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CURSO DE DIREITO
CAMPUS MORRINHOS
“Interditos Possessórios”
ALUNOS:
PROFESSORA
MORRINHOS
2022
Introdução
Interditos Possessórios (Ações Possessórias) são ações que objetivam proteger a posse
de agressões ou ameaças injustas. No presente trabalho realizaremos a apresentação das
principais características destas ações, além de detalhar as hipóteses de cabimento, seus
fundamentos materiais, processuais e os procedimentos a serem adotados no curso processual.
O presente trabalho é composto por seis seções, sendo a primeira a presente
introdução. Na sequência abordaremos os fundamentos materiais e processuais das ações
possessórias. Na terceira seção serão apresentadas as características especiais. Na quarta seção
apresentaremos os procedimentos processuais. Por fim, apresentaremos uma breve conclusão
seguida das referências bibliográficas e dos anexos demandados:
Contra as três ofensas à posse - esbulho, turbação e ameaça – são os três interditos
possessórios: reintegração de posse, manutenção de posse (art. 560 do C.P.C.) e interdito
proibitório (art. 567 e 568 do C.P.C.), respectivamente. É importante destacar que, por vezes,
e dada inexatidão dos limites entre elas, as três ofensas se confundem ou mesmo fluem – ex.:
o que era ameaça, se torna esbulho. Prevendo tal ocorrência, o Código de Processo Civil, em
seu art. 554, determina a fungibilidade das três ações possessórias, o que permite ao juiz
conceder forma de proteção diversa daquela postulada, sem que a sentença seja considerada
extra petita (quando o que é dado difere do que foi pedido):
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não
obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal
correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. [CPC]
Há outras categorias de ações para obtenção de posse, mas estas se fundamentam não
na posse. Como exemplo podemos citar:
Características Especiais
a) da Cumulação dos Pedidos: O art. 327 do Código de Processo Civil permite, para os
processos em geral, a cumulação de vários pedidos, em um único processo contra o mesmo
réu, desde que os pedidos sejam compatíveis, o juízo seja competente e os procedimentos
sejam os mesmos. No caso das ações possessórias há previsão especial de acumulação de
pedidos no art. 555 do mesmo CPC, permitindo cumular condenação em perdas e danos,
indenização de frutos (quando a posse for de má-fé) e medidas preventivas de modo a evitar
nova turbação ou esbulho (a exemplo de multa cominatória), garantindo ainda o cumprimento
da tutela provisória ou final. Multa cominatória visa prevenir agressão ao direito de posse,
sendo o pedido principal em ações de interdito proibitório (remédio contra ameaça à posse) e
pedido cumulado nos demais casos (esbulho ou turbação).
b) da Natureza Dúplice: O art. 343 do C.P.C. permite ao réu reconvir para manifestar
pretensão própria. No caso das ações possessórias há previsão especial no art. 556 do C.P.C.
permitindo ao réu, na contestação, demandar contra o autor, alegando que este primeiramente
atentou contra sua posse e pedindo proteção possessória e indenização reparatória. Por tal
razão, os Interditos Possessórios têm caráter duplo, permitindo ao réu formular pedidos contra
o autor sem precisar reconvir. A limitação do réu em tal situação é a impossibilidade de pedir
liminar. A reconvenção, porém, pode ser necessária quando o réu desejar formular pedido
alheio aos previstos no art. 556, a exemplo de pedido de rescisão contratual.
d) Liminar Própria – como veremos adiante, as ações possessórias de força nova admitem
liminar própria com requisitos específicos que dispensam perigo ou urgência, bastando a
demonstração de que houve esbulho ou turbação há menos de um ano e um dia;
Do Procedimento
Da Tutela Especial
Utilizado para ações possessórias de força nova, o procedimento especial tem na fase
inicial a possibilidade de deferimento de liminar especial que pode ser concedida de plano ou
após a audiência de justificação (art. 562 C.P.C). Como já nos referimos, a tutela especial nas
ações possessórias diferem das tutelas provisórias gerais – art. 297 do C.P.C – vez que aquela
inexige perigo ou urgência, bastando que se demonstre que a posse foi esbulhada ou turbada
dentro do prazo previsto para ação de força nova (art. 558 do C.P.C).
Referências
Ano: 2022 Banca: Unesc Órgão: Prefeitura de Laguna - SC Prova: Unesc - 2022 - Prefeitura
de Laguna - SC - Procurador Municipal
I- De acordo com a Lei nº 13.105/2015, acerca das ações possessórias, analise as
assertivas e identifique as corretas: I.A propositura de uma ação possessória em vez de
outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal
correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. II.O possuidor não tem
direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho.
