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VELHO/RO
(....), brasileiro (a), menor impúbere, representado por sua genitora, (...) brasileira,
viúva, sob o CPF ....., residentes e domiciliados na rua Madalena Otero, n. 7315, bairro
Cuniã, Porto Velho/RO, CEP 76824-444- Porto Velho/RO, respeitosamente, por seu
advogado infra-assinado, propor:
AÇÃO DE INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS
Em face de VIP CLUB LOUNGE BAR, pessoa jurídica de direito privado de nacionalidade
brasileira, inscrita no CNPJ sob o n. 26.122.579/0001-59, podendo ser localizada na AV.
Calama, esquina com a rua João Goulart, 2353, 76.803-769, São João Bosco, Porto Velho-RO,
telefone: 69. 8426-7733 e e-mail VIPCLUBEMAIS@MAIL.COM .
DOS FATOS
Conforme informações contidas na ocorrência policial registrada sob nº
XXXXXXXX, no dia 22 de maio de 2022, Nilton Soares do Nascimento, 46 anos, deficiente,
acompanhado de seus familiares, foi atingido com dois tiros dentro da Boate VIP, localizada na
Rua João Goulart com Calama, em Porto Velho. Os disparos foram efetuados pelo policial
identificado como Henry S., que teria criado uma confusão no lado de fora da boate, quando
esbarrou em um homem desconhecido. Ele então puxou a arma e atirou, atingindo Nilton, que
estava sentado com a família na parte interna da boate.
Um dos filhos da vítima ainda relatou que o acusado teria agredido a esposa de
Nilton. Após o crime, houve uma confusão generalizada e os parentes da vítima tentaram
desarmar o acusado, mas ele conseguiu fugir em um carro de marca Logan, branco.
Nilton Soares do Nascimento deixou dois filhos menores e sua esposa XXXX, que
sofrem intensamente com a perda precoce do ente querido.
DO DIREITO
Nesse sentido, a Boate VIP é responsável pelos danos morais causados à família
da vítima, uma vez que não adotou as medidas necessárias para garantir a segurança de seus
frequentadores, o que acabou por culminar na morte de um deles. Diante dessas
circunstâncias, a boate deve ser condenada a indenizar a família da vítima pelos danos
causados. É importante ressaltar que a responsabilidade objetiva da boate é uma tendência
jurisprudencial consolidada no ordenamento jurídico brasileiro, e que tem por objetivo
garantir a proteção dos consumidores e usuários de serviços públicos, como é o caso da Boate
VIP.
Além disso, é importante destacar que a indenização deve ser fixada de forma
justa e proporcional aos danos sofridos, levando-se em consideração a gravidade do evento, o
sofrimento e as consequências decorrentes da perda de um ente querido. Assim, a família da
vítima tem direito a receber uma compensação financeira pelos danos materiais e morais
causados pela morte de Nilton Soares do Nascimento.
Em conclusão, a Boate VIP tem a obrigação legal de garantir a segurança e
integridade física de seus frequentadores, e sua falha em cumprir com esse dever constitui
uma grave violação das normas de segurança e deve ser reparada. A jurisprudência brasileira
reconhece a responsabilidade objetiva da boate pelos danos causados a seus frequentadores,
sendo irrelevante se a boate agiu com dolo ou culpa. Nesse sentido, a boate deve ser
condenada a indenizar a família da vítima pelos danos morais e materiais decorrentes da
morte de Nilton Soares do Nascimento.
DA INVERSÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO
Dessa forma, a inversão do ônus da prova é medida de justiça que visa assegurar a
efetiva tutela do direito do consumidor e equilibrar a relação jurídica entre as partes.
É importante ressaltar que os danos morais não se limitam apenas aos familiares
diretos da vítima, mas podem se estender a outras pessoas que tenham sido afetadas pela
situação, como amigos próximos, colegas de trabalho, entre outros. Além disso, o valor da
reparação dos danos morais deve levar em consideração a gravidade do dano sofrido e as
circunstâncias do caso em questão.
Em casos como esse, é fundamental que a justiça seja feita e que os responsáveis
pela situação sejam devidamente responsabilizados. Somente assim será possível garantir a
justiça para a família de Nilton Soares do Nascimento e prevenir situações semelhantes no
futuro. Dessa forma, a ação judicial movida pela família de Nilton busca não apenas a
reparação dos danos materiais, como o pagamento de pensão alimentícia em razão da perda
do provedor da família, mas também a reparação dos danos morais causados pela morte
trágica do ente querido e pela falta de assistência e reparação por parte dos responsáveis.
A reparação dos danos morais não tem como objetivo compensar a dor e o
sofrimento da vítima ou de seus familiares, mas sim punir o agressor e desestimular a prática
de condutas que possam causar danos morais a terceiros. Além disso, a reparação dos danos
morais busca também promover a dignidade da pessoa humana, valor fundamental da nossa
Constituição Federal.
DOS PEDIDOS
Requer-se, portanto:
1 - A citação da Requerida por meio postal, nos termos do art. 246, inciso I, do
CPC/2015, na pessoa de seus representantes legais no endereço declinado no preâmbulo
desta para, querendo, no prazo da lei, responder aos termos da presente ação, sob pena de
revelia e confissão;
2 - Que seja determinada a inversão do ônus da prova, nos termos do inciso VIII
do art. 6º do CDC;
3 - A total procedência dos pedidos desta peça vestibular para então condenar as
Requeridas ao pagamento de Indenização pelos danos morais à parte Requerente no valor de
R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais);
Destaca-se que qualquer proposta de acordo deve ser enviada para o endereço
eletrônico e-mail danilo.henriq@hotmail.com
Atribui-se a causa o valor da causa de R$ 10.138,91 (dez mil, cento e trinta e oito
reais e noventa e um centavos).
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Danilo Henrique Alencar Maia
OAB/RO 7707