de título extrajudicial por meio de ação
executiva.
1.1. Petição inicial (art. 319 c/c 798)
─ Não é necessário requerer citação do executado;
─ Não existe contestação na execução (defesa através de embargos à execução → ação
de oposição, autônoma; natureza de conhecimento; polos se invertem);
─ Não é necessário indicar pedido para haver ou não conciliação e mediação.
─ Indicar o juízo competente ⇒ de acordo com as regras próprias do título (art. 781) ou de
acordo com lei específica, segundo o tipo de título extrajudicial (art. 789, I, a).
─ É indispensável acompanhar o documento do título.
─ Meios de prova que o autor pretende utilizar
● Provar a ocorrência do termo ou condição (789, I, c).
─ Emenda à inicial (801) ⇒ 15 dias
↳ Não há indeferimento liminar; apenas é indeferido se não emendar ⇒ extinção
sem julgamento de mérito (924, I).
1.2. Despacho do órgão julgador: citação (815); honorários (827); astreintes (814);
prazo para cumprimeto (815)
─ Não havendo prazo no título, o juiz fixará um prazo no mandado citatório ⇒ bom senso;
necessário e razoável de acordo com a obrigação.
─ O juiz fixará honorários advocatícios de 10% ⇒ pagos mesmo que seja cumprida a
obrigação (827)
● OBS.: há redução do valor dos honorários pela ½ se a parte cumprir obrigação de
pagar quantia certa em 3 dias (827, §1º).
─ O juiz estipular as astreintes (pena por atraso no cumprimento da obrigação; para coagir
o devedor) e a data em relação a qual ela será devida (814) → obrigação de fazer
● As astreintes podem estar previstas no título;
● O exequente pode requerê-las na inicial;
● O juiz sempre pode determinar de ofício, também rever o valor e a periodicidade
(aumentar ou diminuir)
─ O juiz pode se valer de outras medidas de apoio (536, §1º) para efetiva tutela ao credor
de obrigação de fazer.
─ O mandado de citação deverá informar claramente ao devedor o valor das astreintes e a
partir de que data elas serão devidas, além dos honorários ⇒ se não houver essa
informação, o exequente poderá requerer que seja expedido novo mandado que determine
o fato.
1.3. Comportamento do executado
I) cumprir o mandado (924, II) → cumprido, acaba a execução ⇒ a extinção da execução
será declarada por sentença (925).
II) se opor à execução (914 e ss.)
a) Exceção de pré-executividade → prova pré constituída; matéria de ordem pública;
que pode ser decretada de ofício pelo juiz.
● como ausência dos pressupostos necessários para a execução, de liquidez e
certeza do título, de condição da ação, etc (803, §ú).
● através de simples petição de exceção de pré-executividade
● só cabe com prova pré constituída; se houver necessidade de dilação
probatória, o remédio serão os Embargos.
● cumprida a obrigação, o processo deve ser extinto (924); e se não for, poderá
ser questionado em exceção de pré-executividade.
b) Simples petição → matérias de ordem privada, que o juiz não pode decretar de
ofício.
↳ Ex.: se era conhecido do embargado o fato (avaliação errônea) e ele não alegou
nos embargos há preclusão; mas se não for conhecido antes dos embargos, pode
ser questionado por simples petição
c) Embargos à execução → natureza jurídica de ação de conhecimento ⇒ ação
autônoma.
↳ em regra não tem efeito suspensivo.
● invertem-se os polos (embargante x embargado).
● segue o procedimento comum → petição inicial; réu 15 dias para contestar;
valor da causa + requisitos do 319 e 320; distribuída ao juízo da execução
(causa principal) por dependência.
↳ não se aplica a regra do 229 (prazo x2 para litisconsortes com procuradores ≠s)
pois é inicial de conhecimento (915, §3º) ⇒ p/ contestar se aplica.
● Autonomia dos embargos na existência de litisconsórcio (915, §1º) → os
embargos de cada devedor são autônomos e independentes ⇒ a falta de
citação de um dos devedores é irrelevante em relação aos outros; o prazo flui
de maneira separada, de acordo com a regra geral.
○ Exceção: caso de cônjuges ou companheiros litisconsortes → o prazo
começará a ser contado de forma conjunta, a partir da juntada aos
autos do último mandado citatório.
● Prazo para propositura (915): 15 dias, contados a partir da juntada aos autos
do mandado de citação cumprido (oficial de justiça).
● Competência para propositura (914, §§1º e 2º; 845, §2º; 62) → distribuídos
por dependência (286) a vara do juiz da execução; autos apartados;
instruídos com cópias das peças relevantes.