III.É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse,
demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da
turbação ou do esbulho cometido pelo autor. É CORRETO o que se afirma em:
A I e III, apenas
B II, apenas.
C III, apenas.
D I, II e III, apenas.
E I, apenas.
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-PA Prova: CESPE / CEBRASPE -
2022 - DPE-PA - Defensor Público
II- De acordo com as regras procedimentais estabelecidas no Código de Processo Civil
para as ações possessórias coletivas de força velha, será obrigatória a
A intimação da Defensoria Pública para participar de audiência de conciliação, seja qual
for a qualidade das partes.
B apresentação de parecer técnico por parte de órgão público responsável pela política
agrária ou urbana do município onde se situe a área do conflito.
C designação de audiência de mediação, no prazo indicado em lei, antes da
apreciação de pedido de concessão de medida liminar.
D citação por oficial de justiça de todos aqueles que figurem no polo passivo, sendo
vedada a citação por edital de qualquer um dos réus.
E presença física do magistrado na área que é objeto do conflito, durante a instrução
processual, sob pena de nulidade do procedimento.
Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRF-GO Prova: Quadrix - 2022 - CRF-GO – Advogado
III- O ente público detém legitimidade e interesse para intervir, incidentalmente, na ação
possessória entre particulares, podendo deduzir qualquer matéria defensiva, inclusive,
se for o caso, o domínio.
(X)Certo
( )Errado
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-AP Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de Direito
Substituto
IV- André, domiciliado em Macapá, ajuizou ação de reintegração de posse de imóvel de
sua propriedade, situado em Laranjal do Jari, em face de Paulo, domiciliado em
Santana. Considerando que a demanda foi intentada perante juízo cível da Comarca de
Macapá, o magistrado, tomando contato com a petição inicial, deve:
Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2021 - DPE-AM - Defensor Público
V- Considere as assertivas I e II a respeito das ações possessórias:
É lícita a cumulação de pedidos pelo autor com o objetivo de requerer a tutela
possessória cumulada com pedido de condenação do réu em perdas e danos e
indenização dos frutos. PORQUE
II. Em regra, na pendência de ação possessória, é vedado tanto ao autor quanto
ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, salvo se a pretensão for
deduzida em face de terceira pessoa.
Sobre as asserções acima:
A As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa
correta da I.
B A asserção I é uma proposição verdadeira, a II é uma proposição falsa e não é uma
justificativa correta da I.
C As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da
I.
D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E As asserções I e II são proposições falsas.
Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: MANAUSPREV Prova: FCC - 2021 - MANAUSPREV -
Procurador Autárquico
I- João, agindo com violência, invadiu terreno de Bruno, destruindo cercas de divisa para
lá se instalar. Ao saber da invasão, Bruno ajuizou ação de manutenção de posse e
requereu, além da manutenção de posse, a condenação de João em indenização por
danos materiais. Em contestação, João afirmou que, já tendo se apossado do imóvel, a
tutela possessória requerida por Bruno seria incabível, já que este deveria ter postulado
a reintegração de posse, não a manutenção. Ademais, alegou que seria proprietário do
terreno, o que igualmente obstaria o acolhimento de qualquer pretensão possessória de
Bruno. Por fim, requereu, além da improcedência do pedido inicial, a condenação de
Bruno ao pagamento de indenização por danos materiais. Nesta ação,
A o juiz deverá mandar Bruno emendar a petição inicial, e, se a emenda não for
realizada, indeferi-la, por inadequação da via eleita, pois, como já havia ocorrido esbulho,
a ação correta seria a de reintegração, não a de manutenção de posse.
B o pedido indenizatório formulado por Bruno não poderá ser conhecido, pois é
incompatível com o rito das ações possessórias.
C a alegação de propriedade não obstará a reintegração de posse, que pode ser
deferida, se preenchidos seus pressupostos, ainda que a parte haja proposto ação de
manutenção de posse.
D o juiz deverá indeferir a petição inicial, por inadequação da via eleita, pois, como já
havia ocorrido esbulho, a ação correta seria a de reintegração, não a de manutenção de
posse.
E o pedido indenizatório formulado por João não poderá ser conhecido, pois deveria,
necessariamente, ter sido objeto de reconvenção.
Ano: 2018 Banca: FAUEL Órgão: Prefeitura de São José dos Pinhais - PR Prova: FAUEL -
2018 - Prefeitura de São José dos Pinhais - PR – Advogado
II- Assinale a alternativa INCORRETA, a respeito das ações possessórias.
A No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de
pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e
a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério
Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da
Defensoria Pública.
