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AULA 3 - AÇÕES POSSESSÓRIAS

Avaliação no dia 10. Contestação – Não se preocupará com as questões processuais. Valendo 5
pontos. A outra metade da nota será uma prova.

1) Fundamentação da proteção possessória:

- Autonomia do direito à posse


- Necessidades humanas fundamentais

Posse: um poder de fato que se institui sobre determinada coisa, que merece proteção
jurídica. Posse é autônoma, ou seja, difere da propriedade.

Devemos também lembrar da função social da posse, porque isso faz parte do mérito,
quando formos apresentar contestação.

2) Juízo possessório (Jus possessionis)

Estamos falando da posse em si. Aqui, a defesa judicial considerará o fato sobre a coisa, sendo
irrelevante a dominação formal sobre a coisa.

Art. 1.196, CC -> Posse em si

a) Exceção de propriedade = art. 1.210, S2 e 557, pu, CPC 15.


Deslegitimar a posse por meio de argumento fundado na titularidade, propriedade. Na
fundamentação da ação possessória deve-se destacar a posição de possuidor.
Por exemplo, uma mulher que foi viajar e pediu para que os vizinhos vigiassem o seu
apartamento e descobriu que eles estavam morando no seu apartamento:
clandestinidade. Se na ação possessória, não se evidenciar a posição de possuidor, a
ação carecerá de elemento fundamental:

Obs: Ação extinta sem resolução de mérito: art. 485, XI, CPC 15.

Um dos argumentos que podem ser utilizados é:

b) Usucapião em defesa -> Possibilidade para afastar pretensão possessória.


Súmula 237, STF.
A usucapião não necessita de ação autônoma, podendo ser alegada como argumento.
Ou seja, mencionar que já se encontram os requisitos para alegar.

c) Ente público> súmula 637, STJ


Quando estamos tratando de ente público, pode sim utilizar-se de propriedade para
deslegitimar a posse. Supremacia do interesse público.

3) Juízo Petitório (Jus Possidendi) – Os direitos reais se enquadram aqui.


Titularidade formal

Ações fundadas na propriedade não podem ser fundadas perante pendência de ação
possessória.

a) Proibição de petitória na pendência da possessória (Juris STJ + art. 557, CPC)

Quem é mero possuidor não possui direito de entrar com ação possessória, porém poderá
participar em face de terceira pessoa. Exemplo, um caseiro que pode defender a posse diante
de terceiro que queira reivindicá-la.

4) Possessórias em espécie:

a) Ampla legitimidade

OBS*

b) Reintegração de posse (art. 560/566, CP) x AÇÃO DE DESPEJO (imóveis)


- Esbulho: parcial/total Exemplo: uma pessoa que, aproveitando da ausência do
vizinho, modifica o limite de sua área, apropriando-se de uma fração de terra.
Houve a perda da posse da respectiva fração de terra. Perda parcial.
-> violência, clandestinidade e precariedade

- Requisitos: art. 561, CPC

I – POSSE: Mansa e pacífica/atual


*Exceção

II – ESBULHO: modo injusto

III – Data do esbulho: ação nova/velha


Liminar inaudita autera partem
Fumus bons juris
IV – Perda da posse

c) Manutenção da posse (art. 5600566, CPC)


- Turbação: grave incômodo-dificuldade exercício

Agressão atual, concreta e efetiva

- Requisitos
+Pedidos
Por exemplo o filho que compra os materiais de construção para construir uma casa
no terreno do seu pai.
d) Interdito proibitório: art. 567/568, CPC.
- Defesa preventiva = AMEAÇA
- Pena pecuniária Pedido para que o juiz estabeleça uma multa para caso o indivíduo
pratique atos que visem esbulhar a posse. Astreintes.
- Autoexecutoriedade Caso o ato seja praticado, automaticamente a ação se
converterá em outra, por exemplo, na de manutenção da posse.

5) Aspectos processuais

a) Dúplice: art. 556, CPC. Pedido contraposto.

b) Fungibilidade: art. 554, CPC.

c) Conflitos Coletivos

6) Autoexecutoriedade: art. 1.210, CC.

a) Legítima defesa: turbação

b) Desforço imediato: esbulho

c) Requisitos: Imediato;

Moderação

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