● Quando a penhora for realizada em comarca diferente do juízo da execução,
a execução se dará por carta (845, §2º; 914, §2º; 915, §2º I e II, §4º)
III) permanecer inerte
A) Sendo a prestação fungível
a) Converter em perdas e danos (816) → lícito ao exequente, nos autos do
próprio processo ⇒ o valor da conversão será apurado em liquidação,
prosseguindo-se para execução de quantia certa.
b) Pedir que terceiro cumpra a obrigação às custas do executado (817 a 821) →
a requerimento do exequente ⇒ apresentação de propostas; juiz aprovará
uma das propostas, ouvidas as partes; o exequente adiantará o valor.
● Cumprida a obrigação por terceiro, o juiz ouvirá as partes em 10 dias
→ cumprida, a execução se converterá em obrigação de pagar
quantia certa nos mesmos autos.
● Direito de preferência do exequente → executar ou mandar executar,
sob sua direção e vigilância; exercido em 5 dias ⇒ não poderá
reclamar de obrigação mal feita.
● Se o terceiro contratado não realizar no prazo ou fizer de modo
defeituoso ou incompleto → o exequente pode requerer ao juiz, no
prazo de 15 dias, autorização para reparar ou concluir ⇒ o terceiro
deve ser ouvido no prazo de 15 dias p/ avaliar o custo e despesas.
B) Sendo a prestação infungível
a) Converter em perdas e danos (821) → obrigação intuitu personae ⇒
converter para execução de obrigação de pagar quantia certa.
↳ é possível utilizar astreintes mesmo em prestação infungível.
1.4. Execução de “não” fazer baseada em título extrajudicial (822 e 823)
─ Não existe propriamente uma execução de não fazer. → gera uma obrigação positiva, um
fazer (desfazimento do ato anterior).
↳ o exequente requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-lo.
↳ Se mesmo depois do requerimento o executado não desfez o ato anterior, há duas
opções:
a) Desfazer às custas do devedor (823)
b) Indenizar o credor por perdas e danos (823, §ú)
2. Embargos à execução
2.1. Matéria alegável (917)
─ podem questionar tanto o próprio direito de execução quanto alguns atos executivos (917
⇒ rol exemplificativo)
I) inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
● fundada em título executivo que retrate a obrigação certa líquida e exigível ⇒ se não
estiver, a execução será nula (783, 784 e 803)
● a qualquer tempo, a requerimento da parte ou o juiz de ofício pode declarar esta
nulidade, extinguindo o processo.
II) penhora incorreta ou avaliação errônea;
● Em sede de embargos só pode ser arguida a incorreção da penhora (quando na
prática não se observou os requisitos jurídicos desse ato executivo) e a avaliação
errônea.
↳ a penhora pode atingir bens impenhoráveis ou ofender ordem legal de preferência,
caso em que nem é necessário embargos à execução, basta pleitear em petição
avulsa a substituição do bem penhorado (848)
III) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
● (917, § 2º) Há excesso de execução quando:
i - o exequente pleiteia quantia superior à do título;
ii - ela recai sobre coisa diversa daquela declarada no título;
iii - ela se processa de modo diferente do que foi determinado no título;
iv - o exequente, sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o
adimplemento da prestação do executado;
v - o exequente não prova que a condição se realizou.
● Ao se alegar excesso de execução por quantia superior ao título, nos próprios
embargos deverá dizer qual é o valor realmente devido (917, §3º) → demonstrativo
discriminado e atualizado de cálculo ⇒ se não acompanhado, rejeição liminar dos
embargos (917, §4º). → mas há possibilidade de demonstrar o cálculo em 15 dias,
de ofício pelo juiz.
IV) retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de
coisa certa;
● pedir que o embargado (exequente) pague as benfeitorias.
V) incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
● a arguição de incompetência deve ser feita por meio de embargos → competente é
o juízo da execução.
VI) qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de
conhecimento.
● falta de pressupostos processuais e condições da ação → ou outro fato extintivo,
impeditivo ou modificativo do direito do credor.
2.2. Efeito suspensivo (919, caput e §1º)
─ Os embargos à execução não terão efeito suspensivo (em regra) → atos executivos
prosseguem normalmente, podendo mesmo se chegar à expropriação ⇒ as alienações
judiciais não serão desfeitas (903); assegurada a possibilidade de indenização, o executado
será indenizado pelo exequente no valor dos bens expropriados.
─ Concessão de efeito suspensivo (919, §1º) → O juiz poderá, a requerimento do
embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para
a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora,
depósito ou caução suficientes.
● obrigação de fazer = caução (real ou fidejussória); requisitos da tutela de urgência;
requerimento do embargante.