B No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação
afirmado na petição inicial houver ocorrido há menos de ano e dia, o juiz, antes
de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência
de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias.
C O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse
poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante
mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso
transgrida o preceito.
D Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou
reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência,
responder por perdas e danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para
requerer caução, real ou fidejussória, sob pena de ser depositada a coisa litigiosa,
ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente.
E É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de condenação em perdas e danos.
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AP Prova: CESPE / CEBRASPE -
2021 - MPE-AP - Promotor de Justiça Substituto
III- Luciano propôs uma ação judicial em desfavor de Pedro, para a defesa da posse de um
imóvel localizado na cidade de São Paulo. Em contestação, o requerido apresentou a
preliminar de ilegitimidade ativa, alegando que o autor não é proprietário do bem
imóvel objeto da lide, mas tão somente inquilino. Tendo como referência a situação
hipotética precedente, as disposições do CPC e o entendimento dos tribunais
superiores, assinale a opção correta, acerca das condições da ação e das regras que
regulamentam a ação possessória.
A O CPC adota expressamente a teoria da asserção, segundo a qual a análise das
condições da ação é feita pelo juiz com base nas alegações apresentadas na petição
inicial.
B Na qualidade de inquilino, Luciano não tem legitimidade para promover a referida
demanda.
C Nessa espécie de ação, a participação de cônjuge do autor ou do réu é sempre
indispensável.
D Na pendência da ação possessória proposta por Luciano, nem ele, nem Pedro
podem formular nova ação de reconhecimento de domínio, salvo em desfavor de
terceira pessoa.
E Não é lícita ao autor a cumulação de pedido possessório com condenação em perdas
e danos e indenização aos frutos, devido à natureza especial do procedimento.
Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-BA Prova: FCC - 2021 - DPE-BA - Defensor (A)
Público (A)
IV- Sobre a ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas,
A a intervenção da Defensoria Pública como custos vulnerabilis representa os interesses
dos ocupantes citados por edital.
B a citação pessoal dos ocupantes poderá ser realizada na pessoa do representante ou líder
comunitário local.
C de acordo com o Código de Processo Civil, deve o oficial de justiça realizar a tentativa
de citação pessoal dos ocupantes por duas vezes, de modo que os não encontrados no local
serão citados por edital.
D quando o esbulho afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e
dia, antes da apreciação do pedido liminar, o juiz deverá designar audiência de
mediação para tentativa de solução pacífica do conflito.
E nas hipóteses em que não for autor da demanda, a intervenção do Ministério Público é
dispensável por envolver direitos disponíveis.
Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-BA Prova: FCC - 2021 - DPE-BA - Defensor (A)
Público (A)
V- No litoral baiano, uma comunidade quilombola é citada de uma ação proposta pelo
Estado da Bahia com a finalidade de obter a reintegração de posse da área ocupada por
tal comunidade. Alega que se trata de uma área pública estadual, como reconhecido no
próprio título de registro da área, razão pela qual busca a tutela judicial, para o fim de
retirar os ocupantes de referida área. Essa ação
A deverá ser julgada improcedente, com a determinação para que o ente público proceda à
desapropriação do imóvel e emita a concessão real de uso, uma vez que o Estado não teria
competência para a concessão da titulação dominial, matéria reservada à apreciação
judicial.
B se fundamenta, em verdade, na alegação de domínio, o que constitui indevida
introdução de elemento petitório em demanda possessória, além de violar o direito
constitucional à propriedade das áreas ocupadas por quilombolas, pois competiria ao
próprio autor emitir referido título de domínio.
C será o meio idôneo para reconhecer a aquisição da propriedade da comunidade
quilombola por meio da usucapião, caso se provem presentes os requisitos para tal forma
de aquisição da propriedade.
D é uma típica ação possessória, em que se mostra irrelevante a discussão sobre a
propriedade do imóvel, de modo que a alegação de propriedade por parte da comunidade
quilombola não trará qualquer repercussão para o julgamento do mérito da demanda.
E deverá ser julgada procedente, para o fim de conceder à autora a reintegração de posse,
pois a lei veda expressamente a usucapião de bens públicos.