↳ também é admitida concessão de efeito suspensivo se preenchidos
alternativamente os requisitos da tutela provisória de evidência: a) alegações de
fato puderem ser comprovadas documentalmente e houver tese firmada em
julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante + garantia; b) petição inicial
instruída com prova suficiente dos fatos constitutivos, a que o exequente não
oponha prova capaz de gerar dúvida razoável + garantia.
● atribuído o efeito suspensivo, os atos executivos não prosseguem → mas alguns
atos ainda podem ser praticados, como a penhora e a avaliação do bem penhorado
(919, §5º).
─ Requisitos para admitir a tutela provisória de urgência:
a) Elementos que evidenciem a probabilidade de direito;
b) Perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo;
c) Segurança ao juízo com prestação de garantia (caução, penhora ou depósito de
coisa).
● se não houver prestação de garantia, não será concedido o efeito suspensivo,
mesmo que estejam presentes os outros dois requisitos.
─ Revogação do efeito suspensivo (919, §2º) → a concessão do efeito suspensivo é
provisória e reversível a qualquer tempo ⇒ provocada por requerimento do exequente.
↳ é uma decisão interlocutória que indefere ou revoga; atacada por agravo de
instrumento.
─ Embargos parciais → é possível que seja concedido efeito suspensivo em relação à
embargos que impugnaram apenas parte do crédito do exequente (919, §3º) ⇒ execução
prosseguirá quanto à parte restante.
─ Extensão do efeito suspensivo aos codevedores que não embargaram em litisconsórcio
(919, §4º) → não suspenderá a execução contra os que não embargaram, quando o
respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante.
2.3. Requisitos de admissibilidade dos embargos (914 e 915)
─ Não é requisito para a propositura dos embargos a segurança do juízo (garantia) (914) ⇒
requisito apenas para concessão de efeito suspensivo.
↳ garantias: quantia certa = penhora; fazer = caução; entrega de coisa = depósito.
─ Requisitos de admissibilidade (918) → se não preenchidos, rejeição liminar dos
embargos:
I) Legitimidade (914; 918, II; 303)→ o embargante deve ser o executado.
● Indeferimento da petição inicial (330): for inepta; a parte for manifestamente
ilegítima; o autor carecer de interesse processual; não atendidas as prescrições dos
arts. 106 e 321.
● Irregularidade de inicial, quando sanável, deve ser concedido prazo de 15 dias para
emendar (321 e 801).
● Decisão de indeferimento liminar tem força de sentença; recurso cabível é apelação
(331 e 1.009).
II) Tempestividade (915 e 918,I) → embargar no prazo de 15 dias ⇒ começa a correr na
data de juntada aos autos do mandado cumprido, citação por oficial de justiça (231, II) ⇒
regra geral da contagem de prazos, excluir o dia de começo e incluir o do vencimento (224).
III) Fundamentos não protelatórios (918, III) → rejeição liminar se manifestamente
protelatório ⇒ ato atentatório à dignidade da justiça (774, II e 918, §ú); litigância de má-fé.
● configurada conduta atentatória à dignidade da justiça, o juiz aplicará ao embargante
multa de até 20% do valor do débito da execução (774, §ú), revertida em proveito do
exequente.
● os fundamentos não precisam ser relevantes, apenas demonstrar que não existe
intenção protelatória.
─ Rejeição liminar dos embargos → recorrer por apelação, depois recurso especial,
depois recurso extraordinário ⇒ não é necessária oitiva da parte contrária, mas é a
aconselhável ⇒ se o motivo não estiver expresso ou não for aplicada penalidade, o
executado pode interpor embargos de declaração.
2.4. Procedimento (920)
─ Segue o procedimento comum: petição inicial (requisitos 319); pedido de conciliação ou
mediação; meios de prova requeridos; rol de testemunhas. → juízo prevento; distribuição
por dependência; apensado nos autos do processo executivo.
─ Recebidos os embargos (920):
I) o exequente será ouvido no prazo de 15 dias;
II) a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido ou designará audiência;
● juiz pode julgar imediatamente, sem designar audiência (355).
III) encerrada a instrução, o juiz proferirá sentença.
● da sentença cabe recurso de apelação, em regra recebido em ambos os efeitos →
mas se os embargos forem improcedentes, a apelação é recebido apenas no efeito
devolutivo (1.012, §1º, II).
3. Execução de entregar coisa
3.1. Petição inicial (319; 320; 798; 811)
─ Da mesma forma que obrigação de fazer.
─ Sendo a coisa incerta e individualização compete ao:
a) exequente (811, §ú) → individualiza na petição inicial;
b) executado (811, caput) → individualiza no momento do cumprimento da obrigação,
depois de ser citado.
─ Astreintes (= obrigação de fazer) ⇒ requeridas na inicial; previstas no título; arbitradas
pelo juiz.
─ Medidas de apoio (= obrigação de fazer) ⇒ embora a lei apenas mencione a multa (806,
§1º c/c 536, §1º).
3.2. Despacho do juiz: astreintes (806, §1º); citação e cumprimento (806, caput);
custas e honorários (827)
─ Executado citado para entregar a coisa em 15 dias, se não houver outro prazo assinado
pelo juiz.
─ A parte insatisfeita pode impugnar a individualização da coisa incerta feita pela outra
parte (812) → devedor não tem a obrigação de entregar a melhor coisa, nem a pior, mas a
coisa mediana (244, CC)
● Qualquer das partes; 15 dias para impugnar a escolha; juiz decide de plano ou ouve
perito.
● A decisão que julga esta impugnação pode ser contestada por agravo de
instrumento (1.015, §ú).
─ Mandado de citação fixa pagamento de custas e honorários de 10%, além de astreintes.
3.3. Comportamento do executado
I) Cumpre o mandado (924, II; 807) → entregando a coisa e pagando honorários e custas,
extingue-se a execução ⇒ se apenas entregar e não pagar honorários e custas, a
execução continua por quantia certa.
II) Se opõe à execução → cabe exceção de pré-executividade, simples petição e embargos
(= obrigação de fazer).
● 2 formas de contar prazo: a) para cumprir a obrigação, a partir da efetiva citação; b)
para embargar, a partir da juntada do mandado cumprido aos autos.
● Embargos → 3 requisitos para efeito suspensivo: a) fundamento relevante; b) cause
grave dano, de difícil ou impossível reparação; c) prestação de garantia (depósito).
III) Permanece inerte (806, §2º) → cumprimento através de mandado de busca e
apreensão ou imissão de posse ⇒ mandado de citação constará ordem para imissão na
posse ou busca e apreensão, cujo cumprimento se dará de imediato, se o executado não
satisfizer a obrigação no prazo designado.
● O mesmo mandado que ordenou a citação pessoal também possui ordem de busca
e apreensão → não há necessidade de expedição de novo mandado.
● Perdas e danos de coisa em poder de terceiro (809) → exequente recebe, além de
perdas e danos, o valor da coisa, quando ela se deteriorar, não lhe for entregue, não
for encontrada ou não for reclamada do poder de terceiro adquirente. ⇒ Execução
se converte em quantia certa.
● Alienada a coisa quando já litigiosa; expedido mandado contra o terceiro adquirente;
somente ouvido após depositá-la (808). → se o credor não depositar, exequente
pode pedir mandado, cumprido no lugar onde se encontre a coisa.
● Se o credor não tiver condições de estipular o valor da coisa, a apuração se dará por
arbitramento (809, §1º e 2º) ⇒ Não há ofensa à coisa julgada se a sentença disser
que a liquidação se der por arbitramento.
● Benfeitoria na execução de entrega de coisa (810) → se houver benfeitorias na
coisa a ser entregue, devem ser alegadas em embargos (917, IV) ⇒ se credor não
pagar, constitui título executivo judicial de pagar quantia certa.
4. Execução de pagar quantia certa contra devedor solvente
─ A execução de quantia certa se vale da expropriação dos bens do devedor (824 e
825), que são: adjudicação; alienação; apropriação de frutos e rendimentos.
4.1. Petição inicial
─ Requisitos de qualquer execução (319 e 320)
─ É indispensável instruir a inicial com memória discriminada de cálculo (798, I,b),
contendo: índice de correção monetária; taxa de juros; termos inicial e final; periodicidade
da capitalização de juros; especificação de desconto obrigatório realizado.
─ Na inicial, o credor, querendo, pode indicar um pem à penhora (798, II, c).
4.2. Despacho do órgão julgador: citação (829); honorários em 10% (827)
─ Mandado de citação estipular honorários advocatícios no valor de 10% (827) →
Reduzidos pela metade se cumprir integralmente a obrigação em 3 dias (827, §1º).
● Havendo embargos à execução: a) julgados procedentes ⇒ execução extinta e
não há mais pagamento de honorários por parte do embargante/executado; b)
julgados improcedentes ⇒ valor dos honorários ampliado para o total de até 20%,
devido pelo embargante/executado (827, §2º).
● Mesmo que não sejam opostos embargos, o valor de 10% ainda pode ser
aumentado ao final da execução levando em conta o trabalho do advogado.
─ Requerimento de certidão comprobatória que demonstra a admissão da execução
(828 e 792, II) → após despacho do órgão julgador, o exequente tem a faculdade de
requerer a certidão.
● Cabe ao cartório judicial expedir a certidão ⇒ Cabe ao exequente se dirigir aos
registros de bens e realizar a averbação; sendo de sua responsabilidade eventual
abusividade na conduta, respondendo pelos prejuízos.