GABARITO:
I) A VI) C
II) C VII) B
IV) A IX) D
V) A X) B
Anexo III – Exposição do caso hipotético e Petição Inicial
Caso Hipotético
OUTORGADOS:
Dr. Dyoglas Ribeiro dos Santos, brasileiro, casado, Advogado, inscrito na OAB/SP sob o nº
021.592, endereço eletrônico dyoglas@advocaciaefetiva.com, com escritório profissional à
Avenida Senador Hermenegildo de Morais, nº650, São Paulo -SP, CEP: 01153-000
Dr. José Mauro da Silva Borges, brasileiro, Advogado inscrito na OAB/SP sob o nº
021.590, endereço eletrônico josemauro@advocaciaefetiva.com, com escritório profissional à
Avenida Senador Hermenegildo de Morais, nº650, São Paulo -SP, CEP: 01153-000
Dr. Michel Fernandes, brasileiro, casado, Advogado, inscrito na OAB/SP sob o nº 021.591,
endereço eletrônico michelfernandes@advocaciaefetiva.com, com escritório profissional à
Avenida Senador Hermenegildo de Morais, nº650, São Paulo -SP, CEP: 01153-000
PODERES GERAIS: o outorgante confere aos outorgados amplos poderes para o foro em
geral, com a cláusula ad judicia et extra, em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo
propor contra quem de direito (vide cláusula restritiva abaixo) as ações competentes e
defender nas contrárias, seguindo umas e outras, até decisão final, usando os recursos legais
que se fizerem necessários e/ou oportunos. Conferindo-lhe, ainda, poderes especiais para
confessar, desistir, transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, agindo
em conjunto ou separadamente, podendo ainda substabelecer está em outrem, com ou sem
reservas de iguais poderes, dando tudo por bom, firme e valioso. Especialmente para: propor
ação de reintegração possessória e reparatória em face do sr. JORGE MENEZES, brasileiro,
casado, caseiro, inscrito no CPF nº 000.000.000-02, portador do RG n° 2222222-SSP/SC, e
TEREZA ALMEIDA, brasileira, casada, caseira, inscrito no CPF nº 000.000.000-03, portador
do RG n° 3333333-SSP/SC, residentes e domiciliados no Sítio São José situado na região do
Corrião, Rio da Onça, Santos – SP
Bruno Santos
CPF 000.000.000-01
AO MERITÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA 25° VARA CÍVEL DA COMARCA DE
SANTOS ESTADO DE SÃO PAULO
Depois de encerrar o inventário dos bens patrimoniais deixados pelo seu ascendente e,
seguidamente, regularizar a transmissão da propriedade de imóvel para o seu nome, há 1 (um)
mês, em 10 de abril de 2022, numa visita, malgrado seja o autêntico dono, BRUNO SANTOS
foi impedido de entrar no sítio pelos réus, na qualidade de detentores (fâmulos da posse), uma
vez conservarem a posse em nome de EDUARDO SANTOS (e, agora, em nome de seu filho)
e em cumprimento às suas ordens e instruções, JORGE MENEZES E TEREZA ALMEIDA,
contratados a fim de que desempenhassem as funções de caseiro, há, aproximadamente, 3
(três) anos pelo falecido.
À priori, e como requisito fundamental para ação possessória, cumpre registrar que, na
forma dos artigos 1.206 e 1.207 do C.C. o autor herdou e deu continuidade à posse que era de
seu pai, tendo legitimidade para defendê-la.
Como o autor, BRUNO SANTOS, com apoio no art. 1.196 do Código Civil (que,
nitidamente, adota a teoria objetiva de Rudolf Von Ihering), é possuidor do imóvel por ter “de
fato o exercício de algum dos poderes inerentes à propriedade”, tem ele o direito de propor as
ações possessórias (ou interditos possessórios), diante da pratica de qualquer das 3 (três)
ofensas (em diferentes graus de gravidade) à posse, quais sejam, ESBULHO, TURBAÇÃO
OU AMEAÇA. Assim sendo, “in casu”, o art. 1.210 do referido diploma legal (“completado”
pelo art. 560 do Código de Processo Civil, que regula o exercício do direito em voga) garante
ao autor, BRUNO SANTOS, em face do ilícito possessório de esbulho praticado pelos réus,
JORGE MENEZES E TEREZA ALMEIDA, a restituição da posse do imóvel acerca do qual
se funda a demanda.
DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
5) Realize, por oficial de justiça, a citação de ambos os réus, JORGE MENEZES E TE-
REZA ALMEIDA, para que, querendo, apresentem a sua defesa, no prazo de 15
(quinze) dias, com base no at. 364 do Código de Processo Civil, sob pena de revelia
quanto à matéria de ato.
6) Designe a audiência de conciliação ou de mediação, com base no art. 334 do Código
de Processo Civil.
Protesta o autor provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,
notadamente depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas e juntada posterior de
documentos, os quais ficam desde já, requeridos.
Dr. José Mauro da Silva Dr. Michel Fernandes Dr. Dyoglas Ribeiro dos
Borges Ribeiro Santos
OAB-SP Nº 021.590 OAB-SP Nº 021.591 OAB-SP Nº 021.592