● Credor tem 10 dias para registrar os bens e comunicar ao juízo as averbações
efetivadas (828, §1º) → a certidão contém nome das partes e valor do débito.
● O registro dessa certidão não impede a alienação do bem, apenas torna
desvantajosa em relação ao terceiro adquirente; o bem pode ser alienado pois não
está penhorado; ineficácia relativa da alienação → Apenas se dá conhecimento a
terceiros que o bem poderá responder pela execução, caso que se configura fraude
à execução (828, §4º e 792, II).
● Aperfeiçoada a penhora em bens suficientes, as averbações deverão ser canceladas
pelo exequente no prazo de 10 dias (828, §2º) → o próprio juiz pode determinar o
cancelamento de ofício ou a requerimento (§3º) ⇒ exequente que promover
averbação manifestamente indevida ou não cancelar no prazo, indenizará a parte
contrária; incidente em autos apartados (§5º) → evitar abuso de direito.
4.3. Citação do executado (829)
─ Juiz determina a citação do executado para que pague em 3 dias, a partir da efetiva
citação, o valor devido acrescido de custas e honorários.
● A contagem do prazo para cumprir a obrigação começa a contar do ato da própria
citação, do dia que o oficial citou o executado.
─ Dois prazos diferente:
a) Para cumprir a obrigação → 3 dias, a partir da efetiva citação.
b) Para embargar → 15 dias, a partir da juntada aos autos do mandado citatório
efetivamente cumprido.
─ Um só mandado para o oficial de justiça citar o executado e realizar a penhora e
avaliação (§1º)
─ O oficial de justiça penhorará os bens citados pelo exequente na inicial (§2º), salvo se
outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz como menos onerosos e sem
prejuízo ao exequente. → Não tendo sido indicado nenhum bem, penhorará os bens que
encontrar → Existindo dificuldade em localizar os bens, o juiz de ofício ou a requerimento,
intimará o executado para que indique bens passíveis de penhora ⇒ Não indicar bens à
penhora quando intimado é ato atentatório à dignidade da justiça (774, V).
4.4. Intimação após penhora (841 e 842)
─ Penhorados e avaliados os bens, o executado será intimado pessoalmente, no momento
da própria penhora, em regra, pois a presenciou (841, caput e §3º).
─ Penhora em imóvel ou veículo por certidão de matrícula ou registro ⇒ executado intimado
na pessoa do advogado (§1º); sem advogado, pessoalmente (§2º).
─ Penhora sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel ⇒ intimado também o cônjuge do
executado, salvo regime de separação absoluta de bens. → litisconsórcio necessário (73).
● comunhão parcial ou universal de bens → exequente só terá direito de 50% do valor.
4.5. Arresto de bens (830)
─ Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos
bastem para garantir a execução. → o arresto realiza-se antes da citação do devedor ⇒ é
medida cautelar da penhora.
● Oficial de justiça; de ofício; lavra termo; nomeia depositário.
↳ É possível que o credor peça o arresto na petição inicial (799, VIII).
─ Após realizar o arresto, o oficial ficará com mandado citatório e tentará citar o executado
em 10 dias, procurando-o 2 vezes em dias diferentes (§1º) → havendo suspeita de
ocultação, haverá citação por hora certa ⇒ sem sucesso, o exequente deverá requerer
citação por edital (§2º)
─ Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de 3 dias, o arresto será convertido em
penhora.
● O arresto não elimina direito de o executado pretender a substituição do bem
penhorado.
4.6. Comportamento de executado
I) Cumpre o mandado (826; 827, §1º; 924, II) → Antes de adjudicados ou alienados os
bens, o executado pode, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a
importância atualizada da dívida, acrescida de juros, custas e honorários advocatícios (826).
II) Requer o parcelamento do débito (916) → No prazo para embargos, reconhecendo o
crédito do exequente e comprovando o depósito de 30% do valor em execução, acrescido
de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja
permitido pagar o restante em até 6 parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e
de juros de 1% ao mês.
● Se o executado decidir parcelar, não poderá embargar (§6º);
● Exequente intimado e juiz decidirá em 5 dias (§1º);
● Enquanto não apreciado, o executado terá de depositar as parcelas vincendas,
facultado ao exequente seu levantamento (§2º);
● Enquanto vigorar o parcelamento, os atos executivos ficarão suspensos (§3º) ⇒ se
houver penhora antes do parcelamento, esta não será desfeita;
● Indeferido o parcelamento, o depósito preparatório de 30% não será devolvido e
será convertido em penhora (§4º);
● O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente (§5º):
○ vencimento antecipado das prestações subsequentes e restabelecimento dos
atos executivos;
○ multa de dez por cento sobre o valor das prestações não pagas.
↳ Parcelamento por meio de petição simples;
↳ É realizado por decisão interlocutória, impugnável por agravo de instrumento; sem efeito
suspensivo (916).
III) Se opõe à execução (914) → cabe exceção de pré-executividade, simples petição e
embargos (= obrigação de fazer).
IV) Permanece inerte (829, §1º e 2º) → mandado citatório com ordem de penhora e
avaliação; cumprido pelo oficial de justiça logo após o prazo assinalado; lavra-se auto com
intimação do executado. ⇒ não encontra nenhum bem, penhora os bens que encontrar ⇒
existindo dificuldade, o juiz de ofício ou a requerimento, intimará o executado para que
indique bens passíveis de penhora ⇒ não indicado; ato atentatório à dignidade da justiça.
5. Penhora
─ Conceito: primeiro ato da expropriação executiva; visa individualizar os bens que ficarão
afetados ao pagamento do débito e serão oportunamente expropriados.
─ Natureza jurídica: é um ato executivo.
─ Função: individualizar os bens destinados à expropriação (839); apreender, depositar e
conservar os bens; conferir preferências ao exequente que obteve a penhora (797).
─ Local da penhora: onde se encontrarem os bens (845).
─ Objeto: atinge bens negociáveis e alienáveis ⇒ bem impenhorável e inalienável não
podem ser expropriados. → existem bens penhoráveis e impenhoráveis (relativamente ou
absolutamente):
a) Bens absolutamente impenhoráveis (833);
● Penhorabilidade de bem cujo crédito decorre de negócio relativo ao próprio
bem (§1º);
● Possibilidade de penhora de bens impenhoráveis por prestação alimentícia
(§2º);
b) Bens relativamente impenhoráveis (834).
5.1. Ordem legal de preferência na escolha dos bens penhorados (835)
5.2. Penhora online (854)
5.3. Modificação da penhora
a) Ampliação (874, II);
b) Redução (874, I);
c) Renovação (851);
d) Substituição (829, §2º; 847 e 848).
5.4. Depósito e administração dos bens penhorados (159; 160; 161; 840)
a) Depósito de dinheiro, jóias, pedras e objetos preciosos (840, I, §3º);
b) Depósito de bens móveis, semoventes, imóveis e direitos aquisitivos sobre bens
imóveis urbanos (840, II, §1º).
5.5. Registro da penhora (844)
5.6. Efeitos da penhora
a) Para o credor, fixa os bens do executado que irão efetivar a garantia da
responsabilidade patrimonial;
b) Para o devedor, inibe e dificulta a disponibilidade dos bens penhorados;
c) Para terceiros, faz com que estes tenham de sujeitar-se à expropriação caso
venham a adquirir ditos bens.
5.7. Avaliação dos bens penhorados (870 a 876)
6. Expropriação de bens
─ Atos de expropriação: ato estatal coativo que transfere a propriedade do executado sobre
o bem penhorado, independente da concordância, para a satisfação do direito do credor.
● Se a penhora recaiu sobre dinheiro, não há expropriação.
● 3 tipos de expropriação: a) adjudicação; b) alienação (por iniciativa particular ou em
leilão judicial); c) apropriação de frutos e rendimentos. → A lei dá preferência a esta
ordem.
6.1. Adjudicação (876; 877; 878)
─ Requisitos (876)
a) Legitimação
i) Exequente (caput)’
ii) Cônjuge ou companheiro do executado (§5º);
iii) Ascendente ou descendente do executado (§5º);
iv) Credores concorrentes e os indicados no inciso II a VIII do art. 889 (§5º).
b) Preço não inferior à avaliação (876, caput)
─ O executado deverá ser intimado do requerimento de adjudicação (876, §1º).
─ Depósito do preço por parte do adjudicatório (876, §4º).
─ Concorrência e concurso de legitimados (876, §6º)
6.2. Alienação por iniciativa particular (879 e 880)
─ Vantagens: menos custos, sem precisar de editais; flexibilidade para negociar.
─ Procedimento (880).
6.3. Alienação ̃åo por leilão judicial (hasta pública), eletrônico ou presencial (881 a
903)
─ Nomeação do leiloeiro público, seus deveres e remuneração (883 e 884).
─ O edital do leilão (886 e 887).
─ Intimação do leilão judicial (889).
7. Satisfação do crédito exequendo
7.1. Levantamento do dinheiro (904)
─ A satisfação do crédito exequendo far-se-á: pela entrega do dinheiro ou pela adjudicação
dos bens penhorados.
● A forma pura de pagamento na execução por quantia certa é a entrega de dinheiro,
vindos da remissão ou expropriação; na adjudicação há levantamento de bens.
● O exequente dará ao executado, por termo nos autos, quitação da quantia paga
(906).
● É proibido durante o plantão judiciário a concessão de pedidos de levantamento de
dinheiro (906, §ú).
─ Não será possível levantar o dinheiro:
a) Sendo declarada a insolvência do executado (762, §2º, CPC/73).
─ Havendo qualquer privilégio constituído anteriormente à penhora do exequente sobre
bens alienados (905).
● Por conta da intercorrência de penhoras, se instaura um concurso particular de
preferências (908).
● Não existindo preferência, ou depois de satisfeitas, os demais credores
quirografários receberão de acordo com ordem de cada penhora (908, §2º);
pagamento por ordem cronológica ⇒ o concurso é de preferência, não há rateio.

8. Execução de prestação alimentícia


─ Pode ser: documento particular assinado pelo devedor e duas testemunhas; ou
instrumento de transação referendado pelo MP, devedor e advogado.
8.1. Desconto em folha de pagamento (912)
─ Quando o executado for: funcionário público, militar, diretor ou gerente, ou empregado
CLT.
● Ao despachar a inicial, o juiz oficiará a autoridade ou empregador do desconto da
primeira remuneração posterior, sob pena de desobediência (§1º)
● Ofício conterá (§2º): nome; CPF; valor descontado; a conta; o tempo de duração.
● A conta é aberta pelo juízo, no nome do alimentado ou do representante, caso seja
menor.
8.2. Rito específico do 528, §2º a §7º, sob pena de prisão (911)
─ O juiz mandará citar o executado para, em 3 dias, efetuar o pagamento das parcelas
anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou
justificar a impossibilidade de fazê-lo.
↳ Aplica-se o previsto no cumprimento de sentença de prestação alimentar (528, §2º a 7º)
● Não aceitando a justificativa → prisão civil, de 1 a 3 meses e protesto da decisão (3º)
em regime fechado (§4º); ao pagar é posto em liberdade (§6º) ⇒ apenas
impossibilidade absoluta de pagar justifica (§2º).
● O débito alimentar que autoriza a prisão civil é o que compreende até as 3
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso
do processo (§7º).
8.3. Rito da execução de quantia certa, sob pena de penhora (913)
─ Segue o rito da quantia certa, com a ressalva: recaindo a penhora em dinheiro, a
concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução não obsta a que o exequente
levante mensalmente a importância da prestação (913).
● Em ambos os casos, sob pena de prisão civil ou sob pena de penhora, a citação
será para pagar em 3 dias.
9. Execução de pagar quantia certa contra devedor insolvente
─ Regulado pelos arts. 748 a 786-A do CPC/73 (1.052).
─ Estado de insolvência: o devedor possui mais dívidas do que patrimônio para pagar.
● O estado de insolvência só existirá juridicamente quando for declarado por sentença;
solvência de fato não gera efeito.
○ O credor tem a faculdade de escolher o tipo de execução contra devedor:
solvente ou insolvente.
● No momento que o juiz decretar por sentença a insolvência, as dívidas dos
devedores vencerão antecipadamente. → Nenhum dos credores receberá a dívida
inteira; quem tem mais crédito recebe a maior parte; o valor a ser pago na
execução é proporcional ao crédito.
9.1. Pressupostos
a) Título executivo;
b) Inadimplemento do devedor;
c) Declaração judicial de insolvência (748; 751; 761 CPC/73);
d) Não ser o devedor comerciante ou empresário → caso que deveria se abrir falência.
↳ É possível pedir insolvência do devedor mesmo quando ele não possui bens penhoráveis
(tanto credor como devedor) ⇒ pois se busca decretar um estado jurídico do devedor.
9.2. Efeitos da declaração de insolvência
─ Os 3 primeiros relacionados aos credores; os 2 últimos ao devedor (CPC/73)
a) Vencimento antecipado de todas as dívidas (751, I)
● dívidas não vencidas vencem instantaneamente.
b) Arrecadação de todos os bens penhoráveis (751, II);
● arrecadados os bens suscetíveis à penhora e os já penhorados.
c) Execução coletiva; juízo universal do concurso de credores (751, III e 762).
● edital publicado no diário oficial; todos os credores serão chamados, sem
distinção, incluindo credores com garantia real.
● o juízo universal atrai todas as execuções existentes e impede que outras
sejam iniciadas.
● penhoras perdem a eficácia; credores perdem o privilégio da ordem de
penhora; se já houver leilão designado, a alienação judicial será realizada
mas o dinheiro será remetido para a massa insolvente.
d) Perda do direito de administrar a os bens, até a liquidação da massa (752)
● na decisão do estado de insolvência é nomeado um administrador; vai
administrar e dispor dos bens com autorização do juiz.
e) Perda da capacidade de ser parte (763, caput e 766, II)
● a execução não seguirá mais contra o devedor, mas contra os seus bens, a
massa. → o devedor perde a capacidade de ser parte no processo. ⇒ quem
passa a ter capacidade é o administrador.
● depois de 5 anos, o devedor insolvente pode pedir ao juiz que declare extinta
as suas obrigações na órbita civil.
9.3. Legitimidade para pedir insolvência
─ O juiz não pode de ofício; depende da provocação de algum legitimado. ⇒ o máximo que
o juiz pode fazer é suspender a execução se não visualizar bens penhoráveis (921, III).
a) Credor quirografário (753, I, CPC/73) → haverá contraditório ⇒ credor quirografário
é aquele que não possui garantia de direito real ou privilégio.
b) Devedor (753, II e 759, CPC/73) → sem contraditório ⇒ autoinsolvência.
c) Espólio (753 III e 759, CPC/73) → sem contraditório ⇒ aberto o inventário, o
inventariante pode requerer a insolvência.
9.4. Competência
─ O juízo competente para requerer a declaração de insolvência é da comarca do domicílio
do devedor (760, CPC/73).
9.5. Procedimento
─ Varia de acordo com quem fizer o pedido:
● Credor → instruirá o pedido com o título executivo (754, CPC/73); o devedor citado
pode:
A. Apresentar defesa ⇒ embargos no prazo de 10 dias; alegar ativo maior que
o passivo ou alguma razão que justifique (755 e 756 CPC/73), cf. 917.
B. Pagar a dívida ⇒ pedido de insolvência não será mais aceito (924, II)
C. Permanecer inerte ⇒ sentença em 10 dias (755, CPC/73)
D. Depositar o valor do débito ⇒ discutir a legitimidade do crédito ou do valor;
não mais possível decretar a insolvência (757, CPC/73).
● Devedor ou Espólio → petição com a relação de credores, os créditos respectivos,
lista de bens e valores, as causas que levaram à insolvência (760, I, II, III, CPC/73)
─ Se houver necessidade de mais provas, designa-se audiência de instrução e julgamento
(758,CPC/73); se não, sentença em 10 dias → Da sentença cabe apelação com efeito
suspensivo em regra; mas se atacar decisão que atacou os embargos apenas efeito
devolutivo (1.012, III).
─ Procedimento:
1) Declaração judicial de insolvência (761, CPC/73)
● Nomeação do administrador (761, I; 763; 767, CPC/73) → nomeado dentre
os maiores credores; toma o lugar do devedor; conservar e administrar os
bens até a expropriação e prestação de contas ⇒ cumpre a ele: arrecadar
todos os bens do devedor; representar a massa, ativa e passivamente; atos
conservatórios de direitos e ações; alienar em praça pública ou em leilão.
○ Exerce o cargo sob superintendência do juiz; função remunerada;
responde por prejuízos.
2) Expedição de edital (761, II, CPC/73)
● na sentença manda expedir edital, convocando os credores para que
apresentem, no prazo de 20 dias, a declaração do crédito, acompanhada do
respectivo título.
● Verificação e classificação dos créditos (768, CPC/73) → Findo o prazo, o
escrivão, em 5 dias, ordenará todas as declarações; intimará por edital todos
os credores para, no prazo de 20 dias, alegarem as suas preferências, bem
como a nulidade, simulação, fraude, ou falsidade de dívidas e contratos.
○ Qualquer credor pode impugnar o crédito falso, ou mesmo o devedor
pode.
● O contador do foro apresentará memória de pagamento.
● Classificação dos créditos: i) trabalhistas; ii) tributários; iii) com garantia real;
iv) com privilégio especial; v) com privilégio geral; vi) quirografários.
3) Extinção da obrigação (777 e 778, CPC/73)
● Os bens são alienados judicialmente por meio de leilão (881).
● A execução encerrará com a sentença de encerramento. ⇒ o trânsito em
julgado desta sentença funcionará como recomeço do prazo prescricional
das obrigações do devedor insolvente (777, CPC/73).
● Passados 5 anos desta sentença, as obrigações do devedor serão extintas
→ apenas por sentença declaratória apontando a extinção; requerida pelo
devedor, logo não é automaticamente após o prazo de 5 anos.
● Adquirindo o devedor algum bem penhorável dentro deste prazo de 5 anos,
será expropriado dentro da execução; enquanto as obrigações não forem
extintas por sentença, haverá a possibilidade de reabrir a execução.
● Os credores poderão se opor ao pedido de extinção de obrigações, alegando
que o prazo não acabou ou que foram adquiridos bens (780, CPC/73); da
sentença, os credores podem recorrer por meio de apelação.

Você também pode gostar